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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

14
Ago22

Michelle em culto religioso chama Bolsonaro de "rei que governa essa nação"

Talis Andrade

 

Na mesma igreja, pastor chama Michelle de "rainha"

 

A primeira-dama Michelle Bolsonaro fez uma fala de aproximadamente cinco minutos, ao lado de Jair Bolsonaro (PL), durante culto evangélico em Belo Horizonte, onde chamou seu marido de "rei do Brasil" , e comparou o presidente ("rei" do Brasil) a Jesus Cristo, e afirmou que, antes de sua presença, o Palácio do Planalto estaria “consagrado a demônios”.Image

Bolsonaro por Quinho

 

Podem me chamar de fanática, podem me chamar de louca”, disse a primeira-dama em preparação à fala sobre demônios no Planalto. E não passou disso. Todo o discurso girou em torno de autoelogios de cunho religioso, invocando uma narrativa de que 'Deus teria escolhido um reles deputado e uma simples dona de casa para guiar o país'.

Com base nesse fanatismo religioso, Deus matou Tancredo Neves, na véspera da posse, para José Sarney, o vice, governar o Brasil. Deus empossou Fernando Collor em 15 de março de 1990. Deus deu um golpe em Dilma, para Michel Temer ser presidente; e Lula preso, para Bolsonaro ser eleito em 2018.

Foi no dia deste discurso que Michelle Bolsonaro tirou foto com a terceira esposa do assassino de Daniella Perez, a maquiadora Juliana Lacerda, casada com o pastor Guilherme de Pádua, homicida confesso, condenado e preso junto com a primeira mulher Paula Tomaz.

Fúria assassina: Dezoito punhadas contra uma jovem de 22 anos que o Brasil amava. Um crime por motivos fúteis: o assassino invejava a fama da vítima, a vingança do assediador rejeitado; a assassina, doente de ciúme, uma paranóia de psicopata. 

 

 

A fotografia indica uma proximidade física muito íntima para ser chamada de selfie. O discurso foi na igreja que Guilherme de Pádua é pastor. Michele e Bolsonaro juram que não conhecem o pastor da igreja que frequentam e discursam.

 

No início da pandemia, em 2020, quando Bolsonaro convocou seus apoiadores a irem às ruas contra o isolamento social, o presidente negacionista, que defendia o genocídio da imunidade de rebanho, ganhou apoio de Guilherme de Pádua:

"Esses políticos corruptos, esses esquemas de tetas públicas que o pessoal fica só explorando o povo brasileiro, e o dinheiro e as melhorias não chegam na mão do povo, não chegam na vida do povo. Se Deus quiser, o Brasil vai mudar”, escreveu e ex-ator em suas redes.

No mesmo ano, durante as eleições municipais, Pádua tuitou: "quem está decidindo as eleições não são os radicais, nem de direita nem de esquerda. São os moderados, aqueles que querem um Brasil melhor, que querem um Brasil pacificado. Então, seja quem ganhar parece que a chance é maior do Bolsonaro."
 
No ato, bolsonaristas gritaram palavras de ordem antidemocráticas contra o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e a imprensa. Sempre juntos, o presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus ministros, novamente, participaram.
 
 

Bolsonaro diz que questionou Michelle após foto com mulher de Pádua

 

por Gabryella Garcia e Tiago Minervino /UOL

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que questionou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, sobre a foto tirada por ela com Juliana Lacerda, esposa do ex-ator Guilherme de Pádua, durante um culto na Igreja Batista Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), no último dia 7. Pádua foi preso e condenado pelo assassinato da atriz Daniella Perez em 1992.

Segundo Bolsonaro, Michelle alegou que tirou cerca de cem fotos naquele dia e afirmou não saber se tratar de Juliana Lacerda, que não se identificou como a atual esposa de Guilherme de Pádua. O presidente ainda negou que ele e a primeira-dama tenham almoçado com o casal, e ressaltou que deixou o culto e retornou para Brasília, enquanto sua esposa permaneceu na capital mineira, para almoçar com os familiares do pastor Márcio Valadão.

Não almocei lá e a Michelle ficou. [Quando a foto saiu] eu conversei com ela, porque apareceu uma foto dessas com a tal esposa do Guilherme de Pádua. Então, ela falou: 'eu tirei umas cem fotografias, então não sei quem tirou comigo'. Ela [Juliana] não falou quem ela era, e no almoço tem uma mesa reservada com os familiares do pastor Valadão."

