Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

12
Dez21

Bolsonaro diz que o riquinho Dallagnol ligou para ele para ser o procurador geral da República (vídeo)

Talis Andrade

tomou-tomoro dallas.jpg

 

 

Sergio Moro era o super ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro. O escolhido foi Augusto Aras

 

Neste domingo (12) Jair Bolsonaro publicou um vídeo nas redes sociais afirmando ter rejeitado uma audiência com o ex-procurador-chefe da Lava Jato de Curitiba, Deltan Dallagnol.

O pedido para furar a fila da lista tríplice votada pelo mpf, teria ocorrido em 2019, quando se especulava sobre uma possível indicação de Deltan para ocupar o posto de procurador-geral da República. O escolhido foi Augusto Aras.

“Se eu tivesse audiência com ele, com toda certeza não ia indicá-lo para PGR. Mas iria sair uma história pronta. Como faziam por ocasião de alguns depoimentos por ocasião da Lava Jato... Escrevia o depoimento, chamava o cara para assinar. E ia falar o quê? Que eu teria feito proposta indecorosa para ele. Salvar um amigo, parente”, disse Bolsonaro, se referindo às revelações de delações premiadas fraudadas pela Lava Jato.

Político da extrema direita, Deltan se filiou oficialmente ao Phodemos, na última sexta-feira (10), em um hotel de luxo longe do povo em geral, em um evento que contou com a presença do ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato a presidente pela mesma legenda. 

Na quinta-feira (9), Bolsonaro disse que Moro só fazia "intrigas" enquanto estava no governo. “A Polícia Federal faz o seu trabalho, a PRF [Polícia Rodoviária Federal] nunca teve tanta produtividade depois que nós chegamos. Em especial aquele outro cara, que não fazia operação no estado que interessava para ele. Mesmo com toda a liberdade, nunca mostrou serviço, a não ser, também desde o começo do mandato, fazer intrigas”, disse.

A tradição de formação da Lista Tríplice iniciou-se em 2001. 

De 2001 até agora, a Lista Tríplice para o cargo de Procurador-Geral da República só não havia sido acatada em sua primeira edição. A partir de 2003, o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passou a reconhecer e prestigiar a escolha dos procuradores da República para o cargo de chefe do órgão. O costume foi mantido por Dilma Rousseff e Michel Temer, mas Jair Bolsonaro o interrompeu em 2019.

Podem se candidatar ao cargo membros de carreira do Ministério Público Federal, em atividade e maiores de 35 anos.

Os procuradores da República habilitados a votar têm a possibilidade de escolha plurinominal, facultativa e secreta.

Após o resultado das eleições, a ANPR é a responsável por encaminhar os três nomes mais votados aos presidentes da República, do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, bem como ao Procurador-Geral da República e ao Conselho Superior do MPF. Dessa forma, o chefe do Executivo pode avaliar os anseios da carreira antes de repassar ao Senado Federal o nome do indicado.

Em 17 de junho de 2019, dez membros do Ministério Público Federal concorreram à lista tríplice para procurador-geral da República. Os mais votados foram o subprocurador-geral da República Mário Bonsaglia (478); a subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen (423); e o procurador regional da República Blal Dalloul (422). Ao todo 82% dos membros do MPF votaram na eleição. Pela primeira vez em 18 anos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, rejeitou a indicação dos procuradores e nomeou como PGR o subprocurador-geral da República Augusto Aras. Bolsonaro acabou com a politicalha na ANPR.

Em 22 de junho de 2021, o Ministério Público Federal insistiu. Com a participação de 70% dos membros do Ministério Público Federal, a lista tríplice teve como eleitos os subprocuradores-gerais da República Luiza Frischeisen (647), Mario Bonsaglia (636) e Nicolao Dino (587). Pela segunda vez, Jair Bolsonaro rejeitou a indicação dos procuradores e reconduziu ao posto o subprocurador-geral da República Augusto Aras, acabando com a ditadura corporativa. 

dallas tucano .jpg

Dallagnol politicava com os tucanos, mas a legenda tem candidato escolhido em uma prévia. Dallagnol teve que ficar com os marrecos. 

 

 

 

 

29
Nov21

Xico Sá diz que mídia esconde "mutretas" de Moro e que isso já o faz descrer do jornalismo

Talis Andrade

moro-fascista.jpg

fascismo simbolo.jpeg

 

 

 

O jornalista Xico Sá lamenta a propaganda que veículos da imprensa corporativa têm feito para o ex-juiz incompetente de Curitiba, candidato da extrema direita volver

 

O jornalista Xico Sá publicou uma série de tweets em que lamenta a campanha de propaganda que vários setores da mídia corporativa brasileira têm feito para o ex-juiz suspeito Sergio Moro, que foi declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal, ao perseguir o ex-presidente Lula. Xico Sá diz que este comportamento já o faz descrer do jornalismo. Confira:

13
Set21

Perigo do apoio de parte dos militares e da PM

Talis Andrade

 

Image

Lafa no Twitter
 
Ignorância Times - Quadrinhos
Reinaldo Azevedo
Os golpistas se dizem cristãos. A foto abaixo, de um deles, ilustra esse cristianismo. E vamos à semiótica. Veja a foto do “Mito” que foi escolhida. Do cabelo à sombra no rosto que sugere um bigodinho, parece que se busca uma associação de personagens, não? Cristo andava armado?
Image
Reinaldo Azevedo (@reinaldoazevedo): Acostuma-te à lama que te espera, Mito!

