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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

19
Jan23

'Bora causar a desordem': militar preso estimulou ataques em Brasília

Talis Andrade

 

por Igor Mello e Lola Ferreira
 

Militares da reserva das Forças Armadas estimularam os ataques golpistas contra as sedes dos três Poderes no dia 8 e acabaram presos.

Com um cruzamento de dados entre a lista de presos e os cadastros de militares da ativa e aposentados, o UOL encontrou quatro militares da reserva e um ex-militar entre os detidos.

 

Incitação de desordem e vídeo após prisão

 

O preso com mais alta patente é Nader Luis Martins, capitão da reserva do Exército —ele deixou o serviço ativo em fevereiro de 2018, segundo dados do Portal da Transparência da União.

* Morador de Curitiba, ele participou de um acampamento golpista em frente a um quartel do Exército na capital do PR;

* Antes dos ataques aos três Poderes, foi para Brasília e acampou em frente ao QG do Exército, principal reduto de extremistas do país;

* Na véspera dos ataques, em 7 de janeiro, ele publicou um vídeo em seu Facebook estimulando ações violentas em Brasília;

 

Bora povo brasileiro causar a desordem na cidade. com desordem e tumulto vira o caos. somente assim será acionado a GLO [decreto de Garantia da Lei e da Ordem]. cantar em frente ao quartel não da mais. povo nas refinarias e nas ruas. para ônibus, carros e vamos em frente. Trava tudo."

Nader Luis Martins, capitão da reserva preso no ato golpista

 

Nota da edição: A ortografia da postagem foi mantida tal como publicada na rede social pelo militar.

Como outros presos, Nader usou o celular dentro da detenção, no ginásio da PF, para reclamar do tratamento recebido pelos golpistas.

 

Fomos detidos por participar da manifestação ontem lá na Esplanada dos Ministérios. Fomos considerados terroristas."

 

O UOL procurou o Exército para comentar a conduta de Nader, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.

 

Militância política na ativa

 

Outro militar preso por envolvimento direto no ato golpista foi o suboficial da reserva da Marinha Marco Antonio Braga Caldas, que mora em Balneário Piçarras, no litoral catarinense.

* Ele deixou o serviço ativo em novembro de 2021, segundo dados do Portal da Transparência da União;

* No entanto, suas redes sociais mostram que ele participa ativamente da militância bolsonarista ao menos desde 2018, quando ainda estava na ativa. Militares da ativa são proibidos de se manifestar politicamente sem que haja autorização expressa de seus comandantes;

Caldas também fez vídeos nas redes sociais no acampamento golpista em frente ao QG do Exército em 8 de janeiro.

 

 

Ele participou da marcha do acampamento até a praça dos Três Poderes e, em vídeo, destacou a disposição de depor o governo eleito e estimular um golpe militar —chamado por ele de intervenção federal, replicando o termo usado por bolsonaristas em protestos golpistas em novembro. Caldas enumera os pleitos que eram defendidos pelos golpistas.

 

Dizer definitivamente não ao comunismo. Não à chapa Lula-Alckmin. A nulidade desta chapa. A intervenção federal."

Marco Antonio Braga Caldas, suboficial da reserva da Marinha preso em Brasília

 

Nota da edição: O Estado brasileiro não é comunista. A retórica adotada por extremistas não possui amparo na realidade do país.

Procurada, a Marinha afirmou que a violação dos deveres e obrigações previstos no Estatuto dos Militares pode constituir "crime, contravenção ou transgressão disciplinar, conforme dispuser a legislação ou regulamentação específicas" e que o não cumprimento desses deveres pode acarretar "responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal".

"Nesse sentido, as providências são tomadas de acordo com o caso concreto, após conclusão de eventual processo administrativo disciplinar, com o exercício da ampla defesa e do contraditório, para, se for o caso, aplicação de sanções pertinentes", conclui a nota.

 

Envolvimento de outros militares

 

O UOL identificou outros três nomesligados às Forças Armadas que constam na lista de presos por envolvimento no ato golpista.

* O segundo-sargento Noemio Laerte Hochscheidt e o soldado Robson Victor de Souza, ambos militares da reserva do Exército;

* Arthur de Lima Timóteo serviu como cabo da FAB (Força Aérea Brasileira) até julho de 2022. Segundo a FAB, ele foi dispensado após o fim de seu tempo de serviço militar obrigatório e atualmente não mantém vínculo com a força;

* Além dos presos, o UOL identificou a participação de Marcelo Soares Corrêa, cabo da reserva do Exército, no ato golpista. Ele foi recebido em agendas oficiais pelo ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e tomou café no Palácio da Alvorada com Bolsonaro.

