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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

31
Ago22

Brasil vive "tentativa de imbecilização coletiva”, diz filósofo português

Talis Andrade
 
O filósofo português Diogo Sardinha
O filósofo português Diogo Sardinha RFI

Os últimos anos da política brasileira, desde as manifestações de junho de 2013 até a eleição do presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro, passando pelo impeachment de Dilma Roussef, chamaram a atenção da comunidade internacional. O filósofo Diogo Sardinha, pesquisador da Universidade de Lisboa e ex-presidente do Colégio Internacional de Filosofia sediado em Paris, é mais um membro da academia que viu no contexto brasileiro um terreno rico para uma reflexão sobre a democracia e sobre a fragilidade do sistema representativo. Em entrevista à RFI, ele detalhou as ideias contidas em seu próximo livro sobre as “grandes tendências da sociedade brasileira”.  

A nova obra de Diogo Sardinha, que será lançada nos próximos meses em São Paulo pela editora Contracorrente, ainda não tem título definido, mas tratará do contexto político e social do Brasil dos últimos anos. “Sobretudo esse período que vai de junho de 2013, com a reeleição de Dilma Roussef, até os dias de hoje. A situação brasileira atual desperta atenção em todo o mundo. Paris é um dos centros de debates sobre o que está acontecendo no Brasil”, afirmou Diogo Sardinha à RFI.

De acordo com o pesquisador, os governos do PT fizeram com que a comunidade internacional acreditasse em uma sociedade de democracia saudável, “com instituições estáveis”, o que não era o caso. A impressão, para Diogo Sardinha, era de que essa situação de “direitos garantidos” iria se manter “porque estava consolidada”.

“Compreendi mais tarde, lendo e conversando com amigos, que essa não é a realidade. O Brasil viveu um período de início de construção de democracia, especificamente no sentido de integração nos direitos econômicos e sociais”, reflete o filósofo. “Tudo isso que foi desenvolvido num período de aceleração da história entre 2002 e 2016, foi uma exceção na vida da sociedade e das instituições políticas brasileiras."

Nos últimos anos, entretanto, ficou claro que o Brasil não tinha instituições sólidas para garantir oxigênio suficiente à democracia, de acordo com o pesquisador. “Vemos isso no caso do poder judiciário, que é um poder dominado por um grupo de pessoas de um certo perfil e que toma decisões ao sabor daquilo que alguns magistrados sentem que é o desejo político das pessoas ou da população”, afirma, ressaltando que existem algumas exceções de juízes “comprometidos com o exercício equilibrado” da profissão. 

 

Homem branco: chave da compreensão da situação brasileira

 

Para Diogo Sardinha, a figura do “homem branco das classes privilegiadas” é um elemento-chave para entender a situação brasileira atual – um personagem onipresente que participa de todos os grandes momentos da história do país. Eles dominam áreas de poder como, por exemplo, o judiciário, ressalta Sardinha, citando Sérgio Moro, ministro da Justiça, como representante desse “perfil”.

O impeachment de Dilma Roussef foi outro “momento decisivo” da história brasileira povoado por “homens brancos”. Com o agravante, segundo Sardinha, de que, dessa vez, eles se uniram para tirar uma figura feminina do governo. “Foi claramente uma afirmação do grande poder econômico e político branco das grandes cidades e das grandes famílias contra uma mulher. O impeachment não se resume a isso, mas ele é incompreensível sem isso. Claro que houve mulheres, como Janaína Paschoal, mas quando vemos o núcleo central dos opositores são os homens brancos da elite familiar brasileira.”

O processo de destituição de Dilma teve como objetivo reforçar o poder de grupos que foram ligeiramente afastados dele, de acordo com Sardinha, que cita polos importantes da sociedade brasileira, como a igreja ou o exército.

 

Tentativa de “imbecilização coletiva”

 

Parte dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro, no entanto, são pessoas de classe baixa, negros e mulheres e elegeram, democraticamente, um homem branco da elite para governar o país. Diogo Sardinha apresenta diversos argumentos para decifrar esse episódio da história brasileira e lembra, antes de tudo, que nem todos se sentiram representados no discurso do chefe de Estado.

