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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

29
Mai23

Zé Trovão, que já foi flagrado usando cocaína, pede aos EUA que invadam o Brasil para prender Maduro por narcotráfico

Talis Andrade

 

Que papelão do Zé Trovão
 
 

O deputado extremista, que enviou ofício à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, precisa ser cassado e preso por trair o Brasil e tentar impedir reunião dos presidentes da América do Sul 

 

O deputado federal Zé Trovão enviou ofício à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, nesta segunda-feira (29), no qual informa a presença do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em terras brasileiras, e pede informações sobre “quais medidas podem ser adotadas pelo governo americano para captura deste criminoso”.

De acordo com o Metrópoles, no ofício, Zé Trovão cita que o presidente venezuelano consta no site do Drug Enforcement Administration (DEA), como “procurado por autoridades norte-americanas, acusado pelo procurador-geral dos Estados Unidos, sr. Willian Barr, dos crimes de narcotráfico, terrorismo internacional e corrupção”. 

No entanto, “Trovão” omite que já teve experiências com a cocaína. O envolvimento dele com a droga veio à tona após uma foto que vazou nas redes. 

Zé Trovão esoera que o Brasil seja invadido pelas forças armadas do Tio Sam, e humilhados os  presidentes dos demais países da América do Sul, convidados por Lula para uma reunião amanhã no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Os chefes de Estado de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname e Uruguai confirmaram presença.

A única ausência em nível presidencial é o Peru, cuja presidente, Dina Boluarte, não poderá vir ao encontro em função impedimentos legais internos do país. O Peru vive uma grave crise política desde a destituição do agora ex-presidente Pedro Castillo, no fim do ano passado. Em seu lugar, virá o presidente do conselho de ministros do país, Alberto Otárola, uma espécie de primeiro-ministro. A Guiana Francesa não participa porque é um território ultramarino da França.

A reunião já havia sido anunciada no início do mês pelo governo. Um encontro desse porte não ocorre há, pelo menos, sete anos. “O principal objetivo desse encontro é retomar o diálogo com os países sul-americanos, que ficou muito truncado nos últimos anos, e é uma prioridade do governo Lula. Temos consciência que há diferença de visão e diferenças ideológicas entre os países, mas ele [Lula] quer reativar esse diálogo a partir de denominadores comuns com os países”, explicou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Gisela conversou com a imprensa durante coletiva nesta sexta-feira (26), quando apresentou considerações gerais sobre a cúpula.

Embora o governo brasileiro evite apontar uma proposta específica, há a expectativa de que os presidentes discutam formas mais concretas de ampliar a integração, incluindo a possibilidade de criação ou reestruturação de um mecanismo sul-americano de cooperação, que reúna todas as nações da região. Atualmente, não existe nenhum bloco com essas características.

A União das Nações Sul-americanas (Unasul), criada em 2008, no segundo mandato do presidente Lula, foi se desintegrando ao longo do tempo, em meio a mudanças de governos em diversos países, e agora reúne apenas sete deles: Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname, Peru, além de Argentina e Brasil], que voltaram ao grupo recentemente. O Brasil também voltou a integrar a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) este ano, mas o bloco é mais amplo que as fronteiras sul-americanas.

“Como vocês sabem, nos últimos anos, houve uma espécie de fragmentação nessa concertação puramente sul-americana. O propósito dessa iniciativa é unir, de novo, a região com a totalidade de seus países”, enfatizou a embaixadora. Segundo ela, temas como saúde, mudanças climáticas, inflação alta e preço dos alimentos, volta da pobreza e da fome tornam ainda mais relevante uma ação mais coordenada entre os países da América do Sul.

"Retiro" informal

A metodologia da reunião prevê, em primeiro lugar, o encontro de pontos comuns a partir das posições presidenciais, bem como a condução de uma agenda que já poderia ser iniciada mais rapidamente. Nessa agenda está, por exemplo, o combate ao crime organizado, projetos de infraestrutura, meio ambiente e mudanças climáticas, entre outros. Por causa disso, o formato da cúpula será o menos protocolar possível.

O convite enviado aos países vizinhos chegou a falar em uma espécie de “retiro” de presidentes para aprofundar o diálogo. Serão duas sessões. Na manhã de terça, cada chefe de Estado fará um pronunciamento, com tema livre. Depois disso, eles almoçam. À tarde, eles retomam a conversa para um diálogo informal, “numa sessão de trabalho mais livre e descontraída”, segundo descreveu Gisela.

Os presidentes que permanecerem em Brasília na noite de terça participarão de um jantar oferecido por Lula no Palácio da Alvorada, residência oficial. Nem sequer uma declaração final do encontro está prevista, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.

