Logo eu não podia mais expressar minha opinião, porque a conversa se transformava em uma discussão e evoluía para uma agressão. Ele dizia: ‘você emagreceu’, você engordou, não pendurou a minha camisa no lugar certo. Você é uma dona de casa péssima’. Devagarzinho, ele minava a minha autoestima. Me sentia um brinquedo na mão dele”, conta.
As agressões físicas e sexuais logo ultrapassaram a marca moral. Ele repetiu o que havia feito com outras mulheres: a forçou a fazer uma tatuagem.
Foi num lugar bastante íntimo. O desenho era um símbolo da família dele. Eu não queria fazer. Me senti carimbada”, ressalta.
A mulher conta que Brennand tatuou muitas mulheres. E que fazia piada do fato de tê-la obrigado a fazer o desenho no corpo dela.
Ele gostava de se gabar disso. Quando vinha gente em casa, ele pedia para que eu mostrasse a tatuagem, dizendo que eu era ‘mais uma mulher marcada’. Ele tinha até uma pasta no computador dele com as tatuagens, uma para cada menina. Não me lembro quantas exatamente, mas acho que eram mais de dez”, pontua.
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