“É complexo. Muitas vezes, as pessoas votam contra seus próprios interesses. Mas o que se passa no Brasil é muito curioso: poderíamos chamar de ‘tentativa de imbecilização coletiva’. (...) É como vemos agora com o caso do hacker envolvendo Sérgio Moro e [Deltan Martinazzo] Dallagnol”, explica. “Tem esse velho provérbio que diz que, quando o sábio aponta para a lua, o imbecil olha para o dedo. Ao invés de olharmos para o que foi revelado entre a troca de conversas entre Moro e Dallagnol, isso não interessa, o importante é saber quem encontrou ‘criminosamente’ essas mensagens. É o processo de imbecilização, com um grupo de pessoas dizendo ao povo para ‘olhar para o dedo’”.

De acordo com Diogo Sardinha, esse fenômeno é o mesmo responsável para que “negros votem em um candidato racista e mulheres em um anti-feminista”. “Agora, vamos tentar fazer com que as pessoas se dêem conta do erro em que caíram. Nem todas, mais uma vez, mas é preciso trabalhar para que aqueles que se equivocaram compreendam isso e entendam que o erro pode ser corrigido”, conclui.

Veja a entrevista completa:

 

03
Ago22

Pretendem acabar com o voto secreto: Bolsonaro diz que proposta dos militares é de entrar na cabine e filmar votação de eleitores

Talis Andrade

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Bolsonaro também reclamou que o TSE ignorou o mando de militares palacianos, o chamado centrão das mamatas

 

Bolsonaro também reclamou que o TSE ignorou propostas de ocupação militar do Tribunal Superior Eleitoral, para manter o mando dos marechais de contracheques no orçamento paralelo e secreto dos ministérios e empresas estatais. 

O 'dia do foda-se', do 'acabou porra', anunciado pelo general chefe do serviço secreto Augusto Heleno estava marcado para o dia 12 próximo, ou 7 de Setembro na parada de tanques sobre Copacabana ou no dia 1 de outubro, véspera das eleições, da festa cívica democrática do povo nas ruas, para julgar candidatos, para eleger os melhores governantes, os políticos que representam os sem teto, os sem terra, os sem nada. Os que passam fome, os parentes que perderam pais e filhos e irmãos e companheiros e companheiras na fila do SUS, nos corredores dos hospitais, nas chacinas das polícias, na estratégia de propagação da covid, para obter o malefício da imunidade de rebanho.

Em mais uma estratégia para conturbar o processo eleitoral, Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (2), que as Forças Armadas apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma proposta para filmar a votação de eleitores e, no final do dia, checar os dados.

Colocando o sistema eleitoral atual em descrédito, ele afirmou que “não adianta verificar a urna como eles [o TSE] querem, uma semana antes”. 

Segundo ele, é necessário que essa avaliação seja feita no dia da votação. As declarações foram dadas em entrevista à rádio Guaíba e reproduzida em reportagem do portal Metrópoles.

“Podemos pegar seiscentas urnas e checar nesse dia. São quase quinhentas mil no Brasil. É uma boa amostragem. E como é que é feito esse teste? As pessoas vão votando e sabendo que estão sendo filmadas. ‘Olha, você vai ser filmado agora. Você quer votar aqui aleatoriamente em quem você quiser, independente da sua vontade, né'”, explicou.

“A pessoa topa, então elas são filmadas. E, no final do dia, com esse filme pronto, você vê quem essa pessoa digitou. ‘Ah, foi tantos votos no Onyx Lorenzoni’, por exemplo. Então vai ter que aparecer tanto pro Onyx, tanto para um deputado federal, tanto para um deputado estadual… Sem problema nenhum”, disse.

Ora, ora, Bolsonaro quer fazer medo, ameaçar o eleitor: o soldado do Exército, de metalhadora, filmando quem vota. Ou o soldado da Polícia Militar, com um revólver, um soldado das chacinas nas favelas, vigiando o pobre, o negrinho dar o seu primeiro voto aberto. O voto de cabresto. O voto nos milicianos para presidente, senador, governador, deputado federal, deputado estadual. 
 
Ora, ora, a presença militar, ou policial, na cabine de votação, é a pior das corrupções: é votar com o cano da metralhadora na cabeça, a 'faca de ponta baioneta' no coração.
 
Nas ditaduras militares, o capitão ou general presidente vence sempre. Acontecia no Brasil nos tempos dos coronéis, o voto de papel com o nome do candidato. Se o diabo do voto não aparecesse na contagem, o eleitor estava morto. Levava uma pisa, e era sangrado.
 
Entendido em sangreira, Bolsonaro sabe como fraudar uma eleição com voto impresso. Sabe prometer a grana dos vinhos, dos licores, do uísque, do filé, da picanha, do salmão, do leite condensado para os rituais nazistas, do Viagra, prótese peniana tamanho não família (25 cm) e lubrificante íntimo, enquanto o povo passa fome.
 