O Palácio do Itamaraty ainda não confirmou as prováveis reuniões bilaterais que o presidente Lula terá com alguns dos seus homólogos presentes na cúpula, mas elas podem ocorrer já na segunda-feira (29), quando as delegações começam a chegar em Brasília.

23
Jan23

Lula inicia a volta do Brasil ao cenário internacional a partir da Argentina

Talis Andrade

Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado pelo Ministro das Relações Exteriores da Argentina Santiago Cafiero na sua chegada em Buenos Aires, em 22 de janeiro de 2023.
Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado pelo Ministro das Relações Exteriores da Argentina Santiago Cafiero na sua chegada em Buenos Aires, em 22 de janeiro de 2023. AFP - IRINA DAMBRAUSKAS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa nesta segunda-feira (23) na Argentina uma visita oficial durante a qual vai relançar o vínculo estratégico com a Argentina, ponto de partida para a reinserção do Brasil como ator global. O novo governo procura recuperar o terreno perdido durante a gestão anterior com vários projetos entre os quais um gasoduto que transporte gás da Argentina ao Brasil, dinamizando as duas economias. Lula pode também ter reunião com o venezuelano Nicolás Maduro.

A viagem do presidente Lula à Argentina marca o retorno do Brasil à tradição bilateral de que o novo presidente de um país tenha o vizinho como primeira escala internacional, uma tradição iniciada em meados de 1980, quando Brasil e Argentina se tornaram o eixo da integração regional.

Esse vínculo estratégico foi interrompido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019, quem também deu as costas aos demais países vizinhos, isolando o Brasil na região.

Durante os últimos três anos, desde que Alberto Fernández assumiu o poder, Bolsonaro não visitou a Argentina por razões ideológicas, irritado desde que Alberto Fernández visitou o amigo Lula na prisão em Curitiba em 2019.

Para o Brasil, a inserção internacional brasileira ganha projeção ao ter integrado um sócio relevante como a Argentina. Por sua vez, a inserção internacional da Argentina passa pela aliança estratégica com o Brasil. A visita de Lula restabelece o vínculo bilateral mais importante para o Brasil, aquele que lhe permite liderar uma região.

“A visita de Lula implica um restabelecimento do vínculo bilateral e um papel de liderança do Brasil. Lula representa a normalização dos vínculos bilaterais entre os dois sócios estratégicos, depois do rompimento por parte da gestão de Jair Bolsonaro dessa tradição da política externa brasileira”, avalia à RFI o cientista político, Sergio Berensztein, uma referência na Argentina.

 

Soberania energética

 

Os dois países vão assinar entendimentos em matéria de soberania energética, integração financeira, defesa, saúde, ciência, tecnologia e inovação, além de um acordo de cooperação Antártico.

O mais estratégico a médio prazo é o de soberania energética que prevê a construção de um gasoduto entre a reserva patagônica de Vaca Muerta, a segunda maior jazida de gás de xisto e a quarta de petróleo não-convencional do mundo, até o Sul do Brasil.

A guerra na Ucrânia gerou oportunidades e urgências em matéria energética. Em Vaca Muerta, há suficiente gás para abastecer toda a Europa. Porém, faltam à Argentina recursos financeiros para construir um gasoduto e uma planta que permita exportar essa energia.

A Argentina também se entusiasma com o mercado brasileiro, enquanto o Brasil tem interesse em garantir a sua segurança energética, diminuindo a dependência do gás boliviano.

Para isso, a Argentina quer que o Brasil financie, através do BNDES, a construção do gasoduto. O que mais aparece avançado, no entanto, é o papel do BNDES como financiador dos canos de aço para o gasoduto. Esses canos são produzidos no Brasil pela empresa argentina Techint. O Brasil financiaria essas exportações à Argentina.

Essa obra estratégica dinamiza a economia dos dois países e gera um grande interesse entre os empresários.

“Interessa ao Brasil o gasoduto de Vaca Muerta até o Sul do Brasil, criando uma alternativa ao gás da Bolívia e barateando custos. Há muitos negócios que surgem a partir disso. Esse abastecimento tem potencial para ser um dos eixos estratégicos da relação bilateral”, indica Sergio Berensztein.

Lula chegou a Buenos Aires no domingo, 22 de janeiro de 2023, para se reunir com o presidente argentino Alberto Fernández e participar da Cúpula da Celac. Na foto, com sua mulher Rosangela "Janja" da Silva e o chanceler argentino, Santiago Cafiero.
Lula chegou a Buenos Aires no domingo, 22 de janeiro de 2023, para se reunir com o presidente argentino Alberto Fernández e participar da Cúpula da Celac. Na foto, com sua mulher Rosangela "Janja" da Silva e o chanceler argentino, Santiago Cafiero.AFP - IRINA DAMBRAUSKAS

Moeda comum

O capítulo mais polêmico se relaciona à chamada integração financeira. Haverá um memorando de entendimento para começar a estudar a possibilidade de uma moeda em comum, além de outros instrumentos financeiros compartilhados.