Hildegard Angel
Mérito de Lava Jato, Moro, José Serra, tucanato em geral, jornalistas lesa pátria, mídia corporativa, Temer, Pedro Parente. Todos merecem o banco dos réus por alta traição à Pátria brasileira.Image

Image

talisandrade
Queiroz assassino e parceiro miliciano de Adriano da Nóbrega que virou arquivo morto.
Juliana Dal Piva
Fabrício Queiroz tietado no RJ nas manifestações antidemocráticas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Na conta dele entraram mais de de R$ 2 milhões de um grupo de 11 assessores de @FlavioBolsonaro.
Image
A questão nunca foi o tamanho das manifestações golpistas, mas a reação das instituições. Não dá pra minimizar o perigo. São loucos, estão descolados da realidade, mas tem apoio de ao menos parte dos militares e da PM.Image

Charge Falada entrevista LafaAlmanaque Virtual - Cultura em Movimento

Os apresentadores do podcast Charge Falada, Miguel Paiva e Renato Aroeira, entrevistaram na última semana o chargista Daniel Lafayette, o Lafa, cuja trajetória confirma a inesgotável criatividade que garante o permanente surgimento de novos cartunistas.

O artista começou publicando em um jornal de bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, em 1995, passando depois a desenhar tirinhas no Jornal do Brasil e na revista MAD. Ainda lançou uma coletânea pelo extinto selo Barba Negra da Editora Leya, chamado Ultralafa. 

O reconhecimento de seu talento mereceu prêmios no Salão Internacional de Humor de Piracicaba e no Salão Carioca de Humor.

Lafa, com sua modéstia, prefere não ressaltar esses prêmios. Exagero da parte dele. Ele merece todos os reconhecimentos. É desenho de primeira com ideias fantásticas

Sobre a motivação de publicar diariamente suas charges nas redes sociais, diz que foi um tiro no pé [o governo] atentar contra a cultura do País, pois mexeu com os chargistas e colocou a categoria mais mobilizada.

“O que não tem a menor graça nesse momento é esta coisa de não poder falar dos militares. Por quê?”, pergunta o convidado.

Miguel e Aroeira atestam que os cartuns de Lafa são, além de tudo, logomarcas, logotipos de humor de grudar nos olhos. Sintéticos e sofisticados como devem ser os desenhos de humor.

O Charge Falada é apresentado por Renato Aroeira e Miguel Paiva, do 247, e produzido pela Rádio GARAGEMImageDaniel Lafayette lança livro de tiras em quadrinhos na La Cucaracha, em  Ipanema - Jornal O Globo

Almanaque Virtual entrevista Daniel LaFayette

por Bruno Rios Evangelista

Daniel LaFayette. Nem digo que é para guardar este nome, pois inevitavelmente você ouvirá falar dele. Embora não seja exatamente um novato (está na ativa desde 1997), este cartunista carioca vem chamando a atenção de fãs e de consagrados quadrinistas com suas divertidas tiras. Daniel foi colaborador da revista independente Tarja Preta e trabalhou no Jornal do Brasil entre 2005 e 2007. Em 2009, juntamente com os cartunistas Tiago El CerdoStêvz e Eduardo Arruda lançou o álbumBeleléu, e a editora Leya/Barba Negra lançou o livro Ultralafa (176 páginas), compilação das melhores tiras publicada no blog do autor.

Almanaque Virtual - Vamos começar com sua biografia: quando começou o seu interesse por quadrinhos? Como foram os "primeiros passos" de sua carreira?
Daniel LaFayette - Comecei publicando num jornal de bairro de Jacarepaguá acho que em 1997. Naquela época não tinha tantas referências e acabava meio que copiando o estilo de alguns caras, tais como Matt Groening, Angeli e Henfil.

AV - Por favor, fale sobre suas maiores influências, sejam elas oriundas do mundo das HQs ou não.
DL - Difícil falar. Ao citar alguns nomes a gente sempre acaba esquecendo de outros tão importantes quanto. Mas tive muita influência de animadores como John Kricfaluzi (Ren & Stimpy), Matt Groening (Os Simpsons) e Mike Judge (Beavis & Butt-head) além dos clássicos da Warner e Hanna-Barbera. Cartunistas que me influenciaram são muitos. Devo citar ao menos Laerte, Angeli, Adão Iturrusgarai e Allan Sieber. Mas são muitos, muitos mais.

AV - O seu primeiro álbum solo pela Leya/Barba Negra. Como surgiu?
DL - Eu já sondava o Lobo (fundador da Barba Negra) desde que ele trabalhava em outra editora. A recíproca também é verdadeira pois já faz tempo que ele também me mostra interesse pelo projeto. Até que a idéia enfim amadureceu o suficiente para sair das mesas de bar e ir parar nas gráficas.

AV. Você publicou em revistas independentes como a Tarja Preta e a Beleléu, mas também trabalhou durante dois anos no Jornal do Brasil. A seu ver, qual a dirença entre aqueles trabalhos mais "underground" e o conteúdo criado para a grande imprensa? Existe a necessidade de "suavizar" o material?
DL - Olha, enquanto trabalhei pro Jornal do Brasil eu fiz o que me dava na telha. Quando fui entrevistado pelo Ziraldo para ver se conseguia a vaga, ele viu meus desenhos e disse pra que eu tomasse cuidado com essa coisa de criticar religião e isso talvez tenha ficado na minha cabeça porque, pensando agora, não fiz muitos quadrinhos falando de religião enquanto trabalhei lá.

