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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

12
Mar22

Manuela relata ataques do MBL após Arthur do Val dizer que sente medo

Talis Andrade

Manuela relata ataques do MBL após Arthur do Val dizer que sente medo

 

A vice-presidenta do PCdoB, Manuela d’Ávila, relatou, pelas redes sociais nesta quinta-feira (10), algumas das inúmeras agressões que sofreu especialmente nos últimos oito anos, boa parte dos quais ligadas ao MBL e à extrema-direita.

A motivação de Manuela foi a declaração do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), o “Mamãe Falei”, do MBL, de que estaria com medo de sair à rua depois do vazamento e da repercussão do áudio misógino e preconceituoso no qual disse que as mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”.

Ando nas ruas de cabeça erguida porque sei quem sou e o que defendo e sei quem são os mentirosos que me atacam

Eu lembro a primeira vez em que fui agredida por causa de uma fakenews: era 2014.

Eu estava tomando café com meu marido e um menino olhou para mim e passou a me agredir por conta de uma notícia mentirosa publicada num perfil de Twitter e num site que mentia ser de humor.

Pouco tempo depois, estava grávida e fui agredida numa ação orquestrada por um deputado ligado ao MBL.

Quando estava com quatro meses de gestação, o MBL (associados com blogs de extrema direita) criou uma fakenews em que diziam que eu havia ido aos Estados Unidos Fazer enxoval. As pessoas acreditaram. Eles usaram a foto de meu enteado ainda criança. Ele também passou a ser atacado nas redes sociais.

Quando Laura nasceu, o relato detalhado do meu parto foi feito nas redes sociais por uma médica que conseguiu informações e fez com que o dia seguinte ao nascimento de minha filha se transformasse numa batalha para barrar as publicações e comentários de ódio a nosso respeito.

Quando Laura tinha 45 dias foi agredida fisicamente porque a agressora acreditou na fakenews do enxoval nos Estados Unidos e também na ideia de que uma mulher como eu não poderia ter roupas para sua filha porque na Coreia não era assim.

Meu marido foi expulso de um clube porque era casado com uma comunista.

Em 2018, milhões de brasileiros compartilharam a notícia falsa que eu havia ligado 18 vezes para Adelio Bispo no dia da facada no candidato adversário.

Em 2021, minha filha foi fotografada na porta da escola.

Essa imagem foi distribuída inclusive pela esposa do vice-prefeito (ex presidente do MBL).

Logo em seguida, a mesma imagem passou a ser usada por grupos de ódio para nos ameaçar de morte e estupro.

Não consigo contar o número de vezes que fui agredida no supermercado ou na rua por conta dessas mentiras.

Há oito anos, eu sinto medo por mim e pelos meus.

Mas eu ando nas ruas de cabeça erguida porque sei quem sou e o que defendo e sei quem são os mentirosos que me atacam.

Já esse deputado tem medo de sair na rua porque descobriram exatamente quem ele é”.

Charge: Reprodução Facebook/Ferrugem Cartuneiro

08
Mar22

Centrais pedem cassação de Mamãe Falei

Talis Andrade
 
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Queimadaço o filme do deputado estadual de SP Mamãe Falei (Podemos-SP). No movimento sindical, foi pronto o repúdio às suas indecências. No sábado, 5, as Centrais publicaram nota de repúdio aos comentários canalhas sobre as refugiadas ucranianas e pediram cassação.

Segundo a nota, o verdadeiro objetivo da viagem de Arthur do Val à Ucrânia em meio à guerra com a Rússia não foi ajudar um dos lados. "Seus anseios mostram uma personalidade irresponsável, ignorante, racista e profundamente misógina", criticam as entidades.

As falas do deputado ofendem as mulheres, os pobres e os refugiados.

Outras entidades publicaram notas ou postaram cards criticando o deputado-cafajeste.
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Arthur do Val desrespeita o povo e deve ser cassado

Ouvimos com indignação e asco os áudios do deputado estadual em SP pelo Podemos sobre as mulheres ucranianas. O deputado, a pretexto de ajudar um dos lados no conflito entre Rússia e Ucrânia, revelou, através de áudios vazados, que o verdadeiro objetivo de sua viagem para o Leste europeu nada tem a ver com ação humanitária. Ao contrário, seus anseios mostram uma personalidade irresponsável, ignorante, racista e profundamente misógina.

O que de fato “Mamãe Falei” foi fazer na Ucrânia? E o que ele, com essa visão sobre as pessoas, faz na Assembleia Legislativa de SP? Ele, que em 2019, chamou sindicalistas que estavam na galeria da Alesp de “bando de vagabundo”! Com que moral fala dos trabalhadores e suas entidades? 

Nos áudios hediondos que transmitiu a seu grupo de amigos no WhatsApp e que se tornaram públicos na sexta-feira ele ofendeu não só as mulheres, mas os pobres, os povos refugiados, foi racista ao exaltar um estereótipo, ou seja, expressou tudo aquilo contra o que lutamos: a desumanização, a dominação machista, a covardia, a injustiça. Mostrou seu despreparo pra ser um representante do povo. Não deve permanecer como deputado; deve ser cassado.

Solicitamos que Ministério Público abra investigação sobre a conduta racista.