O lado polêmico está na confusão entre moeda em comum e moeda única. Uma moeda única significaria substituir o real brasileiro ou o peso argentino por outra moeda, a exemplo do euro na União Europeia. Esse projeto não aparece no horizonte.

No caso de uma moeda em comum, a ideia passa por uma unidade virtual de valor que diminua o uso e a dependência do dólar. Essa unidade seria uma referência para operações de importação e de exportação no comércio bilateral. Uma unidade que surgiria na hora de fazer a compensação comercial. O projeto é ainda embrionário.

As reservas do Banco Central argentino são escassas. Diante da falta de dólares, a Argentina tenta avançar com qualquer projeto que traga alívio. Um deles remete à possibilidade de um mecanismo de “swap”, um intercâmbio de moedas, entre peso e real, nas operações comerciais com o Brasil. É um mecanismo entre Bancos Centrais ao que a Argentina poderia recorrer se ficasse sem dólares para as importações vindas do Brasil.

“Trata-se de uma moeda essencialmente contábil e aplicável ao comércio bilateral Brasil-Argentina, afastando a necessidade de usar dólares americanos que, para a Argentina sobretudo, é crucial, devido à carência de reservas internacionais no Banco Central. Os acordos financeiros e econômicos realizados entre os dois países e pactados em dólares passariam a essa moeda virtual”, explica à RFI o analista internacional argentino, Jorge Castro.

“Na Argentina, existe uma expectativa de que com a chegada de Lula ao poder, existem chances concretas de uma dinâmica de cooperação para melhorar a situação das reservas, mas tanto o ‘swap’ quanto a ‘moeda comum’ não parecem realizáveis a curto prazo”, observa Berensztein.

 

Agenda pode incluir Nicolás Maduro

 

O presidente Lula estará na Casa Rosada com o presidente Alberto Fernández no final da manhã desta segunda-feira, onde vão assinar todos esses entendimentos e explicá-los à imprensa.

Na parte da tarde, ainda na Casa Rosada, haverá um encontro com referentes de organismos de Direitos Humanos na Argentina e uma reunião com cerca de 300 empresários, sendo 50 deles brasileiros.

Essa elevada quantidade de empresários indica a expectativa de retomada de negócios entre os dois países, a partir da maior sintonia entre os presidentes Lula e Alberto Fernández.

Lula deve ter uma reunião com a vice-presidente Cristina Kirchner, antes de um evento à noite cultural com artistas argentinos e brasileiros.

É possível que Lula se reúna ainda nesta segunda-feira (23) com o venezuelano Nicolás Maduro, mas o mais provável é que a reunião aconteça nesta terça-feira (24) no final da reunião de Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC). Também haverá uma bilateral com o cubano Miguel Díaz-Cané.

Brasil e Venezuela estão próximos de restabelecerem relações diplomáticas com a reabertura da Embaixada do Brasil em Caracas, depois da ruptura durante o governo Bolsonaro.

15
Jan23

Las Mercedes, o bairro de Caracas que virou epicentro do boom de luxo e capitalismo da Venezuela

Talis Andrade
  • Norberto Paredes
  • BBC News Mundo
Fotografia aérea de um bairro cheio de prédiosO bairro de Las Mercedes, cada vez mais tomado de prédios, em Caracas
 

Cai a noite na capital venezuelana e uma roleta com centenas de dólares em fichas gira velozmente em um hotel de luxo na zona leste de Caracas.

Os rostos dominados pela ansiedade acompanham a roleta, imóveis por alguns segundos, até que ela para de girar e um jovem solta um grito de alegria: ele acaba de ganhar US$ 500 (cerca de R$ 2,6 mil).

No outro lado da mesa, uma mulher elegante com cerca de 50 anos de idade franze rapidamente o nariz, hesita por dois segundos e aposta mais US$ 200 (cerca de R$ 1,03 mil).

Boa parte da capital venezuelana já descansa, protegendo-se da insegurança de Caracas. Mas a noite no bairro de Las Mercedes está apenas no começo.

Depois de muitos anos de decadência, devido à forte crise econômica do país, a agitada vida noturna desta região tranquila da capital conseguiu renascer, em parte, graças à liberalização e à economia que, na prática, foi dolarizada e volta a permitir os investimentos privados, ainda que ampliando as desigualdades do país.

"Las Mercedes era uma bolha dentro de uma bolha", afirma Darwin González, político de oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro e prefeito de Baruta, o município de Caracas onde fica Las Mercedes.

