Manifestantes bolsonaristas pela intervenção militar, que teve em 8 de janeiro último mais uma tentativa de golpe, com a invasão do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto, para implantar uma ditadura militar da extrema direita.
Governo vê embaixador de Israel em 'rota equivocada' após ato com Bolsonaro
por Daniela Lima
A decisão do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, de desembarcar nesta quarta (8) no Congresso para um ato com o ex-presidenteJair Bolsonaroe alguns parlamentares de extrema direita foi interpretada pelo governo Lula como uma evidente provocação --mas não suscitará uma resposta imediata.
Daniel já foi chamado a prestar esclarecimentos ao Palácio do Itamaraty por declarações polêmicas ou equivocadas por ao menos três vezes, mas mantém o que diplomadas e auxiliares do presidente definem como "uma rota absolutamente equivocada".
O desconforto é tal que muitos avaliam, internamente, no Planalto, que ele "não é interlocutor" para essa crise.
A ordem, porém, é não responder com o fígado, emocionalmente.
Até que o grupo de 34 pessoas que tentam deixar Gaza desembarque no Brasil, a ordem é por pragmatismo.
O ministroMauro Vieira(Relações Internacionais) enviou contato ao seu contraparte em Israel ontem, cobrando novamente uma posição sobre a saída dos brasileiros. A promessa, feita diretamente a Vieira, era a de liberação do grupo ontem, o que não aconteceu.
Publicação da deputada de extrema-direita Beatrix von Storch com o presidente Jair Bolsonaro. Beatrix von Storch é líder do partido Alternativa para a Alemanha (AfD); avô foi ministro de Hitler por 12 anos. Deputada foi recebida no Palácio do Planalto.
Na visita ao Brasil, a deputada de extrema-direita também foi recebida pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações,Marcos Pontes.
A parlamentar alemã ainda teve reuniões com os deputados Eduardo Bolsonaro(PSL-SP), filho do presidente, eBia Kicis(PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e o Museu do Holocausto criticaram na semana passada os encontros de Von Storch com Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis.
A Conib lamentou a recepção a representante da AfD, pois “trata-se de partido extremista, xenófobo, cujos líderes minimizam as atrocidades nazistas e o Holocausto”.
O Brasil é um país diverso, pluralista, que tem tradição de acolhimento a imigrantes. A Conib defende e busca representar a tolerância, a diversidade e a pluralidade que definem a nossa comunidade, valores estranhos a esse partido xenófobo e extremista”, disse a confederação em nota.
O Museu do Holocausto, ao comentar uma publicação de Bia Kicis nas redes sociais, citou que Von Storch é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro nazista das Finanças, e afirmou que a AfD apresenta “tendências racistas, sexistas, islamofóbicas, antissemitas, xenófobas e forte discurso anti-imigração”.
"É evidente a preocupação e a inquietude que esta aproximação entre tal figura parlamentar brasileira e Beatrix von Storch representam para os esforços de construção de uma memória coletiva do Holocausto no Brasil e para nossa própria democracia", publicou o Museu do Holocausto.
Tirem esse embaixador!
por Alex Solnix
Embaixador tem que se reunir com o governo do país em que serve, não com a oposição.
É inaceitável e imperdoável o encontro do embaixador de Israel com Jair Bolsonaro, um ex-presidente inelegível, acusado de vários crimes e que faz oposição hostil ao governo Lula.
Municiar Bolsonaro com argumentos para atacar Lula é a última coisa que esse embaixador deveria pensar em fazer.
E deve ser a última mesmo. O governo deveria considerá-lo persona non grata e exigir sua expulsão do país.
28 civis trucidados para vingar a morte de um soldado lembram as vinganças nazistas nos territórios ocupados
Presidente do CNDH, André Carneiro Leão, diz ao Portal Vermelho que outras recomendações para redução da letalidade (28 pessoas mortas para vingar morte de um pm) continuarão sendo monitoradas em São Paulo.
Após 40 dias, o governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (5) o fim da Operação Escudo (denominada de Chacina do Guarujá), iniciada no fim de julho no litoral paulista após o assassinato de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias (Rota) durante uma ação policial em Guarujá. A Operação Escudo deixou ao menos 28 pessoas mortas, numa das operações mais letais já realizadas. O anúncio foi feito pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante uma entrevista coletiva.
A interrupção foi anunciada logo após a Defensoria Pública de São Paulo e a ONG Conectas Direitos Humanos entrarem com uma ação civil pública na segunda-feira (4) com pedido de tutela antecipada para que a Justiça obrigue o governo de São Paulo a instalar câmeras corporais nos policiais militares e civis que atuam na Operação Escudo, na Baixada Santista. Caso não fizesse isso, a ação também exige que a operação seja imediatamente suspensa, sob pena de multa diária. Na semana passada, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) também cumpriu missão em São Paulo para verificar a atuação das polícias e fez dezenas de recomendações para reduzir a letalidade das operações.