No mês de março, quando celebramos a luta pelos direitos das mulheres à igualdade, equidade, respeito, dignidade e justiça, um deputado brasileiro nos envergonha mundialmente.

É triste que os brasileiros que já sofrem com a pandemia, com o desemprego e a pobreza ainda tenham que ouvir, nas vésperas do Dia Internacional da Mulher, áudios insultuosos como os do Mamãe Falei. Que o fato receba a devida reparação e o deputado seja cassado”.

São Paulo, 5 de março de 2021

- Sergio Nobre, CUT, Miguel Torres, Força Sindical; Ricardo Patah, UGT, Adilson Araújo, CTB, Antonio Neto, CSB, Oswaldo Augusto de Barros, Nova Central, Edson Carneiro Índio, Intersindical, Atnágoras Lopes, CSP-Conlutas, José Gozze, Pública, Emanuel Melato, coordenação da Intersindical Instrumento de Luta.
 

Desde 2016, Arthur do Val já mostra quem é

 
 

 
08
Mar22

Moro vira pó junto com Nova Política

Talis Andrade

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por Helena Chagas /Jornalistas pela Democracia

A expressão "deu com os burros n'água" trai a idade da gente, mas não consigo pensar em outra melhor para definir o que aconteceu com aquela turminha da "nova política" que se vendia a peso de ouro em 2018. Virou pó. Simbolizando essa decadência, estão aí os episódios envolvendo os deputados Arthur do Val, flagrado em afirmações sexistas que até Bolsonaro considerou asquerosas, e Kim Kataguiri, que foi parar numa polêmica em torno do neonazismo.

Mamãe Falei e Kataguiri são apenas sintomas de um processo mais profundo de esvaziamento do MBL, movimento de direita que lançou essa turma e hoje não representa mais do que uma fatia muito pequena da sociedade. A eleição de Bolsonaro, seus desmandos, a situação do país e, sobretudo, os fatos revelados pela Vaza Jato - mostrando o lado político oculto da Lava Jato e reabilitando o ex-presidente Lula - mostraram que, acima de tudo, a "nova política" não existe.

Politicamente, o maior prejuízo da coincidência desastrosa que expôs Kataguiri e Mamãe Falei vai para a candidatura do ex-juiz Sergio Moro. O candidato do Podemos já não ia bem das pernas, isolado no Podemos, que não conseguiu atrair nenhum outro partido para fazer federação ou se coligar.   A única aliança obtida até hoje era, justamente, com o  MBL - e agora não vale mais um tostão furado.

Sem apoios externos e sem palanques - Mamãe Falei tirou mais um neste fim de semana, em SP - deve se intensificar o processo de corrosão política da candidatura Moro. Dentro do Podemos, é grande a pressão para que Moro seja abandonado na beira da estrada, ou seja, que o partido desista de ter candidato e use todo o rico dinheirinho do fundo eleitoral nas campanhas para os legislativos. A sete meses da eleição, as apostas no mundo político são de que Sergio Moro vai acabar deputado federal.ImageFabio Souza Petista🚩

@fdesouzaalves

Depois de 4 anos será que o Estado de São Paulo vai aprender votar com o cérebro???? Meu Deus que vergonha morar num estado onde essa cambada louca tem mandato.🤮Image

Chumbinho 🇧🇷 🇨🇺🚩🇮🇹🇹🇷
@Chumbinho69·
Povo não perdoa...kkkkkkkkImage
Humor Político
@HumorPoliticobr
07
Mar22

Nazistas atacam em Natal centro de cidadania LGTB e terreiros de Iemanjá

Talis Andrade

Nova Imagem de Iemanjá Praia do Meio 7Iemanjá Praia do Meio 6

A nova e a antiga escultura. Foto José Aldenir

 

Os nazistas ameaçam a cidade libertária de Natal. A cidade que aprendi a amar lendo e andando pelas ruas com Woden Madruga, Berilo Wanderley, Newton Navarro, Márcio Marinho, Sanderson Negreiros, Zila Mamede, Mirian Coeli, Walflan de Queiroz,  Cascudo, Veríssimo de Melo. Andanças pelos bares e reisados de Djalma Marinho e Djalma Maranhão. 

Os nazistas ousam profanar os terreiros de Iemanjá. Ameaçam, com uma longa noite escura, uma longa noite das facas longas os gays.

Os nazistas precisam ser processados e presos. São psicopatas. Têm sede de sangue. Urge contê-los, antes que apareça um serial killer. Ou um tarado tipo Mamãe Falei, deputado Arthur do Val, candidato de Sergio Moro a governador de São Paulo, que discursa: “se ela cagar, você limpa o c* dela com a língua”. Um autêntico caso de coprofagia.

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A deputada federal Natalia Bonavides acionou o Ministério Público denunciando os ataques dos grupos neofacistas contra o Centro Municipal de Cidadania LGTB de Natal. 

"Que as ameaças sejam investigadas o mais rápido possível", exige a parlamentar. "Não passarão!", promete.

