O Brasil poderia interligar os principais rios, principalmente para o abastecimento d'água de cidades e soberania da agricultura alimentar, e conter as ameaças de desertificação, notadamente no Nordeste.
Em resposta à crise ambiental sofrida no Brasil e no mundo, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou em 2020 o Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis” com o objetivo de plantar 100 milhões de árvores em dez anos. Ao longo destes últimos quatro anos, o MST já realizou o plantio de 25 milhões de árvores e construiu um conjunto de ações em defesa do meio ambiente.
No marco dos 40 anos do MST, completados nesta segunda-feira (22), as milhares de árvores plantadas atuam na recuperação ambiental de 15 mil hectares de terra nos seis biomas brasileiros. A área plantada equivale a 22 mil campos de futebol.
Apenas em 2023, o Movimento contabilizou o plantio de 15 milhões de árvores e deu passos qualitativos com um conjunto de ações. Foram realizadas jornadas de mobilização voltadas ao plantio nos assentamentos e acampamentos, ações de formação e estudo, como seminários e cursos, e a construção de bosques, viveiros e de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em todo o país.
Entre as diversas ações realizadas no ano, o MST destaca a semeadura de 4 toneladas de palmeira juçara no estado do Paraná; a recuperação de quase 1.000 hectares na Bacia do Vale do Rio Doce em Minas Gerais; a recuperação de áreas degradadas no Parque da Chapada dos Guimarães no Mato Grosso, mais 1.000 hectares de regeneração natural no Pará, nos viveiros e SAFs implementados nos assentamentos, escolas do campo e escolas de agroecologia.
Camilo Santana, do Coletivo Nacional do Plano “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, avalia que o ano de 2023 foi possível dar um salto de qualidade nas ações do plano nacional, “saindo do campo mais símbolo e da mística do plantio e passando para a construção de ações de impacto”, aponta.
“Compreendemos que é fundamental a construção e massificação do plantio de árvores como estratégia de adaptação às mudanças climáticas em curso, a síntese plantar árvores e produzir alimentos saudáveis, materializada na agroecologia se apresenta como alternativa possível e viável para o enfrentamento da crise ambiental, se tratando da produção agrícola e nossa base social tem entendido isso cada vez mais.
Perspectivas para 2024
Um grande desafio para este ano é garantir o aprofundamento em torno do estudo da crise ambiental, potencializando lutas e massificando o plantio em todo o território brasileiro. Santana explica que “as projeções apontam para a necessidade de avançar na vinculação da questão ambiental com a necessidade da reforma agrária popular enquanto saída para a referida crise”.
E continua: “temos o desafio de seguir massificando ações que projetam a perspectiva ambiental popular para o conjunto da sociedade brasileira e que possibilite alterar a correlação de forças na luta ambiental vinculada à luta pela terra”, conclui.
Como a recente descoberta do primeiro clima árido no Brasil pode impactar o restante do país
Estudo do INPE em parceria com o Cemaden identificou trechos de clima árido numa região de quase 6 mil km² no norte da Bahia.
Pela primeira vez, especialistas identificaram umaregião declima árido no Brasil, um dado surpreendente e alarmante que tem uma explicação clara: as mudanças climáticas causadas pelo homem.
Contexto:Aaridezé a falta crônica de umidade no clima, indicando um desequilíbrio constante entre a oferta e a demanda de água. Ela é permanente e, por isso, difere daseca, período temporário de condições anormalmente secas.
1ª região árida encontrada no Brasil. — Foto: Arte g1
Em resumo, as principais conclusões dos estudos são as seguintes:
A aridez está aumentando em todo o país, exceto no Sul, devido ao aumento da evaporação associada ao aquecimento global. Ou seja,o clima está secando em muitos lugares do Brasil.
No caso específico do semiárido, essasregiões estão se expandindo de forma acentuada, com uma taxa média superior a 75 mil km².
Já no centro-norte da Bahia,pela 1ª vez, foi identificada uma região árida, ou seja, com uma escassez forte de chuvas.
Tudo isso indica queprocessos de desertificação, ou seja, a degradação de áreas semiáridas, podem se acelerar nas próximas décadas. Segundo os pesquisadores, até mesmo em outras regiões do país, como o Centro-Oeste.
Num país como o Brasil, esse é um dado preocupante, pois pode trazerimpactos significativos para a produção de energia e agropecuária nacional.
Seca x aridez
Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden e uma das autoras do estudo, explica que aseca é um fenômeno gradual que acumula seus impactos ao longo de um extenso período, persistindo por anos, mesmo após o fim de eventos do tipo.
Ou seja, a seca, que nada mais é que um termo para uma estiagem prolongada provocada pela deficiência de chuva, deixa uma marca duradoura, com impactos que perduram por muito tempo e que podem ser investigados por pesquisadores.
Por isso, quando falamos de clima, seca e mudanças climáticas, é crucial ter em mente que precisamos de, no mínimo, 30 anos de dados para uma análise abrangente.
— Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden
Além desse dado inédito, o estudo feito por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou também que oavanço do semiárido vem ocorrendo num nível acentuado pelo país.
Macururé, no norte da Bahia, uma das cidades identificadas no estudo. — Foto: Arquivo pessoal
Nos últimos 60 anos, a cada duas décadas, a taxa média de crescimento dessas regiões é de75 mil km².
E, segundo especialistas ouvidos pelog1, as consequências dessa expansão são bastantes preocupantes, pois mostram que, se nada for feito, não apenas adisponibilidade hídrica,mas também as atividades agrícolas e pecuárias do nosso país estarão ameaçadas.
O avião do tio da senadora Damares Alves onde a droga foi apreendida e a droga encontrada na aeronave, sobre o estofado — Foto: Divulgação/PF
Nenhuma polícia no Brasil combate o tráfico de
ouro,
de diamantes,
de pedras preciosas,
de nióbio,
de minérios.
No Brasil não existem tráfico humano, tráfico de órgãos, quando mais de 200 mil pessoas desapareceram entre 2019 e 2021, de acordo com um levantamento inédito do Fórum Brasileiro de Segurança Pública - 112 mil pessoas foram encontradas neste período. Em média, são 183 desaparecidos por dia.
O tráfico de moedas aconteceu no Banco do Estado do Paraná -Banestado. O juiz Sérgio Moro pescou os peixinhos, e o governo vendeu o banco por alguns trocados, e nunca mais se prendeu um doleiro, um traficante de moedas. Nunca mais.
O combate ao tráfico de drogas uma guerra travada lá no morro, na periferia, nas chacinas do racismo ambiental. Apesar de uma investigação da Polícia Federal apontar que a droga encontrada em um avião pertencente 'a Igreja do Evangelho Quadrancular do Pará — liderada pelo ex-deputado federal e pastor Josué Bengtson, tio da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) — está avaliada em mais de R$ 4 milhões. O milagre da apreensão realizou-se em um hangar particular no Aeroporto de Belém, em junho de 2023, quando foram localizados dentro da aeronave 290kg de skunk, um tipo mais concentrado e valioso de maconha.