Em entrevista aoPortal Vermelho, o presidente do CNDH, André Carneiro Leão, entendeu que essa decisão (de encerrar a Operação Escudo) atende à primeira recomendação do Conselho à Secretaria de Segurança Pública e ao Governo de São Paulo. “Mas entendemos que existem outras mais de 20 recomendações que ainda não foram cumpridas pelo Governo do Estado de São Paulo”, acrescentou.
Segundo o Derrite, o litoral paulista continuará com o apoio da Operação Impacto, que estava em andamento na região antes da Operação Escudo. Com a mudança, os policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) que estavam no local para dar apoio voltarão para suas bases.
O governo de São Paulo, por sua vez, afirma que a Operação Escudo visa combater o tráfico de drogas e o crime organizado na Baixada Santista e que, desde o início da operação, foram presas 747 pessoas, sendo 291 foragidas da Justiça, e apreendidos mais de 934 kg de entorpecentes, causando um prejuízo estimado em mais de R$ 2 milhões ao tráfico. Além disso, alega que nenhum desvio de conduta foi tolerado e que até o momento nenhuma denúncia de abuso durante a operação foi registrada.
Em relação às operações que ele disse que continuam, segundo o que foi informado, o CNDH entende que são operações padrões, que já ocorriam anteriormente. “Mas a nossa leitura é de que, na verdade, independentemente do nome que a operação tenha, o que precisa mudar é a política de letalidade. Isso é que precisa ser de fato alterado e conformado aos parâmetros internacionais de direitos humanos”, explicou.
O conselheiro também comentou o fato de ter havido uma grande movimentação no comando de batalhões, na segunda-feira (4), inclusive da própria Rota. Derrite teria justificado como movimentações naturais de carreira na polícia. “De fato, há uma série de equívocos na gestão da Segurança Pública de São Paulo e, talvez, isso esteja se refletindo na organização interna com insatisfações que têm sido manifestadas de algumas representações das forças de segurança do alto escalão”, pondera.
André não sabe se isso pode ser atribuído à intervenção do Conselho, ou da movimentação ocorrida por parte de outros órgãos e entidades de Direitos Humanos. “Mas o que podemos dizer é que essas mudanças talvez sejam reflexo dessa incerteza, dessa insegurança na gestão pública”, avalia.
O defensor público diz que o CNDH “lamenta muito” que a Operação Escudo tenha ocorrido. “O fato dela ter ocorrido, nas condições em que ocorreu, com acusações de que se tratava, na verdade, de uma vingança”, disse André.
Do ponto de vista técnico do CNDH, houve uma modificação da política de segurança pública no Estado de São Paulo. Antes da posse de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Derrite, a política vinha no sentido de redução da letalidade policial. A Operação Escudo, no entanto, representa parte dos dados concretos, que foram contabilizados já nesse ano, de um aumento dessa taxa de letalidade. “Então, aquilo que deveria ser uma política de Estado, uma política independentemente de partido político ou de pensamento ideológico, de conformação das atuações da polícia de acordo com o Estado de Direito, parece que agora vai num sentido inverso e nos preocupa”, diz ele.
No entanto, o conselheiro ressalta que o fato de a Operação ter sido encerrada não impede a atuação do Conselho. “Muito pelo contrário, como eu disse, essa foi apenas a primeira das recomendações. Existem outros que precisam ser responsabilizados e as vítimas reparadas. Então o Conselho seguirá acompanhando a gestão até que efetivamente situações como essa não voltem a acontecer”, garantiu.
Durante este período de violência nas abordagens policiais, a questão das câmeras nos uniformes se tornou uma questão crucial, conforme a SSP-SP se negou a entregar imagens, alegando problemas na captação. O defensor público diz que esta é uma das uma das recomendações do CNDH, que São Paulo apresente um plano de ampliação da implementação das câmaras corporais em todos os batalhões, em especial nos batalhões de operações especiais da polícia.
Desde o início da operação, a Defensoria Pública enviou cinco funcionários à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, solicitando informações sobre as investigações das mortes e a utilização de câmeras corporais pelos policiais. No entanto, as respostas recebidas até o momento não foram suficientes para esclarecer os fatos.
