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O CORRESPONDENTE

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07
Nov20

Mortes em ações policiais no Rio de Janeiro sobem 425% em outubro

Talis Andrade

christ_in_rio__paolo_lombardi favela.jpg

 

 

Supremo proibiu operações policiais em favelas do estado durante a pandemia; estudo aponta desrespeito a essa norma

Jaqueline Deister, Brasil de Fato 

As mortes em ações policiais no último mês de outubro aumentaram 425% em relação a setembro no Rio de Janeiro. O levantamento, realizado pela Rede de Observatórios da Segurança, aponta que a polícia matou 63 pessoas durante operações e patrulhamentos em outubro.

O alto índice de letalidade das forças de segurança do estado culmina com o aumento gradativo de operações policiais nas favelas desrespeitando a norma do Supremo Tribunal Federal (STF) que, no inicio de junho, proibiu incursões policiais em comunidades do Rio por conta da pandemia de covid-19. 

Para Silvia Ramos, coordenadora da Rede de Observatórios de Segurança do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (CESeC), o aumento no índice revela que no mês de outubro houve uma reorientação da política de segurança do estado do Rio que passou a descumprir a determinação do Supremo. Segundo ela, as ações das policias deveriam priorizar a desarticulação do crime a partir da inteligência e não o confronto armado.

“A política de segurança de operações violentas com mortes de opositores favorece os grupos criminais armados no Rio de Janeiro sejam eles facções do tráfico ou milícias, depois de confrontos com mortes, esses grupos não se enfraquecem, se fortalecem com mais armas e mais hostilidade com relação à polícia, o caminho seria a inteligência, a desarticulação desses grupos por meio da interceptação de armas, drogas e a destruição dos comércios no caso dos milicianos e não o confronto armado dentro das favelas”, afirma Ramos.

Troca-troca

O estudo destaca ainda a recente mudança nas chefias das polícias militar e civil em setembro e o aumento na letalidade dos agentes de segurança do estado.

No mês de setembro, o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), confirmou o coronel Rogério Figueiredo para a secretaria de Polícia Militar e nomeou o delegado Allan Turnowski para a secretaria de Polícia Civil. Logo depois, no inicio de outubro, ambos declararam que as operações policiais continuariam no Rio de Janeiro.

De acordo com Silvia Ramos, Castro precisa ser cobrado com relação ao aumento de 425% das mortes em ações policiais e ao desrespeito à norma do STF. 

“O que está acontecendo no Rio de Janeiro? O novo governador assumiu a determinação de desrespeitar a regra do STF? Porque não é possível um aumento de 425%. Não foi um tiroteio ou outro, está havendo uma determinação sistemática de desrespeitar a regra do STF que é de evitar ao máximo operações, principalmente operações com mortes”, argumenta.

“Acho que o governador precisa responder a esse novo quadro, ele entra e tem uma guinada numa prática que estava sendo mantida desde o dia 5 de junho de respeitar as normas do Supremo”, conclui.

rio favela intervenção militar witzel.jpg

 

24
Set19

Gabriel Monteiro o arruaceiro policial que foi ao enterro da menina Ágatha

Talis Andrade

 

gabriel-monteiro-mbl aghata.png

soldado raso de witzel.jpgSegurança do deputado Filipe Poubel (PSL)

 

Jornalistas Livres
@J_LIVRES
Parece inacreditável, mas o policial militar Gabriel Monteiro, integrante do MBL e assessor do deputado Filipe Poubel do PSL, foi ao velório de Agatha, menina de 8 anos assassinada pela polícia de Witzel, para agredir as pessoas presentes. A quem serve a polícia militar?

 

Revista Forum - Gabriel Monteiro tenta trilhar o mesmo caminho de Arthur do Val, do Mamãefalei, e já quase foi expulso da PM por conta do tempo dedicado como youtuber.

witzel sangue nas maos.jpg

witzel mais um corpo de criança no chão.jpg

Gabriel Monteiro tem ganhado certa visibilidade na política do Rio de Janeiro causando polêmicas ao produzir vídeos no mesmo estilo espalhafatoso do deputado estadual Athur do Val (DEM-RJ), do Mamãefalei. Nessa malandragem de youtuber, quase foi expulso da Polícia Militar por faltar o serviço para atuar em manifestações do MBL. Neste domingo (22), ele ficou marcado por agredir um jovem durante o enterro da menina Agatha Félix, de 8 anos.

“Não dá pro cara chegar numa manifestação onde você não tem a mínima noção do que é viver como favelado e ter saudades das pessoas próximas a você que falecem para botar os familiares em contradição, para botar as pessoas que estão em um momento de dor, num momento de sofrimento em contradição para encher o c. da sua página de seguidor”, é o que conta o rapaz que foi derrubado pelo PM com um soco.

A prática narrada pelo jovem é a mesma que fez o youtuber Arthur Mamãefalei aparecer no cenário político e conseguir ser eleito deputado estadual. Em tom ainda mais intimidatório, Monteiro faz perguntas a pessoas que não estão prontas para rebater seus argumentos e lança vídeos nas redes sociais. Em muitas das gravações ele usa farda.

No velório, ele tentou fazer o mesmo, abordando pessoas que foram para o enterro da menina Ágatha, de 8 anos, que morreu após um tiro de fuzil da Polícia Militar enquanto voltava para casa com sua família. O policial argumentava que a PM não era a culpada pela morte e desafiava as pessoas a responder.

Ágatha Félix.jpg

Ágatha fuzilada pela covarde e cruel polícia de Witzel, filipe Poubel e Gabriel Monteiro

 

Um deles foi o jovem agredido. “Ele começou a passar a versão dele e as coisas começaram a ficar pior quando a gente chegou e falou que ele justificou a morte das pessoas com a apreensão de 400 fuzis sendo que são mais de 1080 pessoas mortas no estado por violência policial”, contou.

Monteiro quase foi expulso da Polícia Militar uma vez devido aos seus vídeos. Em denúncia de desobediência hierárquica feita por um coronel da PM, a corporação concluiu que Monteiro não cumpria com suas funções como policial para atuar no MBL. “Desobediência hierárquica com palavras ofensivas contra a instituição em redes sociais, conduta irregular, ineficiência no cumprimento da função, inúmeras transgressões disciplinares como faltas ao serviço para envolvimento em manifestações políticas com o MBL, do qual faz parte”, diz trecho da decisão publicada em 27 de agosto deste ano.

O secretário de Estado da Polícia Militar, General Rogério Figueiredo – nomeado por Wilson Witzel -, decidiu anular a condenação indicada pela Corregedoria da PMERJ. A interferência fez o corregedor Joseli Cândido da Silva se demitir do posto, segundo o Jornal Extra.

 

Hoje, Monteiro está à disposição do deputado estadual Filipe Poubel (PSL-RJ) e não atua nas ruas – membros do 12º Batalhão, da cidade de Niterói, criticaram a “boquinha”.

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