Instinto assassino. Roberto Jefferson do Paraná já deu muita coronhada e tiro na cabeça de preso
Deputado assassino confessa crimes
Redação Istoé
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Conhecido por defender a política do armamento da população, o deputado bolsonarista Sargento Fahur (PSD-PR) chamou atenção, nesta sexta-feira (10), durante evento na Câmara dos Deputados. Com a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de membros da indústria da defesa, o parlamentar adotou um discurso contra o governo Lula (PT), principalmente na questão sobre retirar as armas dos militares da reserva, a qual é falsa.
O deputado mais votado do Paraná (tinha que ser no Paraná) de amigação com o genocida Bolsonaro
Mesmo assim, o deputado intimou o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, a tentar tirar a sua arma.
“Eu trabalhei 35 anos na Polícia Militar dando “coronhada” e tiro na cabeça de vagabundo, e continuei combatendo vagabundo, agora no parlamento. E vou andar desarmado? Flávio Dino, vem buscar minha arma aqui, seu m*”.
Outras frases da boca suja de Fahur:
"Essa é uma imprensa bem filha da puta. O desgraçado matou o jovem, confessou tudo e ainda é tratado como suspeito. Lixos defensores de bandidos".
E quando o homicida é um policial?
"Bandido bom é bandido no colo do capeta. Quem não gostou pega eu! Minha fala hoje na Câmara dos Deputados".
Lula no Palácio invadido e depredado pelos bolsonaristas: "Que chique heim?? Pra quem furunfava em uma cela da Polícia Federal!"
cartacapital.com.br
Lula e Janja marcam mudança para o Palácio da Alvorada
Assim que Lula voltar da Argentina, já deve voltar para o Alvorada, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa
Para o sargentão deputado Fahur, a Polícia Federal era uma zona nos tempos de Bolsonaro. Foi deputado sério, honesto, ele demitia.
PF dominada
Pelo menos 18 delegados da PF foram alvos de punições pela direção do órgão que deveria combater a corrupção, mas tem uma gestão marcada por perseguições políticas e blindagem de familiares de Bolsonaro
PUNIÇÕES INJUSTAS Dezoito delegados foram exonerados após abrirem investigações contra pessoas ligadas ao bolsonarismo.
1 Denisse Ribeiro foi retirada da investigação dos atos antidemocráticos por ordem de Maiurino e de Bolsonaro.
2 Franco Perazzoni teve promoção negada por se recusar a dar informações sobre o inquérito que investigava Salles.
3 Hugo Correia foi exonerado por investigar pessoas do círculo bolsonarista.
4 Maurício Valeixo foi demitido da direção-geral da PF em abril de 2020 por se recusar a exonerar Ricardo Saadi da PF do Rio.
5 Max Eduardo Ribeiro teve promoção negada por autorizar entrevista de Alexandre Saraiva sobre investigação contra Salles.
6 Silvia Fonseca foi exonerada por pedir extradição do blogueiro Allan dos Santos.
7 Alexandre Saraiva foi demitido após apresentar notícia-crime contra o então ministro Salles.
8 Thiago Leão foi retirado do comando do Grupo de Investigações Ambientais após chefiar operação que apurou suposta participação de Salles.
9 Rolando de Souza sucedeu Valeixo e foi afastado por não aceitar pressões de Bolsonaro para trocar outros cargos.
10 Bernardo Amaral foi exonerado após autorizar investigação contra Dias Toffoli.
11 Antonio Teixeira virou desafeto de Bolsonaro após ter desacatado ordem dele durante campanha.
12 Daniel Grangeiro passou a sofrer retaliações do governo após iniciar investigações contra aliados do presidente.
13 Rubens da Silva foi afastado da chefia de Repressão a Crimes Ambientais após investigar Salles e a extração ilegal de madeira.
14 Graziela Costa e Silva teve promoção negada após organizar abaixo-assinado em apoio a Felipe Leal.
15 Felipe Leal foi afastado da investigação sobre suposta interferência de Bolsonaro na PF após ter pedido informações sobre punições.
16 Rodrigo Fernandes foi exonerado da inteligência da PF em MG após ter investigado o atentado a faca em 2018.
17 Carla Barros da Cunha foi exonerada da chefia da Superintendência de PE por manter ligações com políticos do PSB.
18 Ricardo Saadi foi afastado da Superintendência da PF no Rio após tentar investigar o deputado federal Hélio Negão, amigo de Bolsonaro.
Por Ricardo Chapola /Istoé
Quando Bolsonaro passou a ser investigado por tentar interferir na Polícia Federal (PF) a pedido do ex-juiz Sergio Moro, ninguém imaginou que a corporação estaria em pouco tempo totalmente dominada pelo capitão. Um dos principais órgãos estatais de investigação e de combate à corrupção, a PF passa, sob a batuta do mandatário, por um período tenebroso, marcado por perseguições políticas, boicotes e blindagem a familiares do presidente. Para atingir seus objetivos, Bolsonaro segue uma cartilha bem clara: impõe aliados em cargos importantes na PF dispostos a obedecer suas ordens e que passam depois a deter o controle total sobre os trabalhos da corporação. De lá para cá, 18 delegados sofreram punições por parte da direção do órgão por terem aberto procedimentos investigativos contra integrantes do governo ou de amigos do presidente. Muitos deles, insatisfeitos e inconformados com a perseguição, já ensaiam entregar seus cargos caso Bolsonaro não mude a gestão da instituição, enquanto outros acionaram a Corregedoria da PF pedindo investigação contra o diretor-geral, Paulo Gustavo Maiurino, acusado de várias irregularidades, incluindo a compra de um imóvel suspeito nos EUA.
O episódio mais recente envolveu a delegada Silvia Amélia Fonseca. Ela foi punida por atingir interesses escusos do bolsonarismo ao desempenhar suas funções. Quando ainda era chefe da Diretoria de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI), órgão responsável por pedidos de extradição, Silvia tomou providências para agilizar o processo de repatriação para o Brasil do blogueiro bolsonarista Allan do Santos, próximo ao clã, e que foi alvo de ordem de prisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro de 2021. Pouco tempo depois de ter atendido a ordem do STF, a delegada foi destituída da função. O governo queria que ela não encaminhasse, ou retardasse, o pedido de extradição do blogueiro.
