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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

23
Jun22

Polícia Rodoviária Federal decreta sigilo de cem anos para seus crimes e pretende achacar acriminar os civis

Talis Andrade

morte genivaldo vaccari.jpegwww.brasil247.com - Genivaldo de JesusBom pai, educado e prestativo: familiares e amigos definem Genivaldo dos  Santos morto em abordagem da PRF em Sergipe | Sergipe | G1Da abordagem à morte, veja os últimos momentos de homem asfixiado | Brasil  | iGMorto em câmara de gás, Genivaldo é vítima da banalização da violência -  VermelhoGenivaldo foi agredido por 30 minutos, dizem moradores - 27/05/2022 -  Cotidiano - Folhagas genivaldo.jpegAssassinato de Genivaldo de Jesus – Wikipédia, a enciclopédia livre

Por Tácio Lorran, Metrópoles - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) negou acesso a procedimentos administrativos dos agentes envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, em Umbaúba, Sergipe. A corporação alegou se tratar de “informação pessoal”, o que, na prática, impõe sigilo de 100 anos sobre as informações [As transgressões da Polícia Rodoviária de Bolsonaro ficam escondidas do povo e do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Inclusive crimes de tortura e morte. Idem participação em chacinas nas favelas do Rio de Janeiro. E, possivelmente, crimes de desvios de dinheiro público. A quem a PRF presta contas dos seus gastos com sedes, veículos, armas de guerra contra o povo civil, pobre e negro, soldos, gratificações, diárias, viagens etc?]

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Genivaldo foi morto em 25 de maio deste ano em uma espécie de “câmara de gás” improvisada por policiais [assassinos] no porta-malas de uma viatura, após ser abordado [espancado e torturado] por estar sem capacete [Bolsonaro e seguidores, na maioria, não usam capacetes nas motociatas]

Via Lei de Acesso à Informação (LAI), o Metrópoles solicitou a quantidade, os números dos processos administrativos e acesso à íntegra dos autos já conclusos envolvendo os cinco agentes que assinaram o boletim de ocorrência policial sobre a abordagem. São eles: Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas [Até hoje a Imprensa conseguiu as fotos de apenas dois torturadores homicidas]Image

25
Out21

Facebook e Instagram derrubam live mentirosa em que Bolsonaro associa Aids à vacina da Covid

Talis Andrade

Ze Dassilva_fake news da vez.jpg

 

 

Informação falsa apresentada por Bolsonaro foi refutada por entidades médicas e agências de checagem

 

por Tácio Lorran

O Facebook e o Instagram derrubaram a live da última quinta-feira (21/10) do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que associou o desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) com a vacina contra o novo coronavírus.

Em nota, o porta-voz do Facebook afirmou que: “Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”. A empresa também é responsável pelo Instagram.

“Outra coisa grave aqui: só vou dar notícia, não vou comentar: ‘Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados […] estão desenvolvendo a síndrome imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto’. Recomendo que leiam a matéria. Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado do mundo que teve a coragem de colocar a cara a tapa nessa questão”, disse Bolsonaro, ao ler uma suposta notícia, na transmissão ao vivo.

A informação apresentada pelo chefe do Executivo federal, contudo, é falsa.

Em nota, o Comitê Científico de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) afirmou não existir nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida.

“Pessoas que vivem com HIV/Aids devem ser completamente vacinados para Covid-19. Destacamos inclusive a liberação da dose de reforço (terceira dose) para todos que receberam a segunda dose há mais de 28 dias”, prosseguiu a entidade, ao repudiar toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente.

 

ze dassilva  jair bolsonaro vacina.jpg

 

Bolsonaro mentiroso compulsivo
 

 

02
Jul21

Confuso com a CPI? Entenda quem é quem nas denúncias sobre vacinas

Talis Andrade

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Procura-se figurinha do tenente-coronel Alex Lial Marinho, para o álbum da CPI da Covid

 

As investigações a respeito dos atos do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia de Covid-19 alcançaram novo patamar de tensão nas duas últimas semanas, com o surgimento de duas denúncias separadas sobre negociações para compra de vacinas contra o coronavírus.