Ontem (12), por meio de vídeo publicado nas redes sociais, Guilherme de Pádua e Juliana Lacerda também negaram que tinham almoçado com Jair e Michelle Bolsonaro em Belo Horizonte.

O pastor homicida afirma que não compareceu ao culto, pois desde que o documentário "Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez", da HBO Max, estreou, ele tem "ficado quieto porque tem sido uma fase difícil" de sua vida, devido ao sucesso da produção, que voltou a colocar o crime que chocou o país no centro das atenções.

Juliana Lacerda ressaltou que Michelle Bolsonaro "nem sabia" quem ela era quando tirou a foto.

"Eu nunca troquei uma palavra sequer com ela. Nunca mesmo. Ela nem sabia quem eu era. Ela simplesmente foi lá, gentil que é, uma pessoa extremamente simples, uma mulher de Deus, porque eu sou fã, e ela tirou essa foto comigo, como [com] todos ali nessa fila, nessa comemoração. Foi apenas isso", pontuou.

 

Michelle disse que Planalto já foi 'consagrado a demônios'. Rosane revela que Collor cultuava magia negra

 

Bolsonaro imita pessoa com falta de ar para criticar medidas de Mandetta  quando era ministro - YouTube

Bolsonaro imita a morte de um paciente de covid 

 

A primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou durante o culto em Belo Horizonte, que o Planalto já foi "consagrado a demônios". Os dois estiveram em um evento em comemoração ao Jubileu de Ouro do pastor Márcio Valadão. [Na igreja do pastor Guilherme de Pádua]

"Podem me chamar de louca, podem me chamar de fanática, eu vou continuar louvando nosso Deus, vou continuar orando", disse ela, ao lado presidente Jair Bolsonaro.

Vou continuar orando e intercedendo em todos os lugares, e sabe por que, irmãos? Porque por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar foi um lugar consagrado a demônios. Cozinha consagrada a demônios, Planalto consagrado a demônios e hoje consagrado ao senhor Jesus. Ali, eu sempre falo e falo para ele [Bolsonaro], quando eu entro na sala dele e olho para ele: essa cadeira é do presidente maior, é do rei que governa essa nação", afirmou Michelle.

Se Bolsonaro é o "presidente maior", o "rei que governa essa nação", Michelle é o quê?

Primeira-dama vem sendo comparada à personagem bíblica Rainha Ester por pastores bolsonaristas, que misturam política e religião.

Reportagem Bianca Muniz, Matheus Santino e Mariama Correia

Colaboraram Nathallia Fonseca e Mônica Gugliano

Essa reportagem foi originalmente publicada pela Agência Pública e faz parte do Sentinela Eleitoral, projeto que investiga e analisa as redes de manipulação do debate público (fake news) nas eleições em parceria com o Berkman Klein Center for Internet & Society da Universidade de Harvard.

“Michelle Bolsonaro, a rainha Ester da nossa geração. Você concorda?”. A publicação nos perfis do Instagram do casal cristão conservador, o vereador por Recife Júnior Tércio e da deputada estadual de Pernambuco, Clarissa Tércio, ambos do PP, tem quase 111 mil curtidas. Entre os mais de 1,1 mil comentários de apoio, uma seguidora comentou: “mulher segundo o coração de Deus”. O post foi feito dois dias depois do discurso de Michelle na convenção do PL, que oficializou a pré-candidatura do presidente à reeleição. Na ocasião, a primeira-dama afirmou: “Bolsonaro é um escolhido de Deus”.

Image

 

Essa não foi a primeira vez em que Michelle foi comparada à Ester — personagem da Bíblia que se tornou rainha e foi usada por Deus para salvar o povo hebreu. O paralelo tem sido recorrente nas redes bolsonaristas desde julho. Grupos de Whatsapp e Telegram vêm reagindo com entusiasmo ao protagonismo assumido pela primeira-dama na campanha do marido. E o discurso dela no anúncio oficial da pré-candidatura de Bolsonaro, no dia 24 de julho, foi o ponto de virada para consolidar a imagem de mulher de fé que intercede pelo povo, tal qual a heroína bíblica.