"Ela se tornou uma região privilegiada que não se parece em nada com o resto da Venezuela. Algumas pessoas vão a Las Mercedes e sentem uma distorção da realidade venezuelana", admite ele à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

O prefeito chegou a afirmar que há "vários anos" não recebe relatos de criminalidade na região. Caracas é conhecida por ser uma das cidades mais violentas do mundo.

Imune à crise

Há mais de uma década, a Venezuela está mergulhada em uma crise social e econômica, que fez com que o seu Produto Interno Bruto (PIB) fosse reduzido em mais de 75% entre 2013 e 2021. A crise levou mais de sete milhões de venezuelanos ao exterior, em busca de um futuro melhor.

Mas, em Las Mercedes, é possível observar sinais da nova situação econômica do país.

Com a dolarização extraoficial, voltaram a surgir restaurantes de luxo e inúmeras lojas com marcas internacionais que estavam ausentes do país apenas quatro ou cinco anos atrás. E vários edifícios empresariais e residenciais de luxo continuam sendo construídos em diversos pontos do bairro.

"Las Mercedes tornou-se o epicentro cultural, econômico e financeiro dos caraquenhos e da Venezuela", afirma o prefeito.

No início do século 20, Las Mercedes era um bairro residencial, formado principalmente por sobrados. Mas, desde o final dos anos 1990, as casas foram progressivamente dando lugar a lojas e restaurantes.

Outras modificações posteriores da legislação permitiram aumentar a altura das construções e a densidade populacional. Estas medidas fizeram com que, pouco a pouco, Las Mercedes fosse consolidando-se como uma "zona rosa" da capital, com sedes de empresas, centros comerciais e locais de diversão.

Embora a crise tenha também afetado esta região, foram construídos em Las Mercedes na última década cerca de dez projetos arquitetônicos, como a Torre Sena, com 19 andares de "escritórios de luxo", e o colossal Centro Financeiro Madrid, com área total de 30 mil m².

E, nos últimos tempos, tudo se acelerou. No andar térreo da Torre Jalisco, foi aberta em 2021 uma concessionária de carros da marca Ferrari. Seus encarregados não quiseram falar de preços, nem dar entrevistas.

Também foi inaugurada, em novembro de 2022, a Galeria Avanti, uma loja de departamentos de seis andares, com um grande telão no alto do prédio, oferecendo produtos das marcas Balenciaga, Dolce & Gabbana, Versace, Gucci e de outras marcas de alta costura.

Dois dias depois da sua inauguração, encontrei diversos clientes aproximando-se para dar uma olhada, mas muitos deram meia volta discretamente ao observar os preços.

A oferta é variada e os preços são similares aos encontrados em outras capitais latino-americanas. Bolsas custam milhares de dólares e sapatos superam os US$ 500 (cerca de R$ 2,6 mil). São preços inacessíveis para a maioria dos venezuelanos.

O salário mínimo no setor público da Venezuela - o maior empregador do país - é de 130 bolívares mensais (cerca de US$ 10, ou R$ 52). Em março de 2022, o valor equivalia a US$ 30 (cerca de R$ 155).

"É muito bonito, parece que você está em outro país e consegue de tudo", afirma a cliente Yessica Villamizar.

"Existem coisas acessíveis, como produtos de beleza e de cuidados pessoais, mas também há coisas muito caras que nem todos podem pagar", diz Villamizar, que mora em Caracas e comprou dois artigos de maquiagem.

O diretor de comunicações da Avanti, Oswaldo Malpica, afirma que a procura por produtos de luxo aumentou exponencialmente no último ano, paralelamente ao crescimento econômico vivido pelo país depois que a economia chegou ao fundo do poço durante a pandemia de covid-19.

"O caso de Las Mercedes é emblemático por ter se firmado como a zona rosa de Caracas. Agora, todos os negócios voltados ao luxo querem ter presença aqui, seja de roupas, restaurantes ou casas noturnas", afirma ele à BBC News Mundo.

Contraste e desigualdade

Os arranha-céus não param de brotar em toda a região e muitos serão inaugurados nos próximos anos.

Existem edifícios em construção com mais de 20 andares, como as torres Nest, Haya e Victoria. Mas o projeto mais ambicioso talvez seja o Skypark, um arranha-céu inovador de 38 andares. Ele irá abrigar um hotel, pontos comerciais, apartamentos de luxo e um telão externo de publicidade, similar ao da Times Square de Nova York, nos Estados Unidos.

Sua construção é um reflexo da recuperação econômica, em contraste com a situação de grande parte do país.

A Pesquisa de Condições de Vida (ENCOVI, na sigla em espanhol), publicada em novembro de 2022 pela Universidade Católica Andrés Bello, de Caracas, revelou que a pobreza multidimensional diminuiu na Venezuela pela primeira vez em sete anos, mas 58% da população ainda vivia em condições precárias em 2022.