O UOL não localizou representantes legais do militares citados na reportagem

 
 
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Joana 
@joanadipaoli
O post foi apagado mas o print é eterno! O Girão espalhando fake News! Que feio general!
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Filhas de militares recebem até R$ 117 mil por mês de pensão, revela estudo. Por que a sociedade precisa fazer pressão para extinguir esta miséria chamada forças MAMADAS brasileira? Mamadas sim, que Bolsonaro criou os marechais de contracheque. 
Dos R$ 19,3 bilhões que a União gastou com pensões militares em 2020, 60% foi para filhas de militares
 

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15
Out22

VÍDEOS - Bolsonaristas invadem sacristia e promovem achaque a padre em Aparecida

Talis Andrade

Padre sofre ataques de bolsonaristas na sacristia 

 

Padre Camilo Júnior, que disse que 12 de Outubro é “dia para se pedir benção e não votos” virou alvo de apoiadores de Bolsonaro. "Agora a gente não dá dinheiro para padre nenhum", diz mulher que acusa de ligação com o "islã".

 

Um vídeo divulgado no Facebook pelo jornal O Vale, de São José dos Campos, mostra um grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadindo a sacristia da antiga basílica de Aparecida (SP) para promover achaques ao padre Camilo Júnior, que disse em homilia que o Dia de Nossa Senhora Aparecida é “um dia para se pedir benção e não votos”.

No vídeo, os bolsonaristas se mostram revoltados e chamam por "Juninho" - em relação ao padre, que vai até eles. As apoiadoras do presidente reclamam que os sinos que tocaram após a celebração da missa, por cerca de 20 minutos após a cerimônia — que terminou às 16h - e teria atrapalhado a chegada de Bolsonaro para um terço organizado pelo Centro Dom Bosco, um grupo católico ultraconservador radical não ligado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

"Você viu o tumulto que está lá fora?”, indaga o padre, que foi alvo dos bolsonaristas (os fanáticos também foram convocados pelo gabinete do ódio) por causa da homilia. Uma das mulheres diz que a polícia foi chamada.

Bolsonaro resolveu, por conta própria, não participar do terço, o que gerou uma onda de revolta contra a Igreja Católica por parte dos apoiadores.

Em outro vídeo divulgado pelo jornal, apoiadoras acusam o Santuário de Aparecida de "censurar" a participação de Bolsonaro e atacam os padres.

"A gente de agora em diante não ajuda mais campanha de devoto e não doa mais dinheiro para padre nenhum. Porque têm padres que valem a pena, mas têm uns outros que estão pregando o islã", diz a mulher, se confundindo e emendando em seguida: "a droga, a fome, o aborto, tudo mentira, porque Bolsonaro não deu as vacinas no momento certo, ele não ia ficar picando todo mundo". [A mulher recebe pensão vitalícia do governo. Pensão de filha solteira]

 

24
Ago22

Schwarcz: Bolsonaro receber coração de D. Pedro como dignitário é palhaçada

Talis Andrade

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Lilia Schwarcz é historiadora, antropóloga e escreveu livros sobre Dom Pedro e a Independência do Brasil. Ela participou do UOL Entrevista hoje e criticou a chegada do coração de Dom Pedro ao Brasil: "Cultura mórbida", disse. Schwarcz criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) por receber o órgão como se ele representasse um "dignatário" (indivíduo que exerce um cargo elevado ou goza de um título proeminente).

 

O que ninguém comenta é o quanto isso vai custar, porque o coração vem e volta. Quanto vai custar esse empréstimo? E queria perguntar o que significa isso.

Lilia Schwarcz, historiadora

 

"Agora a assessoria de imprensa do governo e o Ministério das Relações Exteriores dizem que é como se significasse a presença de Dom Pedro no Brasil. Não é nada disso. É um coração mantido em formol, e vai ser uma palhaçada Bolsonaro aguardar o coração como se fosse um dignatário [dignitário].

"E precisamos perguntar que noção de história é essa. Uma história parada no tempo, morta, detida em órgão falido do corpo de um imperador. E um imperador que começou muito popular, mas, no momento em que saiu do Brasil, era profundamente impopular", opinou Schwarcz.

Bolsonaro quer posar como Dom Pedro com atos de 7 de setembro, diz Lilia Schwarcz

 

Ao citar os atos programados para 7 de Setembro, a historiadora alertou que Bolsonaro "quer posar como Dom Pedro" nos gestos e atitudes.

