Quem é o procurador que bebeu, sacou o revólver e atirou na própria mãe
Nenhum jornal ousou divulgar o 'boneco' do violento procurador
Henrique Celso Gonlçalves Marini e Souza foi preso no dia 24 de julho. Ele já recebeu condecoração do Ministério da Defesa
Henrique Celso atuou como corregedor-geral da Infraero. Em 2011, ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostamente aprovar contratos sem licitação firmados pela estatal em Mato Grosso, quando era procurador jurídico da empresa pública.
A requisição de Henrique Celso para o Ministério da Justiça e Segurança Pública foi efetivada, por tempo indeterminado, em setembro de 2020, por meio de documento publicado no Diário Oficial da União (DOU).
Em 2013, o procurador recebeu do Ministério da Defesa a condecoração da Ordem do Mérito Aeronáutico, no grau de cavaleiro. Essa premiação reconhece serviços prestados à Aeronáutica por personalidades civis e militares, organizações militares e instituições civis, brasileiras ou estrangeiras.
Entenda o caso
Segundo a Polícia Militar do DF (PMDF), na noite de sábado (24/7), ocorreu uma briga entre cunhados no Lago Sul, área nobre de Brasília. Filho da proprietária da casa, Henrique Celso disparou e acertou, acidentalmente, o braço de sua mãe.
O suspeito teria bebido e agredido, durante todo o dia, a própria esposa e a irmã. O cunhado de Henrique acabou investindo contra ele ao tentar intervir, mas a briga foi separada por um amigo da família. O servidor federal, então, pegou um revólver .38 e atirou pelo menos três vezes no amigo, acreditando ser o cunhado. Um dos disparos atingiu o braço da mãe, que foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).
Após o incidente, o procurador teria se trancado em um quarto. Os policiais militares negociaram com o homem e o episódio de terror acabou com a prisão de Henrique Celso.
Ele estava com um arsenal de 10 armas de fogo e centenas de munições, em uma residência na QI 28 do Lago Sul, segundo a PMDF. Na segunda-feira (26/7), a juíza substituta Viviane Kazmierczak determinou a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, por violência doméstica e porte ilegal de arma de fogo.
“Há notícia de várias armas no local, além de mil munições apreendidas, cárcere privado e vítima efetivamente atingida por um disparo de arma de fogo, além das agressões físicas cometidas contra as outras vítimas mulheres. Nesse sentido, a conversão da prisão em flagrante em preventiva é medida imperiosa a fim de acautelar a segurança da vítima, bem como garantir a ordem pública”, escreveu a juíza.