 

Vandalismo em Natal levanta debate sobre a cor de Iemanjá

 
por Cláudio Oliveira /Tribuna do Norte
 
 
Depois de ter sido pintada de preto, sem autorização, a estátua de Iemanjá, instalada na Praia do Meio, zona Leste de Natal, esteve mais uma vez no centro de uma polêmica. O questionamento é sobre a cor da pele da divindade. Representantes dos povos tradicionais de matriz africana em Natal dizem que o ato foi criminoso e que não representa nenhum “protesto construtivo” para que a imagem da orixá (divindade africana) represente melhor sua origem negra. Mais que isso, eles acreditam que esse discurso  gera a aprovação do ato de vandalismo, semelhante ao que ocorreu outras vezes, sem que ninguém seja responsabilizado e fazendo com que a intolerância religiosa ganhe força.
 

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Representantes de terreiros apontam que membros de comunidades tradicionais respeitam representação branca de Iemanjá. Foto Alex Régis

 
A imagem de uma mulher magra, de pele clara, cabelos longos e pretos, com vestido azul, braços abertos e pairando sobre as ondas, rodeada de rosas, certamente é a imagem mais popular e que permeia o imaginário dos brasileiros quando se fala em Iemanjá. Ela se popularizou em meados do século passado no Brasil através da Umbanda, religião brasileira que adotou elementos do catolicismo ou espiritismo, da cultura africana e indígena, no fenômeno conhecido como sincretismo religioso. Essa mesma imagem passou a servir como referência no culto afro-brasileiro em várias partes do mundo, incluindo a própria África. Porém, a Iemanjá dos ancestrais africanos não difere somente na cor.
 
“Uma mulher negra, quartuda, careca ou com pouco cabelo feito cocó, seios avantajados. Essa é nossa visão dentro de uma versão de africanidade. Porém, também falamos de uma divindade numa essência divinal, que obrigatoriamente, não tem a essência da cor em si”, explica o Babá Cláudio de Oxalá (Pai Claudinho), do Movimento dos povos tradicionais de Matriz Africana.
 
Ele é do Candomblé, religião afro-brasileira formada a partir de tradições religiosas de povos iorubás e que reconhece Iemanjá como uma mulher negra, mas não impõe essa versão. “Sou de candomblé e existe um diálogo da possibilidade da construção de uma estátua com os vestígios negros. Mas também dialogamos que, dentro da visão do movimento, independente da estrutura da estátua, existe toda uma luta, respeitando o trabalho da Umbanda, dos nossos irmãos que trabalham dentro da visão de uma Iemanjá americanizada”, reforça o Pai de Terreiro.
 
Ele defende que o sincretismo, que transformou a Iemanjá africana em uma mulher branca, ajudou na sobrevivência das tradições dos povos tradicionais. “Precisamos entender que durante todo o tempo, os nossos povos se mantiveram vivos graças ao sincretismo e a Umbanda aderiu a essa branquitude que nós respeitamos. Por mais que entendamos que Iemanjá é negra, respeitamos esse ponto de vista, assim como respeitamos o Jesus dos cristãos, que a gente sabe que não é branco dos olhos azuis, mas, sim, negro e nem por isso a pessoa tem o direito de entrar nas igrejas e depredar as imagens dele, pintando-as de preto”, destacou o Babá Cláudio de Oxalá.
 
Para a Juremeira Suely Costa, do Terreiro de Jurema Mestre Aroeira, de Pai Aurino, o respeito pela tradição umbandista deve prevalecer sobre a cor da divindade. Ela relembra que a religião de matriz chega ao Brasil com a escravidão e representatividade negra e a Umbanda é criada depois, com influência europeia e não apenas na tendência africana. “Há o misticismo do orixá com o santo católico. E, antes de tudo isso existir, já existiam as vertentes indígenas, entre elas a Jurema Sagrada que já estava no Brasil quando tudo isso chegou”, aponta Suely Costa.
 
A questão da cor também é algo que para o Pai Freitas, do Instituto Cultural e Religioso Mestre Benedito Fumaça, não deveria sobrepor o debate em torno do respeito ao culto das religiões afro-brasileiras. “Essa é a única imagem de Orixá genuinamente umbandista e a qual devemos boa parte da popularização de Iemanjá. Aquela estátua não foi feita negra, mas baseada na tradição umbandista que respeitamos e admiramos. Acho que tem que permanecer da forma que estava, respeitando essa tradição”, sugere o religioso.
 
 
Imagem continuará branca
 
A cor da pele da estátua de Iemanjá, na Praia do Meio,  permanecerá em tons claro, como era antes de pintarem de preto sem autorização. O trabalho deve começar nos próximos dias e vai custar R$ 3 mil ao Município.
 
“Nós já solicitamos a abertura do processo para autorização do serviço. Agora é só tramitação, apenas a burocracia que é necessária: análise jurídica, análise da Comissão de Controle Interno, autorização e assinatura do secretário e depois segue para o financeiro que faz a ordem cronológica de pagamento. É o tempo que o artista deverá levar para providenciar o material e inciar os trabalhos”, disse a diretora da Fundação Capitania das Artes (Funcarte).
 
O artista será o próprio escultor, Emanoel Câmara. Ele diz que será preciso remover toda a tinta preta através de um processo cuidadoso de raspagem, para depois refazer partes danificadas, como a mão direita da imagem, a estrela na cabeça e parte do seio que sofreram danos com a ação dos vândalos. Depois disso, a peça receberá nova tintura sem precisar removê-la da praia.
 