“Nós vamos seguir acompanhando e monitorando. Nós tivemos um diálogo com o Procurador-Geral de Justiça e nessa conversa ele manifestou também ser favorável à ampliação do uso das câmaras. Nós encaminhamos uma recomendação também ao Ministério da Justiça, porque pensamos que essa é uma política pública que deve ser nacionalizada, ou seja, deve ser expandida para todos os estados do país e vamos cobrar também do Ministério da Justiça que alinhe essa política, que oriente a forma de implementação dessa política”, completou.
Operação Escudo (Chacina do Guarujá)
A Operação Escudo (Chacina do Guarujá), iniciada em julho de 2023, foi deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo em resposta à morte do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Patrick Bastos, no Guarujá. Inicialmente previsto para durar cerca de um mês, a operação continuou por tempo indeterminado, resultando em 28 mortes até a segunda-feira (4).
Segundo a SSP, todas as mortes decorrentes de intervenção policial estão sob investigação, e os laudos oficiais das mortes não registraram sinais de tortura ou qualquer incompatibilidade com os relatos das ocorrências.
Os laudos do Instituto Médico Legal, por sua vez, revelam que de 24 mortos na Baixada Santista durante os 30 dias da Operação Escudo, 46 tiros atingiram as vítimas. Os promotores de justiça estão analisando esses laudos para determinar as estatísticas das mortes. Até o momento, as imagens das câmeras corporais usadas pelos policiais trouxeram informações importantes para as investigações, mostrando tanto confrontos com crimes quanto falhas operacionais.
Aog1, Abílio disse que o símbolo foi para indicar que ele queria "mais três minutos" de fala, e que a acusação do senador é uma "inverdade".
Um vídeo gravado durante a sessão mostra o momento em que o deputado interrompe uma fala do colega de parlamento, Duarte Júnior (PSB), que pede um minuto a ele. Em seguida, o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), chama a atenção de Brunini, dizendo que ele "sempre causa tumulto nas sessões". Em contrapartida, Abílio faz um gesto com as mãos e diz "mais três minutos".
As imagens ganharam repercussão nas redes sociais. Além do senador, internautas também apontaram que o movimento feito por Brunini significa "White Power" entre os nazifascistas.
Ummovimento semelhante a esse foi feito por Filipe Martins, então assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, durante audiência com senadores, em março de 2021. O gesto gerou uma abertura de investigação na Polícia Legislativa. Martins, por outro lado, disse que fez o gesto para ajeitar o paletó.
VÍDEO: Assessor especial da Presidência faz gesto com a mão durante sessão do Senado. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu que a Polícia Legislativa retirasse do Senado e autuasse o assessor especial para a Presidência da República Filipe Martins por gesto associado a supremacistas brancos.
Parlamentares se desentendem na CPI e levam discussão para corredores do Congresso
Durante a discussão no plenário, Rogério Carvalho e Brunini gritaram um com o outro. Na saída do plenário da CPI, o senador e o deputado voltaram a se desentender, quando Carvalho disse que o parlamentar "fica nervosinho" quando fala. Em seguida, Abílio diz responde que "o senhor [...] me acusou de um ato que não é verdade".
"O senhor me acusou de supremacista. O senhor me acusou de racista. O senhor é um mentiroso contumaz, divulgador de fake news. Toma vergonha", afirmou Brunini a Rogério Carvalho, que deixou o local.
Brunini afirmou ainda que irá à polícia registrar um boletim de ocorrência. Talvez lá na polícia do MT.
O jornalista João Bosco Rabello fala sobre as atitudes do deputado federal Abilio Brunini durante sessões da CPMI do 8 de janeiro. Ele foi acusado de fazer um gesto supremacista branco na última sessão.
AFRONTA O uso de tiara de flores nazista deveria ser proibido nas dependências do Congresso
Deputada bolsonarista participou de inauguração de clube de tiro, atacou "decreto genocida de Lula" e cunhou apito de cachorro para armamentistas não ficarem "chorando embaixo da coberta"
Armamentista, a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), apoiadora contumaz de Jair Bolsonaro (PL), fez um discurso em que fala em "guerra" contra o "decreto genocida do Lula", que restringiu ainda mais a circulação de armas nas mãos de civis no país, e cunhou um termo para servir de apito de cachorro na inauguração de um clube de tiro em Florianópolis neste sábado (22).
Ao lado do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e de outros parlamentares bolsonaristas, Júlia Zanatta afirmou que é "um baita dia hoje para inaugurar [o clube de tiro] um diz depois do decreto genocida do Lula que quer desarmar o cidadão de bem".
"Mas, quem imaginou anos atrás que nós teríamos um clube de tiro, um empreendimento, ou tantos clubes de tiros como nós temos hoje. Quem imaginaria que nós teríamos tanto brasileiro armado capaz de defender sua propriedade, a sua família e, mais do que isso, disposto a lutar...", disparou.