"Ele quer se apresentar como Dom Pedro. De que maneira? Dom Pedro foi obrigado a dar golpe em seu pai, Dom João VI, para garantir a independência e a soberania do Brasil por um bem maior. O que fará Bolsonaro? A mesma coisa. Vai ter que dar golpe para garantir o verdadeiro destino do Brasil, que não será entregue aos comunistas, segundo a liturgia bolsonarista".

Dessa forma, segundo Schwarcz, o coração de Dom Pedro será utilizado para conturbar o ambiente eleitoral do Brasil.

"Bolsonaro tem três objetivos: ser reeleito, suavizar a atmosfera de crise econômica com a 'PEC Kamikaze' e quer se impor como líder para seus fiéis seguidores. Ele quer conturbar o cenário eleitoral. Ele fará muito discurso antidemocrático e falará mal do processo eleitoral. O objetivo é conturbar e, nesse sentido, ele vai conseguir", concluiu.

Manifestações de 7 de setembro serão alimento para apoiadores de Bolsonaro, diz Lilia Schwarcz

Para a antropóloga, na mesma data do ano passado o efeito simbólico acabou não sendo o esperado por parte do presidente Jair Bolsonaro, porque a imagem que acabou sendo referência foi a do tanque de guerra do exército brasileiro soltando fumaça, sem o impacto de demonstração de força que seria o esperado.

" A festa e o ritual eles não impedem o choro, eles fazem chorar. Qual é o objetivo? É formar uma comunidade de emoção, uma comunidade de sentidos, uma comunidade que comunga juntamente. Mas ela, para comungar, é preciso que ela seja muito perfeita na ritualística senão ela funciona, não encanta. Em 2021, a imagem que ficou foi daquele tanque soltando fumaça preta".

Parada militar da República das Bananas. Por Amarildo LimaDesfile Militar de Jair Bolsonaro Vira Meme Nas Redes Sociais

 

A especialista afirma que, desta vez, no entanto, Bolsonaro vai querer fazer diferente e construir uma data que cause mais impactos e tumultue o cenário eleitoral. Mas ela diz não ser possível ainda identificar se esses impactos terão algum tipo de efeito nas eleições.

"Eu penso que ele vai tentar caprichar na festa, vai tentar caprichar nos efeitos, na eficácia simbólica da festa-ritual. E vai conturbar o ambiente, esse é o objetivo! A gente tem que sempre pensar quais são os objetivos para saber se eles vão ser cumpridos, se esse for o objetivo, eu quero crer que ele terá grande sucesso. Se isso terá impacto nas eleições de outubro, já é outra conversa, mas que impacto terá e que isso é alimento para os fiéis seguidores do 'mito' eu penso que sim, será um grande alimento".

Em virtude das comemorações do bicentenário da independência, a Companhia na Educação promoverá a live “O mito do 7 de setembro: uma visão crítica do bicentenário” com Carlos Lima Jr., Lilia M. Schwarcz e Lúcia K. Stumpf, autores do livro "O sequestro da Independência" (2022).

Pelo caráter educativo e crítico da história brasileira, a intenção dos autores nessa conversa é compartilhar com educadores de todo o país uma visão processual e multifacetada – balizada na análise de diferentes fontes históricas, mas principalmente imagens – acerca da independência do Brasil, datada de 7 de setembro de 1822.

Não perca! Aproveite para compartilhar com estudantes, coordenadores pedagógicos e professores de História, Arte e Humanidades. Essa é mais uma oportunidade para potencializar os conhecimentos e análises interdisciplinares.

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20
Jun22

A linha golpista

Talis Andrade

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Ofício do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, endossa as ameaças de Jair Bolsonaro

 

 

por Paulo Sérgio Pinheiro /A Terra É Redonda

Há meses pairam dúvidas sobre a posição das forças armadas diante de eventual golpe ou tumulto antes ou depois das eleições. Agora, todas as dúvidas se dissiparam. Se levarmos em conta recente manifestação do ministro da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o alinhamento daquelas com a linha golpista do presidente parece ter se consolidado.

Durante a Cúpula das Américas, em Los Angeles, no encontro com o presidente Joe Biden, o presidente brasileiro, com colinha na mão, clamava “queremos eleições limpas, confiáveis e auditáveis para que não sobre nenhuma dúvida depois sobre o pleito. Tenho certeza que ele será realizado nesse espírito democrático”.

Quase ao mesmo tempo, em Brasília, em ofício ao ministro presidente do TSE, Edson Fachin, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, endossava as ameaças de Bolsonaro dizendo: “não nos interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores”. Essa desconfiança está somente na cabeça do presidente, do ministro e dos extremistas de direita, pois a maioria esmagadora das eleitoras e dos eleitores confiam nas urnas eletrônicas.