 
Terreiros apontam crime e cobram segurança
 
Os dirigentes de Terreiros frisam que interpretar o ato de, sem autorização, pintar de preto a estátua de Iemanjá, como sendo um ato de protesto para corrigir a cor original da orixá, pode ser uma forma de disfarçar o ato de vandalismo e preconceito, quando o debate deveria ser em torno da falta de segurança para aquele patrimônio público.
 
“Na minha visão o mais importante ao invés da questão da cor é a segurança pelo patrimônio. Não é a primeira vez que a imagem sofre ataques. Se observar, poderia ter uma praça, um gradeado para o culto das pessoas deixarem suas flores, realizarem suas orações e proteger a imagem”, diz a juremeira Suely Costa, do Terreiro de Jurema Mestre Aroeira de Pai Aurino.
 
Ela também é bacharel em Direito e destaca que a câmera instalada na Avenida Café Filho, em frente à estátua, não está funcionando, de modo que não foi possível identificar os autores da ação. “Isso mostra a vulnerabilidade da estátua. A câmera deveria sinalizar atos de vandalismo e intolerância, mas há tempos que está quebrada”, reclama a juremeira.
 
Sobre ser ou não um ato de protesto, ela ressalta que, se houver esse interesse, pode-se fazer de uma forma não agressiva. “De qualquer maneira, a forma que foi feita é um ato de vandalismo. Pode juntar um grupo, reivindicar, até aproveitar agora o ato de restauração e se a maioria das casas de terreiro achar que deve ser reformada na cor negra, tudo bem”, sugere.
 
O Pai Claudinho, do Movimento dos povos tradicionais de Matriz Africana, discorda da idéia de que se tratou de uma reivindicação. “O pensamento de que é protesto reveste o ato criminoso de opinião. Se for uma pessoa de comunidade tradicional ela sabe a importância que aquela estátua tem, não pela questão da pedra, mas pelas pessoas que ali vão, pedem, rogam, pelo envolvimento sagrado independente da cor. Uma pessoa que tem conhecimento tradicional jamais praticaria esse tipo de crime”, disse ele.
 
Além de vandalismo, o Pai Freitas, do Instituto Cultural e Religioso Mestre Benedito Fumaça, interpreta o ato como racismo. “A intenção foi racismo e preconceito porque se tivesse sido posta uma imagem negra teriam pintado de branco. Já arrancaram a mão e fizeram outros atos. É uma perseguição que não é de hoje”, pontuou.
 
De acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Social (Semdes), tanto a Polícia Militar quanto a Guarda Municipal mantém o patrulhamento na área. Além disso, uma investigação está sendo realizada pelo setor de Inteligência da Guarda Municipal e outra deve correr na 2ª Delegacia de Polícia de Natal, onde foi registrado um Boletim de Ocorrências, para identificar os autores da pintura preta na estátua.
 
 
Estátua tem sido alvo de vandalismo
 
Os fatos comprovam o quanto a intolerância tem perseguido o monumento à Iemanjá ao longo dos anos. A estátua anterior, construída em 1999 pelo escultor potiguar Etewaldo Santiago (já falecido), também sofreu vários ataques. Alguns marcaram a história daquele espaço de oração à orixá. Em 2012, na véspera do Dia de Iemanjá, 2 de fevereiro, a escultura teve as duas mãos arrancadas.  Em março de 2014, arrancaram-lhe o braço esquerdo. Já no dia da orixá, em 2015, danificaram a estátua no pescoço e parte do busto. A Polícia não definiu se esse ataque foi a tiros ou pedradas.
 
Em junho de 2018, os vândalos arrancaram mais uma vez o braço direito. Em 2019 a Secretaria de Cultura de Natal (Funcarte) decidiu remover a estátua do local e substituir pela atual que foi inaugurada no dia da deusa, em 2020. O trabalho custou R$ 18 mil, mas recebeu fortes críticas nas redes sociais sobre os traços fortes do rosto, fazendo com que a escultura fosse considerada esteticamente “feia”, em comparação com a antiga. A reação do público fez com que o escultor Emanoel Câmara fizesse ajustes para suavizar as expressões da deusa.
 
A estátua, feita de pedra calcária, tem 3,5 metros de altura e pesa quase 4 toneladas.
07
Mar22

Picaretagem política, misoginia e perversão sexual do MBL afundam Moro

Talis Andrade

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Por Milton Alves 

O Movimento Brasil Livre (MBL) é um verdadeiro combo explosivo de práticas de picaretagem política, de misoginia e perversão sexual. O grupo reúne uma escória que transitou das redes sociais para a cena política no bojo da escalada golpista de 2014-2016 contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

O MBL é o principal grupo militante de apoio à candidatura presidencial de Sergio Moro (Podemos), um projeto artificial da chamada 3ª via e contra os interesses nacionais do Brasil — que foi devastado pela operação Lava Jato comandada pelo ex-juiz e uma gangue de procuradores de Curitiba.

