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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

13
Jul23

As 4 bestas do apocalipse de Bolsonaro

Talis Andrade

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Bolsonarismo transformou a desinformação no seu principal instrumento de ação

Em 8 de janeiro de 2023, milhares de bolsonaristas que estavam acampados em frente ao Quartel General do Exército em Brasília partiram a pé rumo à Praça dos Três Poderes. Lá, invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, causando uma destruição cujas imagens correram o mundo.

Essa empreitada foi incubada nos ventres demoníacos dos quatro cavaleiros do apocalipse bolsonarista.  

A fome. Ministros de Bolsonaro prometeram (Paulo Guedes e seu discípulo Roberto Campos Neto), para milhões de famintos, restos de comida e alimentos com o prazo de validade vencido. Inclusive o Congresso, de maioria bolsonarista, aprovou o comercio de alimentos nocivos.

Assim aconteceu o inimaginável: Tivemos a fila da fome.

A fila do osso. E outras ofertas miseráveis do Brasil colonia que voltou para o Mapa da Fome, para o atraso do Terceiro Mundo, da lanterna na popa, dos escroques coroneis do Ministerio da Saude e dos pastores larapios do Ministerio da Educaçao.

O governo dos mercadores que vendem pé de galinha, carcaça de frango, e dos milhões de brasileiros que catam alimentos no lixo. 

Revoltada a população invadiu as ruas e praças clamando "fora Bolsonaro!" . E "comida no prato!" 

A pesteO Brasil bateu a marca, no dia 8 deste mês de julho, dos 37.693.506 brasileiros infectados, com 704.370 mortes, uma quantidade que não muda a posição do país no ranking global da pandemia – ainda é o 2º com mais mortes e mais casos, atrás apenas dos Estados Unidos.

Um genocídio com a marca do governo Bolsonaro, da militarização do Ministério da Saúde.

Na primeira semana deste mês faleceram 151 brasileiros. Veja aqui, dia a dia, casos e mortes por Covid - 19.

A CPI da Covid sugere o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas. O ex-presidente Jair Bolsonaro é uma delas.

O texto indica que as orientações dadas pelo governo federal, seja nas declarações do presidente Jair Bolsonaro ou nas informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, mostram que o objetivo dos mandatários era expor os brasileiros ao contágio em massa, buscando eliminar a pandemia por meio da chamada imunidade de rebanho.

“Esta Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia colheu elementos de prova que demonstraram sobejamente que o governo federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, expondo deliberadamente a população a risco concreto de infecção em massa”, diz o relatório.

O relatório denuncia o chamado “gabinete paralelo”, composto por médicos, políticos e empresários, servia de validação para disseminar a ideia de que era seguro se contaminar pelo coronavírus contanto que se fizesse uso de medicamentos sem eficácia contra a Covid.

De acordo com o relatório, como os integrantes não faziam formalmente parte da administração, seria mais difícil responsabilizar o governo pelas informações que prestavam. Neste grupo estão nomes conhecidos, como o empresário Carlos Wizard, a médica Nise Yamaguchi e o virologista Paolo Zanotto, todos indiciados por epidemia com resultado morte.

“A CPI também pôde concluir que um dos principais objetivos do gabinete paralelo era o aconselhamento do Presidente da República para que fosse atingida a imunidade de rebanho pela contaminação natural no Brasil”, diz o texto.

Foi com base nas orientações dos integrantes do gabinete paralelo e acreditando que a pandemia se dissiparia naturalmente que o presidente Jair Bolsonaro resistiu ao uso de máscaras, ao distanciamento social e até mesmo à compra de imunizantes.

A CPI também conclui que foi com base na credibilidade dos integrantes do gabinete paralelo que o governo fez — e segue fazendo — propaganda de medicamentos que compõem o "kit covid" (como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina), mesmo com estudos de alto padrão científico atestando sua inutilidade no tratamento da Covid e de órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendando o abandono de seu uso.

“A insistência no tratamento precoce em detrimento da vacinação aponta para o Presidente da República como o principal responsável pelos erros de governo cometidos durante a pandemia da Covid-19, já que foi corretamente informado e orientado pelo Ministério da Saúde, e mesmo assim agiu em contrariedade à orientação técnica, desprezando qualquer alerta que se contrapusesse a suas ideias sem fundamento científico, ou simplesmente demitindo os técnicos responsáveis por esses alertas”, afirma o texto. Leia aqui o relatório para conhecer melhor a face horrenda do Anjo da Morte, a carranca do presidente Bolsonaro (continua)

18
Abr23

Não adianta os vira-latas ladrarem. Lula irá para onde o interesse nacional apontar

Talis Andrade

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por Marcelo Zero

A viagem de Lula à China foi um êxito substancial.

Após o período nefasto de isolamento bolsonarista, durante o qual tivemos conflitos desnecessários com nosso principal parceiro comercial e econômico, o presidente Lula retomou, em grande estilo, uma parceria estratégica que data de 30 anos.

O número de acordos e memorandos oficiais firmados (15), afora os assinados na esfera privada, demonstra que a viagem serviu para refundar e aprofundar uma associação estratégica extremamente proveitosa para os interesses do Brasil.

Vale ressaltar que, dos 15 instrumentos oficiais firmados, 6 dizem respeito diretamente à cooperação na estratégica área de tecnologia, entre os quais pode-se destacar o que prevê a construção e lançamento do CBERS 6, satélite de monitoramento de recursos terrestres extremamente importante para o Brasil.

Ademais, os acordos firmados preveem a cooperação em diversos campos portadores de futuro, tais como:

i) Nanotecnologia

(ii) Energia limpa

(iii) Inteligência artificial

(iv) Biotecnologia

(v) Cidades inteligentes

(vi) Novos materiais

(vii) Ciência e tecnologia espacial e aplicações

(viii) Economia digital

(ix) Tecnologia da informação e comunicação

(x) Indústria 4.0

(xi) Biodiversidade

(xii) Ciências polares e oceânicas, etc.

Firmamos também um importante acordo para o desenvolvimento social e rural e combate à fome e à pobreza, um acordo para produção conjunta de conteúdo televiso e audiovisual, um acordo de cooperação entre nossas agências de notícias, um acordo específico para economia digital, um outro acordo específico para as TICs, um acordo para facilitação de comércio, etc., etc.

O agronegócio foi objeto de apenas 2 acordos na área sanitária, destinados basicamente a facilitar nossas exportações de carnes.

Como se vê, o Brasil está procurando diversificar a sua parceria com a China, colocando-a em patamar superior, tanto do ponto de vista econômico, como geopolítico.

A China deixou há muito tempo de ser somente uma exportadora de produtos de baixa tecnologia.

Hoje, ela é uma grande potência mundial em tecnologia e a primeira economia em PPP do mundo, que concorre exitosamente com EUA, Japão e Europa em setores de alta complexidade.

A China, é, por exemplo, o país que mais investe em tecnologias limpas e energias renováveis.

O Brasil quer se aproveitar dessa expertise para dar um salto de qualidade em seu desenvolvimento, promovendo a imprescindível transição ecológica e a indústria 4.0, o que deverá tornar nosso país uma grande potência, ao mesmo tempo “verde” e industrial.

Nesse quadro, a China é um grande parceiro estratégico.