No ofício “técnico”, o general afirma “que até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE (Comissão de Transparência das Eleições)”. Sob a alegação de que o TSE não promoveu uma discussão “técnica” das propostas dos militares. Nunca vi, em toda história da República desde 1988, ministros militares expressarem dor de cotovelo por não serem “prestigiados” por um tribunal superior. O papel precípuo do TSE não é de prestigiar qualquer segmento, a não ser o eleitorado.

E se o general achar que o ministro Edson Fachin não prestigia suficientemente o ego das Forças Armadas, o que vai fazer o ministro da Defesa? Cassar os ministros? Fechar o TSE? Na realidade, ao assumir todas as bandeiras negacionistas do presidente em relação às urnas eletrônicas, o ministro, numa linguagem melíflua, ensaia um “pronunciamento” bem no estilo das banana republics do continente em que militares dão ultimatos a cortes supremas.

Depois de ter voado 4034 quilômetros de Los Angeles a Orlando para uma motociata, retornado ao Brasil, o presidente dá imediatamente um reforço ao “pronunciamento” do ministro da Defesa. Bolsonaro atesta que o ofício da Defesa é “técnico”, que “não podemos ter eleição sob desconfiança” e que a Defesa levantou “centenas de vulnerabilidades” sobre a eleição.

Na especificação das propostas militares o ministro se alinha ainda mais com a desqualificação do TSE em curso pelo presidente da República ao pedir que o órgão facilite a auditoria das urnas pelos partidos políticos. Aliás, como defende o presidente: “o que completaria um rol de medidas aptas a aumentar a transparência do processo”. É exatamente o que se propõe o Instituto Voto Legal, uma empresa indicada pelo PL, partido de Bolsonaro, que para fiscalizar e auditar as eleições pretende alterar as regras do TSE.

No final do ultimato é invocado o mesmo trololó da necessidade do aprimoramento das urnas eletrônicas, “implicando, assim, que (sic) a adoção de medidas de aperfeiçoamento seja permanente e feita com máxima segurança, transparência e confiabilidade e possa ser auditável em todas as suas fases”. Evidentemente, com a implementação de todas as propostas feitas pelas Forças Armadas. O presidente ele mesmo não teria encontrado melhor formulação da linha golpista contra as eleições que, agora sabemos, as forças armadas aderem com entusiasmo.

Assustador, obsceno, patético. Pelo menos deve servir como alerta para que a OAB, ABI, ABC, SBPC, organizações da sociedade civil, sindicatos e centrais de trabalhadores, universidades, centros de pesquisa, associações patronais, candidaturas democráticas de todos os partidos à presidência e aos governos estaduais, abandonem a fantasia que as eleições de outubro vão transcorrer com tranquilidade e que as instituições vão funcionar. Ledo engano, não vão mesmo, a não ser provavelmente o Ministério Público Federal nos estados, o TSE, STF, alguns governos estaduais não bolsonaristas, o Senado talvez. Melhor todas e todos começarem a construir a resistência pacífica e competente ao golpe em preparação à vista de toda a sociedade.

Questão 12 | Enem Revisão | Educação

Entidades e movimentos da sociedade civil... - CUT - Central Única dos  Trabalhadores

30
Mar22

Moro-lavajatismo e bolsonarismo pavimentaram via do fascismo no Brasil

Talis Andrade

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por Jeferson Miola 

A absurda tentativa de censura do ministro bolsonarista do TSE Raul Araújo a artistas que se apresentaram no Lolapalooza traz à tona a grave realidade de entranhamento e captura do judiciário e do conjunto das instituições do Estado brasileiro pela extrema-direita.

A extrema-direita se robusteceu nos últimos anos no país com uma atuação em pinça:

[i] numa haste dessa pinça, a existência de agentes públicos atuando por dentro, corroendo e corrompendo as instituições de Estado para atuar partidariamente e interferir na política. Fenômeno notadamente marcante no Ministério Público, judiciário, polícias militares, Polícia Federal, Forças Armadas; e,

[ii] na outra haste da pinça, o protagonismo de organizações emuladas e, inclusive, financiadas desde o estrangeiro. Movimentos como MBL, Vem Pra Rua, Livres e outros, promotores de mobilizações sociais alavancadas com financiamento empresarial, respaldaram todos atentados perpetrados contra o Estado de Direito, conferindo apoio massivo e midiático das classes médias à degradação da democracia.

Think tanks como Instituto Millenium, Instituto Liberal, Instituto Mises Brasil, que atuam como centros ideológicos do grande capital para a elaboração e difusão do ideário conservador, reacionário e ultraliberal, serviram como elos de ligação das duas hastes dessa pinça.

