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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

10
Fev22

Vereadora de BH é intimidada por vereador bolsonarista após ato que cobrou justiça por Moïse

Talis Andrade

 

por Ana Carolina Vasconcelos /Brasil de Fato

Mulher estranha viu”,  “é menine ou menina? Todes ou todas? Vai tomar nas tabacas bando de vagabundos (a)”, “galera denuncia a conta dessa analfabeta”. Esses foram alguns comentários recebidos pela vereadora de Belo Horizonte Iza Lourença (Psol), desde o último domingo (6), em sua rede social. 

Os ataques aconteceram em uma postagem feita por Iza, no último sábado (5), em que ela e outras pessoas apareciam em uma manifestação na capital mineira. O protesto, que também aconteceu no sábado, reivindicava justiça pela morte do congolês Moïse Kabagambe, assassinado no Rio de Janeiro. 

Após isso, a vereadora afirmou ter começado a receber mensagens de pessoas que teriam sido convocadas por Nikolas Ferreira (PRTB), seu colega do Legislativo municipal.2° vereador mais votado de BH, Nikolas Ferreira chama Duda Salabert de  homem: 'É isso que está na certidão' - Politica - Estado de Minas

Extremista Nikolas Ferreira, o valentão bolsonarista
 
“Mais uma vez o vereador bolsonarista Nikolas Ferreira convoca seus seguidores a iniciar uma série de ataques e ameaças contra mim nas redes sociais. Motivo? Participei do ato por justiça por Moïse”, denunciou.
 

No domingo, Nikolas postou um vídeo em suas redes sociais no qual afirma que o assassinato de Moïse não foi um caso de racismo. Nas palavras dele, o caso “foi simplesmente Brasil”. 

O Brasil das milícias. Da milícia na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. 

Nikolas é contra o que chama de "revolução sexual", política feminista, notadamenta o projeto de cota para mulheres na política. 

Nikolas Ferreira on Twitter: "Inegociáveis e imutáveis.  https://t.co/D90ruyXnJo" / Twitter

Em nota, Iza Lourença explicou que não estava presente no momento em que a foto de Nikolas foi queimada. 

Nikolas vai realizar campanha, este ano, para candidatos a governador e presidente que usam dinheiro público do fundo partidário e do fundo eleitoral. 

Em um outro vídeo, publicado em seu canal do YouTube, Nikolas afirma que acionou a corregedoria da Câmara Municipal de Belo Horizonte e que almeja a cassação do mandato da vereadora.

Para Iza, a estratégia do vereador é confundir os membros da Câmara e a população, em ano eleitoral. “Temos convicção de que o pedido será arquivado, já que não tem qualquer validade jurídica ou lastro na realidade”.

Postura de vereador reforça o racismo

Iza Lourença afirmou ainda que não é a primeira vez que o vereador tenta intimidar sua atuação na Câmara Municipal de BH. “Por vezes, [ele] se refere a mim como ‘analfabeta’, em nítida tentativa de intimidar minha atuação parlamentar, aproveitando qualquer oportunidade de manipular os fatos e desviar a atenção do que realmente importa: a luta contra o racismo e a desigualdade no país”, explicou.

Iza é graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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19
Out20

Lula exalta vitória da Bolívia

Talis Andrade

Image

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou o ex-presidente da Bolívia Evo Morales e Luis Arce, candidato da esquerda vitorioso na eleição do país vizinho. Os dois integram o Movimento pelo Socialismo (MAS):

Meus parabéns ao povo boliviano, que restabeleceu sua democracia. Parabéns para @LuchoXBolivia e meu amigo @evoespueblo, que depois de um ano difícil podem ver respeitado o voto popular. Que a Bolívia retorne ao caminho do desenvolvimento com inclusão e soberania"

06
Abr20

"Longínquo mundo de fantasia", por Luis Fernando Veríssimo

Talis Andrade

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GRANDE DEMAIS

A pandemia do coronavírus vem sendo comparada a outros surtos como os da peste negra e da gripe espanhola, que desafiaram a humanidade no passado. Mas um dos precedentes citados não tem nada a ver com contágio ou curva de letalidade. Foi o pânico criado pela ameaça de colapso do sistema financeiro mundial com a falência do banco Lehman Brothers em 2008. A comparação, feita agora, é entre a rapidez com que aquela crise bancária foi resolvida, ou atenuada, e a incompetência e a confusão com que o governo de Donald Trump reage, hoje, à pandemia, depois de ter negado a sua importância, como fez o Bolsonaro, e demorado a adotar as medidas para enfrentá-la com um mínimo de seriedade.