AV. Poderia nos contar sobre a experiência em lançar uma revista própria (a Beleléu)? 
DL - A Beleléu é linda. Mas é filha de quatro pais e eu sou o pai menos atencioso dos quatro. Brinco com os outros que eu sou o pai que bebe e maltrata o filho quando chega em casa. Na verdade eu entrei de gaiato na Beleléu, mas acho que acabou fechando perfeitamente com o trabalho do Tiago El Cerdo, Stêvz e Eduardo Arruda. Mas foram eles que deram vida ao projeto. 

AV. A respeito dos seus quadrinhos: você prefere trabalhar com um personagem fixo ou com idéias diversas?
DL - Gosto das duas coisas. Se um personagem me cativa o suficiente para se tornar recorrente nas minhas tiras, então ele naturalmente ganha espaço. Mas geralmente não me preocupo com isso, o que acaba por me fazer criar histórias sem compromisso com um personagem fixo.

AV. Você trabalha com humor em quadrinhos, e no Brasil os quadrinhos de humor geralmente são bem "escrotos", no bom sentido. Mas atualmente existe meio que um ranço do "politicamente correto" na sociedade. Como você lida com isso? Existem limites para o humor, algum tema que você considera tabu?
DL - É, esse lance do "politicamente correto" é complicado, porque as vezes você vê algo "politicamente incorreto" simplesmente por não ter sacado as referências que o cartunista colocou no seu desenho. Se você tiver sido criado numa família ultraconservadora e de repente dá de cara com uma Chiclete com Banana é capaz de você se sentir ofendido. Mas eu acho que quadrinho é pra ofender, também. O Jaguar diz que o cartum tem que ser "uma porrada gráfica". Mas geralmente, o que acontece é um ruído de comunicação. Hora o cartunista não soube passar bem a mensagem, hora é o leitor que não soube ler a piada. Quando as duas coisas acontecem ao mesmo tempo, vira polêmica.

AV. Para terminar, quais são os seus planos para o futuro?
DL - Essa coisa de fazer planos não é comigo. O único plano que tenho é o de saúde. No mais, estamos aí pra ver o que acontece. (Transcrevi trechos de uma entrevista de 09/04/2011)

cartum---jogo

27
Nov20

Governo Covas repassa milhões para organizações de saúde que não cumprem metas

Talis Andrade

Covas_OS.jpg

Justiça aceita denúncia e Doria, Covas e ex-secretários viram réus por  carnaval de rua em SP | Carnaval 2019 em São Paulo | G1O governo do candidato Bruno Covas não cobra das parceiras na saúde o cumprimento das metas de atendimento à população, mas repassa as verbas integralmente

 

Gestão tucana não aplica descontos previstos e faz repasses mensais completos a entidades parcerias que não cumprem a meta de consultas médicas contratadas

 

Por Rodrigo Gomes /RBA

Relatórios de produção das Organizações Sociais de Saúde (OSS) parceiras do governo do prefeito e candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) mostram que as gestoras de unidades de saúde quase nunca cumprem as metas de consultas médicas para atendimento da população. Apesar disso, recebem os repasses mensais completos, sem aplicação dos descontos devidos pelos descumprimentos, conforme os contratos de estabelecidos pela administração municipal. A RBA obteve planilhas de quatro organizações sociais dos anos de 2017, 2018 e 2019. Em todos os anos houve descumprimento de metas de consultas de pediatria, ginecologia e clínica médica, além das consultas de Saúde da Família.

Pelos próprios critérios de avaliação da prefeitura, as organizações parceiras na saúde prestam um atendimento insatisfatório na maioria dos quesitos. As metas são distribuídas da seguinte forma: de 100% a 85% da meta cumprida é considerado um índice satisfatório; de 84,99% a 70%, insatisfatório; de 50% a 69,99%, crítico; e abaixo de 50%, alarmante. Os contratos preveem descontos de até 10% do repasse por descumprimento de metas abaixo de 85%.

Os dados são de cada ano, com exceção de 2019, cujos dados vão até até julho. As OSS não concorrem em licitações, apenas atendem a chamamentos públicos e são habilitadas segundo critérios do governo municipal.

No caso da OSS Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SDPM), as planilhas mostram descumprimento de consultas de médico da família nos três anos, recebendo a avaliação “insatisfatório”. Já a meta de consultas de ginecologia foi considerada crítica em 2017 e 2019, e insatisfatória em 2018. As consultas de pediatria foram consideradas insatisfatórias no ano passado. A única meta cumprida foi nas consultas de clínica geral. Os dados são do contrato de gestão R004, para a Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Perus/Pirituba.