Com impérios midiáticos cada vez mais influentes, as facções extremistas do fundamentalismo neopentecostal cumpriram e seguem cumprindo um papel central na produção de uma subjetividade odiosa e fascista em amplas camadas populares.

É notória a simbiose entre os agentes públicos que depravaram as funções de Estado e o extremismo religioso.

O “fervor religioso” é permanentemente evocado por procuradores-pastores, juízes, policiais e generais “tementes a deus” – muitos deles que, com uma retórica hipócrita, se irmanam na roubalheira em nome de deus”. A devoção religiosa” está inclusive presente no bordão eleitoral ilegalmente convertido em consigna oficial: “deus acima de todos”.

A mídia hegemônica, por meio do jornalismo de guerra para tentar, sem êxito, o aniquilamento de Lula e do PT, funcionou como vetor para a legitimação e, também, para a naturalização dos processos de corrupção institucional e de deturpação do exercício das funções públicas por juízes, procuradores, delegados federais, generais.

As duas facções contemporâneas da extrema-direita brasileira que se firmam neste processo em pinça – a Moro-lavajatista e a bolsonarista [partido dos generais] – agiram em planos paralelos nos respectivos campos de intervenção no período; mas, no entanto, atuaram de modo articulado e coordenado na estratégia comum de desestabilização política que visava a derrubada dos governos petistas para a tomada do poder.

Interessante recordar, neste sentido, as condecorações rotineiras das Forças Armadas, principalmente do Exército, concedidas a Sérgio Moro, aos desembargadores do TRF4 e de outros tribunais, assim como a outros integrantes do judiciário entre os anos 2010 e 2022.

A eleição de Bolsonaro em 2018, que exponenciou o ascenso fascista no Brasil e estabeleceu a hegemonia bolsonarista no espectro que vai da centro-direita à extrema-direita, seria impensável sem a atuação nefasta da gangue da Lava Jato na corrupção do sistema de justiça do país.

As relações convergentes e de camaradagem entre as duas facções só ficaram relativamente abaladas com a saída de Sérgio Moro do ministério bolsonarista. Nem mesmo este episódio, contudo, representou uma ruptura política irreversível no campo da extrema-direita.

A captura e a partidarização disfarçada das instituições de Estado com a conivência da mídia, em especial da Rede Globo, foi essencial para a escalada fascista.

O Moro-lavajatismo e o bolsonarismo pavimentaram a via do fascismo no Brasil. A escalada autoritária, a censura, o gangsterismo político e a “milicianização” das instituições são sintomas disso.

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22
Ago21

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA DIRIGIDO AO PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

Talis Andrade

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Os ex-ministros da Justiça e da Defesa, em virtude da crise institucional derivada da representação promovida pelo presidente da República, solicitando ao Senado Federal o afastamento por crime de responsabilidade de ministro do Supremo Tribunal Federal, vêm dirigir-se ao Presidente do Senado Federal nos seguintes termos:

Presidente e ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral manifestaram-se em nota assegurando a transparência e segurança das urnas eletrônicas instituídas há 25 anos e continuamente aperfeiçoadas para garantia da higidez do sistema eleitoral. Tal não bastou ao Senhor Presidente da República, que em “live” reconheceu não ter provas, mas assim mesmo lançou no espírito dos brasileiros dúvidas acerca da correção do sistema eletrônico de votação, requerendo a instalação de voto impresso que ofenderia o sigilo do voto.

Em face das inverdades difundidas, o Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, acolheu representação de seu Corregedor-Geral, a fim de ser averiguada a ocorrência de infração decorrente da difusão de notícia falsa, cumprindo o Tribunal o dever de agir, sob pena de estar a prevaricar.

Igualmente, inquérito foi instaurado para verificar se ocorrera indevida veiculação de documentação coberta por sigilo relativa à investigação referente à invasão do TSE por hacker em 2.018. Dados desse inquérito sigiloso foram divulgados pelo senhor presidente em entrevista conjunta com o deputado Felipe Barros, no intuito de tentar demonstrar a existência de fraudes nas eleições e ratificar suas declarações anteriores. Não poderia haver outra conduta diante do fato ocorrido, ou seja, de provável violação de sigilo, senão a obrigatória instalação de procedimento investigatório.

De outra parte, em defesa das instituições democráticas, em especial diante de ameaças ao funcionamento dos órgãos superiores da justiça, medidas foram determinadas por ministro do Supremo Tribunal Federal.

Estabelecendo constante confronto como forma de ação política, agora o presidente da República elegeu por inimigo o Judiciário e individualizou o ataque na pessoa dos Ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, entrando contra o primeiro de forma inusitada com pedido de impeachment junto ao Senado Federal, na forma do art. 52 da Constituição Federal e dos arts. 39 e seguintes da Lei n. 1.079/50.