"Então, não adianta, pessoal a gente ficar choramingando, chorando embaixo da coberta, que nada vai acontecer, nada vai adiantar. Nós precisamos estar mais unidos que nunca, trabalhar e fazer barulho. Porque numa guerra assimétrica não existe solução, existe resistência e fricção, incomodar", emendou a deputada.
A bel icista ainda conclamou aos armamentistas a incomodar "quem tá tentando barrar nossos direitos" e finalizou adaptando um chavão como apito de cachorro. "Eles sabem que todo poder emana do cano de uma arma".
Em depoimento à PC-DF (Polícia Civil do Distrito Federal), o empresário George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, afirmou ter gasto R$ 170 mil com armas para um atentado organizado para produzir atos terroristas e golpistas em Brasília. George Sousa será autuado por crime contra o Estado e porte e posse de arma de fogo.
Zanatta é favorável à política bélica do governo do ex-presidente Bolsonaro e posta com frequência sobre o tema em suas redes sociais - (crédito: Zeca Ribeiro)
"Quem imaginaria que nós teríamos tanto brasileiro armado capaz de defender sua propriedade, a sua família e, mais do que isso, disposto a lutar?", indaga a deputada bolsonarista parceira de um deputado que assassinou a noiva. A arma do crime e o assassino da vereadora Marielle Franco
por Ândrea Malcher
Correio Braziliense
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A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) repercutiu odecreto assinado na última sexta-feira (21/7) que busca controlar o comércio de armas e munição no país. Em evento de inauguração de um clube de tiro em Florianópolis (SC), no sábado (22), a parlamentar afirmou que “todo poder emana do cano de uma arma”.
“A gente vai continuar mais unidos e firmes do que nunca na defesa da nossa liberdade. Porque eles sabem que todo poder emana do cano de uma arma”, disse ela.
A parlamentar criticou as medidas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alegando que há uma “guerra assimétrica” entre aqueles que defendem o acesso de civis às armas e o governo, e foi além, avaliando a medida como “genocida”. "Quem imaginaria que nós teríamos tanto brasileiro armado capaz de defender sua propriedade, a sua família e, mais do que isso, disposto a lutar?"
Zanatta é favorável à política bélica do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e posta com frequência sobre o tema em suas redes sociais. “Obrigada a todos que não negociam a liberdade e continuam apoiando os clubes de tiro, mesmo com um desgovernado tentando de tudo para amedrontar as pessoas”, escreveu ela em junho em publicação no Instagram.
Júlia Zanatta postou em suas redes sociais foto na qual aparece armada com uma metralhadora e vestindo uma camiseta em alusão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à política desarmamentista do novo governo. Helder e Bezzi comentam. A deputa faz parelha com deputado assassino, ex-delegado que assassinou a noiva Paulo Bilynskyj, que também ameaçou Lula. Os dois covardes dependem do eleitorado dos cacs e clubes de tiro, forças armadas do golpe anunciado de Bolsonaro que tentou explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília
Os 11 furos do caso Bilynskyj, o delegado e influencer armamentista cuja namorada 'se suicidou'
Priscilla e Paulo se conheceram na Internet. Paulo virou deputado federal com a devida coragem de ameaçar Lula de morte. Priscilla esquecida em um cemitério. Não tem o prestígio de Marielle Franco, mas pode ter sido assassinada pela mesma arma roubada do Bope
Furos na investigação beneficiam versão delegado Paulo Bilynsky, que recebeu apoio da família Bolsonaro. A família da modelo Priscila Bairros acredita em assassinato.
Paulo Bilynsky (foto) e júlia Zanatta ameaçaram Lula de morte. Foto: Fepesil/TheNews2/Folhapress
“Fuzil sem número. Marca sem identificação”.
Essa descrição consta no boletim de ocorrência da morte da modelo Priscila Delgado de Bairros, registrado no dia 20 de maio, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. O porte de fuzil sem número de série éum crime inafiançável. Nove dias depois, a Secretaria de Segurança de São Paulo disse que a polícia errou e o que foi originalmente identificado como uma arma, na verdade, era um “acessório”.
Essa é só mais uma das controvérsias que cercam a morte de Priscila no apartamento do delegado Paulo Bilynskyj, que tomou seis tiros e foi ferido na perna, na mão, no peito, na costela e no braço. Segundo o policial, Bairros, noiva do delegado, disparou contra ele após um surto de ciúmes e depois se suicidou. A família da jovem suspeita que Bilynskyj, delegado influencer que usa o Instagram para falar de armamentos, possa ter assassinado ela.