Após algumas semanas, quando o deputado federal Kim Kataguiri, líder do MBL, chocou o país com uma declaração favorável à legalização do partido nazista, agora foi a vez do deputado estadual Mamãe Falei (Arthur do Val), pré-candidato ao governo de São Paulo pelo partido de Moro, que, em áudios para um grupo de WhatsApp de simpatizantes, fez uma série de declarações repugnantes e misóginas, de caráter sexual, sobre as mulheres ucranianas, alcançadas por uma guerra de agressão movida pelo governo russo contra a Ucrânia.

Alguns trechos das infames e nojentas declarações de Mamãe Falei são estarrecedores: “maluco, eu juro. Nunca na minha vida, e tenho 35 anos, vi nada parecido em termos de menina bonita. A fila das refugiadas, irmão, sei lá, de 200 metros mais, só deusa. Se você pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila dos refugiados aqui”, declarou. 

Mamãe Falei continua as falas, e dessa vez, em tom de maior perversão afirmou: “Detalhe hein. Elas são fáceis, porque são pobres. Aqui, minha carta do Instagram funciona demais. Não peguei ninguém, mas colei em duas mina. É inacreditável a facilidade. Essas minas em São Paulo, você dá bom dia e ela ia cuspir na tua cara”.

O deputado ainda avança na misoginia e abusando de imagens sexuais sobre a “indústria criminosa” do turismo sexual no Leste Europeu dispara: “São gold diggers que chama, né”. (Gold digger, literalmente falando, é “alguém que cava em busca de ouro”). O termo diggervem do verbo dig, que significa “cavar” — e geralmente usado para designar pejorativamente jovens mulheres que ficam com homens ricos.

Mamãe Falei, muito excitado, sem querer, ainda faz uma revelação confidencial sobre seu companheiro do MBL, Renan Santos, também presente na excursão pela Ucrânia. Segundo o parlamentar, Renan viaja aos países do Leste Europeu “todos os anos só para pegar loiras”. É o chamado “tour de blondes“, um roteiro de turismo sexual nos países do Leste Europeu — cidades da Romênia, República Tcheca, Hungria, Eslováquia e Moldávia integram a rota do negócio da escravidão sexual de mulheres brancas.

Neste sábado (5), Mamãe Falei desembarcou em São Paulo e tentou, sem sucesso, justificar as falas preconceituosas e machistas. “Sou homem, sou jovem, foi empolgação. Vi um monte de mulheres bonitas sendo simpáticas, talvez porque em São Paulo as mulheres sejam mais inacessíveis”, disse.

Em entrevista, o parlamentar explicou que o áudio foi enviado a um grupo privado e produzido em um momento de descontração, quando ele teria atravessado a fronteira da Ucrânia com a Eslováquia.

As consequências políticas dos áudios vazados de Mamãe Falei são graves, e implicam na possibilidade de cassação imediata de seu mandato e o fim de sua bizarra candidatura ao governo paulista. Além disso, o episódio gerou uma forte onda de repúdio em diversos setores políticos e sociais, inclusive no seu partido.

A boçalidade de Mamãe Falei/Arthur do Val também representou um duro golpe na candidatura de Sergio Moro, que apresenta um reduzido índice de intenções de votos nas recentes pesquisas eleitorais, minguando as expectativas do projeto entreguista e revanchista do lavajatismo.

A semana foi, especialmente, adversa para Sergio Moro. Durante uma agenda de pré-campanha em Maringá, sua terra natal, na manhã de sexta-feira (4), nas instalações da Cooperativa Agroindustrial Cocamar, uma explosão causou a morte de dois operários, o que provocou o término da visita.

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A campanha de Moro sofre ainda um pesado assédio do bolsonarismo, que busca recuperar votos entre o eleitorado lavajatista. Em Curitiba, já prevalece um clima de derrotismo entre os parlamentares e lideranças do Podemos.

 

05
Mar22

"Vejam no que deu a antipolítica lavajatista"

Talis Andrade

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"Eu contei, sã 12 policiais deusas. Que você casa e faz tudo que ela quiser. Eu estou mal cara, não tenho nem palavras para expressar. Quatro dessas eram minas que você se ela cagar você limpa o c* dela com a língua. Inacreditável. Assim que essa guerra passar eu vou voltar para cá”, prometeu o deputado estadual "Mamãe Falei" Artur do Val, MBL, São Paulo, candidato de Sergio Moro a governador.

Nem precisou dizer que as 12 policiais ucranianas eram brancas. Brancas como a neve e louras, quando no Brasil o deputado misógino, sexista e racista, não pretende usar a língua como papel higiênico. 

Desfile militar em salto alto lança polémica na Ucrânia

Defile militar de saltos altos na Ucrânia de 2021

 

𝐺𝑙𝑜𝑟𝑖𝑎 ♪ 𝑖𝑛 𝑡𝑒 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑒 ♪ 🦛

@PotamusGloria

Não basta ser cretino e escroto com as ucranianas, tem que ser também com as brasileiras... e ainda tem um monte que dá bola pra uns macho tóxico desse, que sempre reduzem a mulher a aparência. Precário e nojento. Mas o que esperar de machistas, né?

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O ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) questionou Sergio Moro sobre o episódio. "Outra gafe verbal, Moro?", disse o petista nas redes sociais ao lembrar que o ex-juiz havia afirmado que as falas sobre o nazismo do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) em um podcast no mês passado foram "gafe verbal".