 
A fome uma exclusividade da população civil. 33 milhões de brasileiro passam fome. 116 milhões sofrem de insuficiência alimentar, e os gorilas comendo, os cavalões comendo. 
 
 
 
ALIADOS DA VASSALAGEM DAS FORÇAS ARMADAS
 
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ImageA charge colorida  de Benett tem dois quadros. O título é "O Coração de Dom Pedro chega ao Brasil", em vermelho. No primeiro quadro uma multidão olha o coração sem vida, murcho e acinzentado dentro de uma taça. No segundo quadro a turba avança sobre o órgão do falecido imperador, com garfos e facas na mão e gritando "Caaaaarneeee!!!".
 
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Ivan Valente
@IvanValente
É preciso investigar fortemente essas relações nada republicanas entre a presidência da Câmara e o prefeitura de Rio Largo em Alagoas. Como em uma telenovela, os próximos capítulos talvez deslindem melhor essas estranhas relações.Image
 
 
 
Chacinas são parte da sangreira 
 
 
 
 
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Taí as forças armadas, as polícias estaduais e federais desconheciam... Estas 1.200 pistas para os aviões são do tráfico geral. A polícia do Rio aposta que os capos traficantes proprietários de aviões, fazendas, milionárias contas bancárias... residem nas favelas das chacinas
Guga Chacra 
@gugachacra
Com chamada na primeira página e mais uma página inteira interna na edição impressa, NYTimes publica gigantesca reportagem sobre como mais de 1.200 pistas de pouso secretas são usadas pela mineração ilegal no Brasil
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31
Out21

A máquina de moer esperança

Talis Andrade

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Parece começou 2022, a tortura do governo militar de Bolsonaro apressou a máquina de moer esperança, apressou o tempo dos nababos proprietários de partidos políticos faturarem grana para uma vida fácil, que se renova a cada dois anos, que temos bilionárias campanhas eleitorais nos anos pares. 

Temos empresários candidatos para sonegar impostos, esquentando notas frias, e coronéis que alugam legendas e vendem partidos inteiros nos pregões das pesquisas falsas.

2022, mais um ano de colheita, de meter a mão nos fundos partidários e eleitorais de mais de trinta partidos, que a justiça eleitoral é tarda e sempre falha na mais valia das conveniências. 

Revela o Correio Braziliense: 

Tal como fazem os ursos, depois de uma longa hibernação no inverno, os proprietários das legendas políticas, aqui no país, vão despertando lentamente, um a um, depois de quase quatro anos em estado de cataplexia profunda, que geralmente ocorre entre uma eleição e outra. Agora partem famintos em busca da manutenção do mecanismo que, mais uma vez, possibilitará a interlocução entre os eleitores e o Estado, de modo a dar continuidade a nossa peculiar engrenagem democrática.

Somente os partidos são autorizados a estabelecer essa ponte entre o cidadão e o Estado, de modo que a eles é conferido todo o protagonismo político que resulta nas eleições. É esse o poder que dá às siglas e aos seus dirigentes um aspecto questionável que extrapola todo e qualquer sentido de cidadania. Os mais de trinta partidos que hoje parasitam o Estado, num autêntico papel de despachantes, utilizam dessa faculdade legal, para, em nome da democracia, auferirem lucros fáceis que depois são rateados entre a cúpula tal como fazem outras empresas privadas.

Eis aqui, em linhas gerais, como funciona a nossa máquina de fazer democracia. O eleitor entra no sistema como matéria-prima bruta a ser processada e refinada pela engrenagem partidária, resultando, adiante, num produto que é a imagem e semelhança da legenda. Muito distante daquilo que desejava o eleitor.

Terminado o pleito, os eleitores, pela falta de um recall, que poderia corrigir falhas desse produto, e que é tão comum hoje nas montadoras de automóveis, é descartado como resíduo ou sucata. Diante de uma situação tão surreal como essa que experienciamos calados, e em que os donos das legendas, mais do que mestres de cerimônia da festa da democracia, se tornam os verdadeiros senhores de todo esse processo, pouco ou nada se pode esperar em termos de evolução e amadurecimento do nosso distorcido modelo de representação.