Ainda não está claro o que aconteceu na manhã de 20 de maio. Mas até agora uma coisa ficou evidente: as posições da Polícia Civil e do Ministério Público sobre o que aconteceu na manhã de 20 de maio aliviam a barra do delegado.
Na descrição do B.O., constam que seis armas e milhares de munições foram encontradas no apartamento: duas pistolas (uma da Polícia Civil), uma metralhadora, uma espingarda (com registro vencido, ainda no nome de Helenice Vaz de Azevedo Corbucci) e dois fuzis. Um deles é aquele registrado no B.O..
Os upper receivers listados no boletim são como a base da parte superior, que conecta o cano ao corpo da arma longa. Foto 1: Michel Delsol/Getty Images | Foto 2: Reprodução
Solicitei, então, à SSP o boletim com a correção da informação sobre a peça em questão. No B.O., é identificado como “fuzil” e, logo abaixo, são descritos dois “upper receiver” (que pode se referir a uma peça onde ficam agregadas componentes essenciais para o funcionamento de uma arma ou o conjunto de todas as peças) com “acessórios”. Mas, em entrevista telefônica, o órgão disse que não houve correção no documento porque era apenas um “acessório” e não uma arma em si. Ou seja, o B.O. não foi editado porque a SSP considerou que nós, jornalistas, não entendemos o que estava escrito. O erro não seria deles, mas um erro nosso de interpretação. Como você pode ler abaixo, está escrito: “FUZIL – Nº SEM NÚMERO – Marca: SEM IDENTI.
Se o delegado tinha mesmo um fuzil não numerado em casa, deveria ser preso. Mas, como foi determinado que tecnicamente a arma não existe, Bilynskyj está solto. A questão é que, ainda que a SSP tenha razão e trate-se apenas de um acessório, a posse dele também pode configurar crime, com pena de três a seis anos, dependendo das variáveis, segundo advogados criminalistas que entrevistei.
No B.O., há doisupper receiverssem numeração e mais os acessórios,comoo reddot(um apetrecho que dá aquela mira de luz), a lanterna e umgripp(a empunhadura que vem acoplada em um cano).Tudo isso costuma vir conectado no upper. É ali que encaixam.
Osupper receiverslistados no boletim são como a base da parte superior da arma, que conecta o cano ao corpo da arma longa, como um fuzil. Dentro deles, há várias peças essenciais. Ou seja, não é um “acessório” como a SSP defende: é uma peça fundamental para um fuzil funcionar. Sem ele, a arma não funciona. É como o tronco de um corpo, que conecta os membros.
Ouvi então o advogado criminalista João Carlos Dalmagro Jr., que é atirador desportivo e conhece bem a legislação e o controle sobre armamentos. “A descrição do B.O. leva a crer que se está tecnicamente diante de parte de uma arma. Se oupper receiverestiver acoplado ao cano, onde o número de série deve estar gravado, a consequência penal da posse desse conjunto é a mesma da de uma arma em si. Então, precisa de autorização do Exército para aquisição”, me disse Dalmagro.
Ele vai além: “A impressão que se tem a partir desse boletim de ocorrência é que oupper receiverfaz parte desse conjunto, mas para ter certeza disso seria necessário ver o que foi apreendido”. Dalmagro também chama atenção à forma como os acessórios foram listados no B.O, que leva a crer que o fuzil e as peças são uma coisa só. “Os acessórios estão listados na mesma linha que os upper receiver, ao contrário do que ocorre na descrição da metralhadora, de onde se extrai que ela foi apreendida “com” acessórios e bandoleira, mencionando-se inclusive o número dos mesmos (1 red dot e 1 grip com lanterna). Tudo leva a crer que é uma coisa só“, pontua.
Questionada se os acessórios estavam acoplados noupper receivere cano, a SSP disse não ter essa informação.
A resposta é curiosa. Ao mesmo tempo que diz não ter detalhes dos acessórios, a secretaria tinha a informação suficiente parapressionar o UOLno dia 30 para alterar o título de uma matéria sobre o número de fuzis de Bilynskyj. O título era “Polícia errou ao contar fuzil a mais em casa de delegado, diz secretaria” e foi alterado para “Fuzil relatado em BO do caso Bilynskyj é um acessório, diz SSP”.
A pena para a posse ilegal de arma de fogo de uso restrito – ou parte dela, como seria, em tese, o caso de umupper receiver“completo” – é de reclusão de três a seis anos. Se estivermos falando de arma de fogo de uso proibido, a pena sobe: entre quatro e 12 anos. Dalmagro lembra ainda de um detalhe. “Com a alteração trazida pelo pacote anticrime, nesta última hipótese (arma de fogo de uso proibido), o delito é considerado hediondo. A hediondez do crime, além do aumento da pena em si, veda o indulto e endurece as possibilidades de progressão de regime e livramento condicional”.