Nada contra exportar os bens oriundos do nosso muito competente agronegócio, que, graças aos grandes investimentos feitos pela Embrapa, tem o pleno domínio tecnológico da agricultura tropical.

Mas o Brasil precisa também ser competitivo em indústria e serviços avançados.

Entretanto, infelizmente, há gente no Brasil que vê com desconfiança essa proximidade com a China, com o BRICS, com os países do Sul Global etc.

Advertem que isso poderá “desagradar aos EUA”.

Agora mesmo, alguns jornalistas criticaram Lula por ter visitado a Huawei, empresa que é malvista pelos EUA, por ter questionado o uso exclusivo do dólar em transações comerciais e até mesmo por ter reafirmado o princípio de “uma só China”, no que tange à questão de Taiwan.

Essas críticas eram previsíveis. Afinal, o “vira-latismo”, essa ideia nefasta de que o Brasil é um país pequeno e dependente, e que tem de se comportar como tal, existe há muito tempo. Arraigou-se num inconsciente coletivo bananeiro. Combinada com uma vasta ignorância sobre a nova ordem global, essa ideia produz sandices sem fim.

Tomemos o exemplo do dólar.

O que Lula fez não foi mais do que expressar uma inquietação mais ou menos generalizada.

É óbvio que o dólar, que tem grande liquidez, continuará a ser a principal moeda de troca por muito tempo. Porém, há uma tendência paulatina, mas inexorável, de se buscar, cada vez mais, alternativas ao dólar.

Há duas razões básicas que a explicam.

A primeira é econômica.

Há uma preocupação mundial com a dívida pública dos EUA, a qual aumentou quase cinco vezes, de cerca de US$ 6,5 trilhões, há 20 anos, para US$ 31,5 trilhões, hoje.

Saliente-se que os EUA são comercialmente deficitários desde 1975.

Na realidade, os EUA não “quebram” por causa da hegemonia do dólar. Países, indivíduos e empresas compram muitos títulos da dívida norte-americana, ainda considerados os mais seguros do mundo. Com isso, os EUA financiam seus imensos e crescentes déficits.

Não obstante, esse mecanismo vem sendo paulatinamente corroído.

No início deste século, as reservas globais estavam em cerca de 70% vinculadas ao dólar. Hoje, esse número já caiu para menos de 60%.

A China, por exemplo, se desfez de cerca de US$ 268 bilhões de suas reservas em dólar.

Ademais, os EUA vêm perdendo peso no comércio mundial.

Segundo cálculos do Lowy Institute, no ano 2000 os EUA eram, de longe, o líder comercial global.

Naquele ano, 80% das nações comerciavam mais com os EUA do que com a China.

Em 2018, porém, a situação já tinha se invertido. Os EUA eram o principal parceiro comercial em somente 30% dos países. A China já tinha ultrapassado os EUA em 128 dos cerca de 190 países do mundo.

Assim, muitos se perguntam até quando esse mecanismo de financiamento dos imensos déficits dos EUA poderá se manter. A desconfiança, em relação ao dólar, está, naturalmente, aumentando.

Mas o principal motivo para tal desconfiança é político.

Os EUA têm usado reiteradamente seu controle das finanças globais para punir países que não são do seu agrado. Usam o dólar como arma política.

Países objeto dessa arma perdem suas reservas e se vêm impedidos de transacionar financeira e comercialmente.

Com isso, os EUA estão quebrando uma regra de ouro para a confiabilidade de sua moeda: a da neutralidade do sistema financeiro. Ora, um sistema financeiro com forte viés geopolítico não é confiável.

Por isso, é natural que China, Rússia, Brasil, Argentina, Arábia Saudita etc., estejam buscando ativamente alternativas ao dólar, como forma de se proteger do “dólar político”, de reduzir os custos financeiros de suas transações e de proteger seus ativos.

Destaque-se que a China estabeleceu acordos como este feito com o Brasil para transacionar em renminbi, com cerca de 25 outros países. Recentemente, foi anunciado um com a Arábia Saudita.

Em nossa região, Chile e Argentina, países que fazem parte da Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR), firmaram também acordos semelhantes. Mediante outras iniciativas, já são cerca de 40 países no mundo todo que admitem fazer suas trocas comerciais em renminbis.

O renminbi já responde por cerca de 7% das transações comerciais globais e a tendência é que esse índice cresça muito.

O próprio Brasil estabeleceu um ajuste monetário semelhante com a Argentina. E, para quem não sabe, a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) tem, desde a década de 1990, o Convênio de Créditos Recíprocos (CCR), o qual possui a mesma finalidade.

Obviamente, os EUA não gostam dessa tendência. Donald Trump recentemente declarou que, se padrão monetário internacional, atualmente baseado no dólar, for substituído, será como “perder uma guerra mundial”, e que os EUA correm o risco de virar um “país de segunda linha”.

No entanto, a culpa não é da China, da Rússia, do Brasil ou de quem quer que seja.

A responsabilidade principal é dos próprios EUA.

Conforme escrevi em outro artigo neste site, a combinação, por parte de Washington, de crescente nacionalismo e protecionismo econômico com unilateralismo político e diplomático obviamente abre espaço para que a China e outros países, como a Rússia, projetem seus interesses com mais força no mundo.

Neste sentido, podemos até comparar os resultados práticos e imediatos das duas grandes e recentes viagens de Lula: EUA e China.

Da China, o Brasil volta com dezenas de acordos oficiais e privados, os quais asseguram investimentos e vantagens de cerca de R$ 50 bilhões.

Dos EUA, o Brasil voltou com a promessa de os EUA investirem estratosféricos US$ 50 milhões, no Fundo Amazônia. E olha que Biden confere “grande prioridade” à luta contra o aquecimento global.

Os EUA podem não querer cooperar. Direito deles. Mas é direito do Brasil, e de todos os outros países, buscar cooperação onde ela existir.

Com Lula, o Brasil voltou ao mundo disposto a cooperar com todos os países, sem distinções político-ideológicas.

O Brasil retomou sua tradicional diplomacia pragmática e exitosa.

Vamos estreitar os laços com todas as regiões e nações e, ao mesmo tempo, vamos contribuir com uma ordem global pacífica, simétrica, multilateral e multipolar, assentada numa nova governança mundial.

Não adianta os cães vira-latas ladrarem. A caravana Lula irá, impávida, para onde o interesse nacional apontar. E sem pedir licença a ninguém.

18
Abr23

A viagem de Lula e a viralatice da mídia

Talis Andrade

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por Ângela Carrato

 

Jornais de diversas partes do mundo deram destaque para os resultados políticos e econômicos da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China.

Lula ganhou todo espaço e holofotes na mídia chinesa, que o classificou como “o retorno de um velho amigo”.

O jornal argentino Página 12 anunciou que o encontro Lula-Xi Jinping “equilibrou a geopolítica mundial”, no que foi seguido por diversas publicações latino-americanas, africanas e russas.

Já a revista estadunidense Time incluiu Lula na lista das 100 personalidades mais influentes de 2023.

O perfil é assinado pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, que o descreve como “campeão do clima”, devido às suas ações para reduzir o desmatamento da Amazônia e visando a transição energética.

É inegável que Lula inseriu o Brasil outra vez no mundo, após o apagão/vexame bolsonarista, e é uma das personalidades mais queridas e aclamadas da cena internacional.

