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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

27
Nov21

Máquina de moer gente 2

Talis Andrade
 

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Greyce Elias

por Cristina Serra

 

Volto ao tema do Código de Mineração, em discussão na Câmara dos Deputados. Para quem não acompanha o assunto, um breve resumo: o projeto da relatora Greyce Elias (Avante-MG) propõe que a mineração seja considerada “essencial à vida humana” e de “utilidade pública”. Se é tão essencial, o projeto deveria aperfeiçoar o controle por parte do Estado e não afrouxá-lo, como sugere. 

Uma teia de conexões talvez ajude a explicar a benevolência com o setor. O marido de Elias, Pablo César de Souza, ex-vereador, conhecido como Pablito, consta na Receita Federal como sócio em três empresas de mineração. Uma delas, a Mina Rica, tem sociedade com outra empresa, detentora de requerimentos de lavra e pesquisa na Agência Nacional de Mineração (ANM) para exploração de ouro e outros minerais.  

Em 2017, Pablito foi nomeado superintendente do antigo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em Minas Gerais, no governo Michel Temer. O DNPM foi substituído pela ANM. Procurei Pablito e a deputada Greyce Elias para ouvi-los a respeito do que me parece ser um claro conflito ético. A deputada disse que não vê tal problema e que o projeto está sendo construído com “integral transparência”. Pablito disse que deixou as empresas há seis meses, embora seu nome conste nos registros. 

O exercício de funções institucionais no Brasil virou um vale-tudo. O debate sobre o código não tem legitimidade sem a voz dos parentes dos quase 300 mortos em Mariana e Brumadinho. Como considerar “essencial à vida humana” uma atividade privada, dominada por corporações globais preocupadas com a geração de lucros para seus acionistas?

Para terminar, um registro: se a vida de Pablito como empresário foi breve, como afirma, ele não ficou desamparado. Com salário de R$ 22.943,73, é assessor no gabinete do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso e pré-candidato a presidência da República.

Veja os perfis das vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho

Tragédia de Brumadinho: familiares descrevem 'alegria e sonhos  interrompidos' das vítimas - BBC News Brasil

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Sobe para 99 o número de mortos e há 259 desaparecidos em Brumadinho -  @aredacao

09
Set21

Discurso de Fux é melhor que o de Lira, mas a gravidade exige posições mais contundentes

Talis Andrade

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Lenio Luiz Streck

 

Por Leonardo Miazzo

pronunciamento do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, no dia seguinte às ameaças golpistas de Jair Bolsonaro foi melhor que o do presidente da Câmara, Arthur Lira, mas insuficiente diante da gravidade do cenário. A avaliação é do jurista Lenio Streck, pós-doutor em Direito e professor de Direito Constitucional.

“Interessante é que as notas do Legislativo e do STF não falam o nome de Bolsonaro. Parece aquele filme em que não se pode falar o nome do sujeito, senão ele aparece. Bolsonaro parece ser o Voldemort”, criticou Streck em contato com CartaCapital. A referência é a um personagem da saga de livros e filmes Harry Potter.

“O discurso de Fux, embora devesse citar nominalmente Bolsonaro, foi melhor do que a pífia fala de Lira. Também não foi boa a fala de Aras. A questão é muito grave e exige posições mais contundentes. O arbítrio avança. Ainda bem que Fux disse o que nem Lira, nem Pacheco e nem Aras falaram. Meu medo é de que não estejamos levando isso tudo a sério o suficiente”, completou o jurista.

Em seu discurso, Fux afirmou que o STF “jamais aceitará ameaças à sua independência, nem intimidações ao exercício regular de suas funções”. Também declarou que “ninguém fechará esta Corte”.

Lira disse que é hora de “dar um basta” às “bravatas e a um eterno palanque”, mas ignorou os mais de 100 pedidos de impeachment do presidente da República.

Aras, por sua vez, não citou as ameaças do presidente da República, chamou o 7 de Setembro de “festa cívica” e afirmou que “amamos a democracia”.