Oupper receiveré um produto controlado. As pessoas podem ter peças sobressalentes, se forem dos fuzis que elas já têm, como a do Colt apreendido, por exemplo.
Upper receiver não é “acessório”, mas peça fundamental para o fuzil funcionar, como fica claro na imagem acima. Foto: Divulgação
Lembram daquelas 117 peças de fuzis apreendidas em 2019com o amigo de Ronnie Lessa, PM acusado de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes? Oupper receiveré esse tipo de peça. É como um lego. Você pode combinar váriosupperselowersde calibres diferentes. Como as peças são menores que o fuzil completo, elas são mais fáceis de se contrabandear. As peças renderam prisão e processoao milicianoeao amigo (continua)
As 117 peças de fuzil encontradas com o amigo de Ronnie Lessa. Foto: Divulgação
O Instituto Brasil-Israel repudiou um discurso do deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira. Na ocasião, o parlamentar bolsonarista comentou a participação do avô na Segunda Guerra Mundial. Segundo um porta-voz da entidade, porém, Bilynskyj estaria "se orgulhando" do parente "ter lutado ao lado dos nazistas".
"Essas vestes são uma homenagem às minhas origens, ao meu avô Bohdan Bilynskyj, que chegou ao Brasil, em 30 de setembro de 1948, após lutar bravamente pela liberdade de seu país, invadido por russos comunistas. É na Ucrânia dos anos 30 que começa a luta da minha família contra o comunismo", afirmou o parlamentar descendente de nazista.
"Meu avô Bohdan, aos 20 anos de idade, lutou uma guerra mundial para libertar a Ucrânia das garras do comunismo. E hoje, como deputado federal, ao lado de meus irmãos, luto contra a instalação de um regime comunista no Brasil. A história é implacável", acrescentou Bilynskyj. "O avô nazista, o filho nazista, o neto nazista e assassino".
Ao site Congresso em Foco, o historiador e sociólogo Michel Gherman, assessor acadêmico do Instituto Brasil-Israel, destacou que o nazismo é o "mal absoluto" .
Emas em bando habitam o jardim do Palácio da Alvorada, desde sua inauguração em 1960. Comem cobras e mantêm o gramado a salvo de animálculos daninhos como escorpiões, tarântulas ou salamandras. Tudo o que rasteja e pica, inoculando peçonha.
Acostumadas a serem bem tratadas, nunca imaginaram que um desavisado substituiria suas rações especiais por restos de comida. Se estes iam para o lixo, teriam algum proveito ingurgitando as aves. O gesto foi aclamado pela gratidão geral dos patriotas. E deu no que deu. Assim alimentadas, as emas viram-se atacadas de obesidade, sendo que duas delas já faleceram.
Dizem as más línguas que foi vingança pela bicada que uma delas desferiu ao ver exibida em mãos hostis uma caixinha de hidrocloroquina. Se elas recusaram a famigerada inutilidade, que tantas vidas ceifou, lá iriam permitir sem espernear que lhes suprimissem a “ração especial”?
No mesmo e infausto jardim do Alvorada, um espelho d´água era lar de peixes doados por Hiroito, imperador do Japão, há muitos anos. As carpas, campeãs dos seres aquáticos ornamentais, tingidas de ouro e carmim, destacam-se pelas barbatanas esvoaçantes. Ali, seu lar foi alvo de moedas de pequeno valor, lançadas pelos turistas.
Na hora da xepa, no apagar das luzes, no saque e pilhagem desenfreados que montaram um cenário de terra arrasada, surge mais uma estória inacreditável, numa saga de estórias inacreditáveis.
Consta, de acordo com os protagonistas do caso, que a primeira-dama resolveu, no último dia, doar as moedas do laguinho das carpas ao pastor evangélico que era uma espécie de “Mordomo do Paço”, administrador do Alvorada. A destinação seria uma obra de caridade da igreja dele. Recolheram-se as moedas, que foram entregues ao pastor – e todo o cardume foi dizimado no processo. O montante do dinheiro assim arrecadado orçou em míseros 2 mil reais. Se eu soubesse a tempo, pagaria com prazer o resgate das coitadas. A primeira-dama declarou oficialmente que não é responsável, mas sim a empresa que retirou as moedas.