Há acusações sobre o processo de compra da vacina indiana Covaxin, que envolvem preço, forma de pagamento e pressão para liberação irregular da aquisição; e acerca da oferta de propina em outra negociação, com uma empresa americana de distribuição.

A compra da Covaxin centraliza uma série de denúncias. Entre elas, a de que o contrato do Ministério da Saúde, no valor de R$ 1,6 bilhão para aquisição de 20 milhões de doses, pode ter sido superfaturado.

O valor contratado pelo governo, de US$ 15 por dose, ficou acima do preço inicialmente previsto pela Bharat Biotech, de US$ 1,34.

ImageApós a denúncia, o Mistério da Saúde voltou atrás e decidiu suspender o contrato de compra da vacina indiana. A recomendação foi feita pela Controladoria-Geral da União (CGU), que agora faz uma auditoria no processo. O caso também é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

Na noite de terça-feira (29/6), a repórter Constança Rezende, do jornal Folha de S. Paulo, revelou que um representante da Davati Medical Supply afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

A proposta teria partido do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, durante jantar em 25 de fevereiro.

Essas denúncias aumentaram ainda mais a temperatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que apura ações e omissões do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.

É difícil conseguir acompanhar e situar todos os personagens. Para ajudar o leitor, o Metrópoles fez um pequeno guia com o objetivo de facilitar a compreensão de quem é quem entre os personagens principais no meio desse furacão. 

Luis Claudio Miranda:Deputado Luis Miranda chega ao Congresso com colete à prova de balas

deputado federal, do DEM do Distrito Federal, e ex-youtuber. Irmão do chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda. Os dois irmãos denunciaram possível superfaturamento na negociação do governo federal para aquisição da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. A negociação foi conduzida no Brasil pela empresa Precisa Medicamentos. À CPI da Covid-19 o parlamentar ( de colete a prova de balas e Bíblia Sagrada) afirmou que Bolsonaro “sabe de toda a verdade” e afirmou que o presidente citou seu líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), como possível envolvido.

Luis Ricardo Miranda:Covaxin: irmãos Miranda depõem sobre "denúncia mais grave" da CPI -  Congresso - SBT News

chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e irmão do deputado federal Luis Claudio Miranda. O servidor disse ter sofrido “pressão atípica” de superiores durante as negociações para aquisição da Covaxin, apontou tentativas da empresa Precisa de receber pagamento antecipado de US$ 45 milhões e irregularidades na quantidade acertada. Ele também assinalou que membros do governo federal articularam junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para liberação artificialmente acelerada do imunizante.

Silvio Assis:

lobista e amigo de Ricardo Barros. Teria se encontrado ao menos duas vezes com o deputado Luis Miranda, segundo a revista Crusoé, para evitar que o irmão do parlamentar denunciasse o suposto esquema criminoso. Assis teria ofertado propina para que a negociação da Covaxin não fosse atrapalhada. O lobista confirma ter se encontrado com Luis Miranda, mas nega a oferta de propina.

Ricardo Barros:Após reunião no Planalto, Barros diz que falará sobre Covaxin à CPI

deputado federal, do PP do Paraná, e ex-ministro da Saúde de Michel Temer (MDB). Hoje, é líder do governo Bolsonaro na Câmara e apontado como peça central no esquema de negociação da Covaxin. Também foi indicado como um dos padrinhos de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, que teria proposto propina de US$ 1 para fechar contrato com a Davati Medical por 400 milhões de doses de outra vacina, da AstraZeneca. O parlamentar nega as duas acusações. Ele ainda não prestou depoimento à CPI da Covid. Além disso, Ricardo Barros é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposta compra fraudulenta de R$ 20 milhões, feita quando ele era ministro da Saúde, em medicamentos para doenças raras da empresa Global Gestão de Saúde. Os remédios nunca foram entregues.