Enquanto isso, a mídia corporativa brasileira – aquela comandada por seis famílias e uns poucos banqueiros – acaba de atingir o seu ponto máximo no quesito viralatismo.

Nem a mídia estadunidense afinada com o Departamento de Estado, o Pentágono e o deep state, como é o caso dos jornais The New York Times e The Washington Post ou o do ultradireitista canal de TV Fox News, chegaram a tanto.

O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo passaram os últimos dias fazendo advertências à Lula sobre os riscos de “desagradar aos Estados Unidos”.

Pelo tom adotado, essas publicações pareciam ter sede em Washington e não no Rio de Janeiro ou em São Paulo.

Elas se mostram mais preocupadas em atender aos interesses hegemônicos do Tio Sam do que, por exemplo, detalhar os 23 importantíssimos acordos assinados por Lula em áreas como energias renováveis, indústria automotiva, agronegócio, linhas de crédito verde, tecnologias da informação, educação, saúde e infraestrutura.

Se preocuparam mais em criticar a proposta de Lula e Xi Jinping de ampliar a utilização de moedas locais no comércio internacional em substituição ao dólar, do que mostrar que isso já é uma realidade para quase 30 países.

Se essas atitudes já seriam imperdoáveis, a vira latíssima mídia brasileira foi além.

A viagem de Lula à China já é, sem dúvida, um dos fatos mais importantes da diplomacia brasileira e das relações internacionais em 2023 e essa mídia fez de tudo para criticá-la, desqualificá-la e criar problemas para o governo.

O encontro Lula-Xi Jinping representou um marco na construção do mundo multipolar, aquele em que as decisões não cabem mais a um único país.

É importante lembrar que após o fim da URSS em 1991, os Estados Unidos se tornaram a única superpotência e se arvoraram em xerifes do mundo.

A emergência da China como segunda maior potência global associada ao fato de que a Rússia, após uma década perdida, conseguiu, sob a liderança de Wladimir Putin, reencontrar o caminho para o desenvolvimento e hoje mantem uma aliança “infinita” com a China são elementos que alteraram fundamentalmente a geopolítica e a própria política mundial.

Some-se a isso que a volta do Brasil ao BRICS e a presença da ex-presidente Dilma Rousseff como dirigente do NBD, o banco de desenvolvimento do bloco, mostra que uma nova realidade começa a vigorar para os países do Sul global.

Até agora, esses países estavam submetidos a instituições financeiras controladas pelos Estados Unidos e pela Europa, como o FMI e Banco Mundial, cuja arquitetura se baseia em um mundo que surgiu após a Segunda Guerra Mundial e que não existe mais.

Indo além, esses países tinham seu crescimento e desenvolvimento tolhidos pelo jugo da moeda estadunidense, pelos juros leoninos e pelo amargo receituário que lhes era imposto caso precisassem renegociar dívidas.

Antes mesmo do fim da Segunda Guerra Mundial, os vitoriosos – Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra – se reuniram para decidir os destinos do mundo.

Rapidamente os Estados Unidos deixaram de encarar a URSS como aliada e teve início a “Guerra Fria”, que dividiu o planeta entre capitalistas e comunistas, com a América Latina relegada à condição de “quintal” dos Estados Unidos.

Ao contrário de países europeus e asiáticos que, no passado recente, tudo fizeram para garantir autonomia frente à tentativa hegemônica dos Estados Unidos, a elite brasileira, adequadamente denominada de “elite do atraso” pelo sociólogo Jessé Souza, fez e continua fazendo o oposto.

Defendeu e defende com unhas e dentes o atrelamento do Brasil aos interesses de Washington, inclusive forçando para que o governo tome partido na guerra na Ucrânia.

Guerra que, na prática, é um conflito por procuração dos Estados Unidos contra a Rússia, valendo-se do território da Ucrânia e da população ucraniana como bucha de canhão.

Guerra que nada mais é do que a tentativa dos Estados Unidos de impor uma derrota ao seu adversário imediato e, no médio prazo, atingir o que considera seu maior inimigo, a China.

Joe Biden, Donald Trump e Barack Obama disseram isso com todas as letras, mas foi Biden quem colocou esse enfrentamento em prática. Biden tem afirmado, com todas as letras, em recentes pronunciamentos, que a China é um inimigo a ser combatido.

Como país soberano, o Brasil não tem nada com isso, especialmente no momento em que precisa se reindustrializar e se desenvolver e o Tio Sam não nos oferece nada. Ao contrário. Suas empresas aqui estão fechando e indo embora, como aconteceu com a montadora Ford.

Quando Lula busca, ao lado da China, um caminho para a paz na Ucrânia, os vira-latas da mídia brasileira para não entrarem no mérito da questão, falam apenas em “inclinação oriental” por parte do presidente, como se isso fosse um problema.

Pior ainda: o Ocidente que se arvoram a defender é composto apenas pelos Estados Unidos e uma meia dúzia de países capachos.

Foi por isso que a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, que antecedeu em dois dias, a chegada de Lula a Pequim, passou quase em branco para esta mídia vira-lata.

Mesmo sendo um conservador, Macron defendeu a “autonomia estratégica” do seu país frente aos Estados Unidos, enfatizando que a própria Europa deve aproveitar o momento para construir sua posição de “terceiro polo” entre as potências.

Em termos latino-americanos, é exatamente isso o que pretende Lula que, antes de viajar para a China, anunciou o retorno do Brasil à União das Nações Sul-Americanas (Unasul), de onde o país foi retirado por Bolsonaro.

Desnecessário dizer que a mídia corporativa brasileira também não considerou essa uma decisão fundamental e praticamente ignorou o assunto.

Mesmo este início de século XXI já sendo denominado de “século do Pacífico”, em contraste com o anterior, marcado pela predominância do oceano Atlântico nas trocas comerciais, a mídia corporativa brasileira segue pensando e agindo como se ainda estivéssemos no passado. Como se as capitais do mundo continuassem sendo Washington e Londres.

Tamanha viralatice tem explicação.

A “elite do atraso” acostumou-se com as vantagens que obtém do Tio Sam, pouco somando se elas são para uns poucos em detrimentos da soberania do país e da maioria esmagadora da população brasileira.

Acostumou-se a subjugar a maioria da população e a agir como se fosse parte da metrópole, disposta a vender nossas riquezas minerais e naturais a preço de banana no pior estilo do que fizeram no passado Portugal e a Inglaterra.

Alguém ainda tem dúvida de que a Operação Lava Jato, patrocinada pelos Estados Unidos, foi para roubar o pré-sal brasileiro, privatizar a Petrobras e impedir que Lula fosse candidato à presidência da República em 2018?

Alguém ainda duvida que Sérgio Moro e Deltan Dallagnol agiram com apoio dos Estados Unidos para destruir as empresas de construção civil e a indústria naval brasileira?

Alguém minimamente informado desconhece que a mídia corporativa brasileira foi fundamental para a vitória do golpe contra Dilma Rousseff em 2016, a prisão de Lula e a chegada de Bolsonaro ao poder?

Alguém se lembra da mídia corporativa brasileira ter criticado as posições entreguistas de Bolsonaro, que bateu continência para o embaixador dos Estados Unidos e declarou amor ao extremista de direita então ocupante da Casa Branca?