Chegamos agora aos passarinhos. Na casa do Ministro da Justiça do governo anterior e Secretário da Segurança do DF deste, onde foi achada a minuta da declaração de um golpe de Estado, detalhada e instrutiva, a polícia encontrou também cerca de 60 passarinhos, que vão desde o belo tiê-sangue até o cardeal. Todas elas aves com pedigree, seja pelo canto, seja pela plumagem, seja por ambos.
De surpresa em surpresa, sabemos agora que a residência da autoridade é a sede de uma empresa de comercialização de aves silvestres, registrada oficialmente em nome de senhora sua mãe. Nem mãe respeitam, diz com seus botões o leitor.
Para completar – pelo menos por enquanto, sabe-se lá o que ainda vem por aí –, uma notícia sobre hipopótamos. É também uma história de horror, mas essa, felizmente, na terra dos outros.
No auge de sua glória e poder, Pablo Escobar, em mais um de seus habituais surtos de megalomania, resolveu instalar um jardim zoológico cheio de bichos ilegais, incluindo dois casais de hipopótamos. Depois de morto seu dono, os hipopótamos ficaram à gandaia.
Bichos perigosíssimos, devido à corpulência e à velocidade espantosa, constituem nédios bólidos lustrosos a que nada faz frente. Herbívoros e aquáticos, passam os dias dentro d´água, pastando as ervinhas que vicejam no fundo. Quem viaja por rios ou lagos só vê o cocuruto das calotas cranianas, como se fossem pedras para atravessar as águas. Mas não gostam de gente e atacam os seres humanos com fúria, estraçalhando-os com as poderosas presas.
Reproduziram-se: de 4 passaram a 120 e se tornaram uma ameaça. Pisoteiam lavouras, derrubam cercas e destroem mais que Átila. Mas ninguém ousa feri-los, até porque é proibido por lei. E lá está solta a manada de hipopótamos, a maior do mundo fora da África, ora oferecida de presente pela Colômbia a quem quiser. Alguns países já são voluntários, mas só aceitam alguns poucos. Vai ser preciso muito país para, com esforços somados, chegar aos 120.
E quem se lembra de que papai Donald Trump modificou uma lei para permitir que seus dois pimpolhos, caçadores reincidentes, trouxessem da África as cabeças de leões e de elefantes com que se vangloriavam em vídeos nas redes?
Órgão também indicou medidas cautelares para outros perfis que republicaram postagens com o objetivo de divulgar o nazismo
O jornalista Joaquim de Carvalho escreve reportagem com a denúncia da ex-ministra dos Direitos Humanos Ideli Salvatti, que foi senadora por Santa Catarina, de que alunos de um câmpus do Instituto Federal de Ensino se fotografaram em posição que, no conjunto, formava a suástica.
Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul com autoridades da extrema direita, células nazistas, clubes de tiro, escolas cívico-militares passaram da política para as páginas políciais com esperadas chacinas planejadas por estudantes psicopatas em escolas e de policiais serial killers nas favelas, que fatalmente concentram a população negra de cada cidade do Sul do Brasil.
Lula anuncia a investigação das células nazi-fascistas, uma varredura que passa por delegacias e quartéis que foram acampamentos de golpistas bolsonaristas, cuja ousadia terrorista invadiu e depredrou os palácios da Presidência da República do Brasil, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional.
Essas investigações de chacinas, de propaganda do ódio, sempre existiram, e no governo Bolsonaro o abafa era escandaloso.
Jovens durante comemoração de aniversário com bolo com símbolos nazistas — Foto: Arquivo Pessoal
O Ministério Público Federal (MPF)pediu à Polícia Federal (PF) que também investigue caso de um jovem de 18 anos que comemorou aniversário com suástica nazista em bolo, emBoa Vista. A Polícia Civil já investiga o caso.
Mais cedo, o jovem pediu desculpas pelo comportamento e afirmou ser praticante do budismo que tem como um de seus símbolos a Cruz Gamada e que é semelhante à suástica.
No pedido, o órgão também indicou medidas cautelares para outros perfis que republicaram postagens com o objetivo de divulgar o nazismo.
Para o MPF a comemoração com o símbolo "pode configurar apologia ao nazismo, que é crime inafiançável e imprescritível segundo a legislação brasileira".
"O inquérito policial é sigiloso e detalhes sobre as investigações e pedidos feitos pelo MPF serão divulgados quando da conclusão dos trabalhos e anúncio das medidas cabíveis", detalhou.
O órgão tomou conhecimento do ocorrido após imagens da comemoração, postadas nas redes sociais pelos amigos e pelo próprio jovem, circularem em aplicativos de mensagens e notícias na imprensa local.
Além do MPF, o Ministério Público de Roraima (MPRR) também acompanha as investigações.