Ao mesmo tempo, a desigualdade aumentou, fazendo da Venezuela o país "mais desigual" da região.

Segundo a pesquisa, a diferença de renda entre o segmento da população mais pobre e o mais rico agora é de 70 vezes. E 40% dos lares de renda mais alta estão em Caracas, que concentra apenas 16% das residências do país.

Adrián Pérez Craig é diretor da imobiliária Peraig, que trabalha com alguns dos projetos de Las Mercedes. Ele afirma que muitos dos edifícios recém-inaugurados estão "quase 100% vendidos e apresentam ocupação de quase 80%". Mas outras pessoas que trabalham nos prédios ou nas redondezas garantem que muitos escritórios permanecem desocupados.

O especialista em imóveis explica que muitos empresários compram escritórios como investimento, para proteger seu dinheiro da inflação galopante, à espera de que os preços dos imóveis aumentem, depois da queda violenta durante a pandemia.

Segundo os números do Observatório Venezuelano das Finanças (OVF) de novembro de 2022, a inflação anual venezuelana foi de mais de 200% - uma das mais altas do mundo.

Pérez Craig afirma que, em 2022, os preços deixaram de cair violentamente, como ocorreu por muitos anos. A queda do setor foi tão grande que um apartamento que, há dez anos, valia mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,2 milhões) hoje é oferecido pela metade do preço.

Mas o renascimento do bairro fez voltar o apelido que antes era empregado por vários empresários venezuelanos: "Las Mercedes é como a pequena Manhattan de Caracas". Sua vida noturna vibrante e suas numerosas construções, agregadas ao apogeu do luxo e capitalismo evidente nas suas ruas, assim o demonstram.

"Estão sendo construídos edifícios altos", afirma Pérez Craig. "Não tão altos quanto os de Nova York, é claro, mas, para a Venezuela, é bastante, especialmente devido à situação atual."

"Tivemos anos muito difíceis, que fizeram com que os preços por metro quadrado caíssem significativamente", afirma o prefeito de Baruta, Darwin González. "Isso representou uma boa oportunidade de negócios, pois muitas pessoas sabiam que, cedo ou tarde, a crise econômica terminaria e eles teriam lucro."

"Boa parte de Las Mercedes é um grande investimento de longo prazo", defende Darwin González.

Dinheiro 'bem e mal ganho'

O economista venezuelano Luis Vicente León, presidente da consultora Datanálisis, afirma que o boom atual de Las Mercedes ocorreu por diversos fatores.

"Alguns setores da economia melhoraram no ano passado, como o comércio e a construção", explica ele. "Além disso, o aumento das exportações de petróleo fez com que houvesse mais dinheiro nas ruas."

"Outro ponto que muitas pessoas não entendem é que a classe alta da Venezuela continua sendo relativamente grande e ainda tem muito dinheiro", segundo León.

Um relatório recente da Datanálisis estima que a classe alta venezuelana representa cerca de 2% da população total do país, enquanto a classe média alta totaliza 4%.

"São quase dois milhões de pessoas, mais que a população da região metropolitana da cidade do Panamá, por exemplo", explica o economista. No Brasil, dois milhões de pessoas correspondem à população aproximada da cidade de Curitiba (PR) ou da região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo.

León destaca que, entre os venezuelanos com alto poder aquisitivo que frequentam Las Mercedes, existem pessoas que gastam "dinheiro ganho honestamente há décadas" porque têm medo de que seus recursos sejam congelados, além de empresários e políticos vinculados ao governo que sofreram sanções e não podem gastar suas fortunas no exterior. Mas existe também dinheiro proveniente de corrupção.

"O que não é certo é acusar todos os que compram em Las Mercedes de serem corruptos", explica o economista. "Não podemos colocar no mesmo saco os corruptos e os que ganharam dinheiro honestamente."

Segundo o índice de percepção da corrupção da Transparência Internacional publicado em 2021, a Venezuela é o quarto país mais corrupto do mundo, entre as 180 nações pesquisadas.

Os cassinos e a vida noturna

O prefeito de Baruta gosta do apelido de "pequena Manhattan". Ele afirma que se sente "orgulhoso" por ter uma região que pode ser considerada "um exemplo" para o restante do país.

"O município conta com segurança jurídica, planejamento e apoio aos investidores. Por isso, conseguiu certo grau de desenvolvimento", acrescenta ele.

Las Mercedes também foi beneficiada, em 2021, por uma reforma do governo de Maduro, autorizando a abertura de dezenas de cassinos no país - vários deles, neste bairro da capital. O jogo era ilegal na Venezuela há uma década.