A quebra do Lehman Brothers culminou em um período de banditismo sem controle, principalmente no mercado imobiliário americano, que encheu banqueiros de dinheiro enquanto ludibriava milhares de compradores incapazes de pagar suas hipotecas, e acabou explodindo todo o sistema. Ou fingindo que explodia, porque a solução foi decidida numa reunião de CEOs assustados e autoridades compreensivas, a portas fechadas, com o governo se comprometendo a salvar as financeiras dos seus próprios excessos. Numa encenação dessa reunião histórica em que a intervenção do governo ficou acertada, ouve-se uma voz ao fundo dizendo, num tom plangente: “Mas... Isso é socialismo!”.

Foi por essa época que começou a ser usada a expressão “grandes demais para quebrar”, referindo-se especificamente aos bancos, mas valendo para qualquer corporação com mais tamanho do que juízo à procura de absolvição. Lembrando a decisão da hierarquia da Igreja medieval de criar um Purgatório para acolher a alma de quem enriquecia com a usura, que assim continuaria a ser pecado, mas um pecado tolerável aos olhos de Deus, sem o risco de o cristão ser mandado diretamente o para o Inferno.

A Igreja era grande demais para ser desmentida por um dos seus próprios dogmas. Em 2008, o realismo prático evitou que um sistema financeiro mundial grande demais desmoronasse, mesmo com o vexame de ser chamado de socialista. Em 2020, o Trump custou, mas se convenceu de que a situação exigia seriedade. Já o nosso Bolsonaro continua vivendo dentro do seu ego, num longínquo mundo de fantasia onde a realidade não chega.

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31
Ago18

Líder do partido social-democrata da Alemanha visita Lula na prisão em Curitiba

Talis Andrade

 

media
 
Martin Schulz (esq), e o ex-prefeito de São Paulo e candidato a vice na chapa de Lula, Fernando Haddad, em visita ao ex-presidente brasileiro na prisão em Curitiba

 

 

RFI - “Encontrei o presidente Lula na prisão e vi uma pessoa muito corajosa e combativa”, disse Martin Schulz, líder do partido social-democrata alemão (SPD) e ex-presidente do Parlamento europeu, que visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão em Curitiba, nesta quarta-feira (30).

 

“Vim ao Brasil na condição de representante da social-democracia alemã e dos socialistas europeus para cumprimentar uma pessoa com a qual nós cooperamos muito tempo enquanto ele foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, presidente do Partido dos Trabalhadores e presidente da República”, disse Martin Schulz, uma das maiores lideranças políticas da Alemanha.

 

Schulz afirmou em coletiva após a visita que as eleições de 2018 no Brasil não serão importantes apenas para o país e para o continente latino-americano, mas também para “o mundo inteiro”. “Nós estamos numa situação política muito peculiar”, disse o líder social-democrata alemão. “No lugar do multilateralismo, e da democratização que foram defendidos pelo governo de Lula e Dilma Rousseff, nós estamos vivenciando, não apenas no Brasil, mas também no mundo inteiro, um retorno a políticas nacionalistas”, disse.

 

“Será que é possível fazer do Brasil ainda um motor da democratização no mundo inteiro?”, continuou Schulz, que também foi presidente do Parlamento europeu. Ele disse acreditar que o PT, Lula e a esquerda brasileira simbolizam a “cooperação internacional” em torno dos “direitos humanos e fundamentais”. “Por essa razão, estou aqui para expressar a solidariedade com o Partido dos Trabalhadores e seu candidato”, declarou o político alemão.

 

Martin Schulz disse ainda que não era de sua competência “formar um juízo sobre as sutilezas jurídicas do embate jurídico no Brasil”, mas que “uma coisa fica clara para nós: as circunstâncias do processo contra Lula semeiam dúvidas em relação a esse processo”. “O Brasil teve um papel muito importante na política internacional, e nesse sentido deveria aceitar a recomendação da comissão de Direito Humanos da ONU”, afirmou.

 
 

“Nenhum poder neste momento poderá evitar que eu siga confiando em um homem com quem cooperei durante muitos anos e em quem eu continuo confiando”, declarou o parlamentar alemão.

 

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