Em todos os países civilizados, a mídia é parte fundamental na defesa dos interesses nacionais e jogar contra eles é considerado crime. Não por acaso a imprensa francesa, que apoiou a ocupação nazista, foi varrida do mapa após o fim da Segunda Guerra Mundial. O mesmo já começa a se dar em relação à mídia europeia que defende os interesses estadunidenses em detrimento de suas populações.

A mídia vira-lata brasileira não mostra, mas além da população francesa, a alemã e a italiana também estão nas ruas contra os altos preços da energia, depois que os Estados Unidos exigiram dos integrantes da OTAN sanções contra a Rússia. Essas populações se sentem traídas por uma mídia que as levou a defender medidas que as prejudicou duramente.

Essa mídia não mostra, igualmente, que com a guerra e as sanções à Rússia, os Estados Unidos se tornaram o principal fornecedor de gás e petróleo para a Europa, que se viu obrigada a pagar cinco vezes mais caro pela energia.

Outro assunto que a mídia corporativa brasileira esconde do seu “respeitável” público é que não faltam evidências de que o governo dos Estados Unidos está por trás do atentado que destruiu o gasoduto Nord Stream 2, que ligava a Rússia à Alemanha, passando por baixo do mar Báltico.

Valendo-se do poder de veto, os Estados Unidos impediram que a ONU realizasse investigação independente sobre o assunto.

Para os que argumentam que essas são questões muito distantes do Brasil, é preciso lembrar que a nossa mídia corporativa vira-lata igualmente desconhece tudo o quê se passa na própria América Latina.

Não há informação sobre fatos da maior importância como o clima de guerra civil reinante desde dezembro do ano passado no Peru, depois do golpe de estado que derrubou o presidente de esquerda, Pedro Castillo.

Não há informação sobre a abertura do processo de impeachment do presidente equatoriano de extrema-direita, Guillermo Lasso e, menos ainda, sobre a campanha de lawfare contra a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner.

Cristina, que presidiu a Argentina de 2007 a 2015, enfrenta perseguição por parte da justiça de seu país nos mesmos moldes da que Lula foi submetido. O objetivo também é o mesmo: impedir que ela dispute as eleições presidenciais.

A Argentina terá eleição para a Casa Rosada em outubro, mas para a mídia corporativa brasileira, a campanha eleitoral no país vizinho não existe. É notícia apenas o que se passa no Norte global.

Nosso vizinho Paraguai, parceiro na hidrelétrica Itaipu, tem eleições presidenciais marcadas para o dia 30 deste mês. O pleito é em um só turno, 13 chapas disputam e o candidato de oposição, Efraín Alegre, tem chances de vencer.

Renegociar aspectos do acordo de Itaipu é um dos principais temas que o vencedor terá em sua agenda. Nem assim a mídia vira-lata brasileira se digna a cobrir o que acontece do outro lado da fronteira.

E é essa mídia que fica apontando o dedo para as redes sociais e acusando-as de divulgarem desinformação e fake news, como se ela fosse pura e santa! Claro que as redes sociais estão infestadas por mentiras, mas elas não foram pioneiras neste processo e nem agem sozinhas.

Até quando o Brasil terá a pior mídia corporativa do mundo?

19
Set22

Instituições estão prontas para enfrentar Bolsonaro se ele contestar resultado eleitoral

Talis Andrade

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A GUERRA CIVIL DE BOLSONARO

Para evitar uma revolução, Getúlio preferiu o suicídio, Janio renunciar, e Jango o exílio. Bolsonaro é coveiro, um psicopata imagina um rio de sangue 

 

Autoridades eleitorais alertam para uma revolta inspirada na invasão do Capitólio dos Estados Unidos, em Washington, no ano passado, se Bolsonaro perder para Lula.

Quantos brasileiros, brasileiras, o nazifascista pretende matar? 

Bolsonaro desejou 30 mil mortos pela ditadura militar de 1964.

Por Covid, quanto o governo matou com a militarização do Ministério da Saúde, com o general da ativa Eduardo Pazuello ministro e os coronéis da vacina? 

Em 1999, o então deputado federal Bolsonaro, em entrevista ao programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes, discorria sobre problemas do país, quando concluiu que "o voto não vai mudar nada no Brasil".

"Só vai mudar infelizmente quando partirmos para uma guerra civil, fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando uns 30 mil."

Quantos Bolsonaro já matou de fome, e pelas doenças causadas pela fome, de peste, pelas doenças da pobreza do Terceiro Mundo, e quantos pretende matar em uma guerra civil, ou por cortar a farmácia popular, a medicação contínua dos velhos, idosos e anciãos aposentados; dos desempregados, dos que sofrem de insuficiência alimentar. Mais de 21 milhões de brasileiros não possuem um tostão furado para comprar medicamentos para asma, diabetes, hipertensão. Quantos brasileiros vão morrer de fome, quando parar o bolsa família ou o auxílio Brasil? 

Bolsonaro um genocida, desde que mate de longe. É um insano, um criminoso, mas não tem coragem de manchar as mãos de sangue; um covarde, mas topa pagar milicianos, matadores de aluguel, para o assassinato em massa; um autoritário que pode ordenar 'um cabo, um soldado' fechar o Superior Tribunal Federal; deseja ser ditador, um  Idi Amin, que negociou comprar o Congresso com um orçamento secreto super bilionário, porque teme enfrentar um Arthur Lira, treme que nem Jeani Añez. 

Um vagabundo sem coragem pessoal não vai muito longe. Algum marechal de contracheque haverá de aparecer para lhe tomar a cadeira.

 

Bolsonaro derrotado pelo povo

 

BRASÍLIA (Reuters) - Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) prepara as bases para contestar uma possível derrota nas eleições de outubro, os tribunais, a liderança do Congresso, os grupos empresariais e a sociedade civil estão cerrando fileiras para reforçar a confiança na integridade do voto.

Mesmo os líderes das Forças Armadas, agora mais envolvidos no governo do que em qualquer outro momento desde a ditadura militar entre 1964 e 1985, oferecem garantias privadas a ex-colegas de que não querem participar de uma ruptura da ordem democrática, de acordo com ex-funcionários com laços estreitos com a liderança militar.

O resultado dessa equação é um incendiário populista de extrema-direita que está atrás nas pesquisas de intenção de voto, com pouca margem de manobra institucional para tirar o processo eleitoral dos trilhos, mas com apoiadores radicais suficientes para encher as ruas com manifestações furiosas se ele contestar o processo eleitoral como muitos esperam.

"Existe uma certeza nessa eleição: o presidente Bolsonaro somente aceitará um resultado, que é a vitória dele. Qualquer outro resultado será objeto de contestação. Isso é uma certeza absoluta. A dúvida é apenas quanta tensão o presidente Bolsonaro criará em torno dessa questão e como ele fará essa contestação", disse Camilo Onoda Caldas, diretor do Instituto Luiz Gama e Pós-doutor pela Universidade de Coimbra em Democracia e Direitos

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Quando pressionado em entrevistas, Bolsonaro diz que respeitará o resultado da eleição desde que a votação seja "limpa e transparente", sem definir nenhum critério.