SPDM metas.jpg

O governo Covas ignorou o descumprimento de metas da organização parceira na saúde. E não descontou os valores relativos a esses descumprimentos nos meses subsequentes, como mostram os termos aditivos e as prestações de contas da OSS SPDM, as quais a RBA teve acesso. Os valores se mantêm ou são aumentados ao longo dos meses. A organização recebeu R$ 18,6 milhões em julho, mas descumpriu as metas de consultas de ginecologia, pediatria e saúde da família. Mesmo assim, recebeu R$ 18,6 milhões em agosto e R$ 19,1 milhões em setembro.

contrato covas.jpg

Trecho do contrato de gestão com OSS SPDM

 

No caso do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), a situação é semelhante. A organização teve cumprimento de metas insatisfatório para consultas de saúde da família (2017 e 2018), clínica geral (2017) e ginecologia (2018 e 2019). Recebeu grau crítico para consultas de ginecologia e pediatria, em 2017. E grau alarmante nas consultas de pediatria em 2019 (até julho – não foram divulgados dados posteriores). Mesmo quando atinge o nível satisfatório, os dados mostram que o percentual de cumprimento esteve abaixo dos 100%. No entanto, não constam dos termos de aditamento, nem das prestações de contas, o desconto de valores referentes a essas metas descumpridas.

A OSS iniciou o ano de 2019 recebendo R$ 12,4 milhões para custeio. Em dezembro, o valor subiu para R$ 15,6 milhões. Os dados são do contrato R021, para a Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Santana/Tucuruvi/Jaçanã/Tremembé.

iabas metas.jpg

A OSS Casa de Saúde Santa Marcelina, também parceira do governo Covas na saúde, só conseguiu cumprir as metas em nível satisfatório nas consultas de clínica geral e nas consultas de Saúde da Família do ano passado. Todo o restante – consultas de ginecologia, pediatria e Saúde da Família (2017 e 2018) ficaram em nível insatisfatório segundo as planilhas analisadas pela RBA. Os dados são do contrato de gestão R011, para a Rede Assistencial das Supervisões Técnicas de Saúde Itaquera/Guaianases e Cidade Tiradentes.

consultas medicas.jpg

Sem especialistas para atender o povo de São Paulo


Na zona sul da cidade, outra organização parceira do governo Covas na saúde descumpre as metas de atendimento à população. Mas a situação da OSS Associação Saúde da Família tem uma peculiaridade. Nas 17 Unidades Básicas de Saúde sob gestão da organização, a população não é atendida por profissionais especialistas, só por médicos de Saúde da Família. Não há ginecologistas ou pediatras no atendimento de rotina. Apenas se este profissional avaliar que há necessidade, o paciente é encaminhado a uma unidade com especialista ou atendimento emergencial.

Mesmo assim, a OSS Associação Saúde da Família não cumpriu a meta de realização de consultas no ano passado. Mas recebeu os repasses normalmente, inclusive com aumento da verba em janeiro de 2020. Foram R$ 22,1 milhões, em dezembro, e R$ 23,2 milhões, em janeiro.

ASF metas.jpgMoradora do Jardim Monte Azul, na região do Grajaú, a fotógrafa Ingrid Novais contou que nunca teve consulta com ginecologista obstetra durante sua gravidez. E a filha recém-nascida nunca viu um pediatra. Ela relata não se sentir confortável com esse formato de atendimento. “Parece que a gente, na periferia, não merece ter atendimento médico específico. O médico da família é atencioso, mas nem sempre a consulta é com ele, muitas consultas são apenas com enfermeiros. E consulta com especialista é longe, em algumas unidades”, disse.

Leia mais:

27
Nov20

Sentindo eleição ameaçada, direita apela para ódio e terrorismo eleitoral

Talis Andrade

ImageImage

por Jeferson Miola

Com a divulgação de pesquisas sobre o 2º turno, o pânico tomou conta dos comitês de Brunos Covas/PSDB em São Paulo e de Sebastião Melo/MDB em Porto Alegre.

Tanto na capital paulista como na gaúcha, levantamentos indicam queda das intenções de votos nos candidatos da oligarquia dominante, e crescimento das candidaturas de esquerda de Guilherme Boulos/PSOL e Manuela D’Ávila/PCdoB/PT.

A disputa avança dramaticamente nestas 2 cidades na reta final de campanha, e o resultado do próximo domingo [29/11] tende a ser parelho em ambas.

Em São Paulo e em Porto Alegre observa-se o amontoo automático do chamado centro político, mais direita e mais extrema-direita bolsonarista para enfrentar as candidaturas de esquerda apoiadas pela centro-esquerda.

É interessante notar como os xingamentos e as brigas selvagens entre os candidatos e partidos do bloco conservador magicamente desapareceram. Agora, todos atuam em ordem unida para enfrentar o que consideram ser o inimigo comum – a esquerda e o campo progressista.

Para a oligarquia racista, o relevante não é apresentar propostas concretas para enfrentar problemas como finanças municipais, desemprego, moradia, saúde, educação, creches, saneamento básico, Plano Diretor e o desenvolvimento da cidade. A única obsessão deles é impedir que a esquerda vença para promover mudanças profundas no governo.

Está claro que a oligarquia não se junta a favor de um plano para a cidade. Eles apenas se amontoam em aglomerados reacionários para combater a esquerda. Não sem histeria, bradam contra a “ameaça comunista”, como se estivessem na Guerra Fria.

Até há alguns dias, as campanhas de Covas/PSDB em São Paulo e de Melo/MDB em Porto Alegre simulavam civilidade em público, ao mesmo tempo em que promoviam toda sorte de vilania e patifaria no subterrâneo das redes sociais e do WhatsApp.