O ex-presidente venezuelano Hugo Chávez (1954-2013) havia proibido os cassinos em todo o país, afirmando que eles contribuíam para a deterioração da sociedade. Chávez os comparava com a prostituição e o consumo de drogas.

Além de enriquecer a vida noturna, os cassinos trouxeram mais dinheiro para Las Mercedes. O prefeito afirma que esse dinheiro é usado para investir em setores desfavorecidos do município, alguns deles a poucos quilômetros do bairro.

À meia-noite, alguns dos clientes dos restaurantes de Las Mercedes começam a ir para os bares próximos, misturando-se com o público mais jovem que sai para comemorar. O bairro também passou a ser um ponto central da vida noturna de Caracas, que permaneceu decadente por muitos anos devido à crise e à insegurança.

A caminho das discotecas e dos bares da moda, os caraquenhos mais abastados exibem seus carros esportivos e caminhonetes de último modelo. Pela avenida principal de Las Mercedes, passam Ferraris e Maseratis, roncando seus motores e misturando-se com outros veículos muito mais modestos, alguns do início do século 21.

Parte da diversão noturna concentra-se nos cassinos. Em uma máquina caça-níqueis do cassino do hotel Tamanaco (um estabelecimento cinco estrelas no ponto mais alto de Las Mercedes), um jovem de 21 anos chegou de um bairro pobre no oeste de Caracas com US$ 50 (cerca de R$ 260) e continua apostando, mesmo depois de ganhar US$ 100 (cerca de R$ 520).

"Não havia comida em casa porque minha mãe perdeu o emprego recentemente, por isso vim tentar a sorte", afirma ele, com os olhos fixos na roleta eletrônica.

"Costumo vir aqui e, às vezes, ganho, mas muitas vezes também perco", prossegue ele, acrescentando que está tratando de "não se viciar".

"No oeste de Caracas, também existem cassinos", ele conta, "mas gosto mais de Las Mercedes porque aqui, na zona leste, cada um cuida de si e a experiência e o serviço são mil vezes melhores. É como estar em outro país."

 

 

19
Out22

Bolsonaro e os ladrões de Brasil

Talis Andrade

Presidente do Brasil é um 'ex-ladrão de galinhas' – Blog do Paulinho

 

por Cristina Serra

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Ao dar exemplos de profissões para os jovens, no debate da Band, Bolsonaro mencionou marceneiro e auxiliar de enfermagem, ofícios dignos e honrosos, sem dúvida. Mas o que Bolsonaro expressou foi a visão excludente (a mesma de Guedes e de Milton Ribeiro), de que a universidade não cabe nos sonhos da juventude das periferias.Image

 

A aversão aos pobres também ficou explícita quando o tema foi a visita de Lula a uma comunidade, no Rio de Janeiro. Bolsonaro disse que só tinha “traficante” em volta do ex-presidente. Para o candidato que tem conexões com milicianos (um deles, seu vizinho até ser preso), quem mora em favela é bandido.

Seu desprezo aos vulneráveis emerge de forma ainda mais torpe no caso da visita a um grupo de venezuelanas, no entorno de Brasília. São mulheres e meninas refugiadas da fome e do desespero no país vizinho. Participavam de uma ação social, com corte de cabelo e maquiagem, uma forma singela de afeto e resgate de autoestima.

A mente degenerada de Bolsonaro associou as “menininhas, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas” à prostituição. Onde já se viu menina pobre arrumar o cabelo e pintar o rosto se não for para se prostituir com machos velhos e babões como ele? A descrição que ele faz da cena tem as características de comportamento do assediador sexual que se aproveita da fragilidade da vítima. Parou a moto, tirou o capacete, “pintou um clima”, entrou na casa.

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Se ele achou que estava diante de uma situação de exploração sexual de menores, por que não tomou alguma providência para impedir o crime? Bolsonaro não tem resposta porque sua mentalidade depravada não se escandaliza com a prostituição infantil.

Bolsonaro não tem freio nem bússola moral ou ética. Cercado de tipos pervertidos como Damares e Pedro Guimarães (abusador, felizmente, afastado), seu governo é uma rede de predadores da infância e de mulheres. São ladrões de futuro. Ladrões de Brasil.

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19
Out22

Bolsonaro e a pedofilia

Talis Andrade

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A imprensa mundial fez eco das falas infelizes sobre meninas venezuelanas com as quais teria “pintado um clima”

 

por Juan Manuel Dominguez

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A menos de um mês para que aconteça o segundo turno das eleições que irão decidir quem será o próximo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro está envolvido em vários escándalos que envolvem pedofilia, abuso de menores, assassinatos e por aí vai.