Bolo com suástica
O jovem é estudante de direito em uma universidade particular de Roraima. Nas imagens do aniversário, ele está acompanhado de outras seis pessoas e carrega o bolo com o símbolo nazista.
Em algumas publicações, as felicitações ao estudante foram acompanhadas de frases que faziam comparações a Adolf Hitler. Em uma delas, uma pessoa diz que o jovem"não é Hitler mas merece conquistar o mundo".
A apologia do nazismo usando símbolos nazistas, distribuindo emblemas ou fazendo propaganda desse regime é crime previsto em lei no Brasil, com pena de reclusão.
Em nota, ele pediu desculpas por ele e pelos amigos e afirmou não ter tido intenção maldosa (leia a íntegra abaixo). "Primeiramente, quero pedir sinceras desculpas pelo meu comportamento e de meus amigos acerca do episódio do meu aniversário. Reforço que em nenhum instante tivemos a intenção de sermos maldosos e nos arrependemos muito por
ter nos deixado levar pelo momento", afirmou.
Além disso, o jovem explicou que é praticante do Budismo, que tem como um de seus símbolos a Cruz Gamada e que é semelhante à suástica.
"Por esta razão, o tema foi utilizado de forma errônea. Na emoção do momento da surpresa para mim, não tive reação para pensar o quão grave era esta atitude e por isso, mais uma vez, pedimos desculpas pela atitude de mau gosto", ressaltou ele.
Frase faz comparação a atuação de hitler. — Foto: Arquivo pessoal
A apologia do nazismo usando símbolos nazistas, distribuindo emblemasou fazendo propaganda desse regime écrime previsto em lei no Brasil,com pena de reclusão.
A instituição onde o jovem estuda informou que repudia qualquer "manifestação que faça referência ao nazismo, uma das piores passagens da história da humanidade, e que jamais pode ser utilizada como forma de pensamento, referência ou argumento de qualquer cidadão em nosso país".
Apologia do nazismo
A apologia do nazismo se enquadra naLei 7.716/1989, segundo a qual é crime:
Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa – ou reclusão de dois a cinco anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social.
Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
A lei é respaldada pela própria Constituição, que classifica o racismo como crime inafiançável e imprescritível. Isso significa que o racismo pode ser julgado e sentenciado a qualquer momento, não importando quanto tempo já se passou desde a conduta.
Cartazes com apologia a 'orgulho branco' colados em Blumenau
Reportagem jornal O Globo in 24/10/2017, e tudo piorou com a ministra Damares Alves, dos Direitos Humanos, e com o nazismo de Bolsonaro (vide tags)
A Polícia Civil investiga a colocação de cartazes com mensagens supremacistas emBlumenau, no Vale do Itajaí. São pelo menos 10 cartazes em postes e pontos de ônibus de duas ruas no Centro da cidade. Uma suástica também foi pichada no bairro Ponte Aguda.
“Tem a possibilidade de ser o mesmo grupo, por isso estamos investigando no mesmo inquérito. Os dois casos seriam o mesmo tipo penal, mas no caso do Marco foi mais racismo. Essa situação agora é apologia ao nazismo, com a suástica, com essa questão de hegemonia branca. Além de associação criminosa, se for o mesmo grupo”, detalha o delegado Lucas Gomes de Almeida, da 2ª Delegacia de Polícia de Blumenau.
Polícia diz que há mais de 10 cartazes — Foto: Jean Mazzonetto/NSC TV
"Foram colocados no fim de semana, provável que no domingo (22), pois foram colados em lugares de grande circulação de pessoas. Com a Oktober, se fosse no sábado teriam visto antes."
Os cartazes têm mensagens contra o comunismo, de exaltação aos brancos e são assinados com o site de um grupo neonazista ucraniano.
“Acredito que seja para desviar o foco da investigação. Não há registro de atuação desse grupo em Blumenau, nem em Santa Catarina, mas estamos apurando”, disse Almeida.
Foto: Jean Mazzonetto/NSC TV
Figura de Che Guevara também foi alvo de ataques — Foto: Jean Mazzonetto/NSC TV
“Não recebi ainda os resultados da perícia e tem agora essa nova situação”, diz o delegado. A perícia é para descobrir de quem são as digitais encontradas em um dos cartazes de setembro.
A polícia chegou a suspeitos, mas o delegado não informou quantos são nem se eles foram ouvidos para não atrapalhar as investigações.
“A gente está trabalhando na hipótese que as duas situações tenham sido feitas pelo mesmo grupo. Caso seja concluído de forma diferente, o relatório final fará essa diferenciação."
Cartazes racistas colados em Blumenau — Foto: Marco Antonio André/Arquivo pessoal