Com os números das pesquisas recentes, contudo, as campanhas deles passaram a apelar para o ódio e o terrorismo abertos, inclusive promovendo sectarismo religioso na propaganda eleitoral.

Nos últimos dias começaram circular vídeos com sionistas defendendo o voto em Covas e acusando Boulos de antissemita. Na mesma linha, cristãos conservadores [católicos e evangélicos] transformaram igrejas, cultos e templos religiosos em comitês eleitorais do Covas, a partir dos quais proferem toda sorte de infâmias e demonizam Boulos.

O próprio Covas, talvez desesperado com o risco da derrota, parece esquecer que a disputa é para o governo da cidade de São Paulo, mas mesmo assim provoca Boulos a responder acerca de problemas de Cuba e da Venezuela …

Em Porto Alegre a chapa do Melo/MDB, integrada pelo fundador e coordenador do MBL no Rio Grande do Sul [Ricardo Gomes/DEM], é especializada em industrializar mentiras, ataques e baixarias.

Desde o 1º turno, Manuela tem sido alvo da pistolagem e banditismo político deste bando da direita extremista – mais detalhes aqui. A campanha dela derrubou na justiça mais de 530 mil publicações ofensivas, notícias falsas e calúnias no facebook.

Agora circula um áudio com relato da reunião do Ricardo Gomes com o poderoso sindicato patronal da construção civil, o SINDUSCON, no qual empresários são conclamados a votar no Melo, “porque se entrar essa vadia aí vai ser um problema muito sério para a cidade”.

Os programas de TV do Melo também ficaram mais violentos e apelativos. Melo finalmente saiu do esconderijo das redes e passou a atacar Manuela na TV e nas entrevistas. O candidato da direita racista tenta assustar a população com uma retórica anticomunista e antipetista, para infundir medo e pavor nos eleitores da Manuela.

É arriscado predizer alguma tendência de resultado no próximo 29 de novembro, dadas as incertezas das pesquisas, que acertam cada vez menos os prognósticos.

Mas, por outro lado, o comportamento desesperado dos candidatos da direita bolsonarista e bolsonarizada – em São Paulo e em Porto Alegre – autoriza supor-se que são bem realistas os “riscos” de vitória da esquerda e do campo progressista em São Paulo com Boulos, e em Porto Alegre com Manuela.Image

 
Image
25
Nov20

Vendo Boulos ameaçar sua reeleição, Covas “bolsonariza” campanha e tenta esconder o vice

Talis Andrade

dia internacional .png

247 - O Partido dos Trabalhadores afirmou nesta quarta-feira (25) que o candidato tucano Bruno Covas sentiu a sua reeleição na prefeitura de São Paulo ameaçada pelo candidato Guilherme Boulos (PSOL) e apelou para ataques pela direita, abandonando sua postura inicial de “centro”. Em entrevista à CBN, na terça-feira, Covas buscou atrelar Guilherme Boulos (PSOL) aos “regimes” de Cuba e Venezuela.

A postura de Bruno Covas destoou da que manteve nos 59 dias de campanha, registrou a Folha de S. Paulo, na terça-feira. A mudança é motivada pela irritação com a exploração mais acentuada de dois temas indigestos a Covas. A aliança do atual governador João Dória com Bolsonaro nas eleições de 2018 e as acusações que pesam contra seu vice", diz o partido em matéria da Agência PT

"O 'Bolsodória' relembra a aliança eleitoral de seu padrinho em 2018 e afirma a sua  vinculação com Dória e Bolsonaro, ambos campeões de rejeição na cidade. O outro incômodo expõe o vice, o vereador Ricardo Nunes (MDB), envolvido em caso de violência doméstica e denúncia de corrupção, no episódio da máfia das creches, que desviou recursos das escolas públicas".

Hoje, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, Felipe Neto indaga se o eleitor votaria "num homem acusado de violência Doméstica". 

felipe neto.jpegOAB : OAB/Eunápolis: 25/11 - Dia Internacional do Combate à Violência Contra  a Mulher

Image

21
Nov20

Entidades do movimento negro lançam manifesto em apoio a Boulos

Talis Andrade

Entidades do movimento negro como Educafro, Uneafro Brasil, Movimento Negro Unificado e Marcha de Mulheres Negras de São Paulo, lançaram o manifesto "SP Antirracista com Boulos", em apoio à candidatura do psolista que disputa o segundo turno das eleições em São Paulo.

"Nós, população negra organizada, mulheres negras, pessoas faveladas, periféricas, LGBTQIA+, que professam religiões de matriz africana, quilombolas, pretos e pretas com distintas confissões de fé, moradoras e moradores da cidade de SP, manifestamos nosso apoio à candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina e à urgência em derrotar o PSDB genocida e o bolsonarismo na cidade de São Paulo", diz trecho do manifesto.

Para derrotar o PSDB e o Bolsonarismo em São Paulo

 eleger Boulos e Erundinaactivists including members of Black Lives Matter march against the kiling of Black man Joao Alberto Silveira Freitas. (AP Photo/Andre Penner)

Nós, população negra organizada, mulheres negras, pessoas faveladas, periféricas, LGBTQIA+, que professam religiões de matriz africana, quilombolas, pretos e pretas com distintas confissões de fé, moradoras e moradores da cidade de SP, manifestamos nosso apoio à candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina e à urgência em derrotar o PSDB genocida e o bolsonarismo na cidade de São Paulo.

