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01
Mai22

Janio: a condenação da ONU também é à mídia

Talis Andrade

 

 

por Fernando Brito

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Janio de Freitas, na Folha, honra o seu papel de decano da crônica política brasileira e chama a atenção para a necessário, ainda que quase completamente ausente, reconhecimento pela imprensa brasileira da condução abusiva que Sergio Moro deu aos processos contra Lula na Lava Jato, agora condenados por quem não pode ser acusado de interesses políticos ou simpatias pelo ex-presidente: o Comitê Internacional de Direitos Humanos da ONU.

E não é, essencialmente, com Lula que os meios de comunicação e os profissionais de jornalismo estão em dívida, mas com o país e a verdade que, pelo seu engajamento na obra de destruição de democracia que realizou e que, nos dias de hoje, mostra-se a planta carnívora e fétida que estamos vendo assolar o Brasil e que todos tememos não conseguir destruir pelo voto antes que ela nos destrua pela força.

Retiro um trecho da crônica do mestre, demolidora em sua firme serenidade:

Os desvios de conduta judicial e pessoal estavam até na imprensa, apesar de tão discretos quanto possível. Eram inúmeros juristas e advogados sempre prestigiados pelo jornalismo a advertir, sem descanso, para a ocorrência de cada perversão praticada por Moro e por Deltan Dallagnol. Em vão.

Vigorava, em nome do jornalismo, um dos componentes mais deploráveis do acontecimento escandalosamente histórico que foi, ainda é, a distorção da escolha eleitoral de um presidente da República.

Tudo o que houve por ação ou influência da Lava Jato de Curitiba só foi possível pela força do ambiente criado por imprensa e TV combinadas.

Os então editores de primeira página, de telejornais e seus chefes, acompanhados da quase totalidade dos comentaristas profissionais, colunistas e editorialistas, tiveram protagonismo decisivo.

A maioria, no mínimo, consciente das irregularidades a que dava apoio. E do que fazia o Moro a quem aplaudia. Assim está configurada uma dívida monstruosa com o país dos últimos oito anos, desmoralizado, mais degradado do que nunca e aturdido na obscuridade do seu futuro.

São esses protagonistas os que cobram autocrítica —de Lula.

Altamiro Borges: Lula, Nicarágua e o cinismo da Folha

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