O pré-candidato ao Planalto e governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também criticou a declaração atribuída ao representante do MBL. "Repudiante a fala do deputado Arthur do Val sobre as mulheres ucranianas. Inaceitável! Vergonhoso!", disse o tucano. Já Guilherme Boulos (Psol) classificou o episódio como "asqueroso".

"Deputado paulista vai para a Ucrânia se fingir de combatente mas, pelo visto, foi fazer turismo sexual, cheio de preconceito social e machismo... O MBL sempre foi humanamente desprezível. Inventaram fake news sobre Marielle e atacaram Padre Júlio. Mas o áudio de Mamãe Falei ultrapassa qualquer limite de indignidade moral. Ir para um país em guerra para assediar mulheres desesperadas é nojento demais!", disse Boulos no Twitter.

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Márcia Rios
@profmarciarios
Quando o cara compara prof a vagabundo e se volta contra o padre Júlio Lancelotti que acolhe pessoas em situação de rua bom sujeito não é. Ficou provado após sua ida a Ucrânia. Turismo sexual já é errado façam ideia num país em guerra é nojento 2x. #foraarthurdovalImage

Fernanda Melchionna
Nojento e asqueroso esse comentário, nada surpreendente, vindo do Mamãe Falei. Objetifica mulheres ucranianas que estão em extrema vulnerabilidade por conta da guerra. Repúdio a esse machista que sexualiza mulheres que em meio a tamanha tragédia!
Socorro
@Socorrofpb
Replying to
Sim, objetificar mulheres é nojento.Image
Leia aqui os testemunhais de Manuela Davila e Natália Bonavides
AMAROSpdl22
@AServelhere
NOJENTO o vídeo do Mamãe falhei, sobre as mulheres ucranianas. As mulheres brasileiras exigem esse ser ignóbil fora da longe da vida pública.Image
Lenio Luiz Streck
@LenioStreck
Vejam no que deu a antipolítica lavajatista: Mamãe Phalhei, Zambeli, Campagnolo, Daniel bombado, Boca Aberta, Bibo Nunes, Bolsonaro e quejandos. Que nível. O que diriam Ulisses? Tancredo? F. Nobre? Parabéns Moro e Dallagnol. Viva a “nova direita”! E Weintraub vem aí.Image
Blog do Noblat
@BlogdoNoblat
O senador Álvaro Dias (PODEMOS-PR) disse que Arthur do Val, o Mamãe Falei, disse "besteiras" sobre as mulheres ucranianas. Besteiras, senador? Só besteiras?Image
Christian Lynch
@CECLynch
Deputado de São Paulo estava na Ucrânia e disse que "ucranianas são fáceis porque são pobres". De volta ao Brasil, Arthur do Val comenta áudios vazados: "Peço só que entendam o contexto". O contexto:ImageImage
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Hendrix Careta🎸
@Hendrix_Careta
que merecem os adversários do Padre Júlio Lancellotti?Image
 
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 Ele disse que a língua dele é papel higiênico usado

Lado Esquerdo, Lado Forte! 🚩✊🏽✊🏿✊🏼

@GikaKsar

Para quem ainda não conhece esses dois:

**Kim Kataguiri (Deputado Federal - Podemos)

**Mamãe Falei (Arthur do Val, Deputado Estadual, Podemos - SP)

Reveja seus conceitos.

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09
Fev22

Moro, seu chefe de campanha defende o ‘nazismo livre’. Vai se calar?

Talis Andrade

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por Fernando Brito

Promovido a interlocutor-mor de Sergio Moro, convidado a ser a referência de integridade para ajudá-lo a tentar explicar o embrulho de estar recebendo dinheiro de uma empresa que administra as empreiteiras que a Lava Jato levou à garra, Kim Kataguiri não pode mais ser considerado um penduricalho do morismo, mas um integrante do núcleo central da candidatura do ex-juiz.

Portanto, a defesa que o chefe do MBL fez da legalização do nazismo é de uma enorme gravidade, porque significa que Moro, ainda que não vá admitir, tem junto de si pessoas que acham possível permitir que se organizem como força política pessoas que defendem a supremacia racial, o extermínio de pessoas e a repressão brutal a todo os tipos de diferença – social, racial, ideológica.

Ou seja, àquilo que é intolerável pelas cláusulas pétreas de nossa Constituição e, se ainda que não o fosse, ofende a consciência de qualquer pessoa civilizada, depois do assassinato de milhões de pessoas na 2a. Guerra Mundial, sejam os judeus, os ciganos, os russos, poloneses, eslavos e muitos mais, inclusive os que, por “acusação” de homossexualidade ou de “ser esquerdista” foram fuzilados ou sufocados em câmaras de gás.

Não há, até o momento em que escrevo, nem uma só palavra de Moro diante disso. Muito menos uma atitude, indispensável, do afastamento de Kataguiri do comando de sua campanha, o mínimo a que está obrigado em respeito a quem perdeu pais e avós torturados e executados pelo nazismo.

