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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

15
Set18

A prisão do tucano Richa o intocável de Sergio Moro

Talis Andrade

tony garcia beto richa.jpg

 

 

"A Operação Rádio Patrulha, que levou para a prisão o ex-governador Beto Richa (PSDB) e seus principais aliados, na terça-feira (11), começou a ser construída no momento em que o ex-deputado estadual Tony Garcia procurou o Ministério Público para contar o que sabia sobre licitações e pagamentos para o programa Patrulha do Campo, do governo estadual. O ponto de partida foi a delação – a partir daí foram reunidas outras provas, algumas trazidas pelo próprio Tony Garcia, como trocas de mensagens e áudios de conversas, e outras coletadas pelos investigadores, como documentos, movimentações bancárias e outros arquivos."


“Não para em pé um governo que é um balcão de negócios. Não tem como parar em pé. Negócio, negócio, negócio. O dia inteiro é negócio. Se fossem lícitos, tudo bem, mas não”. Essa é a avaliação do empresário Tony Garcia , o homem que abalou as estruturas do poder do Paraná, sobre a gestão de Beto Richa (PSDB) no Palácio Iguaçu. Com a delação que fez ao Ministério Público Estadual do Paraná (MP-PR) detalhando fraudes no programa Patrulha do Campo, ele teve papel fundamental na prisão do ex-governador, da mulher dele, Fernanda, e de outros aliados que teriam tido participação no
esquema."

 

Poucas horas depois da soltura do ex-governador Beto Richa (PSDB) e demais investigados pelo Gaeco na Operação Rádio Patrulha, o principal responsável pelas denúncias contra o grupo, o empresário Tony Garcia, publicou uma dura mensagem direcionada ao hoje candidato ao Senado. Em forma de desafio – esse aliás é o título da postagem –, chama o adversário de “covarde e torpe”, diz que ele tem “intelecto frágil e superficial”, “mente leve e preguiçosa” e propõe uma coletiva olho no olho entre ambos para mostrar quem merece mais crédito.

 

O texto é uma resposta às declarações feitas pelo político no início da madrugada deste sábado (15), ainda na saída do Regimento de Polícia Montada de Curitiba. Na ocasião, Richa questionou a idoneidade do ex-amigo: “lamento que tenha valor a palavra de um delator cujo histórico de vida não demonstra nenhuma credibilidade, pelo contrário, total falta de credibilidade”.

 

Garcia responde ao que chamou de ataque usando vários adjetivos pesados e muita ironia. “Te desafio publicamente para uma coletiva de imprensa convocada por você, em seu campo, com hora, dia e local por você escalado, juiz, bandeirinhas e regras a seu critério, olho no olho, você e eu e mais ninguém”, provoca, para depois acrescentar. “O final deste combate se dará por nocaute, um de nós beijará a lona”.

 

Na visão do ex-deputado estadual, Richa tenta “negar o inegável”, além de estar envolto em um “mar de lama”. No fim, ainda promete responder a “cada ataque” com “provas inequívocas” de que o tucano “não passa de um psicopata mentiroso contumaz”.

 

 

 

 

12
Set18

Tucano Beto Richa teria desviado mais de R$ 70 milhões de programa, aponta Ministério Público do Paraná

Talis Andrade

Beto e Fernanda.jpg

Beto e Fernanda Richa estão presos desde a terça-feira (11) 
 

 

 

Redação Bem Paraná com assessoria


O juiz Fernando Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, determinou a prisão preventiva do ex-governador Beto Richa (PSDB) por entender que ele foi o principal beneficiado pelo esquema de propina montado para fraudar o programa Patrulha do Campo. De acordo com os apontamento do Ministério Público Estadual (MP), com base em depoimentos da delação do ex-deputado Tony Garcia; já homologa pela Justiça, Richa teria desviado mais de R$ 70 milhões — valores não atualizados 

 

[Por Sergio Moro, Beto Richa estaria solto na campanha para se eleger senador. Quem prendeu Richa foi um juiz estadual. Repetindo: Um juiz estadual de nome Fernando Fischer. Que a lava jato não prende tucano]

 

Para o juiz, o esquema só funcionava graças ao aval de Richa aos subordinados como chefe do Executivo. Já a ex-primeira-dama Fernanda Richa foi apontada como auxiliar do marido na lavagem do dinheiro desviado, por meio da compra de imóveis no nome de empresas da família. As compras foram realizadas pela empresa Ocaporã Administradora de Bens Ltda, cuja responsável é Fernanda Richa.