Uma semana antes da convenção (17 a 23 de julho), Michelle tinha uma média diária de 32 citações no Twitter. Na semana seguinte, a média pulou para 350 citações. Somente entre os dias 24 e 26 de julho, foram quase 2 mil. O post com maior quantidade de interações partiu da conta da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, pré-candidata pelo Republicanos. Amiga de Michelle, Damares tuitou, no mesmo dia da convenção, um trecho do vídeo do discurso. O post tem mais de 10 mil curtidas e o vídeo supera as 76 mil visualizações.

No trecho compartilhado pela ex-ministra, Michelle afirma: “A reeleição não é por um projeto de poder como muitos pensam. Não é por status porque é muito difícil estar desse lado. A reeleição é por um propósito de libertação”. Michelle, que nunca fez curso de teologia como Damares, mas atua como intérprete de Libras nos cultos da Igreja Batista Atitude, fala em tom de pregação. No discurso completo, a primeira-dama misturou política e religião, evocando a guerra do “bem contra o mal”, tônica atual dos pronunciamentos de Bolsonaro. Usou muitas referências bíblicas e “aleluias”. Disse que ora todas as terças-feiras no gabinete presidencial e questionou o fato do presidente ser considerado alguém que não gosta de mulheres, usando como argumento a quantidade de leis de proteção a mulher sancionadas por Bolsonaro. Mas ela inflou os dados, como mostrou a reportagem do Estadão.

 

 

damares comunismo.png

Publicação da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, teve a maior quantidade de interações no Twitter/Reprodução Damares Alves

 

Desde o dia do lançamento da campanha até 10 de agosto, o Sentinela Eleitoral da Agência Pública monitorou 238 menções à Michelle Bolsonaro em 115 grupos e canais bolsonaristas no Telegram. Em comparação, na semana anterior, de 17 a 23 de julho, foram apenas sete mensagens. Trechos da fala dela em vídeo começaram a circular entre os apoiadores. Um post, originalmente publicado no Twitter pelo empresário bolsonarista Luciano Hang, foi compartilhado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do presidente, no seu canal do Telegram, que tem mais de 111 mil inscritos. O conteúdo também foi compartilhado no grupo Aliança com Bolsonaro, com quase 2 mil membros. No total, esse vídeo alcançou 15,3 mil visualizações no Telegram.

Grande parte dos conteúdos compartilhados nos grupos de Telegram bolsonaristas monitorados pela reportagem se referem a Michelle com termos religiosos. Ela é chamada de “intercessora”, “mulher virtuosa e de oração”, “profetisa”, exemplo de “amor, fé e força”. Mas um membro da campanha de Bolsonaro disse à reportagem, em condição de sigilo, que o papel dela na campanha vai além da forte identificação com o eleitorado evangélico conservador, sobretudo com as mulheres cristãs. “Ela é testemunha da humanidade do presidente. Ninguém mais, só ela pode dar esse testemunho”, disse.

Jacqueline Moraes Teixeira, antropóloga, professora do Departamento de Sociologia da UnB, que pesquisa mulheres pentecostais na política, diz que existe uma imagem pública do presidente como “uma pessoa limitada e falha”. Nesse ponto, “o compromisso de dignificar essa posição de liderança do Bolsonaro é estabelecido a partir da posição da mulher, nesse caso a Michelle”, comenta . Michelle simboliza, para Jacqueline, a personificação da “mulher virtuosa bíblica”, “que é colocada numa posição de poder para garantir que o homem desempenhe uma boa liderança”. “Ela já era conhecida como a esposa evangélica de um marido que não é evangélico, mas que assume esses compromissos diante de Deus”, explica.

 

“MICHELLE MOSTRA SUA FORÇA, CONTAGIA O PÚBLICO E EMOCIONA O PRESIDENTE”

 

A pesquisadora Jacqueline Teixeira considera a posição de Michelle Bolsonaro fundamental no pleito eleitoral deste ano para alcançar o público feminino evangélico que ainda não fechou voto em Bolsonaro. “O voto de confiança seria em Michelle, não no Bolsonaro”, explica Jacqueline. Segundo a pesquisa mais recente do Datafolha, 29% das evangélicas declaram apoio a Bolsonaro e 25% a Lula (PT), o que é considerado um empate técnico. Entre os homens evangélicos, Bolsonaro tem 48% das intenções de voto e 20 pontos percentuais de vantagem em relação a Lula. A pesquisa foi publicada no fim de julho.