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05
Fev22

A resposta da cúpula da PF à idiotice de Sergio Moro

Talis Andrade

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Para o comando da PF, quem mudou desde a Lava Jato foi Sergio Moro

 

Um delegado da cúpula da Polícia Federal rebateu a crítica de Sergio Moroà instituição. Em agenda no interior de São Paulo, o ex-juiz disse que a PF “não é mais a mesma” ao ser questionado sobre a queda nas prisões por corrupção feitas pelo órgão.

“Moro diz que a PF não é mais a mesma da Lava Jato. Infelizmente Moro não é o mesmo que parecia ser na Lava Jato”, disse um delegado da cúpula da PF.

Depois da sua saída, diversas mudanças ocorreram na PF. Hoje, o diretor geral é Paulo Maiurino, de um grupo da PF adversário do que estava no comando à época de Moro.

 
26
Jan22

A Lava Jato acabou, mas o lavajatismo continua forte no MP e ameaçando as instituições (vídeos)

Talis Andrade

www.brasil247.com - Moro, Júlio Marcelo e Lucas Furtado

Moro, Júlio Marcelo e Lucas Furtado

 

Recurso no CNMP protelou demissão de Castor de Mattos, ex-estagiário de Dallagnol, e no TCU fã de Sergio Moro tumultua processo referente à Alvarez & Marsal

 

por Joaquim de Carvalho

Dois fatos esta semana mostram que a Lava Jato deixou formalmente de existir, mas continua fortalecida no seio das instituições da república. Um deles é o pedido do subprocurador Lucas Furtado, do Tribunal de Contas da União, para que seu colega, o procurador Júlio Marcelo, seja declarado suspeito. O outro é o processo que decidiu pela demissão do procurador Diogo Castor de Mattos, acusado de violação constitucional ao fazer autopromoção, num outdoor de Curitiba, um caso que apresenta indícios de crime de falsidade ideológica.

Castor de Mattos já deveria estar fora do Ministério Público Federal, como decidiu o Conselho Nacional do Ministério Público em outubro. Mas uma manobra de seus advogados impediu a aplicação imediata da sentença, como prevê a jurisprudência do órgão. Castor de Mattos apresentou embargos de declaração na sentença que decidiu pelo seu afastamento definitivo do MPF.

Sem que os embargos tivessem sido julgados, os advogados de Castor de Mattos, ex-estagiário de Deltan Dallagnol, apresentou no recesso do CNMP pedido de efeito suspensivo da sentença. O conselheiro plantonista, Antônio Edílio Magalhães Teixeira, que não é relator do caso, concedeu a medida, e Castor de Mattos continuou no exercício pleno de suas funções, e recebeu até verbas extras no valor de R$ 158 mil, em deembro.

O efeito suspensivo da sentença de Castor de Mattos contraria decisão do CNMP em caso similar, o afastamento por 45 dias sem vencimentos de um promotor do Mato Grosso que fez acusações contra o ministro Gilmar Mendes, do STF. 

Ao detectar que o procurador-geral de Justiça daquele Estado estava protelando o cumprimento da decisão, o relator do caso se manifestou em dezembro passado nos seguintes termos: "Em regra, todas as decisões do Conselho têm cumprimento imediato”. E acrescentou: "Essa sistemática resta prevista no próprio regimento interno, ao estabelecer que nem mesmo os embargos de declaração têm efeito suspensivo.”

O conselheiro plantonista ignorou essa jurisprudência ao suspender a demissão imediata do ex-estagiário de Dallagnol, mas decidiu levar o recurso ao plenário, na sessão prevista para ocorrer amanhã. “Vamos acompanhar e usar todos os instrumentos legais para evitar que Castor de Mattos seja blindado e fique impune”, disse a advogado Tânia Mandarino, do Coletivo de Advogadas e Advogados pela Democracia, que atua no caso.

Já no TCU o procurador da república Júlio Marcelo tem tentando tumultuar o processo em que Sergio Moro é investigado por conflito de interesses na celebração de contrato com a Alvarez & Marsal, responsável pela administração da recuperação judicial de empresas arruinadas pela força-tarefa de Curitiba, que  esta semana o ex-juiz assumiu ter comandado.

Júlio Marcelo, que atua no TCU a exemplo de Lucas Furtado, se considera o procurador natural para atuar no caso e, nessa condição, requereu ao relator do processo, ministro Bruno Dantas, que retire dos autos todas as manifestações do colega, responsável pela abertura do caso. Lucas Furtado atua em caráter extraprocessual, o que é admitido pelos regulamentos do TCU.

"Assombra-me o fato de colega desse Parquet se incomodar tanto com possíveis colaborações no âmbito do processo. Como já havia dito, minha atuação se encontra respaldada nos regulamentos internos, não havendo empecilhos para que ofícios sejam encaminhados ao relator. Não existe suspeição de minha parte, mas acredito existir possível conflito de atuação do Sr. Júlio Marcelo nos autos em epígrafe visto ele ser amigo do responsável em análise (ex-juiz Sérgio Moro)”, afirmou, em ofício dirigido ao ministro Bruno Dantas.