Nos últimos quatro meses, seis dos oito delegados que integram o Serviço de Inquéritos (Sinq), repartição que investiga autoridades com foro especial, foram substituídos. As trocas ocorreram por conta de uma crise criada por divergências a respeito do que está sendo investigado em relação ao orçamento secreto, manobra armada com a anuência do mandatário para distribuir dinheiro público a aliados no Congresso na tentativa de alimentar seus projetos eleitoreiros. Já Paulo Maiurino, diretor-geral da PF desde abril de 2021, é acusado de estar por trás desse esquema de perseguição a delegados, e tem sido alvo inclusive de suspeitas lançadas contra ele por colegas da instituição. Segundo delegados da PF, Maiurino teria enriquecido nos últimos anos. Ele teria conseguido quitar um apartamento de luxo no valor de R$ 3,5 milhões em Miami Beach, nos EUA. A transação foi realizada em 2016, época em que sua renda anual, somada com a da sua mulher, a funcionária pública Renata Veit, era incompatível para a realização de uma compra desta monta. A notícia despertou suspeitas até mesmo de alguns delegados. Demitido da superintendência do Amazonas por investigar denúncias de corrupção em um esquema de corte ilegal de madeira na Amazônia, o delegado Alexandre Saraiva enviou um ofício ao corregedor-geral da PF no qual pede que Maiurino seja investigado pela compra do imóvel, sob o argumento de que o caso “pode caracterizar prática de conduta descrita no artigo 1º da lei 9613/1998”. Trata-se da lei que regulamenta o crime de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. No texto, enviado em 12 de novembro à Corregedoria da PF, ao qual a ISTOÉ teve acesso, Saraiva justifica que deseja preservar seus superiores. “Ressalto que, excepcionalmente, deixo de seguir o canal hierárquico usual para preservar meus superiores hierárquicos de eventuais retaliações”, afirmou. [Publicado in 19/11/2021]
MPF afirma que decreto das armas de Bolsonaro facilita desvio para crime organizado e milícias (O Globo, outubro de 2019)
Governo Bolsonaro revoga portaria que prevê rastreamento e identificação de armas. Medida visava dificultar acesso do crime organizado a armas. (Estadão, abril de 2020)
Pesquisadores apontam que revogação feita por Bolsonaro ajuda facções e milícias (UOL, abril de 2020)
Decreto de Bolsonaro pode beneficiar Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle, em processo por tráfico internacional de armas (O Globo, agosto de 2021)
Dono de arsenal registrado como CAC desviava munições compradas legalmente para traficantes do Rio (Fantástico, janeiro de 2022)
Armados pelo governo Bolsonaro, CACs usam acesso a material bélico para fortalecer milícia e tráfico (O Globo, fevereiro de 2022)
Decretos assinados por Bolsonaro beneficiam traficantes internacionais de armas. Condenados conseguiram redução de pena ou foram até inocentados (O Globo, maio de 2022)
Polícia afirma que integrantes da facção criminosa PCC usavam fuzil, metralhadora e pistolas legalizadas (Band, junho de 2022)
Exército admite que liberou compra de fuzil para integrante do PCC. Integrante do PCC usou autodeclaração de idoneidade, que foi aceita pelo Exército (Folha, julho de 2022)
Investigações mostram como política de Bolsonaro arma o PCC. 'Cesta básica' do crime formada por fuzis, carabinas e pistolas ficou até 65% mais barata com liberação de armas (Estadão, julho de 2022)
Atirador desportivo é preso sob suspeita de vender armas e munição ao PCC (Folha, agosto de 2022)
2. GARIMPO ILEGAL
Após desmontar esquema de garimpo ilegal em Terras Indígenas, Bruno Pereira é demitido do cargo de coordenador da Funai (Brasil de Fato, outubro de 2019)
Bolsonaro promete rever norma de queima de maquinário ilegal de garimpeiros (Valor, novembro de 2019)
Bolsonaro assina projeto que autoriza garimpo em terras indígenas. Presidente afirmou que confinaria ambientalistas na região amazônica para que eles 'parem de atrapalhar' (Folha, fevereiro de 2020)
Avião da FAB é usado para transportar garimpeiros ilegais para reunião com Salles (Diário de PE, agosto de 2020)
Garimpo ilegal explode em território yanomami e ameaça indígenas (DW, março de 2021)
Bolsonaro visita garimpo ilegal em terra indígena de Roraima (Poder 360, outubro de 2021)
Bolsonaro cria programa que estimula garimpo na Amazônia legal (Congresso em Foco, fevereiro de 2022)
Decreto de Bolsonaro sobre 'mineração artesanal' é incentivo ao garimpo ilegal na Amazônia, apontam ambientalistas (G1, fevereiro de 2022)
Governo Bolsonaro utiliza AGU para defender mineração em terras indígenas mesmo sem lei (Folha, abril de 2022)
Com avanço do garimpo, terror se espalha nas terras indígenas. Avanço do garimpo em reservas, sem fiscalização dos órgãos competentes, tem deixado rastro de violência e destruição (Correio Braziliense, maio de 2022)
Bolsonaro demite responsável no INPE pelo monitoramento do desmatamento. A demissão ocorreu após a divulgação pelo órgão de dados sobre o aumento do desmatamento da Amazônia. (Correio Braziliense, agosto de 2019)
Desmatamento na Amazônia bate recorde e cresce 29,5% em 2019 (Folha, novembro de 2019)
Salles demite analista que se opôs a exportação ilegal de madeira (Congresso em Foco, abril de 2020)
Em reunião ministerial, Ricardo Salles, Ministro do Meio Ambiente defende "passar a boiada" e mudar regras ambientais enquanto atenção da mídia estava voltada para a Covid-19 (G1, maio de 2020)
ONGs, índios, Inpe, governadores e DiCaprio: veja quem já foi acusado por Bolsonaro pelas queimadas e desmatamento na Amazônia (G1, setembro de 2020)
Desmatamento na Amazônia cresce 9,5% em 2020 e bate novo recorde (DW, novembro de 2020)
Governo Bolsonaro ignora 97% dos alertas de desmatamento no Brasil emitidos desde 2019 (G1, maio de 2021)
PF aponta envolvimento de Ricardo Salles em contrabando de madeira ilegal. EUA entregaram ao Brasil detalhes sobre o envolvimento de Salles no esquema (Reuters e El País, maio de 2021)
Ricardo Salles pediu demissão após saber que seria preso (Estadão, junho de 2021)
Desmatamento na Amazônia cresce 21,97% em 2021; maior índice desde 2006 (Gazeta do Povo, novembro de 2021)
Maior taxa de desmatamento na Amazônia em 15 anos coincide com menor número de autuações do Ibama (G1, novembro de 2021)
No governo Bolsonaro, 98% das multas ambientais ficam travadas (Estadão, dezembro de 2021)
Advogado de Bolsonaro atuou para liberar madeira ilegal apreendida pela PF (Rede Brasil Atual, janeiro de 2022)
Relatório da CGU aponta que Ministério do Meio Ambiente colocou em risco continuidade do Fundo Amazônia, que tem R$ 3,2 bilhões paralisados (G1, junho de 2022)
Após prometer exoneração, Bolsonaro troca superintendente da PF no Rio (Exame, agosto de 2019)
Bolsonaro aciona AGU para defender redes sociais de apoiadores investigados em inquérito do STF (UOL, julho de 2020)
Roberto Jefferson defende criação de milícia para dar um pau na guarda municipal de Juiz de Fora. Segundo ele, os milicianos deveriam 'atear fogo nas viaturas' e 'dar pauladas nos joelhos e cotovelos, para quebrar' os agentes municipais (Estado de Minas, março de 2021)
Bolsonaro ameaça ministros do STF após prisão de Roberto Jefferson (Correio Braziliense, agosto de 2021)
Diretor-geral da PF troca delegado que investiga Jair Renan e fake news (Correio Braziliense, outubro de 2021)
Secretário de Justiça tentou retardar extradição de Allan dos Santos (O Globo, novembro de 2021)
PF exonera delegada que determinou ordem de prisão de Allan dos Santos (Congresso em Foco, dezembro de 2021)
Assessora envolvida na extradição de Allan dos Santos é exonerada (Metrópoles, dezembro de 2021)
Secretário de Justiça que tentou retardar extradição de Allan dos Santos ganha medalha (O Antagonista, dezembro de 2021)
Novo diretor-geral da PF troca o delegado responsável pelo setor de investigação de corrupção. Delegacia era responsável por investigações de aliados e filhos de Bolsonaro (G1, março de 2022)
Bolsonaro concede indulto a Daniel Silveira. O deputado federal havia sido condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e incitar ataques a integrantes do Supremo (Correio Braziliense, abril de 2022)
Bolsonaristas vão defender projeto na Câmara para perdoar mais aliados do presidente (Congresso em Foco, abril de 2022)
AGU assume a defesa de Wal do Açaí em processo de improbidade administrativa (Conjur, maio de 2022)
MPF diz que é ilegal AGU defender Bolsonaro e Wal do Açaí em ação de improbidade (G1, junho de 2022)
MP pede para investigar Bolsonaro por interferência em apuração sobre corrupção no MEC (Metrópoles, junho de 2022)
Legado de destruição vai desde o superfaturamento de ônibus escolares a interferência na Polícia Federal com o intuito de frear investigações contra os filhos.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito promovendo um inflamado discurso sobre anticorrupção, mas a verdade é que ele não consegue passar um único dia sem se envolver em escândalos criminosos – dos quais tenta veementemente se safar.