No começo de agosto, Michelle voltou a agitar as redes bolsonaristas com seu discurso na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG) . Um dos conteúdos compartilhados nos grupos de Telegram é uma postagem do site Jornal da Cidade Online, site citado na CPI das Fake News por publicar conteúdos de desinformação. “Michelle mostra sua força, contagia o público e emociona o presidente”, diz a manchete, compartilhada com o comentário: “Que momento fantástico!”.

Durante a fala no culto da Lagoinha, Michelle citou novamente a guerra do bem contra o mal e afirmou que, por muito tempo, o Planalto foi um lugar “consagrado a demônios”. Também voltou a falar do exercício do cargo presidencial como uma tarefa penosa para Bolsonaro e sua família. Ao seu lado, o presidente chorou. Um dos vídeos mais compartilhados nos grupos monitorados pelo Sentinela Eleitoral, entre os dias 7 a 10 de agosto, reproduz um trecho desse discurso. O conteúdo foi originalmente compartilhado pela deputada federal Carla Zambelli (PL) e alcançou 17,6 mil visualizações.

Este conteúdo faz parte do Sentinela Eleitoral, projeto da Agência Pública que investiga e analisa as redes de manipulação do debate público (fake news) nas eleições em parceria com o Berkman Klein Center for Internet & Society da Universidade de Harvard. https://apublica.org/sentinela/

Que faria Michelle se Bolsonaro recebesse um banho de pipoca?

A primeira-dama Michelle Bolsonaro compartilhou em seu perfil nas redes sociais um vídeo antigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participando de uma celebração da umbanda, religião de matriz africana. Acompanhado das imagens, ela escreveu: “Isso pode né! Eu falar de Deus não”. O 'isso" de Michelle é o quê?  Quem? O vídeo foi gravado no ano passado durante evento na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador. As imagens de Lula recebendo um banho de pipoca foram compartilhadas em um perfil nas redes sociais do deputado Paulo Teixeira (PT) em 26 de agosto de 2021. 

 

No Twitter, Michelle Bolsonaro foi mencionada mais de 900 vezes entre os dias 7 e 8 de agosto. O impulsionamento também tem relação com a publicação de um story no Instagram da primeira-dama, no dia 8. Ela compartilhou uma gravação do ex-presidente Lula recebendo banho de pipoca de lideranças de religiões de matriz africanas durante evento na Assembleia Legislativa na Bahia. Michelle escreveu no post: “Isso pode né! Eu falar de Deus, não!”. No mesmo dia 8, circulou a informação de que o perfil da primeira-dama no Twitter teria sido suspenso por publicar conteúdo de intolerância religiosa. Na verdade Michelle nunca teve conta oficial no Twitter, como ela mesma esclareceu em comunicado. O perfil oficial da esposa do presidente no Instagram, onde o conteúdo contra Lula foi originalmente compartilhado, continua ativo. Para Michelle, banho de sangue, pode. Banho de sangue no golpe de 1964, nos massacres policiais principalmente no Rio de Janeiro de Cláudio Casto "rei das chacinas". 

 

 

 

Michelle Bolsonaro cometeu crime de intolerância e deve ser punida, diz Eduardo Guimarães

 

Em entrevista à TV 247, o jornalista Eduardo Guimarães cobrou que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, seja criminalizada por promover discurso de ódio contra as religiões de matriz africana. A fala de Guimarães acontece após Michelle compartilhar em sua conta no Instagram um vídeo ofendendo o ex-presidente Lula (PT) e os povos de religiões africanas.

No vídeo, que afirma que Lula "entregou sua alma para vencer essa eleição", Michelle diz: “isso pode, né! Eu falar de Deus, não”.

“Ela tem  que respeitar. Se não pela ética, pela força da lei que criminaliza o preconceito e intolerância religiosa, que prevê de um a três anos de reclusão e multa”, esclarece o jornalista.

Guimarães põe em cheque a personalidade de Michelle Bolsonaro e diz que ela é “uma pessoa feroz”. “Como é que uma pessoa que age como uma liderança religiosa trata desta forma uma outra religião? As religiões se respeitam. Esses ataques virulentos vão mostrando que aquela carinha de pasmada é só uma cara. Por baixo tem uma pessoa feroz”, finaliza Guimarães. 