2020 é um ano que ficará marcado na história como aquele da avassaladora pandemia de corona vírus, que até agora custou 170 mil vidas brasileiras e que em São Paulo, sob a gestão de Covas, matou mais de 14 mil pessoas, grande maioria nas periferias desassistidas da cidade. Mas é preciso lembrar que este ano também será lembrado como aquele em que milhões de pessoas ao redor do mundo forçaram um aprofundamento do debate público sobre o combate ao racismo sistêmico e suas consequências sociais. Um caminho sem volta foi aberto e futuros governos terão que diversificar racialmente secretariados e ministérios, reconhecer a competência política e profissional de lideranças negras e femininas para atuação em diversos níveis.

O PSDB de Bruno Covas representa o projeto político genocida praticado há décadas por governos tucanos seja no nível municipal, seja nos momentos de dobradinha com governos estaduais, como é o caso agora, com Covas-Dória. Foi nesta gestão de Covas que a cidade de São Paulo presenciou, silenciosamente, o assassinato de 12 adolescentes vitimados pela ação violenta da polícia em repressão ao um baile Funk em Paraisópolis, há um ano. A aliança macabra entre Covas e Dória faz nosso povo sofrer, seja no espelhamento das políticas de segurança pública que fazem da guarda municipal tão violenta quanto a PM, sobretudo covarde no trato com pessoas em situação de rua e trabalhadores ambulantes, seja também nas políticas da assistência social, na precarização e terceirização de serviços públicos, na desvalorização do funcionalismo, nas politicas privatistas e de diminuição do estado de direito. O PSDB é germe do bolsonarismo que contaminou o país e que fez da população negra, mais uma vez, o principal alvo. Precisamos derrotá-los!

Neste segundo turno das eleições municipais em São Paulo, temos em Boulos e Erundina a possibilidade de virar o jogo e eleger uma gestão municipal comprometida com a vida do povo negro, que estabeleça como prioridade o enfrentamento ao racismo em suas mais diferentes expressões e intersecções. Para tanto, Boulos e Erundina devem caminhar lado a lado com os movimentos negros e periféricos, e reconhecer o movimento negro de São Paulo como força política consistente que é. É muito importante a criação de canais de diálogo, participação e construção real e por dentro, do próximo governo. A população negra organizada deve compor a gestão dos serviços públicos e da máquina pública a partir de pessoas negras orgânicas desses movimentos e suas pautas e reivindicações devem ser acolhidas.

A partir deste compromisso público junto às pautas dos movimentos negros, também sinalizadas em documentos orientadores da Coalizão Negra por Direitos e da Convergência Negra, convocamos todos aqueles que estão comprometidos com a luta antirracista, periférica, e de valorização da cultura popular a eleger Boulos e Erundina 50, e construir um amanhã preto, periférico e popular para a cidade de São Paulo!Image

 

18
Nov20

Moro, Huck, Doria e Mandetta romperam com o bolsonarismo não por questões ideológicas, mas por conflitos de interesses

Talis Andrade

huck chamado.jpg

 

 

 

UM NOVO EMBUSTE ELEITORAL está sendo armado no Brasil. Luciano Huck e Sergio Moro estão articulando uma chapa para concorrer à presidência em 2022. A ideia é formar uma candidatura que seja anti-bolsonarista e anti-petista para vendê-la como uma opção moderada de centro. Moro citou também Mandetta e Doria como nomes de centro que poderiam integrar a frente.

Direitistas se vendendo como centristas não chega a ser um estelionato eleitoral novo, pelo contrário. Até a chegada do bolsonarismo, a direita tinha vergonha de se assumir. Direitistas eram liderados pelo PSDB, um partido de origem centro-esquerdista que migrou para a centro-direita, mas nunca se assumiu como tal. Essa vergonha era algo natural depois que a direita ficou marcada pelos anos de ditadura militar. Bolsonaro, que era voz única na defesa do regime militar, ajudou a resgatar o orgulho direitista. Mas, após a tragédia implantada pelo bolsonarismo no Planalto, parece que a vergonha começa a voltar – para alguns.

Folha, Globo e Estadão querem te convencer de que os ex-bolsonaristas Moro e Huck são ‘de centro’numpercaseutempo1️⃣7️⃣🇧🇷 Twitterissä: "Melhor charge do Dória que já vi  !!!!! Não precisa dizer mais nada !!!! Como diria minha vó : “ Por fora  bela viola, por dentro pão bolorento “… https://t.co/jVBncQ8tEw"

A grande imprensa brasileira ajudou a forjar o engodo, comprando exatamente o que Moro disse na ocasião. Noticiou o nascimento de uma terceira via moderada, como se dois dissidentes do bolsonarismo, que até ontem surfavam a onda do radicalismo, pudessem liderar um projeto moderado de centro. Criou-se, assim, um consenso no noticiário de que eles são o que realmente dizem que são. É o jornalismo declaratório e acrítico, que se limita a reproduzir as falas de políticos, mesmo as mais absurdas.

Algumas manchetes mentirosas passaram a circular na praça: “Moro, Huck e o caminho do centro contra Bolsonaro e o PT em 2022” ou“Moro Huck, Doria Mandetta: centro se articula para 22″, entre outras tantas.