O legado de destruição de seu governo vai desde o superfaturamento de ônibus escolares a interferência na Polícia Federal com o intuito de frear investigações contra os filhos.
Aqui, estão reunidos apenas alguns dos mais expressivos casos de deturpação e que não devem ser esquecidos.
Vale lembrar ainda que, em meados de setembro, um coletivo independente e apartidário, o mesmo que atuou auxiliando os senadores na CPI da Covid, criou a ‘enciclopédia do bolsonarismo’.A Bolsopédia, como é chamada, traz uma memória do governo Bolsonaro com informações verificáveis sobre temas de grande relevância para os brasileiros, contendo tudo o que o presidente fez durante sua gestão – e não quer que ninguém saiba. A enciclopédia virtual foi construída a partir de matérias da imprensa organizadas por tópicos e em ordem cronológica e pode ser conferidaaqui.
Agora, veja abaixo, 17 escândalos de corrupção no governo Bolsonaro:
O primeiro caso veio à tona no final de 2018, quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Com os Bolsonaro, a corrupção é negócio de família.
Posteriormente, investigações judiciais e da imprensa revelaram que a prática é comum não apenas a Flávio, mas a toda a família, incluindo o próprio Jair, quando era deputado federal, e agora, na presidência da República.
Só as rachadinhas de Flávio desviaram mais de R$ 6 milhões. Rachadinha é um esquema de corrupção. O mau uso do dinheiro público é peculato, o uso sistemático disso organizado é organização criminosa.
2 – Funcionários fantasmas
Outra prática usual do clã Bolsonaro é a contratação de funcionários-fantasma. Durante seu último mandato como deputado federal, Jair Bolsonaro empregou pelo menos cinco assessoras que nunca colocaram os pés nas dependências da Câmara dos Deputados.
O caso mais notório é o de Walderice Santos da Conceição, conhecida como Wal do Açaí, contratada como secretária parlamentar, mas que vivia do comércio de açaí em Angra dos Reis, na rua da casa de veraneio do presidente.
É pública a relação dos Bolsonaro com Adriano Nóbrega, que chefiou o grupo criminoso conhecido como Escritório do Crime, responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco. Nóbrega é amigo de Queiroz, o operador das rachadinhas.
4 – Os cheques de Queiroz à Michelle Bolsonaro no valor total de R$ 89 mil
Por falar nele, uma pergunta que continua sem resposta: por que Fabrício Queiroz depositou R$ 89 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro? De 2011 a 2016, foram depositados pelo assessor de Flávio Bolsonaro e amigo pessoal de Jair, 27 cheques, com valores cheios, múltiplos de 1000 na conta da primeira-dama. Também houveram repasses do mesmo Fabrício para outra pessoa diretamente ligada ao presidente Bolsonaro e 1.512 repasses feitos por Queiroz para a loja de chocolates de Flávio Bolsonaro.
Até hoje, nenhuma explicação plausível foi dada pela família. Indagado por um repórter à época, o presidente declarou, com a usual agressividade: “Vontade de encher sua boca de porrada”. Quer mais escândalos de corrupção de Bolsonaro?
5 – Bolsonaros dando uma forcinha para esconder Queiroz
Peça chave na investigação das rachadinhas contra Flávio, o amigão de Bolsonaro, Queiroz, foi preso, em 18 de junho de 2020, em um sítio em Atibaia (SP), propriedade do advogado do presidente e de seu filho Flávio, Frederick Wassef.
6 – Ministro do Meio Ambiente investigado por envolvimento em contrabando de madeira ilegal
Todo mundo sabe que os ministérios do governo Bolsonaro foram ocupados por gente altamente desqualificada. Mas o cúmulo da inadequação, para se dizer o mínimo, é um criminoso ambiental na cadeira do Ministério do Meio Ambiente.
O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, exonerado pelo presidente, foi um dos alvos da operação Akuanduba da Polícia Federal, que apuram suspeita de facilitação à exportação ilegal de madeira do Brasil para os Estados Unidos e Europa. Não se esperava nada diferente de um ministro que sugeriu passar a boiada nas regras ambientais no meio da pandemia.
A CPI da Covid do Senado apontou indícios de prevaricação pelo presidente da República no caso por não ter acionado a Polícia Federal ao ser informado das denúncias envolvendo a negociação da Covaxin. E tema mais. Um representante de uma vendedora de vacinas afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose da AstraZeneca em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. O pedido teria partido de Roberto Dias, diretor do Ministério da Saúde. Um dos mais graves escândalos de corrupção de Bolsonaro.
8 – Ministro da Educação envolvido em caso de propina com pastores
Inúmeras denúncias inundaram o Ministério da Educação na gestão de Bolsonaro. Na mais inacreditável delas, o ex-ministro Milton Ribeiro foi exonerado do cargo em 28 de março, uma semana após a revelação de uma gravação na qual ele afirma que repassava verbas do ministério para prefeituras indicadas por dois pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Com acesso e influência, os pastores negociavam o pagamento de propinas (até em barras de ouro e contratos de compra de Bíblia!) com prefeitos em troca de facilitação no acesso às verbas federais.