A imprensa mundial fez eco das falas infelizes sobre meninas venezuelanas com as quais teria “pintado um clima” e que ele enxergou como prostitutas pelo mero fato de estarse arrumando como consequência de uma ação social de um curso de estética. Como todo fascistóide neoliberal, mulheres vulneráveis se arrumando só podem ser enxergadas desde a sexualização dos seus corpos. 

O Jornal “El Mundo”, de Madrid, Espanha, aponta “Polémica no Brasil pelas falas do presidente Bolsonaro sobre a aparência física de umas imigrantes venezuelanas”. “La Nación” da Argentina sinaliza `` Polémicas declarações do presidente Bolsonaro sobre menores venezuelanas”. o "France24" também levantou a polêmica sobre os comentários possivelmente pedófilos do presidente.

No meio de tudo isso, Bolsonaro vem sendo questionado pelo apoio de personagens como o goleiro Bruno, assassino e esquartejador da mãe do seu filho, Eliza Samudio. Outro personagem infame é o Guilherme de Pádua, assassino confesso da Daniela Perez, Filha da Autora Glória Perez. O Ex jogador Robinho, condenado em última instancia a 9 anos de prisão por estupro contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália. 

Ainda neste mês, um dirigente do Partido Liberal (PL), partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), e vice-presidente estadual da sigla em São Paulo, José Renato da Silva, foi indiciado pela Polícia Civil por abusar sexualmente das meninas quando elas tinham 6 anos e 7 anos até a adolescência. O caso foi revelado pela própria filha, que diz também ter sido abusada pelo pai quando era criança.
 
 
Dirigente do PL é indiciado por abusar sexualmente das netas

 

Durante a live em que Bolsonaro fez o comentário de que teria “pintado um clima” entre ele e meninas menores de idade, quem entrou na live para dar apoio ao presidente foi nada menos que Gabriel Monteiro, acusado de pedofilia e flagrado gravando vídeos pornográficos com menores de idade, pelo qual foi cassado do seu cargo de vereador pelo Rio de Janeiro. 

O Dr. Jairinho [sádico e pedófilo e assassino], acusado de assassinar uma criança de forma cruel, assim como Flordelis, assassina do seu marido, também declararam apoio ao presidente Jair Bolsonaro.Image

 

Assassinos, milicianos, criminosos. Cuidado! Esse é o time Bolsonaro, diz a propaganda produzida pela equipe de marketing do PT. Nessa peça estaria faltando “pedófilos e abusadores de menores”. Toda a gente mais doentia e criminosa que o habita o mundo da política está do lado do miliciano genocida que recusou vacinar seu povo durante uma pandemia. Esse é o perfil da turma que pretende manter o hospício em que esse país se tornou desde 2018.

A terceira esposa de Jair Bolsonaro chorou porque citaram a filha da fraquejada que tem 11 anos. Não chorou pelas meninas venezuelanas de 14 e 15 anos. As meninas sedutoras, bonitinhas e arrumadinhas, donas do tempo, tanto que pintou o clima, fez sua majestade parar a moto, descer da moto, e entrar na casa para ... 

Michelle Bolsonaro ouviu Damares falar estórias pornôs dentro de uma igreja, estórias de sexo com crianças, histórias de terror, e disse amém. 

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Gabriel Gatti 
@Gattiaosta1
Bolsonaro genocida e pedófilo!
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17
Out22

A nova barbaridade de Bolsonaro

Talis Andrade

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por Fernando Brito

- - -

A declaração de Jair Bolsonaro, em sua live de ontem, viralizou na Internet. Neste momento, “pintou um clima“. 

“Bolsonaro pervertido” e “Bolsonaro pedófilo” estão nos trending tops do Twitter, por causa da declaração, em vídeo ao final do post.



Eu parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’ Entrei. 

Tinham umas 15, 20 meninas sábado de manhã se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para que? Ganhar a vida. Você quer isso para a sua filha que está nos ouvindo agora?”

 


O “pintou um clima”, algo dito por ele próprio, é também uma “insinuação” de que Bolsonaro estava movido por “interesse sociológico” ao voltar de moto na casa da meninas? Ele por acaso acionou o Ministério da Família de Damares Alves para averiguar um possível caso de prostituição infantil? Não há qualquer menção a isso em sua fala.

Se o amigo leitor estiver passeando e encontrar “umas menininhas, três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado numa comunidade” vai “pintar um clima” e você vai lá na casa delas, pedir para entrar?

Sua companheira vai acreditar se você contar que foi lá apenas por “curiosidade”, como daquela vez em que você foi chamado a assistir um índio sendo cozido – carne que você comeria “sem problema nenhum” – e que só não aconteceu porque seus amigos não quiseram ir?

Tarados como este senhor, que querem sexo com adolescentes há muitos. Também há, infelizmente, usam isso para tentar se mostrar machos, imbrocháveis.