Fabio Zanini, da Folha de São Paulo, escreveu que Huck e Moro são “dois dos principais nomes do centro no espectro ideológico na política”. O que são essas frases senão a mais pura e cristalina definição de fake news? Como é que ex-apoiadores do bolsonarismo podem ser considerados de centro? Moro, Huck, Doria e Mandetta romperam com o bolsonarismo não por questões ideológicas, mas por conflitos de interesses. Entre um professor progressista e um apologista da tortura e da ditadura militar, todos eles, sem exceção, optaram pelo apologista da tortura e da ditadura militar. De repente, toda essa gente virou moderada de centro? Uma ova.

Mas como é possível enganar a população assim de maneira tão descarada? Bom, os jornais gastaram muita tinta nos últimos anos pintando Lula e Bolsonaro como dois radicais, como dois lados de uma mesma moeda. Choveram editoriais equiparando os dois nesses termos. O ex-presidente é notoriamente um homem de centro-esquerda, que liderou por oito anos um governo de coalizão que abrigava até mesmo partidos de direita. Portanto, pintá-lo como o equivalente de Bolsonaro dentro do espectro de esquerda é uma mentira grosseira. Diante desse cenário forjado, artificialmente polarizado por dois extremistas que já estiveram no poder, fica mais fácil vender a ideia de que a única saída é pelo centro. Ainda mais quando esse centro é representado por um apresentador da Globo e um ex-juiz que é o herói da imprensa lavajatista.

Esse é o golpe que vão tentar nos aplicar em 2022: vender lobo extremista em pele de cordeiro centrista

 

Rodrigo Maia, um homem de direita, corrigiu o noticiário ao colocar Sergio Moro no seu devido lugar: a extrema direita. Não há debate possível em torno disso. São muitos os fatos que colocam Moro nesse espaço do espectro político. Enquanto juiz, Moro “sempre violou o sistema o sistema acusatório”, como admitiu uma procuradora lavajatista no escurinho do Telegram. Depois de ajudar a implodir a classe política — principalmente o PT — e pavimentar o caminho de Bolsonaro à presidência, ganhou um ministério. Enquanto ministro, lutou para que policiais tivessem carta branca para matar, atuou como advogado da família Bolsonaro como no episódio do Vivendas da Barra e ficou calado todas as vezes em que seu chefe fez ameaças golpistas.Pin em Charges

A única participação de Moro na política partidária foi integrando um dos principais ministérios de um governo de extrema direita. O tal centrismo de Moro fica ainda mais ridículo quando ele sugere que general Hamilton Mourão, outro defensor da ditadura militar e do torturador Ustra, é também um homem de centro apto a fazer parte da sua articulação.

Sergio Moro não abandonou o bolsonarismo por divergências ideológicas. Não rompeu porque suas ideias centristas colidiram com o radicalismo. Ele pulou fora porque Bolsonaro interveio no seu trabalho, que até então era elogiadíssimo pelos extremistas de direita. Não há nenhuma razão objetiva que justifique enquadrá-lo no centro a não ser os desejos da ala lavajatista da grande imprensa, que ainda é hegemônica. É uma bizarrice conceitual que lembra a pecha de “comunista” que Moro ganhou das redes bolsonaristas após sua saída do governo. É a ciência política aplicada no modo freestyle.

Doria e Mandetta até pouco tempo atrás apoiavam o bolsonarismo. São homens de direita que toparam o radicalismo de Bolsonaro sem nenhum problema. São direitistas que estão mais próximos da extrema-direita do que do centro. E Luciano Huck? Bom, a sua trajetória não deixa dúvidas de que é um homem de direita (escrevi a respeito no ano passado). O seu voto em Bolsonaro deixou claro que ele é capaz de apoiar a extrema direita para evitar alguém de centro-esquerda.

A ideia de que Huck poderia ser presidente nasceu na cabeça de Paulo Guedes, o economista que colaborou com o regime sanguinário de Pinochet e que foi — e ainda é —  o fiador da extrema direita no Brasil. O apresentador da Globo foi cabo eleitoral do seu amigo Aécio Neves e já exaltou o Bope nas redes sociais. É um histórico incompatível com a aura de centrista moderado que ganhou da grande imprensa.

Aroeira huck aecio.jpg

 

Apesar de algumas pinceladas progressistas em questões envolvendo o meio ambiente, por exemplo, Huck também está mais próximo da extrema direita do que do centro. A Folha de S. Paulo tem dado enorme contribuição para a consolidação dessa imagem de centrista moderado, já que frequentemente oferece espaço para que este condenado por crime ambiental possa escrever em defesa do….meio ambiente.

Pelos próximos dois anos, a grande imprensa irá martelar que Moro-Huck e Doria-Mandetta são as únicas opções para unir o Brasil. Não chega a ser um estelionato novo

O fato é que o centro na política brasileira é uma ficção. Ele é a direita que se pretende moderada, mas que topa apoiar um candidato fascistoide se o seu adversário for um homem com perfil moderado de centro-esquerda. A grande imprensa está tratando esse oportunismo como uma alternativa para o país que chegará em 2022 arrasado pelo bolsonarismo. Durante as últimas eleições, a Folha emitiu um comunicado interno exigindo que seus jornalistas não classificassem Bolsonaro como alguém de extrema direita. Isso significa que a direção do jornal não quis contar a verdade para o eleitor. Tudo indica que esse ilusionismo continuará com a fabricação dessa chapa centrista e moderada formada por legítimos direitistas que suportaram um projeto neofascista.