Lucas Furtado recorda algumas manifestações públicas de Júlio Marcelo, como esta: "Fazer a coisa certa sempre! Moro saiu do governo como entrou. Íntegro, correto, leal ao país. Um gigante que sempre se colocou a serviço do Brasil. Que Deus o abençoe e proteja.” Ou esta: "Assistindo à excelente entrevista com o juiz Sergio Moro no Roda Viva, exemplo de magistrado e homem público.”

Ele também se apresentou como fã em outros momentos. ”Neste Dia Internacional de Combate à Corrupção, tive a honra de discursar na Câmara dos Deputados, na sessão solene em homenagem a Sérgio Moro, e de receber a Medalha Patriótica, conferida pelos Movimentos da Sociedade Civil. O Ministro Sérgio Moro merece todas as homenagens!”, disse.

Júlio também fez declarações apaixonadas pelo trabalho de outros membros da Lava Jato: ”Deltan Dallagnol, os colegas da Lava Jato e Sérgio Moro são exemplos de pessoas de bem, éticas, corretas e corajosas. Enfrentam o maior caso de corrupção do mundo com profissionalismo e dedicação invejáveis. Basta ver as decisões esmagadoramente mantidas pelo TRF4 e pelo STJ.”

Lucas Furtado sugeriu ao relator do processo que atue junto à procuradora-geral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União para que avoque os autos ou promova novo sorteio dentre os demais procuradores e subprocuradores (um degrau acima na hierarquia da instituição) para atuar no caso. Ele não reivindica para si o processo, mas que o interesse público seja observado na atuação do Ministério Público. 

Um lavajatista ou fã de Sergio Moro e Deltan Dallagnol não tem isenção para desempenhar o papel de fiscal da lei e investigar os indícios veementes de conflito de interesses em favor da multinacional norte-americana Alvarez & Marsal, que pode ter lucrado com as ações abusivas da Lava Jato.

 

23
Jan22

Por que as empresas que a Lava Jato quebrou escolheram a A&M que contratou Moro?

Talis Andrade

 

 

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Reinaldo Azevedo no Twitter
 
Reinaldo Azevedo
Fui o 1° a cobrar q relações entre Moro e Alvarez & Marsal fossem investigadas. No vídeo, expliquei tudo. VAMOS LÁ, MILÍCIAS MORISTAS! COMECEM A PASSAR PANO! Reinaldo Azevedo: Contrato de Moro tem de ser investigado, com quebra de sigilo
[É histórico. Reilnaldo foi o primeiro a denunciar que o ex-ministro Sergio Moro irá assumir o cargo de diretor da empresa americana Alvarez & Marsal. "Ele vai atuar na área de 'Disputas e Investigações', que atende à Odebrecht, grupo investigado na Lava Jato". Reinaldo Azevedo pontua que o anúncio mostra o caráter "amoral e antiético" do ex-juiz e propõe um questionamento: será razoável que aquele que beneficiou a empreiteira através do acordo de leniência agora receba somas milionárias dessa mesma empresa?]

Q espetáculo! TCU retirou sigilo das peças relativas à contratação de Moro pela Alvarez & Marsal. Empresas q caíram nas malhas da Lava Jato (Obrebrecht, Galvão, Enseada e OAS) pagaram R$ 42,5 milhões à empresa q contratou Moro em processos de recuperação judicial. Moro e A&M se negam a dizer valores da transação entre eles alegando tratar-se de contrato entre privados. Entre privados? Tudo isso nasce de questões de natureza pública, como pública era a função de Moro. P q empresas q a LJ quebrou escolheram a A&M, q contratou Moro?
 

Reinaldo Azevedo volta com o O É da Coisa, na BandNews FM, amanhã. Volta das férias. Reinaldo disse no Twitter:
Quem conhece a VAZA JATO ñ se surpreende c/ a grana q Detan recebeu. Eis reportagem do The Intercept s/ o modo como ele lucrava c/ palestras. Combinou até de abrir empresa de eventos em nome da mulher. Ainda q ñ o tenha feito, lucrou muito.
Deltan, candidato a deputado e presidente do Podemos-PR, recebeu R$ 191 mil só em férias atrasadas ao se desligar do MPF? O país precisa de uma nova moralidade. Contem com a vanguarda do Podemos — partido de Alvaro Dias, o Alicate da retaguarda — para mudar o Brasil.
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A q abismo chegamos! A piadinha é grotesca, claro! Zambelli achou q precisava ser + explícita. Bolsonaro percebe q ela quebra o tempo da sua comédia e manda q cale a boca. A afilhada de Sergio Moro (ele foi padrinho de seu casamento) cala. Encontro de gigantes.
Patada: Bolsonaro fazia uma piada sobre João Doria quando Zambelli decidiu entrosar junto. O presidente então se dirigiu a ela: "fica quieta, fica quieta aí".

Aguardam-se, ansiosamente, os respectivos pronunciamentos das patriotas Carla Zambelli e Janaína Paschoal sobre o sofrimento de “conservadores” como Ernesto Araújo e Abraham Van Trouble.

Mais rififi na extrema-loucura. Dudu Bananinha apela a Mário Frias para endossar ataque aos Irmãos Weintraub, que já apelidei de Van Trouble. Abraham, um “conservador” à moda Ernesto Araújo, esperava ter apoio do Bozo p/ disputar o gov. de SP. Loucura tem limite até p/ o ogro…Image

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