Muitos acreditam que isso deixa espaço para turbulências após a votação. Autoridades eleitorais alertam para uma revolta inspirada na invasão do Capitólio dos Estados Unidos, em Washington no ano passado, se Bolsonaro perder para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como apontam as pesquisas.

Há mais de um ano, Bolsonaro vem insistindo em sua teoria sem provas de que as pesquisas estão mentindo, o sistema de votação eletrônica do Brasil está aberto a fraudes e os ministros do Supremo Tribunal Federal, que atuam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e supervisionam as eleições, podem fraudar a votação a favor de Lula.Image

 

Mesmo um dos assessores de campanha de Bolsonaro, que pediu anonimato para falar livremente, não pode descartar manifestações violentas pós-eleitorais se o presidente contestar os resultados: "Bolsonaro é absolutamente imprevisível. Pode haver problemas".

Bolsonaro mostrou que pode mobilizar facilmente dezenas de milhares de apoiadores, como fez nas manifestações do 7 de Setembro neste mês. Os manifestantes citaram as grandes multidões como evidência de que as pesquisas de opinião estão distorcidas e a fraude eleitoral é a única esperança de Lula.

"Se Lula ganhar a certeza de uma fraude vai ser muito grande. Então a população realmente vai ficar indignada, e uma população indignada fica fora de controle. Só Deus sabe o que pode acontecer", disse Winston Lima, líder de atos bolsonaristas em Brasília e capitão da reserva da Marinha.

Determinadas a evitar isso, as grandes instituições brasileiras passaram o ano passado tentando se antecipar a Bolsonaro.

O Congresso votou contra sua pressão pelo voto impresso. Autoridades eleitorais criaram uma "comissão de transparência" com especialistas em tecnologia, grupos cívicos e órgãos governamentais para revisar as medidas de segurança e endossar as melhores práticas eleitorais. Um número recorde de observadores estrangeiros está vindo ao país para monitorar a eleição.

Líderes empresariais também redigiram declarações públicas expressando sua confiança no sistema eleitoral. O ministro do STF Dias Toffoli disse a jornalistas em São Paulo que o empresariado entendeu que uma ruptura com a democracia seria "suicídio econômico", dado o risco de sanções da Europa e de outras potências ocidentais.

Aliados como os Estados Unidos também sinalizaram de forma pública e privada o que esperam da segunda maior democracia do Hemisfério Ocidental.

O diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), Bill Burns, disse no ano passado aos assessores de Bolsonaro que ele deve parar de lançar dúvidas sobre o sistema de votação eletrônica do Brasil, informou a Reuters em maio.

Especialistas em eleições internacionais elogiaram as urnas eletrônicas do Brasil por acabar com a fraude generalizada na apuração das cédulas de papel antes de 1996, sem nenhum caso de fraude detectado desde então, apesar das acusações de Bolsonaro.

 

MANUAL DE TRUMP

 

A questão incomodou muitos em Washington que veem Bolsonaro seguindo os passos do ex-presidente dos EUA Donald Trump, cujas alegações sem fundamentos de fraude nas eleições norte-americanas de 2020 foram ecoadas pelo líder brasileiro mesmo após a invasão do Capitólio.

Bolsonaro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória eleitoral do presidente norte-americano, Joe Biden. O presidente brasileiro alertou que as consequências da eleição do Brasil este ano podem ser piores do que as consequências da votação contestada nos EUA.

No entanto, enquanto Trump conseguiu desencadear uma série de ações judiciais e pressão política sobre as autoridades responsáveis pela contagem de votos, a votação no Brasil é administrada por tribunais eleitorais federais cujos juízes não hesitarão em enfrentar Bolsonaro.

Em particular, os ataques de Bolsonaro ao TSE e ao presidente da corte, o ministro do Supremo Tribunal Alexandre Moraes, parecem ter apenas fortalecido a determinação do juiz e de seus colegas.

Mesmo que Moraes tenha agido de forma mais unilateral do que alguns de seus antecessores, ele conta com amplo apoio entre os colegas juízes do STF, segundo duas pessoas familiarizadas com a instituição.

Bolsonaro criticou Moraes por supervisionar um inquérito sobre seus apoiadores, que supostamente espalharam difamação e desinformação online. No ano passado, ele chamou Moraes de "bandido" e disse que poderia se recusar a obedecer às decisões dele.

Nos corredores do poder em Brasília, o desconforto com as táticas duras do juiz ficou em segundo plano, enquanto seus pares e a maioria dos políticos apresentam uma frente unida em defesa dos tribunais e do processo eleitoral.

Quando Moraes assumiu o comando do TSE no mês passado, seu discurso de elogios ao sistema de votação eletrônica foi aplaudido de pé por uma plateia que incluía quatro ex-presidentes, cerca de 20 atuais governadores estaduais e uma série de líderes partidários. Bolsonaro não aplaudiu.

 

MILITAR EM DESTAQUE

 

Mesmo os oficiais do Exército encarregados por Bolsonaro de investigar as supostas vulnerabilidades do sistema eleitoral brasileiro ficaram satisfeitos com a abertura de Moraes aos seus pedidos desde que assumiu o TSE, segundo uma autoridade militar de alto escalão, que se recusou a ser identificado por motivos de protocolo militar.

Convidados pelo TSE para integrar sua comissão de transparência, as Forças Armadas brasileiras têm desempenhado um papel inédito na investigação da segurança do sistema eleitoral do país.

Os críticos questionam a proeminência dos militares no processo, especialmente porque suas preocupações ecoaram a retórica de Bolsonaro sobre possíveis fraudes. O presidente, ex-capitão do Exército, encheu seu gabinete com ex-oficiais militares, enquanto dizia aos apoiadores que as Forças Armadas estão "do nosso lado".

No entanto, as Forças Armadas se aproximaram de estabelecer uma "contagem paralela" na noite das eleições, como sugeriu Bolsonaro. Em vez disso, os representantes militares planejam fazer verificações pontuais das máquinas de votação, comparando as leituras de papel em algumas centenas de estações de votação com os resultados enviados ao servidor do TSE.

É uma tarefa incomum para as Forças Armadas na jovem democracia brasileira, mas os militares insistem que não é um sinal de ambições políticas.

O ex-ministro da Defesa Raul Jungmann descartou qualquer risco de golpe, contrastando o país hoje com o Brasil em 1964: o golpe militar naquele ano foi abertamente apoiado por muitas das elites empresariais brasileiras, famílias de classe média, igrejas e grande mídia, muito longe do ambiente atual.

"O ministro da Defesa aderiu completamente, o que foi uma surpresa para os generais, que vêm a postura dele como um desgaste para as forças. Mas da parte do Alto Comando não há nenhuma possibilidade de se envolverem em uma aventura", disse um político veterano em conversas regulares com chefes militares.

 

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17
Fev22

Com potencial incalculável, governo oferece Eletrobrás de graça, afirma Roberto D’Araújo

Talis Andrade

 

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Engenheiro Roberto D’Araujo, diretor do Ilumina

 

“Se uma empresa que só tem transmissão – e muito menos transmissão do que a Eletrobrás – e não tem nenhuma usina vale 44 bilhões de dólares, como é que a Eletrobrás vai valer 10 bilhões de dólares?”, denuncia diretor do Ilumina

“A Eletrobrás não pode valer um quarto de uma empresa inglesa, que tem muito menos transmissão do que Eletrobrás e nenhuma usina”, afirmou o especialista Roberto Pereira D’Araújo, diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), em entrevista ao HP, ao comentar a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que autorizou o governo Bolsonaro a dar continuidade ao processo de privatização da Eletrobrás.