Não foi a primeira vez, não mesmo, que Bolsonaro interferiu na Polícia Federal para favorecer amigos e parentes. Vira e mexe vêm à tona notícias de troca de delegados da corporação para barrar investigações, especialmente contra seus filhos. Na fatídica reunião ministerial ocorrida em abril de 2020, ele confessou interferência na PF e intenção de “proteger a família”. A interferência também travou investigações sobre as rachadinhas de Flávio.
10 – Tratores e equipamentos agrícolas superfaturados
À frente da pasta desde abril de 2019, ele também é o principal sócio da FW Comunicação e Marketing, que mantém contratos com ao menos cinco empresas que recebem do governo, entre elas a Band e a Record, cujas participações na verba publicitária da Secom vêm crescendo.
12 – Ônibus escolares com sobrepreço
Você se lembra do Bolsolão dos ônibus? Mais um item na lista de superfaturados pelo governo. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) autorizou a licitação bilionária para a compra de ônibus escolares com preços inflados. Indicados por Valdemar da Costa Neto e Ciro Nogueira (presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, e ministro da Casa Civil, respectivamente), os diretores aceitaram pagar até R$ 480 mil por cada ônibus que deveria custar no máximo R$ 270,6 mil. O preço total pulou de R$ 1,3 bi para 2,04 bi, um aumento de até 55% ou R$ 732 milhões, segundo noticiou o Estadão.
Pego no pulo, mesmo após o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pedir a suspensão do processo, o FNDE realizou o pregão com R$ 500 milhões a menos. O ônibus que seria vendido a R$ 438 mil passou, de uma hora para outra, a ser cotado por R$ 338 mil. Os preços estavam inflados a ponto de as empresas reduzirem o valor do contrato em MEIO BILHÃO. O TCU, porém, suspendeu o resultado para verificar os valores.
Entre as empresas está a Codevasf, que já conhecemos do escândalo de asfalto, a Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e a Codevasf. Na nova modalidade de despejar recursos do orçamento federal em compactadores de lixo, os movimentos são desconexos: veículos comprados com preços diferentes pelo mesmo órgão público no intervalo de apenas um mês; cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum.
Importantes programas do Ministério da Educação foram prejudicados sob o atual governo porque o dinheiro que deveria compor as verbas discricionárias do MEC foi parar nas mãos de parlamentares em troca de apoio a Jair Bolsonaro. Ao menos 18 iniciativas foram prejudicadas pela destinação de R$ 3,7 bilhões ao orçamento secreto, como a Política Nacional de Alfabetização, os Exames e Avaliações Nacionais da Educação Básica e Superior (entre eles o Enem), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e a Concessão de Bolsas de Estudos no Ensino Superior (Capes). Este é apenas um dos efeitos nefastos do orçamento secreto de Bolsonaro.
15 – Sigilos de 100 anos
Se todos esses casos revelados já causam revolta na população, inclusive na parcela que votou em Bolsonaro pelo discurso anticorrupção, imagine o que virá à tona quando os sigilos de 100 anos forem derrubados.
A família Bolsonaro, quando for varrida da vida política do país, pode passar a fazer a vida oferecendo cursos do tipo “como se tornar um milionário com o salário de funcionário público”.
E por falar em mansão e prosperidade, a família Bolsonaro também deve explicações sobre os 51 imóveis pagos totalmente ou parcialmente em dinheiro vivo ao longo de 30 anos. Em valores corrigidos pela inflação, foram gastos R$ 25,6 milhões na compra desses imóveis.
“Deus levantou Bolsonaro”, disse Zequinha Marinho no 7 de Setembro; candidato ao governo do Pará atua ao lado de Éder Mauro como interlocutor de garimpeiros e madeireiros em Brasília (Foto: João Laet/Repórter Brasil)
Matar passou a ser um símbolo político do Bolsonarismo. Matar índio. Matar negro. Matar favelado. O evangélico eleitor de Bolsonaro faz vista grossa para o “Não matarás” (Ex 20,13). Apenas cisma com o aborto.
Nesta eleição não vote em deputado homicida. O Congresso parece um coito do cangaço. Tem até serial killer, o psicopata que matou mais de três pessoas.
A ditadura militar de 1964 registra a presença nojenta, viscosa, de militares e policiais serial killers como os coronéis Ustra, Paulo Manhães, os delegados Fleury, Pedro Seelig.
No Congresso e assembléias legislativas temos parlamentares que, nesta campanha presidencial, ameaçaram matar Lula. Na lista aparecem homicidas e arruaceiros prontos para o golpe, para a guerra civil de Bolsonaro, que já anunciou o Brasil precisa matar uns 30 mil políticos, para o progresso de sua imobiliária, e expansão do Escritório do Crime sediado no Rio das Pedras, rio de sangue do senhor capitão, pistoleiro de aluguel, Adriano Magalhães da Nóbrega, que na cadeia, recebeu "ao menos duas visitas" do presidente e seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, relata Juliana Dal Piva.
Os parlamentares que ameaçaram matar Lula: Marcio Tadeu Anhaia de Lemos, Eliezer Girão Monteiro, André Luiz Vieira de Azevedo, Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, Washington Lee Abe, Otoni de Paula Junior, Carla Zambelli, Junio Amaral. Não sei qual alma sebosa tem a marca de Caim.
Ex-delegado, Éder Mauro (PL-PA) assume ter executado várias pessoas e camufla atuação contrária aos povos do campo e ao meio ambiente com discurso moralista; candidato é alvo de 101 denúncias em ouvidoria por sua atuação como policial
Depois de rezar e cantar o hino nacional, o deputado federal Éder Mauro (PL-PA), candidato à reeleição, começa seu discurso dizendo que, caso a esquerda volte ao poder, o incesto será legalizado, “para que o pai possa casar com a filha”. É umamentirausada pelo ex-delegado ao longo da campanha e que voltou a ser repetida, em Belém (PA), em ato de comemoração ao 7 de Setembro. Mas o tom moralista, ao lado da atuação como policial com pretensão de justiceiro, serve para camuflar outra faceta dopolítico: a de ruralista que atua sistematicamente contra omeio ambientee os povos do campo.
Éder Mauro, 61 anos, foi delegado da Polícia Civil do Pará por 30 anos, entre 1984 e 2014, quando foi eleito deputado federal pela primeira vez. Já disse que “matou muita gente”, masfez uma ressalva: “todos eram bandidos”. Por sua atuação como policial, foi alvo de pelo menos 101 denúncias na Ouvidoria do Sistema Integrado de Segurança Pública e Defesa Social (Sieds) do Pará, que incluem acusações de assassinatos, torturas e invasões de domicílio, segundo levantamento obtido pelaRepórter Brasil. O ex-delegado foi citado norelatório final da ‘CPI das Milícias’ da Assembleia Legislativa do Pará, em 2015, mas acabou não sendo indiciado.
O político usa um emoticon de caveira no Instagram para ostentar seu posto de líder da bancada da bala na Amazônia. Mas a análise de sua atuação na Câmara sugere que poderia trocar a imagem por um boi: o deputado é o terceiro pior colocado noRuralômetro 2022, ferramenta desenvolvida pelaRepórter Brasilque avalia a atuação da Câmara em temas como meio ambiente, povos indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais. O ranking, que está em sua segunda edição, possibilita saber a “febre ruralista” de cada parlamentar. Nele,Éder Mauro arde com temperatura de 40,9°C.