Mas um cidadão destes proclamar-se emissário de Deus no Brasil e pretender, em nome disso, ser presidente da República, é algo que só a irracionalidade reinante no Brasil torna possível.

Será que a nossa imprensa “limpinha e cheirosa” acha que fazer o que ela não faz, chamando a atenção para o tipo de apetites que tem Jair é “baixaria”?

E os homens e mulheres que votam Bolsonaro “em nome de Deus” vão passar pano dizendo que o “clima” era o de converter aquelas probrezinhas?

Bolsonaro e a menina de 14 anos

 
 
16
Out22

Após choro fingido e péssima atuação como atriz, Michelle Bolsonaro recebe conselho de Noblat: treine mais

Talis Andrade

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Atuação de Michelle Bolsonaro como atriz de quinta categoria virou meme nas redes sociais

 

247 – A péssima atuação de Michelle Bolsonaro como atriz no púlpito de uma igreja, em que ela chora e fala de luta do bem contra o mal, virou meme nas redes sociais. Ela também recebeu um conselho do jornalista Ricardo Noblat para suas próximas aparições no palco: a de que receba melhor treinamento. 

"Michelle precisa ser mais bem treinada", aconselhou Noblat. 

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16
Mai22

Forças Armadas colombianas só servem para interferir em processo eleitoral

Talis Andrade

O candidato presidencial colombiano Gustavo Petro fala durante evento em 6 de abril, em Bogotá — Foto: Nathalia Angarita/Reuters

Gustavo Petro

Para garantir a subserviência aos Estados Unidos e o tráfico de coca

 

 A campanha eleitoral na Colômbia ficou marcada nas últimas semanas por um embate entre o comandante do Exército, general Eduardo Zapateiro, e o candidato de esquerda e líder nas pesquisas Gustavo Petro.

O episódio marca uma intromissão das Forças Armadas nas eleições presidenciais. O primeiro turno ocorre no dia 29 de maio. 

A uma crítica de Petro ao Exército, afirmando que havia corrupção na instituição, e que o sistema de promoções era baseado em "politicagem interna e em subornos por parte do narcotráfico", Zapateiro respondeu por meio das redes​ sociais: "Nunca vi nenhum general recebendo dinheiro de modo indevido como o senhor já foi acusado".

Zapateiro fazia menção a um vídeo que circulou em 2005 e que mostrava Petro, à época congressista, recebendo uma bolsa com dinheiro. O caso foi à Justiça, mas Petro acabou absolvido. A Procuradoria da Colômbia abriu investigação para avaliar se Zapateiro extrapolou seus limites de atuação constitucional, informa a jornalista Sylvia Colombo na Folha de S.Paulo. 
 

Considerada um cultivo milenar na região, segundo dados das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), em 2006, a Colômbia era responsável por 50% da plantação mundial de coca, enquanto o Peru produziu 33% e a Bolívia 17%. No Equador e na Venezuela já se percebe um aumento do cultivo, mesmo que em pequena escala.

No Peru e na Bolívia houve um aumento no número de hectares plantados – 12,69 mil hectares peruanos e 5,07 mil hectares bolivianos -, enquanto na Colômbia houve uma redução, mas o aprimoramento das técnicas de cultivo, de variedades da planta e processamento da coca nos laboratórios clandestinos fez com que essa diminuição não fosse tão significativa.

Outro militar mostrou o descontentamento de parte das Forças Armadas com a candidatura do ex-guerrilheiro do M-19. José Marulanda, presidente da Associação Colombiana de Oficiais Aposentados, afirmou: "Sentimos que há um ressentimento muito claro de Petro contra militares e policiais, porque foram eles que combateram e mataram muitos de seus companheiros de guerrilha". Transcrevi trechos  
 
Os generais de Bolsonaro consideram o golpista Zapateiro um exemplo de militar. Da extrema direita e golpista.
 
Fica a pergunta: a droga encontrada no avião presidencial de Bolsonaro veio de que país? 
 
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11
Set21

Xadrez de como Braga Netto tentou operação Davati quando interventor no Rio

Talis Andrade

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O remanejamento do general Ramos da Casa Civil não foi medida isolada de Bolsonaro. Sua entrevista ao Estado, dizendo-se atropelado por um trem, visou esconder o óbvio: a entrega de anéis ao Centrão foi uma decisão conjunto dos militares no governo, visando salvar o mandato de Bolsonaro.

15
Ago21

“Bolsonaro produz um som estridente cada vez mais alto, mas sem efeito”

Talis Andrade

Mitolândia! | Humor Político – Rir pra não chorar

Cientista política diz que instituições até agora têm conseguido frear o golpismo do presidente, mas alerta: “há sempre risco de ruptura, pois temos um presidente que gostaria de destruir a democracia”

 

 

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