Citando o site Statista, que publicou dados sobre as grandes empresas, “as mais valoradas”, Roberto D’Araújo destacou que a décima colocada é a inglesa National Grid, “uma empresa que só tem transmissão, não tem nenhuma usina e vale US$ 44 bilhões”.

“Se uma empresa que só tem transmissão – e muito menos transmissão do que a Eletrobrás – e não tem nenhuma usina vale 44 bilhões de dólares, como é que a Eletrobrás vai valer 10 bilhões de dólares?”, questionou o engenheiro eletricista. “É doar de graça uma empresa com um potencial impressionante”.

Para o especialista, o “custo marginal de potência”, levantado pelo ministro do TCU Vital do Rêgo “é coisa que nós não sabemos, é uma coisa para ser implantado. Ainda não há. Por exemplo, todo o setor residencial e o setor comercial de baixa tensão não têm sinal de preço de tarifa de potência. Como é que o Brasil vai, sem essa experiência, saber quanto é que vale potência?”

“O sistema hidráulico, as usinas, as turbinas que eles colocam não são só para atender essa geração mínima”, continuou o especialista. “Por exemplo, quando você tem muita água, você precisa aproveitar e gerar. Então, as usinas hidráulicas brasileiras, com raras exceções, elas já têm potência. Não é o sinal de potência que faça o investidor investir em potência. Um sistema hidráulico, ainda mais num clima tropical como o nosso, com variações de afluências muito grandes, ele já tem essa potência. Uma parte destas turbinas, elas são extra energia, estão ali para quando precisar usar tudo. Então, a ideia do Vital é tentar trazer essa questão de que a Eletrobrás não pode valer um quarto de uma empresa inglesa, que tem muito menos transmissão do que Eletrobrás e não tem uma usina. A Eletrobrás tem 72 mil km. Se você pegar a distância lá do Reino Unido, onde a National Grid tem sua rede de transmissão, é 72 vezes, porque o Reino Unido são mil km Norte a Sul. As linhas de transmissão da Eletrobrás passeiam por um território que de Norte a Sul tem 4 mil km e de Leste a Oeste também. Eu fico com pena do Brasil. O Brasil vai ser uma espécie de um bobalhão do mundo ao vender a Eletrobrás por este valor”, criticou D’Araújo.

O especialista ressalta que essa discussão “coloca o TCU em armadilha”. “Porque ele fica examinando esses números e esses números todos dependem das decisões que foram tomadas no passado, e elas são muito contestáveis, como, por exemplo, a chamada garantia física das usinas – que é um certificado emitido pela EPE [Empresa de Pesquisa Energética], com a aprovação da Aneel – esse certificado, há muitas dúvidas. Cada usina vende uma quantidade de energia que não é exatamente a geração dela. Ela vende uma quantidade de energia que é obtida por este certificado. É um número que você não encontra nem na turbina nem no gerador. É um modelo matemático”.

“Muita gente, inclusive as pessoas que são favoráveis à privatização da Eletrobrás, sabem que este número está errado. Por exemplo, as hidráulicas não conseguem mais ter essa capacidade de geração. Primeiro, porque há uma dúvida muito grande sobre a questão ambiental. A gente não sabe se as vazões que nós temos nos rios são as mesmas vazões do passado. Esses números todos foram definidos por vazões históricas”, afirmou.

“Na minha visão, enquanto não se fizer uma revisão total do sistema, como é que se calcula isto? Qual é a garantia física das hidráulicas? Qual é a garantia física das térmicas? A gente não pode saber o valor da Eletrobrás”, afirmou Roberto D’Araújo, que condena a privatização da Eletrobrás. “Países que têm essa matriz hidroelétrica não privatizaram. Canadá, Estados Unidos, Suécia, Noruega, China, Índia, nenhum desses países têm a maioria do seu setor elétrico na mão privada, pelo contrário”, afirmou o especialista. 

Antonio Rosa/ Hora do Povo

Galeria de Charges – Sinergia SP | CUT

29
Jan22

Moro merece ser preso pela traição, pela fome, pela miséria, pelo desemprego, e prejuízos incalculáveis que causou à economia e ao futuro do Brasil

Talis Andrade

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O economista Uallace Moreira, professor da Universidade Federal da Bahia, preparou uma série de tabelas que demonstram de forma didática como o ex-juiz Sergio Moro montou uma quadrilha, a serviço dos Estados Unidos, para quebrar o Brasil, destruindo as principais cadeias produtivas, notadamente os projetos estratégicos da soberania nacional. 

A quadrilha da Lava Jato de Sergio Moro foi a principal responsável pelo aumento do desemprego, mais de 3,5 milhões de postos de trabalho suprimidos, e pela volta da fome, do colonialismo, ao desmoronar as principais empresas e indústrias.

Com dados consistentes, Uallace demonstra que, só na construção, Moro causou prejuízos estimados em R$ 563 bilhões.

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Eis um exemplo da safadeza: As empresas quebradas por Moro foram forçadas a contratar a consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, e repassaram R$ 42 milhões a esta empresa, que depois transferiu R$ 3,7 milhões ao ex-juiz.

Na compra de agentes, de espiões, de sabotadores correran rios de dinheiro. A "vítima" Petrobras repassou 2,5 bilhões para uma conta gráfica criada pela juíza Gabriela Hardt no nome de Deltan Dallagnol. 

fundacao lava.png

Uallace mostra o lado conhecido da corrupção imperialista. Muitas informações continuam sob sigilo.

Confira as tabelas do que já foi revelado:

Uallace Moreira
1/- Sergio Moro e a Lava Jato: os crimes Todos deveriam ser presos. Enriquecimento, quebras de cadeias produtivas e morte do Reitor Cancellier. "Empresas investigadas na Lava Jato deixaram de faturar R$ 563 bilhões e perda de 206.606 postos de trabalho"
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Uallace Moreira
2/- "As perdas ao longo do período são visíveis na Petrobras e em 11 construtoras" As empresas tiveram conjuntamente queda de faturamento de R$ 563 bilhões, mais R$ 41,3 bilhões de queda na redução na receita de impostos que essas empresas geraria.Image
Uallace Moreira
3/- As construtoras brasileiras encolheram 89% em 4 anos, com o faturamento caindo de R$ 105,8 bilhões em 2013, para R$ 11,8 bilhões. Eram empresas altamente competitivas e internacionalizadas, operando em vários países no mundo, tornando o Brasil uma marca conhecida no setor.