Na atual legislatura, Mauro foi o único deputado com atuação 100% negativa para o meio ambiente e os povos do campo, segundo as 22 organizações que avaliaram as votações e os projetos de lei usados para pontuar os parlamentares no Ruralômetro. Em todas as 17 votações que participou, o ex-delegado foi contrário à agenda socioambiental, apoiando a regulamentação de atividades econômicas em terras indígenas, a ampliação da posse de armas no campo, a dispensa do licenciamento ambiental para diversos empreendimentos e a liberação de agrotóxicos cancerígenos. Também foram classificados como negativos os três projetos de lei de sua autoria compilados pela ferramenta.
Amazônia na mira
A pauta ambiental foi apenas figurante no 7 de Setembro, quando o deputado desfilou em cima de uma aparelhagem de som pelo bairro Umarizal, o mais nobre de Belém. Somente um discreto cartaz em um caminhão fazia uma referência à temática. “A Amazônia é dos brasileiros, não dos piratas estrangeiros”, dizia.
Cartaz era das poucas referências à Amazônia no ato em Belém; silêncio contrasta com a forte atuação do bolsonarismo paraense nos retrocessos ambientais (Foto: João Laet/Repórter Brasil)
Estrela da extrema-direita paraense em campanha pela reeleição, o candidato prefere flertar com o eleitorado evangélico e conservador, que o tietava de verde e amarelo pelas ruas de Belém. Prioriza a mesma estratégia em suas redes sociais, onde possui quase 450 mil seguidores. Declarando guerra contra pedófilos e comunistas imaginários, Éder Mauro vai deixando pelo caminho não apenas as vítimas de sua atuação na polícia: como defensor dogarimpo, o ex-delegado atira para matar contra o futuro da Amazônia.
Protagonista da parada paramilitar, a caminhonete que puxou a aparelhagem de som de Éder Mauro recebeu também o senador e candidato ao governo do Pará Zequinha Marinho (PL-PA) que, em seu discurso, disse que Bolsonaro foi uma escolha do “pai celestial”.
Além de devotos do presidente, Zequinha Marinho e Éder Mauro estão unidos pela defesa do garimpo. Pastor da Assembléia de Deus, o senador é um dos principais lobistas para legalização da exploração mineral em terras indígenas, como mostrou aRepórter Brasilemjulho do ano passadoe emfevereiro deste ano. “Chama o Zequinha” se tornou uma frase repetida por quem busca sua ajuda para atividades ilícitas,revelou a Públicaem agosto.
Éder Mauro, por sua vez, é autor de projetos de lei que favorecem o garimpo, dos quais dois estão na base de dados doRuralômetro. O PL 5.248 permite que órgãos municipais possam fazer o licenciamento ambiental de lavras garimpeiras de pequeno porte, fragilizando a fiscalização, e o PL 5.822 quer autorizar o garimpo em reservas extrativistas.
Na mesma época, Zequinha e Éder repetiram a dobradinha ao articular umareunião de garimpeiros do Sul do Pará com a cúpula do governo Bolsonaro. O intuito do encontro era acalmar protestos de representantes do setor após uma operação ambiental destruir máquinas usadas pelo garimpo ilegal.
Já acostumado a se posicionar na Câmara a favor dos ruralistas, Mauro decidiu tornar-se um deles em 2020, com a compra de uma fazenda de 300 hectares no município de Bujaru, no nordeste do Pará.A transação é investigada pela Polícia Civildo estado por suspeita de fraude, pois a área foi registrada em 2018 em nome de uma pessoa que já estava morta havia 15 anos. Avaliada em R$ 2,8 milhões, a fazenda Bênção Divinal foi adquirida por Mauro por R$ 330 mil e ajudou a dar corpo ao seu patrimônio, que quintuplicou desde que entrou para a política. Na eleição de 2014, o então delegado declarou bens que somavam R$ 595 mil, valor que subiu para R$ 2,9 milhões no atual pleito.
Entre os doadores da sua campanha neste ano está Walacy da Silva Moraes. O valor de R$ 12 mil doado diz respeito ao uso de uma caminhonete pela campanha do ex-delegado. O doadorfoi preso em 2014acusado justamente de participar de uma organização criminosa especializada em roubar esse tipo de veículo no Pará. Moraes é réu pela acusação e responde em liberdade. Parte dos processos a que a reportagem teve acesso mostram que Éder Mauro estava à frente da investigação do grupo quando era delegado. Questionado sobre a doação e sobre sua relação com Moraes, o deputado não respondeu.
Procurado pelaRepórter Brasil, Moraes confirmou o empréstimo da caminhonete para a campanha de Mauro. Ao ser questionado sobre o processo que corre na Justiça, a ligação caiu, e o empresário não voltou a atender o telefone nem respondeu às perguntas enviadas por mensagem
Liberdade de opressão
Um triciclo preto ornado com caveiras e correntes era palco de selfies de apoiadores de Éder Mauro. “Bolsonaro e os candidatos dele defendem a liberdade e a livre expressão”, elogiou um homem fantasiado de Capitão América.
Adotando a mesma estratégia de Jair Bolsonaro, Mauro abusa dessa “liberdade de expressão” para capturar a atenção com polêmicas e desviar dos assuntos mais importantes, como as acusações de corrupção envolvendo sua família – irmão do ex-delegado, Amaurivaldo Cardoso Barra foi exonerado em março deste ano da Secretaria Nacional de Pesca apósoperação da Polícia Federal que investigou fraudes no órgão público.
Em seus oito anos no Congresso, mulheres de esquerda foram os alvos preferidos de seus ataques. Em um desses bate-bocas, Mauro acusou a deputada federal Vivi Reis (PSOL-PA) de defender “indígenas fake” (questionar a legitimidade do movimento indígena é uma das obsessões do ex-delegado nas redes sociais). Ao rebater, a parlamentar disse que fake era a peruca dele, em referência à franja com fios mais negros que a asa da graúna. O penteado do bolsonarista rendeu-lhe o apelido de “peruquinha” entre seus inimigos políticos.
Em outra ocasião, chamou a deputada Maria do Rosário (PT-RS) de “Maria do Barraco”, ao que ela rebateu chamando-o de “assassino”. “Infelizmente, já matei, sim, e não foram poucos, foi muita gente”, contestou Éder Mauro.
“Estou respondendo um monte de processo na Justiça por homicídio, invasão de propriedade e alguns por tortura, mas nenhum por corrupção”, reiterou em entrevista recente a umpodcast paraense.
A fama de justiceiro e o orgulho em dizer que matou muitas pessoas contrasta com a ausência de condenações de Éder Mauro, que já foiabsolvido de duas acusações de tortura pelo STF. Advogados, defensores de direitos humanos e líderes comunitários foram procurados pela reportagem para saber sobre o passado policial do ex-delegado, mas quando o assunto da entrevista é revelado, quase ninguém fala abertamente. A justificativa: “medo”.