Roberto Ferreira Dias:E-mail prova negociação entre governo e empresa que denunciou propina -  CartaCapital

ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde. Suspeito de ter se reunido com Luiz Paulo Dominguetti, cabo da PM de Minas Gerais que seria representante comercial da Davati Medical Suplly, e cobrado propina de US$ 1 por dose para fechar contrato com o Ministério da Saúde. O encontro teria ocorrido no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, em 25 de fevereiro. Roberto Dias nega as acusações e alega estar sendo usado de “fantoche” para atingir ou proteger alguém. Também foi da Administração dos Portos de Paranaguá e da Companhia de Habitação do Paraná.

Luiz Paulo Dominguetti Pereira:CPI da Covid: saiba quem é Luiz Dominghetti Pereira, que depõe hoje após  relatar pedido de propina

cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, bolsonarista apaixonado e representante comercial da Davati Medical Supply. Afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. A oferta total era de 400 milhões de doses do imunizante produzido pela farmacêutica norte-americana AstraZeneca. À CPI ele confirmou as acusações e disse ter se reunido ao menos três vezes com representantes do governo federal, mas apresentou um áudio do deputado Luis Miranda no qual mostraria tentativa do parlamentar de negociar vacinas. O áudio foi imediatamente desmentido por Miranda e criou enorme confusão na CPI. Nas redes sociais, Dominguetti ataca a esquerda e compartilha falas de Bolsonaro.

Francisco Emerson Maximiano:Empresário que vendeu Covaxin ao governo rejeita seguranças oferecidos pela  CPI | Diario de Cuiabá

sócio da Precisa Medicamentos, que intermediou, no Brasil, a venda da Covaxin ao governo federal. A empresa cobrou urgência do Ministério da Saúde e teria tentado receber pagamento adiantado de US$ 45 milhões, em contrato que previa desembolsos apenas após chegada das doses. Até hoje, nenhuma dose chegou, embora o valor total do contrato, R$ 1,6 bilhão, já esteja até empenhado (separado e reservado para pagamento, sem possibilidade de uso em outra despesa). O empresário tem histórico de contratos contestados por órgãos de investigação. Desde 2012, também é presidente da Global Gestão em Saúde, que firmou contratos com o Executivo federal na época em que Ricardo Barros era ministro da Saúde e vendeu remédios de alto custo à pasta, mas não entregou. O prejuízo estimado é de R$ 20 milhões aos cofres públicos.

Amilton Gomes de Paula:

reverendo e presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), uma organização não governamental. O primeiro contato de Dominguetti com o Ministério da Saúde teria sido intermediado por Amilton Gomes. A organização evangélica também ofereceu, como revelado pela Agência Pública, imunizantes da AstraZeneca e da Johnson para prefeituras e governos estaduais.

Marcelo Blanco da Costa:Coronel que integrava Ministério da Saúde abriu empresa de fachada às  vésperas do jantar da propina da Davati | Revista Fórum

coronel e ex-diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Teria intermediado o contato de Dominguetti com Roberto Ferreira Dias, no caso envolvendo a suposta propina de US$ 1 por dose da vacina da AstraZeneca.

Elcio Franco:Élcio Franco cita repasses federais na CPI e diz que decisão do STF limitou  atuação da União | Brasil | O Dia

coronel da reserva do Exército e ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, o número 2 do general Eduardo Pazuello na época das negociações com as empresas Precisa (da Covaxin) e Davati (da acusação de propina). Hoje, trabalha no Palácio do Planalto. À CPI Dominguetti afirmou que, após encontro com Roberto Dias, reuniu-se com o coronel no ministério, que teria revelado não ter conhecimento da proposta, mas que posteriormente entraria em contato, o que não ocorreu.

Alex Lial Marinho:

tenente-coronel e ex-coordenador do Ministério da Saúde. Segundo os irmãos Miranda, foi um dos superiores que teria pressionado Luis Ricardo Miranda pela liberação da Covaxin. Exonerado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 8 de junho.

Eduardo Pazuello:

pazuello máscara aroeira.jpg

 

general-de-divisão do Exército e ex-ministro da Saúde, hoje secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Ambas as denúncias de irregularidades ocorreram durante a gestão do militar. À Procuradoria-Geral da República ele afirmou que, um dia antes de deixar o cargo, havia mandado apurar o suposto esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina Covaxin a pedido do presidente Jair Bolsonaro, mas que a investigação prévia não encontrou “irregularidades contratuais”.