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Uallace Moreira
4/- Com a crise criada pela Lava Jato, mais de 200 mil empregos foram eliminados em investigadas pela Lava Jato. Por exemplo, a Odebrecht, cortou 94% do quadro de funcionários em 6 anos (de 126 mil em 2013, antes da Lava Jato, para 7.548 em 2020).
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Uallace Moreira
5/- Em outro estudo, o mostrou que a Lava Jato custou 4,4 milhão de empregos e 3,6% do PIB; Deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões de impostos e R$ 20,3 bilhões em contribuições sobre a folha, além de ter reduzido a massa salarial do país em R$ 85,8 bilhões.
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Uallace Moreira
6/- De acordo com o estudo do DIEESE, após a operação Lava Jato, paralisando as possibilidades de investimento no país, houve redução dos investimentos em concentração em exploração e produção nos campos do pré sal.Image
Uallace Moreira
7/- Com a Laja Jato, fica nítido a diferença entre o investimento realizado e o investimento projetado pela Petrobras, mostrando como a Lava Jato impactou no investimento da empresa.Image
Uallace Moreira
8/- No quadro, o DIEESE apresenta a queda dos investimentos previstos na Petrobras e na Construção civil, totalizando um valor de R$ 172 bilhões.Image
Uallace Moreira
9/- Impactos: Com a redução dos investimentos, observem os impactos no emprego, no valor adicionado, nos impostos, salários, na previdência e FGTS. O impacto nessas variáveis vai resultar na contração do PIB durante o período, somando 3,6%.Image
10/- Impactos setoriais: redução do valor adicionado Os impactos setoriais negativos tem como principal resultado o forte impacto na construção, comércio por atacado e varejo, e extração de petróleo, seguido por outros setores.Image
Uallace Moreira
11/- Como resultado da forte contração do valor adicionado, há uma considerável contração no número de empregos em todos setores avaliados, com a construção civil liderando a perda de empregos.Image
Uallace Moreira
12/- A evolução do PIB em dois cenários: a) Com a Lava Jato - colunas vermelhas. b) Sem a Lava Jato - colunas azuis. Claramente, a Lava Jato teve impactos na dinâmica no PIB brasileiro, impactando na geração de empregos.Image
Uallace Moreira
13/- Metodologia: Aqui está a explicação metodológica do DIEESE. Como todo estudo, sempre cabe o debate e contraposições à metodologia. Mas é um estudo importante para levantar o debate sobre as consequências econômicas da Lava Jato.Image
Uallace Moreira
14/- Além de quebrar cadeias produtivas, gerar desempregos, perseguiu "inimigos" políticos. Um dos casos mais tristes foi a humilhação que a Erika Marena submeteu o Reitor Cancellier, com o apoio do Dallagnol. E ainda zombaram da morte do Reitor.

Uallace Moreira
15/- Enquanto a Lava Jato quebrou cadeias produtivas, membros da Lava Jato apresentaram enriquecimento e usando o cargo público para benefícios próprios.
@luisnassif mostrou o crescimento metórico da riqueza do Dallagnol.
Uallace Moreira
16/- Sergio Moro, perseguiu inimigos com a toga, negociou cargo de Ministro no governo Bolsonaro. Depois, saiu do cargo público com informações privilegiadas e foi fazer consultoria para fazer fortuna. Declarou R$ 3,6 milhões. E nos paraísos fiscais?
[Essa bufunfa Moro revelou para os cupinchas dele, os asseclas do MBL, filiados ao Phodemos que realizaram as campanhas de rua pelos golpe da derrubada da Dilma Roussef, para empossar Michel Temer, pelo golpe eleitoral da prisão de Lula, para eleger Jair Bolsonaro.

Ninguém jamais saberá o preço da traição. Ele declarou US$ 656 mil, cerca de R$ 3,537. Revela Reinaldo Azevedo, em seu blog: Um dos sócios da empresa Alvarez & Marsal, Eduardo Seixas, desafiou o Tribunal de Contas da União, desafiou a soberania nacional. Disse que o órgão jamais terá acesso a quais trabalhos foram feitos por Moro nos Estados Unidos. Escreveu Reinaldo: "Lauro Jardim antecipa no Globo: Moro recebeu US$ 656 mil na Alvarez & Marsal. Em reais, são ganhos de R$ 3,537 milhões. Nada menos de 294.750 por mês. E ele disse ser fantasia a história de q ganhara uma bolada. Pois é. Acha pouco". Pelo Twitter, Reinaldo indaga:

Reinaldo Azevedo
Até pelo valor astronômico do contrato de Moro c/ grupo q faz a recuperação judicial de empreiteiras q a Lava Jato quebrou, é preciso q MPF entre na história e q se abra inquérito. Como juiz Moro costumava cobrar, indago: ele tem provas dos trabalhos prestados à A&M?
Reinaldo Azevedo
Você é juiz federal de 1° grau? Mande a lei às favas. Ignore o CPP, prenda sem regras. Ganhe a imprensa. Condene sem provas. Vire ministro. Tente mandar no chefe. Peça demissão. Vá trabalhar p/ grupo beneficiário indireto de suas decisões e vire milionário e candidato.
Reinaldo Azevedo
A pior e mais grave de todas as corrupções, em todos os sentidos em que a palavra aparece no Houaiss, é a corrupção dos entes e das pessoas encarregadas de combater a corrupção. PORQUE ISSO SIGNIFICA CORROMPER O PRÓPRIO REMÉDIO QUE CORRIGIRIA O MAL.
Reinaldo Azevedo
Falta criar a história da Carochinha de que Moro abriu mão de quase R$ 4 milhões por ano só pq nos ama!!! Opa! Resta a hipótese de q era mesmo coisa de um ano só. Uma espécie de galardão por serviços prestados: Lula na cadeia, eleição de Bolsonaro, a grana. Terá sido barato?
Reinaldo Azevedo
QUE EMPRESA NO BRASIL PAGARIA QUASE R$ 300 MIL POR MÊS A MORO??? POR QUE OS AMERICANOS PAGARAM — EM TENDO SIDO SÓ ISSO?
Reinaldo Azevedo
Se os cidadãos de um país não puderem confiar na isenção de um juiz — porque este tem ambições políticas e pessoais, além de convicções ideológicas, que interferem em seu juízo —, VÃO CONFIAR EM QUEM? Cadê o juiz de garantias, ministro Fux? O sr. vai ignorar o Congresso até qdo?
Reinaldo Azevedo
Amigos q acompanham as redes me dizem q até moristas de boa-fé estão chocados. “Existem moristas de boa-fé?” Sim, há até bolsonaristas de boa-fé. Estão, claro!, todos eles, no lugar errado. Que descubram a luz, rssss. ANTES DO VOTO, NUNCA É TARDE.
 
Este correspondente pergunta: Por que Moro desistiu dessa boca rica para aventurar uma eleição? Foi ordenado candidato pelo que Janio chamou de "forças terríveis"? Moro é candidato a presidente da A&M? O colega de sociedade de Moro, Eduardo Seixas revelou para Reinaldo Azevedo: "Ele (ministro Bruno Dantas, presidente do TCU) não pode pedir nenhuma informação sobre um trabalho privado que o Moro executou para uma companhia nos Estados Unidos. Quer dizer: ele pode, mas não vai receber porque são informações privadas dos Estados Unidos, e [a] muitas delas nem eu tenho acesso. Então ele não vai receber", afirmou. 

pode sair moro sobrinho do tio sam.jpeg

 
27
Jan22

Brumadinho, crime e impunidade

Talis Andrade

brumadinho.jpg

 

por Cristina Serra

Com atraso, li a obra “Brumadinho – a engenharia de um crime” (editora Letramento), dos jornalistas Lucas Ragazzi e Murilo Rocha, que está sendo relançada, no momento em que o desastre completa três anos. O livro traz uma impressionante reconstituição dos fatores que levaram ao desmoronamento da barragem da Vale, que matou 272 pessoas e poluiu o rio Paraopeba.

engenharia crime.jpg

Tanto quanto o colapso do reservatório da Samarco, em Mariana (19 mortos e o rio Doce contaminado), o rompimento em Brumadinho era uma tragédia anunciada. No caso da barragem da Vale, o livro mostra que a empresa sabia dos riscos e não tomou as medidas adequadas porque teria que paralisar atividades no local e interromper ganhos. Ao agir assim, a mineradora escreveu uma sentença de morte contra os trabalhadores, os moradores das redondezas e todos que tiveram a infelicidade de estar ao alcance da lama em 25 de janeiro de 2019.