As chances dessa terceira via fake não vingar são grandes. As pretensões dos envolvidos são grandes demais. Moro, Huck ou Doria aceitariam ser o vice dessa chapa? Difícil, mas a tática direitista de se camuflar de centro deverá ser aplicada, mesmo que com outros personagens.

Esse é o golpe que vão tentar nos aplicar em 2022: vender lobo extremista em pele de cordeiro centrista.

16
Nov20

Boulos: “vencemos o Bolsonaro, e agora vamos vencer João Doria”

Talis Andrade

Guilherme BoulosImage

Em pronunciamento sobre sua ida ao 2º turno para disputar a Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que, se for eleito, seu governo vai “inverter prioridades” e “tirar a cidade e a periferia do abandono”.

“O que está em jogo neste segundo turno é se vai vencer a mesmice ou a esperança, um projeto para o futuro", disse criticando a continuação de uma prefeitura do PSDB, que lançou como candidato o tucano Bruno Covas, atual prefeito que se elegeu enquanto vice de João Doria (que deixou o cargo no segundo ano do mandato para ser governador de SP).

Boulos proclamou que no primeiro turno sua campanha venceu Jair Bolsonaro, uma vez que ele ultrapassou o candidato Celso Russomanno que apareceu em segundo colocado nas primeiras pesquisas de intenção de voto. “Agora no segundo [turno] vamos vencer João Doria”, segundo ele o verdadeiro prefeito da capital paulista.

“Nossa campanha mostrou que é possível voltar a fazer política sem desistir dos sonhos, sem perder a esperança, com brilho no olho, com verdade”, ressaltou Boulos.

Ele também criticou Covas, que fez um discurso policialesco em defesa da “lei e da ordem” contra os canditados de esquerda neste domingo, 15.

"Eu vi agora há pouco o Bruno Covas falar em radicalismo (quando se referia ao candidato do PSOL). Radicalismo, pra mim, é a cidade mais rica do Brasil ter gente revirando o lixo pra comer". 

"A periferia de São Paulo está abandonada pelo PSDB", destacou Boulos.

“Eu não sou daqueles que, de quatro em quatro anos vai para a periferia e pega uma criança no colo para tirar fotos. Eu sou da periferia. Estamos aqui, na minha casa, no Campo Limpo, periferia de São Paulo”.

E denunciou: “Há hospitais fechados, ou semiabertos, em plena pandemia”. Citou como exemplos o Hospital Sorocabano, na Zona Oeste, e o Hospital Menino Jesus, de Ermelino Matarazzo.

Ele agradeceu também à sua candidata a vice, Luiza Erundina, e a todos os eleitores “que hoje foram as urnas em São Paulo e votaram com esperança”. “Depositaram sonhos e não ódio”, disse.

 

16
Nov20

Boulos: “vencemos o Bolsonaro, e agora vamos vencer João Doria”

Talis Andrade

Guilherme BoulosImage

Em pronunciamento sobre sua ida ao 2º turno para disputar a Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que, se for eleito, seu governo vai “inverter prioridades” e “tirar a cidade e a periferia do abandono”.

“O que está em jogo neste segundo turno é se vai vencer a mesmice ou a esperança, um projeto para o futuro", disse criticando a continuação de uma prefeitura do PSDB, que lançou como candidato o tucano Bruno Covas, atual prefeito que se elegeu enquanto vice de João Doria (que deixou o cargo no segundo ano do mandato para ser governador de SP).

Boulos proclamou que no primeiro turno sua campanha venceu Jair Bolsonaro, uma vez que ele ultrapassou o candidato Celso Russomanno que apareceu em segundo colocado nas primeiras pesquisas de intenção de voto. “Agora no segundo [turno] vamos vencer João Doria”, segundo ele o verdadeiro prefeito da capital paulista.

“Nossa campanha mostrou que é possível voltar a fazer política sem desistir dos sonhos, sem perder a esperança, com brilho no olho, com verdade”, ressaltou Boulos.

Ele também criticou Covas, que fez um discurso policialesco em defesa da “lei e da ordem” contra os canditados de esquerda neste domingo, 15.

"Eu vi agora há pouco o Bruno Covas falar em radicalismo (quando se referia ao candidato do PSOL). Radicalismo, pra mim, é a cidade mais rica do Brasil ter gente revirando o lixo pra comer". 

"A periferia de São Paulo está abandonada pelo PSDB", destacou Boulos.

“Eu não sou daqueles que, de quatro em quatro anos vai para a periferia e pega uma criança no colo para tirar fotos. Eu sou da periferia. Estamos aqui, na minha casa, no Campo Limpo, periferia de São Paulo”.

E denunciou: “Há hospitais fechados, ou semiabertos, em plena pandemia”. Citou como exemplos o Hospital Sorocabano, na Zona Oeste, e o Hospital Menino Jesus, de Ermelino Matarazzo.

Ele agradeceu também à sua candidata a vice, Luiza Erundina, e a todos os eleitores “que hoje foram as urnas em São Paulo e votaram com esperança”. “Depositaram sonhos e não ódio”, disse.

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub