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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

24
Abr22

Escola de samba faz Bolsonaro tomar vacina e virar jacaré

Talis Andrade
 

O desfile da Rosas de Ouro na manhã deste domingo (24) transformou um personagem que representava o presidente Jair Bolsonaro num jacaré depois que ele recebeu uma dose de vacina.

Sexta escola a entrar na avenida no segundo dia de desfiles do Grupo Especial de São Paulo, a Rosas de Ouro trouxe um enredo que falou sobre rituais e caminhos para curar todos os males por meio da fé, da magia, da ciência e, claro, do samba.

Em dezembro de 2020, Bolsonaro disse que não tomaria vacina e que, se a pessoa optasse por tomar e virasse um jacaré, o problema seria dela. À época, Bolsonaro se referiu a uma cláusula da Pfizer de que não se responsabilizaria por eventual efeito colateral da vacina.

 

 

E na Pfizer [contrato da Pfizer] tem lá: nós [Pfizer] não nos responsabilizados. Se eu virar um chi, se eu virar um jacaré, se você virar super homem, se nascer barba em alguma mulher, ou algum homem começar a falar fino... e o que é pior: mexer no sistema imunológico das pessoas", falou Bolsonaro.
Durante a CPI da Covid, em 2021, o Governo Bolsonaro foi acusado de ignorar e-mails da Pfizer por três meses. Em julho de 2021, Bolsonaro disse que sua fala sobre a vacinação contra a covid-19 foi uma hipérbole. “Podia virar bambi também, hipopótamo, elefante”, se defendeu na ocasião.

19
Ago21

Charges críticas de Gilmar despertam a esperança em um futuro melhor

Talis Andrade

Gilmar Machado no Twitter
 
Quase 85 milhões de pessoas no Brasil convivem, no mínimo, com a incerteza sobre o acesso a comida.Image
Carne, gasolina, luz... Tem muita gente assustada com os preços de itens básicos, que seguem crescendo. Enquanto isso, o presidente genocida segue em campanha eleitoral achando que vai se reeleger.
 
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Alexandre Garcia e Augusto Nunes. Não é burrice ou transtorno mental, é preço e cumplicidade.
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Val Gomes entrevista Gilmar Machado

O cartunista/chargista Gilmar Machado Barbosa acredita na força da arte, aliada à comunicação social, para fazer com que os leitores reflitam mais sobre a realidade e exerçam sua cidadania em busca dos direitos e da liberdade. Nesta entrevista à Rádio Peão Brasil, Gilmar fala também da necessidade de organização da categoria e da valorização dos cartuns e charges. “Não é hobby, é um trabalho que precisa ser respeitado e bem remunerado”.

 

Val Gomes Rádio Peão Brasil – O cenário atual para a classe trabalhadora e o movimento sindical é difícil e desafiador. Você busca em teus trabalhos refletir sobre este momento de que forma: com mais humor ou mais crítica?

Gilmar Machado – Certamente com menos humor. Se alguém rir com minhas charges recentes ficarei com um grande ponto de exclamação na cabeça. A situação é crítica, vivemos momentos de retrocesso e incertezas. Já fiz humor pelo humor. Hoje, diante da situação em que o País vive, faço charges críticas e reflexivas, retratando não só a dureza dos fatos, mas também um respiro de esperança. É o que estamos precisando no momento.

 

RPB – As entidades sindicais representativas e atuantes investem em departamentos de imprensa sindical, na produção de jornais, boletins, páginas na Internet e redes sociais. Nestes materiais, as charges, as ilustrações e os cartuns costumam tornar a leitura mais agradável. Por que este fenômeno ocorre? O que torna um desenho forte, expressivo e chamativo?

Gilmar – A charge, ilustração e a tirinha são muito objetivas e diretas pela forma gráfica. Faz uma ponte até o texto. Muitas vezes a charge por si só já passa a informação e, além disto, provoca o leitor a refletir e se indignar. É uma poderosa ferramenta de comunicação entre o Sindicato e trabalhador. O dirigente que tem esta visão e usa este trabalho certamente tem uma melhor comunicação com a sua base.

 

RPB – Além dos ataques aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora, há no País uma “onda” conservadora contrária aos avanços da democracia e à liberdade, inclusive artística. São realmente preocupantes estes sinais de autoritarismo e intolerância? O que devemos fazer para impedir os retrocessos?

Gilmar – Há uma artilharia pesada contra todos os avanços sociais e culturais. E as armas são estas mesmo: lutar, mobilizar e ir pra rua. Os movimentos sociais e culturais têm um papel fundamental nisto. Apesar de toda esta situação crítica, já não somos tão passivos, estamos aprendendo a ir pra rua e exigir o que nos é de direito.

 

RPB – Os chargistas e cartunistas são uma categoria unida e atuante ou precisam estar mais bem organizados?

Gilmar – É uma categoria que tem muita dificuldade de organização por conta da sua característica de trabalho muito isolada. Nosso trabalho é muito individual e solitário. Existem tentativas de organização como entidade, mas é muito frágil, sem sustentabilidade.

 

RPB – Quais as principais reivindicações de um chargista/cartunista no Brasil e em quais países a categoria está mais consolidada em direitos autorais e economicamente?

Gilmar – Eu vi muitos jornais e revistas morrerem, nossas principais fontes de trabalho. O mercado editorial impresso vive esta crise também por conta da metamorfose dos meios de comunicação. Estamos lutando para nos adequar e sobreviver às novas mídias virtuais e as reivindicações são as mesmas de sempre: reconhecimento profissional e remuneração decente. Muitos acham ainda que é um trabalho de hobby, que as imagens não têm direitos autorais, que aperta um botão e tá pronto, que porque está na Internet pode usar e alterar livremente, que apenas o crédito já é pagamento. Obviamente que na Europa, onde se tem uma valorização cultural muito maior, o trato com este tipo de profissional/artista é bem diferente.

 

RPB – Que trabalho atual teu você gostaria que os leitores vissem e por que ele é significativo?

Gilmar – Tenho explorado atualmente a figura da criança nas charges como forma de despertar a esperança e acreditarmos que um futuro melhor é possível.

Sobre Gilmar Machado

Gilmar Machado começou na imprensa sindical nos anos 1990 no Grande ABC, trabalhando nesta época para a maioria dos sindicatos. Depois migrou para a chamada “grande imprensa”, fazendo tiras diárias para o então Diário Popular. Faz charges e tiras para a Força Sindical e para o site Rádio Peão Brasil. Tem trabalhos publicados na Folha de S.Paulo, Diário de S.Paulo, Diário do Grande ABC, Jornal do Brasil, A Cidade, Tribuna de Vitória, Diário da Região, O Pasquim21, Jornal Vida Econômica de Portugal e Humor UOL e para as editoras FTD, Paulinas, Senac, Moderna, Abril e Globo.

É autor de livros de tiras/quadrinhos, entre eles: “Mistifório”, pela Editora Boitatá, com apoio cultural da Força Sindical e do Centro de Memória Sindical. Recebeu o prêmio HQ MIX de melhor cartunista brasileiro, e em 2006, conquistou o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.

Acompanhe o trabalho do cartunista: Blog do Gilmar  Instagram Cartunista das Cavernas

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