O presidente da República segue, dessa maneira, o roteiro de outros líderes autocratas ao redor do mundo que, alçados ao poder pelo voto, buscam incessantemente fragilizar as instituições do Estado Democrático de Direito, entre as quais o Poder Judiciário.

Essa aventura política, que visa a perenizar uma crise institucional artificialmente criada, deve ser cotarda em seu nascedouro, pois manifesta a absoluta inadequação típica da conduta dos ministros ao descrito nos incisos do art. 39 da Lei n. 1079/50 . Frise-se, ainda, que admissão desse procedimento contra ministro do Supremo Tribunal Federal, inseriria em nossa ordem jurídica verdadeiro crime de hermenêutica, coactando a ação de nosso sistema de Justiça.

Eventual seguimento do processo surtirá efeitos nocivos à estabilidade democrática, de vez que indicará a prevalência de retaliação a membro de nossa Corte Suprema gerando imensa insegurança no espírito de nossa sociedade e negativa repercussão internacional da imagem do Brasil.

A inépcia da inicial justifica que seja rejeitada in limine, por decisão do presidente da Casa, pois destituído o pedido de justa causa em face da evidente inexistência do fato ilícito noticiado, mero capricho do mandatário do país a transformar o Senado Federal em instrumento de perseguição pessoal e de meio para tumultuar a nação.

Do Supremo Tribunal Federal vem a lição de que:

“A ausência de justa causa impede a válida e legítima instauração de procedimentos penais condenatórios, pois nada pode justificar o abuso de poder, a acusação arbitrária ou a injusta restrição da liberdade individual.’

Em outra decisão, expõe-se:

“Assim como se admite o trancamento de inquérito policial, por falta de justa causa, diante da ausência de elementos indiciários mínimos demonstrativos da autoria e materialidade, há que se admitir – desde o seu nascedouro – seja coarctada a instauração de procedimento investigativo, uma vez inexistentes base empírica idônea para tanto e indicação plausível do fato delituoso a ser apurado ”.

Da mesma forma como cabe o trancamento de inquérito policial, quando restar demonstrado, de plano, a ausência de justa causa para o seu prosseguimento devido à atipicidade da conduta atribuída ao investigado” , cabe suprimir-se, de imediato, o procedimento deste pedido de impeachment, sem a necessidade de qualquer exame valorativo do conjunto fático-probatório, por comissão especial constituída no Senado Federal.

Assim, em face da evidente atipicidade da conduta e da tentativa de se instrumentalizar esta Casa do Legislativo, para tumultuar o regime democrático, é imperioso dar de plano fim a esta aventura jurídico-política, pois o contrário seria sujeitar o nosso Judiciário a responder a um processo preliminar no Senado Federal para atender simples capricho do presidente que vem costumeiramente afrontando as linhas demarcatórias da constituição.

Destarte, em vista dos vários precedentes havidos no Senado Federal, especialmente na anterior legislatura, conclama-se ao indeferimento liminar, em vista de os fatos narrados não se subsumirem às hipóteses previstas no art. 39 da Lei n. 1079/50, e logo também, por falta de justa causa, “sem lastro probatório mínimo indicativo de materialidade da infração imputada ”.

Dessa maneira, busca-se caminho que evite constrangimento indevido e conduza ao apaziguamento dos ânimos e à reafirmação do respeito e da confiança no Poder Judiciário e no Estado de Direito.

Com a convicção de que V. Exa. honrará a tradição democrática desta Casa e prestigiará a preservação da democracia arduamente conquistada após duas décadas de ditadura, encaminhamos este manifesto para que sirva como demonstração de nossa preocupação com o instante que vivemos no Brasil.

Miguel Reale Jr.

Jose Gregori

José Carlos Dias

Aloysio Nunes Ferreira

Tarso Genro

Celso Amorim

Eugenio Aragão

Jacques Wagner

Raul Jungmann

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22
Ago21

Dez ex-ministros da Justiça e Defesa assinam manifesto contra impeachment de Moraes

Talis Andrade

 

Integrantes dos governos FHC, Lula, Dilma e Temer afirmam que Bolsonaro está seguindo roteiro de "líderes autocratas" para "tumultuar o regime democrático" e pedem que presidente do Senado rejeite a iniciativa

 

por DW 

Dez ex-ministros da Justiça e da Defesa assinaram um manifesto, divulgado neste sábado (21/08), pedindo que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), rejeite o pedido de impeachmentdo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, apresentado nesta sexta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro.