A questão é saber até quando esse processo enviesado, que coloca a nossa jovem democracia no colo desses velhos magnatas políticos, prosseguirá. O pior é que a nossa jabuticaba, representada pela disléxica Justiça Eleitoral, nada vê de anormal em todo esse processo. E pensar que todo esse degenerado processo eleitoral poderia ser dissipado movendo-se apenas algumas pequenas peças nessa engrenagem perversa. A começar pela possibilidade de eleição com candidatura avulsa, sem vínculos e amarras partidárias. Ou, quem sabe, pela extração de um pequeno parafuso que hoje impede a máquina de cumprir a cláusula de barreira.

Pequenos ajustes nessa máquina de moer esperanças poderiam fazer toda a diferença, como é o caso da introdução da ficha limpa. Melhor ainda seria obrigar todo esse robô gigante a caminhar com seus próprios pés, retirando-lhe as muletas representadas pelo fundo eleitoral e partidário públicos. Talvez, quem sabe, por meio de uma profunda reforma eleitoral, fossem criados apenas quatro partidos com assento no Congresso, distribuídos entre esquerda, direita, centro-esquerda e centro-direita.

São ajustes que o eleitor consciente gostaria de ver implementados, dando um basta definitivo nessa pantomima, que faz das nossas eleições uma festa apenas para os dirigentes partidários e seus grupos.

Humor Político – Rir pra não chorar | Página: 467
10
Set21

Para viabilizar golpe da terceira via, a direita volver propõe segundo turno com 3 candidatos

Talis Andrade

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A partir de uma reportagem de João Frey /Plural

Diante da polarização política e da dificuldade de emplacar uma via alternativa aos nomes de Lula e Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos) decidiu propor uma mudança no sistema eleitoral que beneficiaria partidos, as legendas de aluguel, e candidatos de centro. O parlamentar está escrevendo uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que o segundo turno das eleições passe a ser disputado por três candidatos. Um golpe para alavancar uma candidatura da extrema direita que não seja o derrotado Bolsonaro, que aparece no segundo lugar em todas as pesquisas. Um terceiro candidato - um Ciro Gomes qualquer - talvez derrotasse Lula. Esta a jogada. 

Ainda há poucos detalhes sobre o texto, que deve ser finalizado e apresentado na semana que vem, mas o próprio senador confirma a iniciativa e explica os motivos que o levaram a propor a mudança. Ora, ora, o candidato da preferência dele está em coma. 

“O Brasil tem partidos demais. Tem quase 30 partidos. E, provavelmente, nós teremos um candidato de esquerda, que será o Lula, um de direita, que será Bolsonaro – mas não só pensando na próxima eleição, mas em todas – e provavelmente a direita volver, o centro (ou centrão) vá se dividir em três, quatro candidatos. Aí o que vai acontecer? No segundo turno, todos os eleitores que votaram em candidatos de centro ficam perdidos, ficam sem ter em quem votar”, explica. Descrição safada do senador.  Os candidatos possíveis, que ofereceriam partes de seus corpos para um Frankenstein, votaram em Bolsonaro em 2018. E os eleitores não vão cair no mesmo conto de vigário ou pastor (bancada da Bíblia). Nem repetir o fenômeno do voto em militar/policial/miliciano (bancada da bala). Permanece o voto pastoril (mestra/contra mestra) no azul ou encarnado das cidades dos Sertões de Dentro e de Fora (bancada do boi). E o voto da maioria, o voto na Esperança, na Liberdade, na Democracia, na Fraternidade, na Igualdade, na Felicidade (basta de vida severina!), no Bolsa Família, Fome Zero, Primeiro Emprego, Combate à Escravidão, Luz para Todos, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, ProUni, Mercosul, Unasul, Brics e outros programas, pelo direito de ser feliz, de ser Primeiro Mundo.

A proposta do senador não é uma novidade. Em 2019 foi apresentada uma PEC de mesmo teor na Câmara, mas Oriovisto quer fazer o texto tramitar pelo Senado, onde, segundo ele, “as coisas andam mais rápido”.

“Se tivéssemos três candidatos no segundo turno, a eleição seria muito mais interessante. Em vez de votar num candidato porque não gosto do outro, eu poderia me identificar com um candidato que realmente eu gosto”, diz. Um gostar atrasado que não se manifesta no primeiro turno. É, seria mais interessante para eles, os Oriovistos da vida de sempre dos Sarney, Collor, Temer, Mourão, Bolsonaro.tes Ou dos eternos candidatos derrotados: Serra, Aécio, Alckmin, Marina, Alvaro Dias, Meirelles, Amoêdo, Ciro & outros comedores do bilionário fundo eleitoral.

O eleitor precisa aprender a votar não por gosto, gozo, tesão, e sim por militância, idealismo, por amor ao povo, por amor ao Brasil.  

 

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