Entre as poucas pessoas dispostas a falar sobre Éder Mauro em Belém está Bruna Lorrane, especialista em marketing eleitoral e digital. Em 2019, durante uma eleição para uma associação de bairro, ela e o deputado apoiavam diferentes candidatos. “O candidato dele estava perdendo e queria encerrar a votação antes do horário. Eu não deixei, fiquei na porta para impedir a entrada e fui agredida”, relata Bruna, que diz ter ficado com o corpo repleto de hematomas e está processando Mauro pela agressão.
“As pessoas gritavam dizendo que era covardia bater em mulher e o Éder Mauro respondia: ‘não tem mulher nenhuma para eu bater aqui’”, lembra Bruna, que é transexual. Após a agressão ganhar onoticiário paraense, passou a ser atacada por uma horda virtual da extrema direita.
Outra vítima de Éder Mauro e seus discípulos é o coordenador da campanha da candidata a deputada federal Nice Tupinambá (PSOL), Richard Callefa. Ativista do movimento LGBTQIA+ no Pará, Callefa foi eleito coordenador do diretório de estudantes da maior universidade privada do estado em 2019. Depois da eleição, Mauro criticou o ativista em suas redes sociais, o que o tornou alvo até de ameaças de morte. “Ele estimulou o ódio”, lembra.
Alguém dúvida, que além do tradicional apoio da milícia do RJ a familícia de políticos Bolsonaro,o PCC apoia este desgoverno que criou a conjuntura favoravel a eles!? Enquanto piorou o Brasi pra população mais pobre e trabalhadores assalariados. BOLSONARO ARMOU O TRÁFICO
Acusado de lavar dinheiro de André do Rap, do PCC, tira foto com Bolsonaro
por Josimar Jozino
O empresário Fredy da Silva Gonçalves Bento, 37, investigado pela Polícia Civil por suspeita de lavar de dinheiro para o narcotraficante André Oliveira Macedo, 43, o André do Rap, integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), tirou foto com o presidente Jair Bolsonaro em partida de futebol beneficente no último dia 28, na Vila Belmiro, em Santos (SP).
Fredy jogou na preliminar no time azul, e Bolsonaro em outro jogo na equipe de branco. O evento esportivo fez parte da 16ª edição do Natal sem Fome, realizado para arrecadar alimentos e brinquedos para crianças e famílias carentes, especialmente da região da Baixada Santista.
Fredy seria laranja usado para lavagem de dinheiro do tráfico
A suspeita da Polícia Civil é de que o dinheiro proveniente do tráfico de drogas para a Bélgica, Portugal, Itália e África, feito via porto de Santos, é encaminhado para as mãos de Fredy por meio de imóveis, restaurantes, lojas de carros e de roupas, salões de beleza e boxes em camelódromos na Baixada Santista.
O nome de Fredy veio à tona pela primeira vez na mídia em agosto de 2020, em reportagem investigativa do jornalista Rodrigo Hidalgo, exibida no Jornal da Band, sobre lavagem de dinheiro envolvendo integrantes do PCC.
A coluna veio investigando a situação desde a partida de futebol disputada em Santos, no último dia 28.
André do Rap é considerado um dos maiores narcotraficantes do Brasil. Ele foi preso pela Polícia Civil de São Paulo em setembro de 2019 num imóvel em Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. Acabou solto em outubro do ano passado graças a um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O presidente Jair Bolsonaro esteve na Vila Belmiro, e durante fotos com fãs, posou com empresário acusado de elo com PCC Imagem: Reprodução/Instagram Josmar Jozino Colunista do UOL 04/01/2021
Carlos Jordy bolsonarista aprova sangreira de negro pobre
Deputado bolsonarista Carlos Jordy, que é ligado ao Bope do Rio, não exatamente se fez de rogado para esfregar na cara do Ministério Público, STF, TSE e favelas cariocas (“serve de aviso”) o que foi que aconteceu no Alemão.
Antes do massacre no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, neste ano de 2022, a chacina mais recente que tinha sido promovida pelo Bope no Alemão também aconteceu em ano eleitoral, em 2020.
Na época, o site Ponte chamou atenção para que o Bope produzira 13 mortos para apreender oito fuzis. Nesta quinta, no mesmo Alemão, foram uma metralhadora, duas pistolas e quatro fuzis apreendidos e 19 cadáveres no chão – ainda contando, incluindo um policial e igualando o número de mortos da tragicamente emblemática chacina policial no Alemão durante os jogos Pan-Americanos de 2007.
Quando aconteceu a chacina de 2020, Wilson “mirar na cabecinha” Witzel ainda era governador. Hoje, Marcelo Freixo é pré-candidato, e forte, ao governo do estado do Rio, e seu principal adversário é Claudio Castro, o ex-vice de Witzel que agora tenta a reeleição.
Com tantos crimes a serem apurados na comarca fluminense, os Bolsonaro não gostariam nada de ver Marcelo Freixo eleito governador.
Nesta quinta, enquanto corpos ainda esfriavam em caçambas, o deputado federal
Nesta quinta, enquanto corpos ainda esfriavam em caçambas, o deputado federal bolsonarista Carlos Jordy, que é ligado aos Bolsonaro e ao Bope do Rio, não exatamente se fez de rogado para esfregar na cara do Ministério Público, STF, TSE e favelas cariocas (“serve de aviso”) o que foi que aconteceu no Alemão, além de chacina: um ato de campanha, estadual e nacional.
Jordy jamais condenou o genocídio da pandemia, a estratégia de propagação, para obter a imunidade de rebanho, vide o atraso na vacinação e o morticínio de Manaus, e o kit cloroquina me engana.
Jordy jamais condenou o genocídio de jovens negros. O racismo policial contra pobres, negros, favelados. Sempre condenou as câmaras de filmagem acopladas aos uniforme dos militares em serviço.
Jordy jamais condenou o genocídio dos povos indígenas, as terras invadidas pelos grileiros, madeireiros, garimpeiros, caçadores, pescadores, a Amazônia sem lei dos traficantes nacionais e internacionais.
É piada de mau gosto Freixo querer ser Governador do RJ sendo do partido q acionou o STF p/ impedir operações policiais contra o tráfico. O confronto no Complexo do Alemão serve de aviso: quanto menos operações, mais os criminosos se estruturam. Freixo e Lula têm o mesmo projeto!
, que é ligado aos Bolsonaro e ao Bope do Rio, não exatamente se fez de rogado para esfregar na cara do Ministério Público, STF, TSE e favelas cariocas (“serve de aviso”) o que foi que aconteceu no Alemão, além de chacina: um ato de campanha, estadual e nacional.
É piada de mau gosto Freixo querer ser Governador do RJ sendo do partido q acionou o STF p/ impedir operações policiais contra o tráfico. O confronto no Complexo do Alemão serve de aviso: quanto menos operações, mais os criminosos se estruturam. Freixo e Lula têm o mesmo projeto!