Com tudo que se sabe sobre o caso, é doído fazer algumas perguntas: por que uma das maiores mineradoras do mundo construiu um refeitório e os escritórios no pé da barragem, contrariando o simples bom senso? Por que a empresa não levou em conta alertas de especialistas? Por que os órgãos de fiscalização não cumpriram o seu papel? Por que estes se dobraram ao poder da Vale?

E, finalmente, por que o judiciário brasileiro não foi capaz, até agora, de julgar os responsáveis? As respostas a essas questões tão elementares preenchem de dor, sofrimento e revolta a vida dos que perderam amores e amigos na voragem da lama mineral, tão violenta que até hoje não foi encontrado nenhum vestígio de seis vítimas.

Sobre essa dor, cortante como lâmina, recomendo o premiado documentário do jornalista Fernando Moreira, “[O vazio que atravessa]”, que estará disponível gratuitamente em 26 e 27/janeiro em mostratiradentes.com.br. De um ponto de vista delicado e intimista, o filme reverbera o clamor das vítimas contra a impunidade.

O vazio que atravessa (Short 2021) - IMDb

 

24
Jan22

Moro nega inegável conflito de interesses e deveria ser 1º interessado em transparência

Talis Andrade

 

bolsonaro e moro geuvar.jpeg

 

Josias de Souza comenta o salário do ex-juiz e pré-candidato a presidente Sergio Moro na empresa Alvarez & Marsal:

"Juiz Sergio quebraria o sigilo do candidato Moro"

Kiko Azevedo  
Precedente do STF é usado para travar quebra de sigilo de salário de Moro.
José Marques
A tentativa do TCU em saber o salário que a Alvarez & Marsal pagava a Sergio Moro tem esbarrado em resistência da empresa, que alega sigilo. A firma tinha um braço que atuou na recuperação judicial da Odebrecht e OAS.
Luis Nassif
A consultoria Alvarez & Marsal faturou R$ 42 milhões com empresas pilhadas por Sergio Moro na Lava Jato. O advogado Tacla Duran especula que o salário de #Moro (mantido em segredo!) passava dos 8 dígitos.
Nilto Tatto
Por que o mistério sobre os ganhos de Sérgio Moro? Precedente do STF é usado para travar quebra de sigilo de salário de Moro Estratégia da defesa busca evitar que TCU revele salário de ex-juiz em empresa que trabalha com alvos da Lava Jato
 
A república dos cem anos de sigilo
 
Sergio Moro juiz parcial, suspeito, incompetente e ladrão espionou a presidente do Brasil Dilma Rousseff, idem as principais empresas do Brasil, para a destruição da economia, da concorrência internacional das grandes empresas nacionais, cuja falência passou a ser safada, promíscua, interesseiramente administrada pela antinacional Alvarez & Marsal.
 
O juiz Sergio Moro prendeu Lula para depois receber de Jair Bolsonaro o cargo de super ministro da Justiça e da Segurança Pública. Como ministro escancarou o Brasil para a espionagem da CIA, do FBI, dos vários departamentos de inteligência e espionagem do Governo dos Estados Unidos, e para A&M, empresa da qual terminou diretor. 
 
Juiz treinado nos Estados Unidos, Moro começou a atuar quando chefiava a autodenominada Liga da Justiça da autodenominada República de Curitiba.
 
O Brasil da escuridão envolve com o manto do sigilo os generais de Bolsonaro e os magistrados e procuradores da autodenominada Lava Jato, que tramou um golpe contra Dilma em 2014, outro golpe eleitoral em 2018 contra Lula. Moro e procuradores asseclas participaram do impeachment de Dilma e ajudaram a eleger Bolsonaro presidente. A lava jato sempre foi uma farsa judicial e a Transparência Internacional, macumunada com Deltan Dallagnol, também trabalhava pela grana da destruição das grandes empresas nacionais, pelo Brasil quebrado, colônia do Terceiro Mundo. 

05
Jan22

Bolsonaro difere em tudo de Pedro I

Talis Andrade

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Jair Bolsonaro tentou o estardalhaço da fakeada de Adelio Bispo de Oliveira. Não deu. Que Adelio Bispo permanece preso incomunicável em um presídio federal, e sofrendo torturas físicas e psicológicas.

Depois da farra praeira em Santa Catarina, da espera sem pressa, sem urgência, de um médico que estava do outro lado do mundo, não havia como vender a imagem de um doente à beira da morte, ou ameaça de uma operação de alto risco. 

Segundo o médico insubstituível Antônio Luiz Macedo:

"O presidente está com a saúde muito boa, se recuperando rapidamente. Quando cheguei [no hospital], o intestino estava começando a funcionar e no dia seguinte já estava funcionando."www.brasil247.com - { imgCaption }}

 

D. Pedro, quando recebeu o mensagem de Maria Leopoldina, que assinara a Independência do Brasil de Portugal, cagava à beira do Rio Ipiranga.

D. Pedro estava de gaganeira. 

Com o desgoverno de Bolsonaro, a destruição da Lava Jato, o Brasil retorna aos tempos coloniais, dependente, deixa de ser a sexta potência mundial do BRICS, para voltar ao Terceiro Mundo, como republiqueta de bananas dos condecorados generais. Para lá de 150. 

 

30
Dez21

Moro confessa que Lava Jato foi forma de combater o PT

Talis Andrade

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Pré-candidato à Presidência, o ex-juiz parcial Sérgio Moro, confessou que a Lava Jato foi uma forma eficaz de combater o Partido dos Trabalhadores (PT).

A autodenominada Liga da Justiça, chefiada por Moro, participou do impeachment de Dilma para empossar Michel Temer na presidência do Brasil, e do golpe eleitoral de 2018 que prendeu Lula para eleger Jair Bolsonaro.

Depois de largar a toga, para assumir o cargo de super ministro da Justiça e da Segurança Pública, criado exclusivamente para ele no governo Bolsonaro, Moro preferiu a diretoria da empresa Alvarez & Marsal dos Estados Unidos, que cuida da falência das grandes empresas brasileiras, e assim ser candidato do Brasil sequestrado, do Brasil do BRICS que voltou a ser Terceiro Mundo.

Como é que a gente pode defender um governo desse? Com pessoas [com fome] da fila de ossos, um governo que foi negligente com as vacinas, um governo que ofende as pessoas, um governo que desmantelou o combate à corrupção. Tudo isso por medo do quê? Do PT? Não. Tem gente que combateu o PT na história de uma maneira muito mais efetiva, muito mais eficaz. A Lava Jato”, confessou Moro na entrevista.

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