O pedido de impeachment também já havia provocado reação da própria Corte, que divulgou uma nota oficial repudiando a iniciativa do presidente e manifestando apoio a Moraes.

O manifesto deste sábado é assinado por Miguel Reale Junior, José Gregori, Aloysio Nunes Ferreira e José Carlos Dias, que foram ministros do governo Fernando Henrique Cardoso; Celso Amorim, Jaques Wagner, José Eduardo Cardozo, Tarso Genro e Eugênio Aragão, que atuaram nos governos Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff; e Raul Jungmann, que foi ministro da gestão Michel Temer.

 

"Aventura política"

 

O texto afirma que Bolsonaro, ao pedir o impeachment de Moraes, está seguindo o "roteiro de outros líderes autocratas" e que a inciativa é uma "aventura política" para "tumultuar o regime democrático" que deve "ser coartada em seu nascedouro".

Os ex-ministros também manifestam "preocupação com o instante que vivemos no Brasil" e argumentam que Bolsonaro "vem costumeiramente afrontando as linhas demarcatórias da Constituição".

"Estabelecendo constante confronto como forma de ação política, agora o presidente da República elegeu por inimigo o Judiciário (...) O presidente da República segue, dessa maneira, o roteiro de outros líderes autocratas ao redor do mundo que, alçados ao poder pelo voto, buscam incessantemente fragilizar as instituições do estado democrático de direito, entre as quais o Poder Judiciário", diz o manifesto.

O documento também afirma que a aceitação do pedido do impeachment significaria a admissão do "crime de hermenêutica" e teria efeitos nocivos à estabilidade democrática, pois "indicará a prevalência de retaliação a membro de nossa Corte Suprema gerando imensa insegurança no espírito de nossa sociedade e negativa repercussão internacional da imagem do Brasil".

O texto manifesta ainda apoio a decisões recentes do Tribunal Superior Eleitoral, que abriu um inquérito administrativo para apurar ataques de Bolsonaro à legitimidade das urnas eletrônicas e à eleição de 2022, e do Supremo, que abriu um inquérito contra Bolsonaro para apurar a divulgação de uma investigação sigilosa sobre um ataque hacker ao sistema da Corte eleitoral.

 

Pacheco desqualifica pedido

 

O pedido de impeachment de Moraes será inicialmente encaminhado à advocacia do Senado, que dirá se ele é constitucional e se obedece ao regimento. Em seguida, o parecer será enviado a Pacheco, que decidirá pelo andamento ou arquivamento da denúncia.

Nesta sexta-feira, Pacheco disse que não antevia "fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para impeachment de ministro do Supremo, como também não antevejo em relação ao impeachment de presidente da República”.

Ele afirmou que não se renderá a "nenhum tipo de investida para desunir o Brasil”, e reafirmou que um processo de impeachment é "algo grave, excepcional, de exceção, que não pode ser banalizado”.

Bolsonaro já havia ameaçado no último sábado pedir o impeachment de Moraes e do ministro Luís Roberto Barroso, que também é o atual presidente do TSE. O presidente afirmou que ainda está preparando o pedido contra Barroso e que o formalizará no futuro próximo.

 

Decisões do Judiciário contra Bolsonaro e aliados

 

A iniciativa de Bolsonaro de pedir o impeachment de Moraes foi deflagrada após o Supremo e o TSE tomarem decisões que tentam limitar suas investidas contra as eleições de 2022 e instituições democráticas.

A ação do Judiciário ganhou força a partir de 2 de agosto, quando o TSE autorizou a abertura de um inquérito administrativo, na esfera eleitoral, para apurar se Bolsonaro cometeu crimes aos fazer "relatos e declarações sem comprovação de fraudes no sistema eletrônico de votação com potenciais ataques à democracia".

No mesmo dia, a Corte eleitoral enviou ao Supremo uma notícia-crime contra Bolsonaro pelo conteúdo de uma live  na qual ele difundiu teorias e informações falsas sobre fraudes no sistema eleitoral. Reagindo ao pedido do TSE, Moraes incluiu em 4 de agosto Bolsonaro como investigado no inquérito sobre fake news e atos antidemocráticos, que já tramita na Corte sob sua relatoria.

Em um dos primeiros atos como consequência dessa investigação, o ministro da Justiça, Anderson Torres, que participou da referida live ao lado do presidente, deu depoimento ao corregedor-geral eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, e reconheceu que não há prova de que tenham ocorrido fraudes nas eleições.

Em 9 de agosto, o TSE enviou uma nova notícia-crime ao Supremo, solicitando a apuração de suposto crime de Bolsonaro na divulgação, em suas redes sociais, de informações confidenciais de um inquérito da Polícia Federal que apura a invasão de um hacker ao sistema interno da Corte. Novamente, Moraes aceitou a notícia-crime e determinou a abertura de uma nova investigação contra o presidente.