Jair Messias Bolsonaro:Image

presidente da República. Recebeu o deputado Luis Miranda e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, no dia 20 de março deste ano, no Palácio da Alvorada. Teria dito aos Miranda que a denúncia sobre irregularidades do caso Covaxin se trata de “coisa de [Ricardo] Barros” e se comprometeu a enviar as acusações à Polícia Federal (PF) para que se investigasse o caso. O inquérito só foi aberto, contudo, na quarta-feira (30/6), após o caso estourar. É acusado pela oposição de prevaricação, por não ter agido ao ser comunicado da suspeita de um crime.

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09
Mar21

Fornecedora prevê crise nacional de oxigênio se pandemia piorar

Talis Andrade

Presidente de uma das cinco maiores empresas do setor no Brasil prevê desabastecimento em curto prazo caso a curva de contágio não ceda

 

- - -

O presidente da Indústria Brasileira de Gases (IBG), Newton de Oliveira, prevê que o Brasil irá reviver a crise de Manaus (AM), onde pacientes com Covid-19 morreram asfixiados após faltar oxigênio no estado no início deste ano, caso a pandemia do novo coronavírus se agrave no país.

“Se os índices de consumo de oxigênio continuarem subindo e crescerem mais do que 15%, é bem provável que aconteça em todo o país aquela situação de o pessoal estar precisando de oxigênio e não ter”, avaliou Newton, em entrevista exclusiva ao Metrópoles, nessa segunda-feira (8/3).

“Se a demanda continuar crescendo nas proporções que vem crescendo, vai faltar produto [oxigênio hospitalar] ou vão faltar equipamentos para entregar produtos [como cilindros]. Esse é meu prognóstico. Não estou querendo assustar ninguém, é a situação real”, complementou o empresário.

O presidente da IBG faz a ressalva de que, caso medidas restritivas funcionem e a vacinação no país seja acelerada, fazendo a curva ceder, o cenário dramático poderá ser evitado.

Fundada em 1992, a IBG é a única empresa 100% brasileira do setor de gases do ar. Com 17 filiais em 10 estados do país, a companhia divide o mercado com grandes multinacionais do setor, como as norte-americanas White Martins e Air Products, a francesa Air Liquide e a alemã Messer.

A correlação com Manaus feita por Newton acompanha registros até então inéditos. Com o aumento de casos de Covid-19 e a conseguinte alta na taxa de hospitalizações, a capital do Amazonas entrou em colapso e sofreu com a escassez de oxigênio nos primeiros meses deste ano.

Em nível nacional, a média móvel de mortes causadas por Covid-19 no Brasil chegou a 1.525 nessa segunda-feira (8/3). Esse é o 13º recorde seguido. O indicador, em comparação com o verificado há 14 dias, sofreu acréscimo de 40,7%, mostrando tendência de alta nos óbitos.

Além disso, boletim publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na terça-feira (3/3) revela que 19 unidades federativas, incluindo o Distrito Federal, estão com a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19 acima de 80%.

Em comparação com o último boletim, publicado na semana anterior – em 22 de fevereiro – pelo Observatório Covid-19, da Fiocruz, seis estados passaram a fazer parte dessa faixa crítica da ocupação de leitos. São eles: Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí.

Nesse sentido, o presidente da IBG avalia que o setor de gases começa a apresentar dificuldades não somente na produção de oxigênio hospitalar, que ajuda no tratamento da Covid-19, mas também no fornecimento de cilindros (também chamados de balas) e pela falta de veículos de transporte.

Segundo ele, o consumo de oxigênio na saúde cresceu mais de 20% entre junho do ano passado e fevereiro deste ano. “Esse incremento conseguiu absorver o que tínhamos de capacidade de fábricas instaladas. Estamos atendendo os nossos clientes, mas começa a ter uma preocupação se isso aumentar”, disse.