A postagem preconceituosa vem na esteira do uso do Palácio do Planalto para a realização de cultos evangélicos e de declarações de que o local "já foi consagrado a demônios."

Nada cristão. Michelle jamais chamou os avós, os pais, os irmãos, os sobrinhos, os familiares paternos e maternos, moradores de Brasília, para participarem dos cultos. Só gente rica. Michelle  repete fala de Rosane Collor sobre magia negra. 

 

 

02
Ago22

"Eu estarei lá", diz delegado que ameaçou Lula de morte sobre 'possível ataque' bolsonarista no 7 de Setembro

Talis Andrade

Paulo BilynskyjPriscila Delgado Barros, morta durante uma briga de casal em São Paulo

 

Bilynskyj também fez enquete debochando de quem não vai comparecer aos atos bolsonaristas, com as seguintes opções: "Eu vou no 7 de setembro" ou "Eu não vou, sou fracote". O valentão tem um passado de sangue. Ameaçou Lula de morte. E 'suicidou' a noiva que apareceu morta numa troca de balas. Delegado solto uma ameaça política

 

por Nathalia Kuhl /Metrópoles

 

O delegado Paulo Bilynskyj, da Polícia Civil de São Paulo, que levou (?) seis tiros da noiva, Priscila Delgado de Barrios, no apartamento onde mora, em São Bernardo do Campo, afirma que ela atirou várias vezes quando ele saiu do banheiro. Ele teria descarregado a arma depois que a modelo caiu no chão, mas que não se recorda como tirou o carregador da arma porque estava com medo de que ela acordasse e continuasse a fazer alguma coisa. As informações são da Record., que teve acesso ao (fantasioso) depoimento de Bilynskyj à polícia.

De acordo com  versão contada por Bilynskyj, Priscila teria atirado seis vezes contra ele após ver uma mensagem da ex-namorada do policial no celular do delegado. Em seguida, a modelo teria se matado. O crime ocorreu no dia 20 de maio de 2020, no apartamento do delegado.

 

O crime na versão de Bilynski, o assassino predileto de Eduardo Bolsonaro

 

No depoimento, Bilynskyj conta que, depois da briga, os dois foram dormir e que a última vez que viu Priscila foi no dia seguinte e ela estava sentada no sofá tomando café da manhã. O delegado afirma que foi tomar banho e que quando abriu a porta do banheiro ela já estava parada, prestes a atirar. Paulo disse que não teve qualquer diálogo com a namorada e que o primeiro disparo atingiu o peito dele.

De acordo com Bilynskyj, a pistola estava carregada com 22 balas. Ele conta, durante o depoimento, que achou que Priscila fosse disparar até acabar a munição porque ela atirava muito rápido e não tinha controle da arma. O delegado também disse que durante todo tempo a modelo segurou a arma com apenas uma das mãos.

Aos policiais civis, o delegado civil declarou que em nenhum momento teve contato físico com Priscila e que viu quando ela virou a arma para o próprio peito e disparou. Ele achou que o tiro tivesse sido de raspão. Depois do disparo fatal, Bilynskyj diz que não chegou perto de Priscila porque “que queria sair de perto dela”.

 

Investigações apontam reviravolta em morte da namorada de Paulo Bilynskyj

 

Caso Bilynskyj

 

As investigações sobre a morte da modelo Priscila Delgado, 27 anos, pode sofrer uma reviravolta a partir de novas evidências levantadas pela polícia. As novas informações foram reveladas pela Revista Época.

Priscila mantinha um relacionamento com o delegado Paulo Bilynskyj, 33 anos, e morreu na manhã do dia 20 de maio, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo a versão de Bilynskyj, a namorada viu uma mensagem em seu celular, deu seis tiros nele e se matou em seguida.

Essa versão foi contada por Paulo, em um vídeo gravado dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo revelações da revista, a bala que matou a modelo não partiu da arma que estava perto de seu corpo. Informações obtidas pela Época dão conta de que peritos concluíram ser pouco factível a hipótese de suicídio.