Em 13 de agosto, Moraes autorizou a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e aliado de Bolsonaro, no âmbito de um inquérito que apura a atuação de milícias digitais, por fazer parte do "núcleo político" de uma organização criminosa digital que visa "desestabilizar as instituições republicanas".

Nesta sexta, Moraes também autorizou, a pedido do Ministério Público, uma ação da Polícia Federalcontra o cantor Sérgio Reis, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e de outros oito bolsonaristas investigados por incitar atos contra a democracia e o Estado de direito.

 

"Juiz absolutista que concentra poderes"

 

No pedido de impeachment de Moraes, Bolsonaro afirma que as ações do ministro "transbordam os limites republicanos aceitáveis” e alega que ele não "tem a indispensável imparcialidade para o julgamento dos atos” envolvendo o nome do presidente.

Para Bolsonaro, Moraes se comporta "como um juiz absolutista que concentra poderes de investigação, acusação e julgamento”.

Ele ainda menciona no pedido o fato de Moraes ter acolhido a notícia-crime do TSE e ter decidido investigá-lo por suposto vazamento de dados sigilosos de inquérito da Polícia Federal referente a um ataque de hackers ao Tribunal Superior Eleitoral em 2018.

"A notícia-crime é encaminhada pelo Excelentíssimo ministro Alexandre de Moraes (e seus pares, do TSE) para o próprio Excelentíssimo Ministro Alexandre de Moraes, no STF. Pior, sem a oitiva do Ministério Público Federal”, afirma o texto.

29
Mai21

CPI ignora assuadas de Bolsonaro

Talis Andrade

Charge do Zé Dassilva: vindo com tudo | NSC Total

 

por Alex Solnik

- - -

Tenho a terrível sensação de que os 11 senadores da CPI da Covid não conhecem a lei que criou as CPIs. Ou, se a conhecem, a ignoram solenemente.

As Comissões Parlamentares de Inquérito foram criadas através da Lei 1.579, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas a 18 de março de 1952.

O artigo 2o. afirma o seguinte:

“No exercício de suas atribuições, poderão as Comissões Parlamentares de Inquérito determinar diligências que reputarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquerir testemunhas sob compromisso, requisitar da administração pública direta, indireta ou fundacional informações e documentos e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença”.

Está muito bem definido, portanto, que só podem ser convocadas quaisquer autoridades federais abaixo de Ministro de Estado e nenhuma acima. Ou seja, Presidente da República não pode.

Podem ser convocadas quaisquer autoridades estaduais, mas não o governador.

Quaisquer autoridades municipais, mas não o prefeito.

É espantoso que os próprios senadores que integram a CPI da Covid não conheçam as limitações impostas há 69 anos e tentem transgredir a lei e, portanto, a constituição.

Jamais deveriam ter convocado governadores, seja por que acordo fosse. É um acordo espúrio. Ilegal. Inconstitucional. Imposição dos três governistas que foi engolida pelos oito oposicionistas. Vá dormir com um barulho desse.

Se querem investigar governos estaduais podem chamar no máximo secretários de Estado, não o titular do mandato.

Mas o fizeram, ao arrepio da lei, forçando a iniciativa de 18 governadores de ingressar com ação no STF. Perda de tempo: o ministro do caso vai responder o óbvio: governadores não podem ser convocados por nenhuma CPI.

A decisão não corre o risco de ser diferente, mas, em razão disso, os governadores vão ficar com a pecha de fujões da CPI, de quem tem algo a esconder, de tentar se eximir de possíveis crimes.

Alguns deles provavelmente têm o que temer, mas a nódoa atingirá a todos, sem exceção, o que só interessa a Bolsonaro e a seus senadores amestrados para tumultuar e desviar atenção do verdadeiro responsável pelas consequências devastadoras da pandemia.Diário do Bolso: prova, isolamento e CPI (como detesto) Destaques |

Falando em tumultuar, os senadores da oposição deveriam atentar para o artigo 4o. da Lei das CPIs que diz o seguinte:

“Constitui crime impedir ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas o regular funcionamento da CPI ou o livre exercício das atribuições de qualquer de seus membros”.

“Assuadas” é sinônimo de desordem, tumulto, confusão, vaias, apupos, arruaças, escarcéu, gritos.

Bolsonaro não tem feito outra coisa desde o início da CPI. E nenhum senador pôs a boca no trombone.

Charge - Subnotificação coronavirus brasil - Blog do Gilmar - UOL

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