Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

13
Set22

No Brasil, jornalistas mulheres são vítimas de um ataque a cada três dias

Talis Andrade

 

Levantamento da Abraji apontou que 52% dos autores por trás dos ataques eram autoridades públicas

 

por Isabela Alves

- - -

Em 2021, houve um aumento de 79% de ataques contra jornalistas mulheres ou com viés de gênero no Brasil. O dado é de um mapeamento produzido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). 

Foram 119 ocorrências ao longo do ano, o que corresponde a um ataque a cada três dias. As jornalistas mais atacadas foram Daniela Lima (CNN Brasil), Patrícia Campos Mello (Folha de S. Paulo) e Juliana Dal Piva (UOL).

95% dos responsáveis pelos ataques eram homens e 68% das agressões começaram na internet. Em 60% dos casos, as agressões contra as jornalistas ocorreram por conta da cobertura política. 

Um dado alarmante apontou que 52% dos autores por trás dos ataques eram autoridades públicas. Entre as personalidades que mais agrediram as profissionais foram o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Carlos Jordy (União-RJ),com oito ataques cada um; o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o assessor especial da Presidência Tercio Arnaud Tomaz, com sete ataques cada; e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (União-SP), responsável por cinco ataques.

O relatório “Violência de gênero contra jornalistas” aponta ainda que, em 2021, profissionais da imprensa e veículos foram alvos de 45 ataques direcionados, utilizando gênero, sexualidade ou orientação sexual como argumentos para a agressão. Os “discursos estigmatizantes”, narrativas que utilizam agressões verbais com o intuito de hostilizar e descredibilizar jornalistas, representam 75% dos episódios identificados pela Abraji. 

O levantamento também apontou que as hostilidades são predominantemente direcionadas a repórteres e analistas (85,7%) de meios de comunicação. Os profissionais mais afetados pela violência atuam na televisão (47%); jornais nativos impressos (20,1%); e jornais nativos digitais (14,3%). A região Sudeste lidera o número de ocorrências, com 66,4% dos ataques, seguida por Nordeste (12,6%) e Centro-Oeste (11,7%). Publicado em 10/03/2022

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub