Quem não tem medo do Escritório do Crime (formado pelos militares bandidos acoitados pelo clã Bolsonaro), dos milicianos do Rio das Pedras, dos assassinos e torturadores da ditadura militar de 1964, dos traficantes do avião presidencial e da igreja do tio de Damares, dos madeireiros e grileiros de terra que passaram a 'boiada' na Amazônia e assassinaram mãe Bernadete Pacífico?
A senadora Damares Alves, durante a oitiva de Walter Delgatti na CPI do 8 de Janeiro, chamou a atenção das redes sociais e de parlamentares aliados ao governo. Em um trecho de sua fala na sessão, a ex-ministra de Jair Bolsonaro (PL) — acusado pelo depoente de tê-lo contratado para atacar as urnas eletrônicas — afirmou que a vida do hacker "está em risco", o que foi visto como uma ameaça por internautas, que colocaram o nome da parlamentar entre os termos mais mencionados no Twitter.
— A vida dá voltas, e é a sua vida que está em risco. Pense em mudar a sua vida, mas você não tem credibilidade nenhuma aqui hoje — disse a senadora.
Na reta final do depoimento, o deputado Rogério Correia (PT-MG) recuperou essa passagem, sem citar nominalmente Damares. O mineiro disse se tratar de uma ameaça feita por uma "senadora da República" e citou uma possível entrada de Delgatti no Programa de Proteção à Testemunha. O petista acrescentou que Delgatti teria "feito bem" ao se manter em silêncio diante dos questionamentos da oposição.
— O senhor Walter Delgatti foi aqui ameaçado, não vou colocar o vídeo para não constranger quem fez ameaça, que é membro da CPI e senadora da república, mas que chegou a dizer a seguinte frase... — disse o deputado, antes de citar o trecho da declaração de Damares.
Apesar dos caminhos teimarem em levar algum dos Bolsonaro na direção do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, as investigações, provavelmente, não chegarão a nenhum deles e podem aportar lá atrás, na CPI das Milícias presidida pelo então deputado estadual Marcelo Freixo de quem Marielle era assessora parlamentar.
De certo, há muitas coincidências no caso, como a do miliciano Ronnie Lessa morar em uma casa alugada no mesmo condomínio do ex-presidente, a suposta ligação afetiva entre Jair Renan e a filha de Lessa, o fato de Élcio Queiroz ter dito na portaria do condomínio que iria na casa 58, o porteiro ter mudado o depoimento e o acesso de Carlo Bolsonaro aos arquivos de visitantes da portaria do condomínio Vivendas da Barra no dia do crime.
Um ano antes do crime, Marielle e Carlos, que também é vereador, se envolveram em uma discussão nos corredores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O motivo da discussão, segundo testemunhas, foi Carlos ter ouvido de um assessor de Marielle que ele fazia parte de uma família conservadora que “beirava o fascismo”.
Em depoimento à Polícia Civil o assessor contou: “Ele perguntou: ‘O que você falou?’ Eu disse que apenas estava apresentando o contexto político local para duas pessoas que não eram do Rio. Aí, ele gritou: ‘Mas você me chamou de fascista’. Eu pedi desculpas e disse que só estava apresentando a minha visão. Disse que não foi com a intenção de provocar”.
Segundo o site UOL, Carlos Bolsonaro teria entrado no seu gabinete. E, em seguida, voltado para o corredor, acompanhado por assessores. Ao ouvir os gritos, Marielle também saiu, com pessoas que trabalhavam em seu gabinete.
Segundo o assessor envolvido na discussão, ela se aproximou para perguntar o que estava acontecendo. “Esse moleque está me ofendendo. Ele me chamou de fascista“, respondeu Carlos, segundo a versão apresentada pelo assessor. “Aí, a Marielle perguntou: ‘Mas vocês não nos chamam de um monte de coisa?’. Talvez tenha sido o único momento em que ela foi mais incisiva”, lembrou o assessor.
É muito provável que o mandante seja alguém muito poderoso ligado à milícia. Milícia que entrou na vida política de Jair Bolsonaro através de seu leal amigo, o então policial Militar Fabrício Queiroz.
Em todas as eleições que participou, Bolsonaro fez campanha entre militares e pensionistas de militares, defendendo, principalmente, o aumento de salários e pensões. Aproveitando a exposição, Bolsonaro estendeu seu discurso contra a ‘bandidagem’, o que lhe garantiu o selo de defensor da família não só entre vovôs e vovós, mas também entre policiais que se sentiram com a missão de exterminar o ‘mal pela raiz’.
Quando Flávio Bolsonaro foi eleito para a Assembleia Legislativa com apenas vinte e dois anos, foi vendido como o representante político e ideológico dos “guerreiros fardados” que lutavam por espaço e poder nos territórios do Rio, tendo Fabrício Queiroz como principal articulador da rede de apoio.
A relação dos Bolsonaro com a milícia foi se estreitando a ponto de condecorarem policiais por ‘serviços prestados’ à sociedade. Como foi o caso de Adriano da Nóbrega, ex-policial e chefe do escritório do crime, morto em uma emboscada na Bahia, supostamente por ‘queima de arquivo’.
Sob Jair Bolsonaro ronda uma atmosfera e herança sem mérito de fato, do falecido delegado e deputado estadual Guilherme Godinho Sivuca, membro da Scuderie Detetive Le Cocq, que tinha como objetivo a repressão ao crime, executando bandidos ao longo do tempo o que ocasionou a sigla EM, no popular, como referente a esquadrão da morte. Sivuca é o autor da lendária frase “Bandido bom é bandido morto”.
Talvez a participação de algum dos Bolsonaro no crime de Marielle e Anderson, tenha sido a influência que eles têm na polícia do Rio de Janeiro para dificultar as investigações e, posteriormente, como Presidente da República, utilizar o Ministério da Justiça, com Sérgio Moro na pasta, para aparelhar a Polícia Federal, com o intuito de proteger o seu ‘pessoal’.
Agora que as investigações estão sem as correntes que as impediam de prosseguir, o crime será finalmente solucionado e que os mandantes e executores sintam a pena forte da justiça.
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Ronnie Lessa, Élcio de Queiroz e Maxwell Simões Corrêa, o Suel — Foto: Reprodução/ TV Globo
Assassinos de Marielle saíram dos fundos do Vivendas da Barra; veja o trajeto percorrido para o crime, segundo delação. Segundo o relato de Élcio, os dois saíram do condomínio onde Ronnie vivia, e foram até uma saída nos fundos do condomínio. Lá, trocaram o automóvel em que estavam, um Evoque, por outro, o Cobalt Prata usado no crime.
No carro, eles saíram da Barra da Tijuca e foram em direção à região central do Rio pelo Alto da Boa Vista, Praça Sãenz Pena e Rua Haddock Lobo. A meta era chegar ao local onde Marielle Franco participava de um evento político com mulheres na Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos..
Élcio disse que não conhecia bem o local, apesar de já ter trabalhado no Centro. Porém, Ronnie já tinha verificado o local e dava as indicações para virar à direita e esquerda do trajeto.
De acordo com o ex-PM, Ronnie evitava lugares onde supostamente estariam instaladas as câmeras de segurança e onde tinha que estacionar.
Quando o carro onde estava a vereadora Marielle Franco saiu, guiado pelo motorista Anderson Gomes e acompanhados da assessora Fernanda Chagas, o automóvel com Élcio e Ronnie partiu em seguida.
O militar da reserva e ex-candidato a deputado estadual Ailton Barros do PL afirmou - em mensagem de áudio enviada ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro - que sabe quem mandou matar a vereadora Marielle Franco em 2018.
Zanatta é favorável à política bélica do governo do ex-presidente Bolsonaro e posta com frequência sobre o tema em suas redes sociais - (crédito: Zeca Ribeiro)
"Quem imaginaria que nós teríamos tanto brasileiro armado capaz de defender sua propriedade, a sua família e, mais do que isso, disposto a lutar?", indaga a deputada bolsonarista parceira de um deputado que assassinou a noiva. A arma do crime e o assassino da vereadora Marielle Franco
por Ândrea Malcher
Correio Braziliense
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A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) repercutiu odecreto assinado na última sexta-feira (21/7) que busca controlar o comércio de armas e munição no país. Em evento de inauguração de um clube de tiro em Florianópolis (SC), no sábado (22), a parlamentar afirmou que “todo poder emana do cano de uma arma”.
“A gente vai continuar mais unidos e firmes do que nunca na defesa da nossa liberdade. Porque eles sabem que todo poder emana do cano de uma arma”, disse ela.
A parlamentar criticou as medidas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alegando que há uma “guerra assimétrica” entre aqueles que defendem o acesso de civis às armas e o governo, e foi além, avaliando a medida como “genocida”. "Quem imaginaria que nós teríamos tanto brasileiro armado capaz de defender sua propriedade, a sua família e, mais do que isso, disposto a lutar?"
Zanatta é favorável à política bélica do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e posta com frequência sobre o tema em suas redes sociais. “Obrigada a todos que não negociam a liberdade e continuam apoiando os clubes de tiro, mesmo com um desgovernado tentando de tudo para amedrontar as pessoas”, escreveu ela em junho em publicação no Instagram.
Júlia Zanatta postou em suas redes sociais foto na qual aparece armada com uma metralhadora e vestindo uma camiseta em alusão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à política desarmamentista do novo governo. Helder e Bezzi comentam. A deputa faz parelha com deputado assassino, ex-delegado que assassinou a noiva Paulo Bilynskyj, que também ameaçou Lula. Os dois covardes dependem do eleitorado dos cacs e clubes de tiro, forças armadas do golpe anunciado de Bolsonaro que tentou explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília
Os 11 furos do caso Bilynskyj, o delegado e influencer armamentista cuja namorada 'se suicidou'
Priscilla e Paulo se conheceram na Internet. Paulo virou deputado federal com a devida coragem de ameaçar Lula de morte. Priscilla esquecida em um cemitério. Não tem o prestígio de Marielle Franco, mas pode ter sido assassinada pela mesma arma roubada do Bope
Furos na investigação beneficiam versão delegado Paulo Bilynsky, que recebeu apoio da família Bolsonaro. A família da modelo Priscila Bairros acredita em assassinato.
Paulo Bilynsky (foto) e júlia Zanatta ameaçaram Lula de morte. Foto: Fepesil/TheNews2/Folhapress
“Fuzil sem número. Marca sem identificação”.
Essa descrição consta no boletim de ocorrência da morte da modelo Priscila Delgado de Bairros, registrado no dia 20 de maio, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. O porte de fuzil sem número de série éum crime inafiançável. Nove dias depois, a Secretaria de Segurança de São Paulo disse que a polícia errou e o que foi originalmente identificado como uma arma, na verdade, era um “acessório”.
Essa é só mais uma das controvérsias que cercam a morte de Priscila no apartamento do delegado Paulo Bilynskyj, que tomou seis tiros e foi ferido na perna, na mão, no peito, na costela e no braço. Segundo o policial, Bairros, noiva do delegado, disparou contra ele após um surto de ciúmes e depois se suicidou. A família da jovem suspeita que Bilynskyj, delegado influencer que usa o Instagram para falar de armamentos, possa ter assassinado ela.
Ainda não está claro o que aconteceu na manhã de 20 de maio. Mas até agora uma coisa ficou evidente: as posições da Polícia Civil e do Ministério Público sobre o que aconteceu na manhã de 20 de maio aliviam a barra do delegado.
Na descrição do B.O., constam que seis armas e milhares de munições foram encontradas no apartamento: duas pistolas (uma da Polícia Civil), uma metralhadora, uma espingarda (com registro vencido, ainda no nome de Helenice Vaz de Azevedo Corbucci) e dois fuzis. Um deles é aquele registrado no B.O..
Os upper receivers listados no boletim são como a base da parte superior, que conecta o cano ao corpo da arma longa. Foto 1: Michel Delsol/Getty Images | Foto 2: Reprodução
Solicitei, então, à SSP o boletim com a correção da informação sobre a peça em questão. No B.O., é identificado como “fuzil” e, logo abaixo, são descritos dois “upper receiver” (que pode se referir a uma peça onde ficam agregadas componentes essenciais para o funcionamento de uma arma ou o conjunto de todas as peças) com “acessórios”. Mas, em entrevista telefônica, o órgão disse que não houve correção no documento porque era apenas um “acessório” e não uma arma em si. Ou seja, o B.O. não foi editado porque a SSP considerou que nós, jornalistas, não entendemos o que estava escrito. O erro não seria deles, mas um erro nosso de interpretação. Como você pode ler abaixo, está escrito: “FUZIL – Nº SEM NÚMERO – Marca: SEM IDENTI.
Se o delegado tinha mesmo um fuzil não numerado em casa, deveria ser preso. Mas, como foi determinado que tecnicamente a arma não existe, Bilynskyj está solto. A questão é que, ainda que a SSP tenha razão e trate-se apenas de um acessório, a posse dele também pode configurar crime, com pena de três a seis anos, dependendo das variáveis, segundo advogados criminalistas que entrevistei.
No B.O., há doisupper receiverssem numeração e mais os acessórios,comoo reddot(um apetrecho que dá aquela mira de luz), a lanterna e umgripp(a empunhadura que vem acoplada em um cano).Tudo isso costuma vir conectado no upper. É ali que encaixam.
Osupper receiverslistados no boletim são como a base da parte superior da arma, que conecta o cano ao corpo da arma longa, como um fuzil. Dentro deles, há várias peças essenciais. Ou seja, não é um “acessório” como a SSP defende: é uma peça fundamental para um fuzil funcionar. Sem ele, a arma não funciona. É como o tronco de um corpo, que conecta os membros.
Ouvi então o advogado criminalista João Carlos Dalmagro Jr., que é atirador desportivo e conhece bem a legislação e o controle sobre armamentos. “A descrição do B.O. leva a crer que se está tecnicamente diante de parte de uma arma. Se oupper receiverestiver acoplado ao cano, onde o número de série deve estar gravado, a consequência penal da posse desse conjunto é a mesma da de uma arma em si. Então, precisa de autorização do Exército para aquisição”, me disse Dalmagro.
Ele vai além: “A impressão que se tem a partir desse boletim de ocorrência é que oupper receiverfaz parte desse conjunto, mas para ter certeza disso seria necessário ver o que foi apreendido”. Dalmagro também chama atenção à forma como os acessórios foram listados no B.O, que leva a crer que o fuzil e as peças são uma coisa só. “Os acessórios estão listados na mesma linha que os upper receiver, ao contrário do que ocorre na descrição da metralhadora, de onde se extrai que ela foi apreendida “com” acessórios e bandoleira, mencionando-se inclusive o número dos mesmos (1 red dot e 1 grip com lanterna). Tudo leva a crer que é uma coisa só“, pontua.
Questionada se os acessórios estavam acoplados noupper receivere cano, a SSP disse não ter essa informação.
A resposta é curiosa. Ao mesmo tempo que diz não ter detalhes dos acessórios, a secretaria tinha a informação suficiente parapressionar o UOLno dia 30 para alterar o título de uma matéria sobre o número de fuzis de Bilynskyj. O título era “Polícia errou ao contar fuzil a mais em casa de delegado, diz secretaria” e foi alterado para “Fuzil relatado em BO do caso Bilynskyj é um acessório, diz SSP”.
A pena para a posse ilegal de arma de fogo de uso restrito – ou parte dela, como seria, em tese, o caso de umupper receiver“completo” – é de reclusão de três a seis anos. Se estivermos falando de arma de fogo de uso proibido, a pena sobe: entre quatro e 12 anos. Dalmagro lembra ainda de um detalhe. “Com a alteração trazida pelo pacote anticrime, nesta última hipótese (arma de fogo de uso proibido), o delito é considerado hediondo. A hediondez do crime, além do aumento da pena em si, veda o indulto e endurece as possibilidades de progressão de regime e livramento condicional”.
Oupper receiveré um produto controlado. As pessoas podem ter peças sobressalentes, se forem dos fuzis que elas já têm, como a do Colt apreendido, por exemplo.
Upper receiver não é “acessório”, mas peça fundamental para o fuzil funcionar, como fica claro na imagem acima. Foto: Divulgação
Lembram daquelas 117 peças de fuzis apreendidas em 2019com o amigo de Ronnie Lessa, PM acusado de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes? Oupper receiveré esse tipo de peça. É como um lego. Você pode combinar váriosupperselowersde calibres diferentes. Como as peças são menores que o fuzil completo, elas são mais fáceis de se contrabandear. As peças renderam prisão e processoao milicianoeao amigo (continua)
As 117 peças de fuzil encontradas com o amigo de Ronnie Lessa. Foto: Divulgação
Sempre esteve subentendida, em todas as interrogações sobre o assassinato de Marielle Franco, a suspeita de que Bolsonaro pode ter envolvimento com o crime. Ele e seu entorno familiar.
É inevitável que a especulação se renove e se revigore agora, com a confissão do ex-PM Élcio de Queiroz de que Ronnie Lessa matou Marielle e de que eles tiveram, nos preparativos e nos desdobramentos do crime, a participação de outros dois bandidos.
Lessa deu os tiros e Élcio dirigiu o carro. Mas antes o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, fez campanas e monitorou Marielle. E bem antes o então sargento da PM Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, "trouxe o trabalho" para Lessa.
O ministro Flávio Dino diz que, com a confissão e o que virá a seguir, as investigações atingem novo patamar.
Poderemos ir para a fase do fechamento de coincidências que empurram Bolsonaro para perto dos envolvidos?
O novo patamar pode ajudar a esclarecer por que Lessa era vizinho de Bolsonaro? Por que Élcio convivia com Bolsonaro e tirava fotos ao seu lado?
Por que o miliciano Adriano da Nóbrega foi executado na Bahia? Por que Élcio entrou no condomínio da Barra no carro usado na execução, depois de perguntar pelo seu Jair?
Por que o porteiro que atendeu Élcio foi desqualificado como testemunha? Por que sumiu? Por que trocaram tantos policiais e promotores das investigações sobre o assassinato?
Por que Lessa acusava Adriano de ter matado Marielle? Por que Flávio Bolsonaro homenageou Adriano?
Por que, na coincidência mais recente, o capitão reformado do Exército Ailton Barros, amigo dos Bolsonaro, disse em conversa com o coronel Mauro Cid, então faz-tudo do Planalto, que sabia quem matou Marielle?
Todos os personagens principais do assassinato cruzaram com Bolsonaro. Como também cruzaram, por coincidência, todos os principais identificados até agora com a tentativa de golpe. Eles conviviam com Bolsonaro e eram a ele subordinados.
Ronnie Lessa, Adriano da Nóbrega, Élcio de Queiroz, Ailton Barros, Suel e Macalé estavam no cenário ou conheciam o cenário do assassinato.
O delegado Anderson Torres, os coronéis Mauro Cid e Jean Lawand Junior e outros ainda escondidos ou encobertos conheciam os cenários que estavam sendo montados para o golpe. Todos cruzavam por Bolsonaro.
As novas informações sobre o crime criam expectativas e ao mesmo tempo ampliam uma outra dúvida, a mais incômoda de todas.
É possível que a morte de Marielle e o golpe tenham executores e que nunca se chegue, com provas, ao mandante?
Lessa disse a Queiroz que tinha uma missão naquele 14 de março de 2018 quando matou Marielle. Missão recebida de quem? Quem mandou matar Marielle?
Macalé era o arquivo do mandante e foi executado em 2021. Mas Lessa e seus parceiros sabem de quem foi a encomenda.
Mas quem mandou que fossem adiante com o golpe? Torres, Cid e outros civis e fardados sabem muito bem.
Falta, no caso do golpe, um delator disposto a reduzir suas culpas e suas penas. Também as investigações sobre o golpismo precisam chegar a outro patam
A delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, que está preso, já foi homologada pela justiça. Élcio confirmou que dirigiu o carro usado no crime e também afirmou que o ex-policial reformado Ronnie Lessa, que também está detido, foi o autor dos tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Élcio disse ainda que o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia participou do planejamento do crime, vigiando Marielle.
Já era sintomático que o candidato Tarcísio de Freitas tivesse tanto empenho em abolir a câmaras que os policiais de São Paulo passaram a usar, com excelentes resultados aobre a letalidade policial.
Agora, quando fica provado que um agente da Abin – leia-se, do Palácio do Planalto – quis obrigar um cinegrafista a apagar imagens que podiam ajudar a elucidar a morte de um homem – desarmado – na comunidade de Paraisópolis, no falso atentado que sua campanha procurou explorar, já não é possível deixar de considerar que, a depender do resultado das urnas, a proteção a matadores e aos grupos de execução sumária pôs o pé na porta para entrar, definitivamente, no ambiente policial de São Paulo.
Nós, cariocas, sabemos o que foi a “tomada do poder” – ou, pelo menos, da periferia do poder – por estes grupos.
Na TVT, no programa Bom para Todos, a partir das 15 horas, esta memória e o suspeitíssimo “abafa” criado no caso Paraisópolis. A transmissão ao vivo vai abaixo:
MPF afirma que decreto das armas de Bolsonaro facilita desvio para crime organizado e milícias (O Globo, outubro de 2019)
Governo Bolsonaro revoga portaria que prevê rastreamento e identificação de armas. Medida visava dificultar acesso do crime organizado a armas. (Estadão, abril de 2020)
Pesquisadores apontam que revogação feita por Bolsonaro ajuda facções e milícias (UOL, abril de 2020)
Decreto de Bolsonaro pode beneficiar Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle, em processo por tráfico internacional de armas (O Globo, agosto de 2021)
Dono de arsenal registrado como CAC desviava munições compradas legalmente para traficantes do Rio (Fantástico, janeiro de 2022)
Armados pelo governo Bolsonaro, CACs usam acesso a material bélico para fortalecer milícia e tráfico (O Globo, fevereiro de 2022)
Decretos assinados por Bolsonaro beneficiam traficantes internacionais de armas. Condenados conseguiram redução de pena ou foram até inocentados (O Globo, maio de 2022)
Polícia afirma que integrantes da facção criminosa PCC usavam fuzil, metralhadora e pistolas legalizadas (Band, junho de 2022)
Exército admite que liberou compra de fuzil para integrante do PCC. Integrante do PCC usou autodeclaração de idoneidade, que foi aceita pelo Exército (Folha, julho de 2022)
Investigações mostram como política de Bolsonaro arma o PCC. 'Cesta básica' do crime formada por fuzis, carabinas e pistolas ficou até 65% mais barata com liberação de armas (Estadão, julho de 2022)
Atirador desportivo é preso sob suspeita de vender armas e munição ao PCC (Folha, agosto de 2022)
2. GARIMPO ILEGAL
Após desmontar esquema de garimpo ilegal em Terras Indígenas, Bruno Pereira é demitido do cargo de coordenador da Funai (Brasil de Fato, outubro de 2019)
Bolsonaro promete rever norma de queima de maquinário ilegal de garimpeiros (Valor, novembro de 2019)
Bolsonaro assina projeto que autoriza garimpo em terras indígenas. Presidente afirmou que confinaria ambientalistas na região amazônica para que eles 'parem de atrapalhar' (Folha, fevereiro de 2020)
Avião da FAB é usado para transportar garimpeiros ilegais para reunião com Salles (Diário de PE, agosto de 2020)
Garimpo ilegal explode em território yanomami e ameaça indígenas (DW, março de 2021)
Bolsonaro visita garimpo ilegal em terra indígena de Roraima (Poder 360, outubro de 2021)
Bolsonaro cria programa que estimula garimpo na Amazônia legal (Congresso em Foco, fevereiro de 2022)
Decreto de Bolsonaro sobre 'mineração artesanal' é incentivo ao garimpo ilegal na Amazônia, apontam ambientalistas (G1, fevereiro de 2022)
Governo Bolsonaro utiliza AGU para defender mineração em terras indígenas mesmo sem lei (Folha, abril de 2022)
Com avanço do garimpo, terror se espalha nas terras indígenas. Avanço do garimpo em reservas, sem fiscalização dos órgãos competentes, tem deixado rastro de violência e destruição (Correio Braziliense, maio de 2022)
Bolsonaro demite responsável no INPE pelo monitoramento do desmatamento. A demissão ocorreu após a divulgação pelo órgão de dados sobre o aumento do desmatamento da Amazônia. (Correio Braziliense, agosto de 2019)
Desmatamento na Amazônia bate recorde e cresce 29,5% em 2019 (Folha, novembro de 2019)
Salles demite analista que se opôs a exportação ilegal de madeira (Congresso em Foco, abril de 2020)
Em reunião ministerial, Ricardo Salles, Ministro do Meio Ambiente defende "passar a boiada" e mudar regras ambientais enquanto atenção da mídia estava voltada para a Covid-19 (G1, maio de 2020)
ONGs, índios, Inpe, governadores e DiCaprio: veja quem já foi acusado por Bolsonaro pelas queimadas e desmatamento na Amazônia (G1, setembro de 2020)
Desmatamento na Amazônia cresce 9,5% em 2020 e bate novo recorde (DW, novembro de 2020)
Governo Bolsonaro ignora 97% dos alertas de desmatamento no Brasil emitidos desde 2019 (G1, maio de 2021)
PF aponta envolvimento de Ricardo Salles em contrabando de madeira ilegal. EUA entregaram ao Brasil detalhes sobre o envolvimento de Salles no esquema (Reuters e El País, maio de 2021)
Ricardo Salles pediu demissão após saber que seria preso (Estadão, junho de 2021)
Desmatamento na Amazônia cresce 21,97% em 2021; maior índice desde 2006 (Gazeta do Povo, novembro de 2021)
Maior taxa de desmatamento na Amazônia em 15 anos coincide com menor número de autuações do Ibama (G1, novembro de 2021)
No governo Bolsonaro, 98% das multas ambientais ficam travadas (Estadão, dezembro de 2021)
Advogado de Bolsonaro atuou para liberar madeira ilegal apreendida pela PF (Rede Brasil Atual, janeiro de 2022)
Relatório da CGU aponta que Ministério do Meio Ambiente colocou em risco continuidade do Fundo Amazônia, que tem R$ 3,2 bilhões paralisados (G1, junho de 2022)
Após prometer exoneração, Bolsonaro troca superintendente da PF no Rio (Exame, agosto de 2019)
Bolsonaro aciona AGU para defender redes sociais de apoiadores investigados em inquérito do STF (UOL, julho de 2020)
Roberto Jefferson defende criação de milícia para dar um pau na guarda municipal de Juiz de Fora. Segundo ele, os milicianos deveriam 'atear fogo nas viaturas' e 'dar pauladas nos joelhos e cotovelos, para quebrar' os agentes municipais (Estado de Minas, março de 2021)
Bolsonaro ameaça ministros do STF após prisão de Roberto Jefferson (Correio Braziliense, agosto de 2021)
Diretor-geral da PF troca delegado que investiga Jair Renan e fake news (Correio Braziliense, outubro de 2021)
Secretário de Justiça tentou retardar extradição de Allan dos Santos (O Globo, novembro de 2021)
PF exonera delegada que determinou ordem de prisão de Allan dos Santos (Congresso em Foco, dezembro de 2021)
Assessora envolvida na extradição de Allan dos Santos é exonerada (Metrópoles, dezembro de 2021)
Secretário de Justiça que tentou retardar extradição de Allan dos Santos ganha medalha (O Antagonista, dezembro de 2021)
Novo diretor-geral da PF troca o delegado responsável pelo setor de investigação de corrupção. Delegacia era responsável por investigações de aliados e filhos de Bolsonaro (G1, março de 2022)
Bolsonaro concede indulto a Daniel Silveira. O deputado federal havia sido condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e incitar ataques a integrantes do Supremo (Correio Braziliense, abril de 2022)
Bolsonaristas vão defender projeto na Câmara para perdoar mais aliados do presidente (Congresso em Foco, abril de 2022)
AGU assume a defesa de Wal do Açaí em processo de improbidade administrativa (Conjur, maio de 2022)
MPF diz que é ilegal AGU defender Bolsonaro e Wal do Açaí em ação de improbidade (G1, junho de 2022)
MP pede para investigar Bolsonaro por interferência em apuração sobre corrupção no MEC (Metrópoles, junho de 2022)
Por que o PL não remetia o conteúdo das propagandas às rádios, como as próprias emissoras já informaram ao tribunal?
por Moisés Mendes
Um ajudante de inspetor de filme policial de terceira categoria diria que mais um crime de amadores estava sendo planejado na eleição. Uma farsa para os tios do zap.
Seria um crime de amadores desesperados. Já existem evidências suficientes de que o TSE desmontou o plano que a extrema direita trouxe até as vésperas da eleição.
Com a ajuda de um servidor do próprio TSE, criou-se a história da não veiculação de propaganda de Bolsonaro em rádios do Nordeste.
Mas, além de Alexandre Gomes Machado, o servidor do TSE já exonerado pelo tribunal, quem mais fazia parte da armação?
Por que o partido de Bolsonaro, o PL, não remetia o conteúdo das propagandas às rádios, como as próprias emissoras já informaram ao tribunal?
Para forjar a suspeita de boicote? Não enviava as propagandas para poder dizer depois que as rádios não veiculavam os áudios?
Mais tarde, um servidor de dentro do TSE insinuaria que as rádios já estavam sob suspeita e surgiria então uma suspeita maior.
A suspeita mais grave, contida numa insinuação: a de que o TSE não enviava as gravações às rádios.
O tribunal já esclareceu que não faz nada disso, que não é tarefa sua enviar material de propaganda às rádios e TVs. É missão do pool de emissoras.
Mas não é disso que os tios do zap querem saber. Os tios querem as declarações do servidor exonerado à Polícia Federal, de que são antigas as falhas nos controles da veiculação das propagandas.
Querem disseminar o depoimento do sujeito à PF em que ele se apresenta como coordenador, indicado pelo tribunal, do pool de emissoras encarregado, dentro do TSE, de distribuir as propagandas. O que significa essa coordenação?
O que os tios querem, a partir das ‘denúncias’ feitas pelo PL, por ministros e por Bolsonaro, é espalhar que um servidor público sabe como funciona a sabotagem à propaganda do PL dentro do TSE.
O servidor sabido foi exonerado hoje porque, segundo o TSE, agia por motivação política e praticava assédio moral contra colegas. Foi exposto publicamente.
O tribunal diz na nota sobre a exoneração: “As alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas”.
Como ele assediava colegas? Tentava cooptá-los para a tarefa de esculhambar com a eleição ao ajudar a fomentar a farsa da propaganda não veiculada?
Outras inconsistências nas alegações do PL e de Bolsonaro, com auditagens de uma Organização Tabajara, apenas reafirmam a farsa.
Mas o mais grave é a insinuação de que o TSE participou de um conluio com o PT e de que um servidor poderia atestar o que acontecia.
Não é mais possível prender mais ninguém antes da eleição, só os que forem flagrados praticando o crime. Esse servidor, pelo que diz o TSE sobre ele, escapou por pouco.
Estamos diante de mais um ensaio de facada que não vai dar certo. Mas quem são os outros envolvidos no que o TSE define como práticas com motivação política, numa situação que envolve crimes e falsidades?
A sindicância administrativa do TSE pode oferecer pistas para a investigação criminal. Precisamos saber da farsa completa e de seus autores, mesmo que seja depois da eleição.