 

"Foi realizada a compra do adquiriu o lote nº 18, situado no condomínio Paysage Beau Rivage, mediante permuta com 2 (dois) terrenos localizados no Alphaville Graciosa, ocultando-se a parcela em dinheiro que teria sido paga (em torno de R$ 900.000,00). Tal negociação teve como representante da empresa Ocaporã a pessoa de Dirceu Pupo, além de André Vieira Richa, sócio da empresa e filho do casal Beto Richa e Fernanda Richa," diz a decisão sobre a prisão temporária.

 

“Há substratos nos autos que apontam que os investigados se associaram para constituir uma organização criminosa hierarquizada, que mediante divisão de tarefas realizaram crimes de fraude à licitação, corrupção, lavagem de dinheiro, dentre outros”, argumenta o magistrado em sua decisão.

 

Ao MP, Tony Garcia relatou ter sido procurado por Osni Pacheco (já falecido), da Cotrans; e Celso Frare, da Ouro Verde, para fraudar a licitação do “Patrulha do Campo”, cujo edital, lançado em 2011, previa o fornecimento de maquinário para o programa de manutenção em estradas rurais no interior do estado. O montante envolvido era de R$ 72,2 milhões, em valores não atualizados. A proposta era para superfaturar os contratos e repassar 8% do faturamento bruto, como propina a agentes públicos como contrapartida.

 

De acordo com a delação deTony Garcia, Beto Richa teria aceitado a oferta e o orientado a procurar Ezequias Moreira, Deonilson Roldo e Pepe Richa para implementar o esquema. Aos empresários, a quem caberia orientar a elaboração da licitação, Joel Malucelli, da J. Malucelli, teria se unido.

 

Ao final do certame, cada um dos três lotes foi vencido por Cotrans, Ouro Verde e Terra Brasil − esta última empresa teria sido aliciada, posteriormente, para entrar na fraude. Em comum acordo, a Ouro Verde repassou parte das patrulhas a Malucelli e a Tony.

 

MP acusa casal Richa de receber R$ 900 mil em troca de terrenos luxuosos

Negociação faz parte da denúncia do Ministério Público do Paraná contra o ex-governador e Fernanda Richa

Áudio que mostra Beto Richa falando em repartir “tico-tico” é devastador. Ouça

 

Doutor Rosinha, candidato a senador pelo PT: "Um escândalo!


Acordamos hoje com a notícia de que o ex-governador Beto Richa, sua esposa, seu irmão e alguns dos principais homens de confiança de seu governo, foram presos por apenas um de diversos casos de corrupção pelos quais é investigado. Vale lembrar que a candidata Cida Borghetti foi vice de Beto Richa no governo do Paraná e o candidato Ratinho Jr foi seu secretário do desenvolvimento urbano.


Nessa mesma operação, outra pessoa que é alvo de prisão mas não foi localizada foi o empresário Joel Malucelli, sogro do candidato a governador João Arruda; primo de Coronel Malucelli, vice de Cida Borghetti; e suplente no Senado e um dos principais coordenadores da campanha de Álvaro Dias à Presidência da República."

 

Veja aqui a traição de Cida Borghetti e Ratinho

 

19
Mai18

Conheça o advogado podre de rico por vender delações mais do que premiadas. Cobrança de mesada de 50 mil dólares desde os tempos do BanEstado para a república do Paraná

Talis Andrade

advogado-antonio-figueiredo-basto.png

 

 

 

 

 

Até julho de 2017, o criminalista Antonio Figueiredo Basto já havia firmado com a república do Paraná mais de 20 acordos de delações premiadas. 

 

Escreve o jornalista Sérgio Rodas, "na lava jato, Basto negociou compromissos como o do doleiro Alberto Youssef — a seu ver, o mais importante da operação — e o do dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa".

 

Incrível, espantoso, em um país de justiça justiça, em um país sério certas denúncias deveriam ser investigadas pelas autoridades competentes: o Conselho Nacional de Justiça e o Congresso Nacional. 

 

Atente: Tacla Durán, em depoimento no Congresso Nacional, denunciou o esquema de venda de delações. Uma denúncia grave, mas que nenhuma autoridade leva a sério, que no Brasil os poderes estão podres. 

 

"A chamada República de Curitiba é quase uma família. Ou 'panela', como teria definido o consultor financeiro Ivan Carratu. 