A tese mais aceita pelos peritos é a de que Priscila alvejou o namorado e, no meio do tiroteio, ele fez um disparo certeiro no peito da modelo. Os investigadores ainda tentam descobrir de que arma partiu o tiro que matou Priscila.

Na útima sexta-feira (29/05), os peritos voltaram ao apartamento, colheram novas provas e digitais para descobrir se o corpo de Priscila foi arrastado pelo local.

 

Delegado prometeu casamento

 

Tudo havia começado apenas cinco meses antes, no fim de dezembro de 2019. O delegado deu um like numa foto publicada no Instagram pela modelo. Por dois meses, conversaram por mensagens privadas na rede social e pelo WhatsApp. Em fevereiro, Bilynskyj viajou de São Bernardo do Campo, onde mora, para Curitiba, onde a modelo vivia, para encontrá-la.

Após o encontro, eles decidiram noivar e morar juntos. Em abril, ela se mudou para a casa do delegado e o casal marcou o casamento para 5 de junho. Mas a relação rompeu tão breve quanto começou.

A modelo fitness e filha de uma escrivã da polícia, Juliana Trovão, ex-namorada de Bilynskyj, vem sendo apontada como pivô de uma série de discussões que o delegado teve com Priscila desde que passaram a morar juntos. Trovão mantinha com Bilynskyj uma relação muito próxima. A informação é da revista Época.

Segundo o delegado, a noiva teria ciúmes da relação. Numa das mensagens que trocou com a ex, ele teria dito que o noivado chegaria ao fim no dia seguinte e que os dois poderiam voltar a namorar. Essa pode ter sido a mensagem que Priscila leu no celular pouco antes do crime. [Que safado. Escreveu de propósito, e depois foi dormir na mesma cama com a noiva. Ainda diz que morria de medo...]

 

Caso Bilynskyj: família de modelo questiona versão sobre tiros e suicídio

 

Delegado Paulo BilynskyjPode ser uma imagem de 1 pessoa

 

 

Um primo da modelo Priscila Delgado de Barros, de 27 anos, disse que a família não acredita na versão do namorado dela, o delegado Paulo Bilynskyj, 33.

Priscila foi encontrada morta na casa do companheiro, em São Bernardo do Campo (SP). Bilynskyj alegou que a mulher se matou após atirar contra ele. A polícia investiga um possível feminicídio.

“Não, não acreditamos. A família não acredita [de que Priscila teria se matado após atirar contra Bilynskyj”, ressaltou um primo da modelo em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

Priscila foi baleada com um tiro no peito após supostamente ter tentado matar seu namorado o delegado Paulo Bilynskyj de 33 anos. Em vídeo divulgado em redes sociais ele relata que o motivo do desentendimento seria uma crise de ciúmes dela que teria encontrado mensagens em seu celular. 
 
Ele foi submetido a cirurgia após ser baleado na mão, e perna. Um vizinho acionou a Polícia Militar após ouvir cinco disparos. Ele não relatou ter ouvido a discussão que segundo o delegado antecedeu os tiros. No apartamento foram encontradas seis armas de fogo. No chão do corredor havia uma pistola Glock 9mm. Uma carabina Taurus CTT 40 encontrava-se sobre o sofá da sala. Outras armas de fogo foram vistas sobre a cama de um quarto do apartamento, além de grande quantidade de munições de diversos calibres.
 
Os policiais militares encontraram Priscila no banheiro. Ela foi atendida ainda com vida mas não resistiu. Havia marcas de sangue em um outro cômodo do apartamento e a Polícia Civil irá investigar agora o delegado civil. 
 
Priscila nasceu em Campo Bom e se destacou sendo escolhida a rainha do Festejando Parobé em 2010. Ela decidiu morar em São Paulo buscando oportunidades no mercado de moda.
 
 

 

Delegado influencer faz vídeo ironizando Lula com 'livro recheado' de arma

 

O delegado Paulo Bilynskyj atira contra um veículoDelegado que fez ameaça velada a Lula tem demissão aprovada pelo Conselho  da Polícia | Revista Fórum

por Tiago Minervino /UOL

O delegado de polícia de São Paulo Paulo Bilynskyj, que também atua como influenciador digital em defesa do armamento, gravou um vídeo no clube de tiro e caça TZB, de Goiânia (GO), direcionado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em que exibe "livros recheados" com armas de fogo, para ironizar uma declaração recente do petista na qual ele defendeu que os clubes de tiro sejam transformados em clubes de leitura.