[Alexandre o pequeno trabalhava para a madame Lídia Prates Ciabotti, dona de uma rádio tão pequena quanto ela, ou para os lá de cima o presidente da República dos marechais do contracheque ou o presidente do Partido do Laranjal (PL) ou um outsider
Os votos que eram de Jair Bolsonaro candidato a deputado federal foram transferidos para que chefe miliciano? Por que Queiroz tão leal ficou a ouvir balas perdidas? De Queiroz, de Roberto Jefferson, do vizinho Ronnie Lessa, de Alexandre Gomes Machado o destino do mesmo saco de lixo]
Ao dar exemplos de profissões para os jovens, no debate da Band, Bolsonaro mencionou marceneiro e auxiliar de enfermagem, ofícios dignos e honrosos, sem dúvida. Mas o que Bolsonaro expressou foi a visão excludente (a mesma de Guedes e de Milton Ribeiro), de que a universidade não cabe nos sonhos da juventude das periferias.
A aversão aos pobres também ficou explícita quando o tema foi a visita de Lula a uma comunidade, no Rio de Janeiro. Bolsonaro disse que só tinha “traficante” em volta do ex-presidente. Para o candidato que tem conexões com milicianos (um deles, seu vizinho até ser preso), quem mora em favela é bandido.
Seu desprezo aos vulneráveis emerge de forma ainda mais torpe no caso da visita a um grupo de venezuelanas, no entorno de Brasília. São mulheres e meninas refugiadas da fome e do desespero no país vizinho. Participavam de uma ação social, com corte de cabelo e maquiagem, uma forma singela de afeto e resgate de autoestima.
A mente degenerada de Bolsonaro associou as “menininhas, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas” à prostituição. Onde já se viu menina pobre arrumar o cabelo e pintar o rosto se não for para se prostituir com machos velhos e babões como ele? A descrição que ele faz da cena tem as características de comportamento do assediador sexual que se aproveita da fragilidade da vítima. Parou a moto, tirou o capacete, “pintou um clima”, entrou na casa.
Se ele achou que estava diante de uma situação de exploração sexual de menores, por que não tomou alguma providência para impedir o crime? Bolsonaro não tem resposta porque sua mentalidade depravada não se escandaliza com a prostituição infantil.
Bolsonaro não tem freio nem bússola moral ou ética. Cercado de tipos pervertidos como Damares e Pedro Guimarães (abusador, felizmente, afastado), seu governo é uma rede de predadores da infância e de mulheres. São ladrões de futuro. Ladrões de Brasil.
A frase dita pelo presidenteJair Bolsonaro (PL) sobre adolescentes venezuelanasmerece ser explicada, o que não aconteceu até o momento. A avaliação é do comentarista daGloboNewse colunista dog1Octavio Guedes.
Agora, a frase do Bolsonaro é abjeta, asquerosa, nojenta e até agora não foi explicada. Não tem nada a ver com o que o Código Penal diz de pedofilia", afirmou Octavio Guedes.
A entrevista foi dada nesta sexta-feira (14) a influenciadores de torcidas de futebol. O trecho com a fala gerou repercussão no sábado (15). No momento da declaração, Bolsonaro falava sobre a situação daVenezuelae a vinda de venezuelanos para o Brasil.
Na sexta-feira (14), Bolsonaro disse a um podcast:
Eu estava em Brasília, na comunidade de São Sebastião, se eu não me engano, em um sábado de moto [...] parei a moto em uma esquina, tirei o capacete, e olhei umas menininhas... Três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas, num sábado, em uma comunidade, e vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. 'Posso entrar na sua casa?' Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando, todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos, se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida", disse o presidente.
Na madrugada de domingo (16), Bolsonaro fez uma live em suas redes sociais para se defender. Ele disse que as declarações sobre o encontro com as meninas foram deturpadas.
[Bolsonaro é um mito...maníaco. Toda estória que conta sempre é mentirosa. Ele sempre é imbrochável, incomível. Mas existem assuntos intocáveis: Rachadinhas, laranjal, funcionários fantasmas, imobiliária Bolsonaro, milícia, Escritório do Crime, Adriano da Nóbrega, Aristides, Ronnie Lessa, Marielle Franco, orçamento secreto, pec kamikaze, bolsolão da vacina, bolsolão do bu$ão, bolsolão do sus, máfia da merenda, máfia da saúde, máfia das armas, máfia das creches, máfia do asfalto, cpi da covid, kit cloroquina me engana, imunidade de rebanho, vacinas bilionário comércio, prisão de Milton Ribeiro, prisão de Fabrício Queiroz, fora genocida, nazismo, fascismo, integralismo, caixa de Pandora dos sigilos de cem anos, a prisão no Exército por terrorismo]