Tacla Durán disse que foi avisado por Carratu de que seria citado na delação de Ricardo Pessoa. Que Carratu havia sugerido contratar um advogado da “panela” de Curitiba e adiantado que, com a assistência de um desses advogados, o acordo de delação premiada seria favorável.


De fato, Tacla Durán foi citado no adendo ao acordo de delação, mas em um depoimento que é estranho não apenas pelo conteúdo, mas pela forma. Quem toma o depoimento, como se fosse um procurador ou delegado da Polícia Federal, é a própria defesa de Ricardo Pessoa. Na verdade, são dois depoimentos — o de Ricardo Pessoa e o do diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana.


Um complementa o outro".  Leia mais para entender o emaranhado da teia criminosa aqui

 

Sérgio Rodas no primeiro páragrafo da entrevista destaca a defesa de Antonio Figueiredo Basto: "os ataques à atuação do Ministério Público Federal e do juiz Sergio Moro não passam de 'garantismo de ocasião". Que lindo!

 

Acrescenta Rodas: Pioneiro da colaboração premiada, Figueiredo Basto virou alvo de críticas de seus pares. Isso porque muitos criminalistas consideravam ou consideram que o mecanismo suprime o direito de defesa do acusado. Mas ele dá de ombros para os ataques.

 

“Meus colegas viraram a cara, torceram o nariz, mentiram, me difamaram, mas a caravana passou e a cachorrada ficou latindo”, ataca, citando que boa parte dos antigos críticos agora faz delações.

 

Segundo ele, até mesmo o parecer do jurista português José Joaquim Gomes Canotilho, segundo o qual os acordos de delação são ilegais por prometer redução da pena em patamar não previsto na Lei das Organizações Criminosas, é "perfumaria".

 

Diz Basto: Colaborar com a Justiça não é uma deduragem de delegacia, um sujeito apontando o dedo para uma pessoa. Pelo contrário: é um processo formal, um acordo. Leia mais 

 

 

Mais uma denúncia contra Basto. Foi acusado pelos doleiros Vinícius Claret e Claudio de Souza, integrantes do esquema de Dario Messer, de protegê-los em seus acordos de colaboração, a troca de uma mesada de US$ 50 mil, durante vários anos, desde as investigações sobre o Banestado.

 

A informação é do jornalista Ricardo Galhardo. "Os doleiros Vinícius Claret, conhecido como ’Juca Bala’, e Cláudio de Souza, acusados de integrar o esquema comandado pelo ’doleiro dos doleiros’ Dario Messer, disseram em delações feitas ao Ministério Público Federal que entre 2006 e 2013 pagaram mensalmente uma ’taxa de proteção’ de US$ 50 mil (cerca de R$ 186 mil ao câmbio atual). O dinheiro, conforme os relatos, era entregue ao advogado curitibano Antonio Figueiredo Basto e um colega dele cujo nome não foi informado. O advogado é considerado um dos maiores especialistas do Brasil em colaborações premiadas", escreve Galhardo. "Na Lava Jato, Figueiredo Basto foi o responsável por negociações e acordos de delação de Lúcio Funaro, Renato Duque, Ricardo Pessoa, entre outros. Em 2004, intermediou o primeiro acordo no modelo atual do País no caso do Banestado, em nome do doleiro e Alberto Youssef – também pivô da Lava Jato –, e homologado pelo juiz Sérgio Moro", diz ainda o jornalista.

 

DCM comenta: Figueiredo Basto também foi advogado de Tony Garcia, que volta agora ao noticiário com a gravação que implica o ex-governador do Paraná, Beto Richa. Era advogado de Tony Garcia quando este fez o acordo de colaboração com Sergio Moro, há mais de dez anos. E Tony passou a grampear pessoas indicadas pelo juiz, inclusive algumas que tinham foro privilegiado. Essas pessoas também têm histórias a contar sobre Figueiredo Basto, na mesma linha dos doleiros.

 

Se puxar o fio no novelo, a investigação vai longe a pode manchar a imagem de herói de alguns.

 

Em Curitiba, sempre se soube que Dario Messer é o cara que pode detonar a panela da qual faz parte Sergio Moro. Apesar de aparecer no caso Banestado, Messer nunca foi molestado pelo líder da Lava Jato. Mas seus concorrentes no mercado clandestino de dólar acabaram presos, inclusive o Toninho da Barcelona.

 

A dúvida é saber até onde os procuradores do Rio de Janeiro e o juiz Marcelo Bretas querem ir. Matéria-prima tem para derrubar a farsa.

 

 

 

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