Jordy é uma piada. Jamais condenou o tráfico de armas, de ouro, de pedras preciosas, de dinheiro (os doleiros), de madeira nobre, de produtos florestais, de minérios estratégicos, principalente o nióbio. Jamais condenou o desmatamento da Amazônia, pela grilagem de terra. Jamais condenou o tráfico internacional de coca, que passa pelo Vale do Javari, terra indígena, supostamente protegida pela Funai, tríplice fronteira abandonada pela Polícia Federal e pelas forças armadas.
Um povo que aprova chacina, em um país que não existe pena de morte, é um povo cruel, que aplaude assassinatos quando praticados por ricos, pelos militares, pelos policiais como acontecia no Coliseu dos imperadores romanos. Um povo que se alegra com a morte no circo eleitoral (panem et circum)
Qual o papel do agronegócio no governo atual e qual o papel do Congresso — e de seus principais líderes — no que acabou ficando conhecido como “boiada”?
A “boiada” defendida pelo então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, em uma reunião ministerial, a destruição de leis socioambientais, tem uma face parlamentar e tem líderes ruralistas entre seus artífices. Antes deles, seus financiadores.
Vamos juntos barrá-los em outubro. Assista ao vídeo, e acompanhe nossa cobertura eleitoral: https://bit.ly/3n8ZuAU.
O Congresso faz uma ofensiva inédita contra os povos do campo, o ambiente e a alimentação saudável. Os deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária ameaçam os territórios indígenas e camponeses, absolvem grileiros, trabalham para madeireiros, espalham agrotóxicos e beneficiam os grandes investidores nacionais e internacionais.
Os ruralistas aceleram a tramitação de projetos que implodem direitos e garantias, como o PL do Licenciamento Ambiental, sob relatoria do fazendeiro mato-grossense Neri Geller (PP-MT), que cria o "autolicenciamento". Ou o PL da Grilagem, de autoria do pecuarista Zé da Silva (SD-MG).
Ambos aprovados pela Câmara. E ainda temos pela frente o PL 6.299/2002, do Veneno, o PL 490/2007, que impossibilita a demarcação de terras indígenas, e a reforma do imposto de renda que isenta proprietários de terras. Saiba o que mais planejam os ruralistas acompanhando série De Olho no Congresso!
A operação deflagrada hoje pela Justiça Militarreforçou a suspeita de que homens então ligados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, um dos órgãos mais estratégicos do país, tinham participação direta no esquema de tráfico de drogas para o exterior usando aviões da Força Aérea Brasilia (FAB). [Drogas que possivelmente passaram pelo abandonado Vale do Javari, na Amazônia da bandidagem]
Dos quatro militares presos, dois estavam lotados no GSI quando uma organização criminosa, segundo a Justiça Militar, passou a usar aeronaves oficiais para transportar entorpecentes, aproveitando as brechas no controle de bagagens e as permissões privilegiadas dos militares para transitar em aeroportos pelo mundo.
O pedido de prisão foi feito pelo promotor Enilson Pires, do Ministério Público Militar (MPM). Segundo ele, o sargento Márcio Gonçalves da Silva, então lotado no GSI, “seria o responsável pela escala dos comissários na “Presidência””. Essa atribuição, a de escolher quem faz as viagens, seria chave no esquema. A investigação já demonstrou que opróprio sargento Manoel Silva Rodrigues, que está preso na Espanha, tinha uma preocupação constante em saber para quais datas e destinos estava escalado, supostamente como forma de organizar as viagens com os fornecedores e recebedores da droga.
Sargento da Aeronáutica preso na Espanha por transportar 39 quilos de cocaína em avião da FAB
Depoimentos colhidos pelo promotor mostram que Márcio Gonçalces da Silva “começou a apresentar uma situação financeira diferenciada”. Apesar de ter uma remuneração no patamar de R$ 4 mil, como mostram contra-cheques apreendidos na investigação, o sargento chegou a comprar dois carros de luxo, das marcas Mercedes Benz e BMW, diz o MPM. Na versão de colegas ouvidos pelo promotor, o militar “chegou na lona, com carro velho, e hoje está com carrão”.
Outro preso hoje é o tenente-coronel Alexandre Piovesan. Segundo o MPM, em 2013, ele ingressou no Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB, “unidade responsável pelo transporte aéreo do Presidente da República, Ministros de Estado, Secretários da Presidência da República, e autoridades dos Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o Alto-Comando da Aeronáutica, sendo o segundo mais antigo da unidade”.
Tanto Piovesan como Márcio foram exonerados do GSI logo após o flagrante na Espanha.
Piovesan encontrou a ex-mulher do sargento preso logo após a apreensão na Espanha. Era tido como amigo próximo do sargento preso e, de acordo com outros militares ouvidos, dava benefícios para o sargento durante o trabalho. O MPM afirma que Piovesan dificultou a investigação ao apagar conversas suspeitas em seu telefone.
Ao longo da investigação, uma das testemunhas disse considerar o sargento Manoel, preso na Espanha, um “peixe”. Isso porque ele se dava bem, principalmente, por ser amigo do tenente-coronel Piovesan. Essa testemunha disse acreditar que Manoel tivesse informações sobre as viagens antes dos demais militares, “com as vulnerabilidades dos destinos dos voos, inclusive sobre drogas”.
O promotor Enilson Pires afirma que Piovesan e os demais presos demonstraram “desfaçatez, desinibição, audácia, indisciplina e deslealdade militar para utilizarem-se de viagens oficiais do primeiro, em avião da Força Aérea Brasileira, cujo voo tinha em sua tripulação parte da comitiva de duas das mais altas autoridades públicas do país (Presidente da República e Presidente da Câmara dos Deputados) para transportar cocaína do Brasil para Europa”.
O caso é investigado há quase dois anos em duas esferas, na Justiça Militar, que fez a ação de hoje, e na Justiça Federal comum, onde corre um processo derivado de uma investigação da Polícia Federal. Em ambas investigações, segundo as informações noticiadas até agora, não há nenhum elemento concreto que indique quem forneceu as drogas e se houve facilitação de membros da alta cúpula do governo ou das Forças Armadas.
O blog procurou o GSI com uma série de questionamentos. A assessoria do órgão respondeu o seguinte: “ O Inquérito Policial Militar sobre esse voo de apoio à Comitiva Presidencial foi instaurado pela FAB. Em relação aos demais tópicos da sua demanda, o GSI deixa de se manifestar por tratar-se de temas sob apreciação da Justiça Militar e do Ministério Público Militar”. Publicado in18/03/2021. [A coca, oriunda do Peru e da Colômbia, entra no Brasil pelo Vale do Javari, na Amazônia, hoje no noticiário com os martírios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Presos dois pescadores assassinos, as Forças Armadas, a Polícia Federal abandonam a reserva indígena palco de conflitos relacionados além do tráfico de drogas, ao contrabando de ouro, pedras preciosas, minérios estratégicos, madeira nobre, produtos florestais, armas. É a Amazônia entrega à bandidagem local e internacional. O Ministério da Defesa e Forças Armadas escondem as fotos dos traficantes militares, notadamente do tenente-coronel Alexandre Piovesan]