Na gravação, compartilhada no perfil do Instagram de Bilynskyj, que conta com mais de 660 mil seguidores, o delegado influencer surge na companhia de outras duas pessoas frequentadoras do TZB, e, juntos, eles exibem três "livros", todos sem páginas, mas com revólveres dentro.

Oi, Lula. A gente já começou o clube do livro no TZB, em Goiânia. A gente adora você cara. Olha que livro bonito", declarou, em tom irônico o instrutor de tiros e delegado paulista.

 

Clube de tiro de Goiás ironiza Lula e exibe “livros” com armas

Delegado faz vídeo ironizando Lula com 'livro recheado' de armas

Nas redes sociais, tanto Paulo quanto a escola e clube de tiros TZB se posicionam de forma crítica ao ex-presidente Lula.

Ao UOL, a assessoria de imprensa do PT informou que vai avaliar a gravação "juridicamente".

Em comunicado enviado ao UOL, Hugo Santos, presidente do Clube de Tiro e Caça TZB, afirmou que o delegado Paulo Bilynskyj frequenta o espaço quando está por Goiânia, mas negou que seja funcionário do clube e que o vídeo seja uma ameaça à vida do petista.

Ainda, Santos reiterou que a gravação irônica "tem o objetivo de dar publicidade" ao posicionamento de Lula em defesa do fechamento dos clubes de tiros, pois o petista "tem a intenção de acabar com empregos de um setor que gera empregos e proporciona diversão a milhões de brasileiros".

"Os clubes de tiros hoje no Brasil empregam mais de 150 mil pessoas e continuam gerando novas oportunidades de emprego [...] Os clubes de tiros não serão fechados por Lula ou qualquer outro que seja eleito, pois todo cidadão brasileiro tem direito ao esporte, à saúde, à educação e à segurança pública."

Lula defende transformar clubes de tiros em clubes de livros

Em abril, no evento em que o PSOL oficializou o apoio à campanha do ex-presidente Lula no pleito presidencial deste ano, o petista, ao criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que os clubes de tiros que foram criados nos últimos anos devem "ser fechados" e substituídos por "clubes de livros". "Trocar os tiros pelos livros", pontuou.

Já ao oficializar sua candidatura neste mês, Lula voltou a defender que o país precisa de mais livros e de menos armas.

"O Brasil terá a oportunidade de decidir que país vai ser pelos próximos anos e [pelas] próximas gerações. O Brasil da democracia ou do autoritarismo? Do conhecimento e tolerância ou do obscurantismo e da violência? Da educação e cultura ou dos revólveres e fuzis?", declarou. E da sangreira.

 

"Eu estarei lá", diz delegado bolsonarista sobre 'possível ataque' no 7 de Setembro em Copacana

 

 

www.brasil247.com - Paulo Bilynskyj

247 - O delegado bolsonarista da Polícia Civil de São Paulo, Paulo Bilynskyj, que já ameaçou atirar em Lula, fez publicação em seu Instagram com menção a um 'possível ataque' no 7 de Setembro, quando haverá manifestações golpistas a favor de Jair Bolsonaro (PL), afirmando que "estará lá". O registro foi recuperado pela coluna Maquiavel da revista Veja.

O policial é um sujeito perigoso, líder dos clubes de tiro bolsonarista, que acumula mais de 700 mil seguidores em seu perfil na rede social, e já fez uma sequência de 'stories' enquanto fazia sessões de treinamento de tiros. Nas publicações, havia ameaças de morte que precisam ser bem investigadas, e menções às manifestações golpistas em apoio a Bolsonaro no bicentenário da Independência. Bilynskyj fez enquete em tom irônico, debochando de quem não vai comparecer aos eventos, com as seguintes opções: "Eu vou no 7 de setembro" ou "Eu não vou, sou fracote".

No mesmo post, havia uma mensagem enviada por um seguidor: "O capitão já convocou para irmos às ruas, qual sua opinião sobre um 'possível' ataque?" Em resposta, o delegado adicionou um vídeo descendo de um veículo para atirar em um alvo de papelão, enquanto gritava "é fogo!" Na legenda, escreveu: "Eu estarei lá."

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