“A demanda está muito grande. E, em relação ao oxigênio, temos que entregar o produto e a embalagem. Então, a gente começa a sentir as dificuldades da falta de cilindros e de caminhões para fazer o transporte”, afirmou, ao relatar que conversou com outras empresas do setor na última semana.

“Realmente existe essa preocupação. Não sei o que vai acontecer, mas se não começarem a vacinar com uma taxa maior do que está ocorrendo, por exemplo, isso pode acarretar problemas de maiores proporções lá na frente. Nossos concorrentes disseram que não têm mais cilindros”, sinalizou.

Newton critica, também, leis trabalhistas que, segundo ele, limitam as empresas, sobretudo durante a pandemia do novo coronavírus. E diz estar difícil comprar mais veículos no mercado automotivo, uma vez que as montadoras teriam reduzido a produção ao longo do ano passado devido à crise.
 
Concorrentes

Metrópoles também procurou as fornecedoras de gás White Martins, Air Liquide e Messer para se posicionarem e esclarecerem sobre a capacidade de operação do setor com o agravamento da pandemia do novo coronavírus.

Em nota, a Messer Gases Brasil informou que tem acompanhado “com atenção” os dados referentes à evolução do consumo de gases em decorrência do cenário de pandemia enfrentado, e reforçou o compromisso de garantir a regularidade no fornecimento dos produtos com segurança.

“Nos últimos meses, houve, efetivamente, um significativo incremento na demanda por alguns gases, em especial de oxigênio medicinal. O planejamento realizado pela Messer possibilitou, no entanto, o pleno atendimento ao mercado, inclusive em situações emergenciais”, afirmou.

“A análise dos dados referentes ao consumo de gases e à capacidade produtiva da Messer, bem como as projeções realizadas, nos dão a tranquilidade e segurança necessárias para garantir a normalidade no fornecimento de gases industriais e medicinais, mesmo que ocorram picos de demanda”, prosseguiu.

Além disso, a empresa informou que os sistemas de produção, de controle e a eficiente logística implantada pela Messer possibilitam um rápido equacionamento para garantir o abastecimento a hospitais e indústrias.

“A Messer está ciente de que exerce uma atividade essencial, tanto para a área da saúde como para a indústria, e aceita plenamente essa responsabilidade e o compromisso de fornecer produtos e serviços com qualidade, presteza e segurança ao mercado brasileiro”, finalizou, em comunicado.

Por sua vez, a Air Liquide, que informou que o consumo de oxigênio medicinal do último trimestre de 2020 foi maior em 40% quando comparado ao período pré-pandemia, e a White Martins, a principal fornecedora do país – dona de cerca de 60% do mercado –, disseram que no momento não comentariam a situação.

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Morte causada por asfixia em artigos leia. 

Manifestante representando paciente sem oxigênio em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro em Brasília, em 31 de janeiro de 2021.

Manifestante representando paciente sem oxigênio em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro em Brasília, em 31 de janeiro de 2021.

por GABRIEL BUSS / Poder 360

Diversos manifestantes ligados ao movimento “Stop Bolsonaro Mundial”  se reuniram na manhã deste domingo (31.jan.2021) na Alameda das Bandeiras em frente ao Congresso Nacional, em Brasília (DF). Durante o protesto, houve um ato performático seguido de uma carreata.

No ato cênico, um grupo colocou sacos no rosto e deitou o chão para simular as vitimas fatais de Manaus, que morreram por falta de oxigênio em meio ao colapso do sistema de saúde do Estado do Amazonas. Houve ainda outros participantes que usaram leite condensado e notas falsas de dinheiro para protestar.

O grupo segurava faixas que pediam o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e responsabilizavam o governo federal pela situação da pandemia no país. A carreata foi realizada logo em seguida.

Cartazes e bandeiras pediam “Impeachment Já” e estampavam “Fora Genocida”.  O ato se concentrou ao longo da Esplanada dos Ministérios.Protesto contra o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Atores simbolizaram pessoas asfixiadas por falta de oxigênio. Sérgio Lima/Poder360 31-01-2021

 

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