A Curra | Lenio Braga

A curra, Lênio Braga

08
Set21

O dia seguinte

Talis Andrade

Jorge Braga - 21 de abril de 2020

 

Editorial de O Estado de S. Paulo 

Bolsonaro exibiu exatamente o que tem mostrado desde o início do mandato: sua irresponsabilidade e seu isolamento político

 

O presidente Jair Bolsonaro exibiu ontem exatamente o que tem mostrado desde o início do mandato: sua irresponsabilidade e seu isolamento político. Tratadas nas últimas semanas como prioridade nacional pelo Palácio do Planalto, as manifestações bolsonaristas do 7 de Setembro serão interpretadas pelo presidente como a prova de que o “povo” o apoia, mas um presidente realmente forte não precisa convocar protestos a seu favor nem intimidar os demais Poderes para demonstrar poder; apenas o exerce. Assim, Bolsonaro reiterou sua fraqueza, já atestada por várias pesquisas que indicam o derretimento de sua popularidade.

Os atos – que configuraram evidente campanha eleitoral antecipada, bancada parcialmente com recursos públicos – revelaram também que, depois de tantas ameaças proferidas, Jair Bolsonaro já não tem muito mais o que falar de novo a seus seguidores. Ontem, chegou a dizer que convocaria o Conselho da República, órgão previsto na Constituição para consulta sobre “intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio”, além de “questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas” (art. 90).

“Amanhã, estarei no Conselho da República, juntamente com os ministros. Para nós, juntamente com o presidente da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, com esta fotografia de vocês, mostrar para onde nós todos deveremos ir”, disse Jair Bolsonaro, em seu dialeto trôpego. Os três presidentes citados, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Luiz Fux, disseram desconhecer a tal reunião. Como é de seu feitio, Bolsonaro trata assunto sério de forma leviana.

Se as manifestações tiveram considerável afluência, algo até previsível ante o fato de que o presidente passou os últimos dois meses usando sua tribuna privilegiada para convocar sua militância, o fato inexorável é que o governo exatamente continua no mesmo lugar. E os problemas nacionais continuam os mesmos. A rigor, por força de Bolsonaro, eles até se agravaram nas últimas semanas: aumentou o pessimismo, decaiu a confiança, cresceu o desalento. A saída da crise social e econômica está mais distante.

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Não há como negar. É patente o descaso do presidente com a realidade do país. Basta ver que, diante da inflação crescente e ao emprego em baixa, a aposta de Bolsonaro, interessado somente em permanecer no poder e proteger sua prole e a si mesmo da Justiça, continua sendo acirrar tensões com os outros Poderes e sugerir a possibilidade de uma ruptura institucional. Em seu léxico, não há solução.

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Eis a grande disfuncionalidade dos atos bolsonaristas de 7 de setembro. Por mais que pretendam demonstrar apoio, as manifestações são incapazes de modificar a natureza dos reais desafios do Palácio do Planalto. Os problemas continuam os mesmos e tendem a se agravar, já que é cada vez mais explícito o desinteresse de Jair Bolsonaro em enfrentá-los.

Por mais que Bolsonaro não goste da ideia, há um país a ser governado. Havia antes do 7 de Setembro e continuará a haver depois. São muitos os assuntos a respeito dos quais se deve esperar uma atitude responsável por parte do presidente, como o enfrentamento da pandemia e a gestão da crise hídrica. Vidas, empregos e o futuro das novas gerações estão em risco.

É esse cenário de desolação que se apresenta aos olhos da população todos os dias, seja feriado ou dia útil, tenha motociata presidencial ou não. Os índices de desaprovação recorde do governo Bolsonaro são um dos sintomas desse quadro disfuncional.Capa do jornal Estadão 08/09/2021

comemorar 7 set.jpgCharge da semana - 04/01/2019

Jovem Jornalista: Rosa e Azul: cor tem ou não gênero e as convenções sociais

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16
Ago21

Delirante impeachment de ministros do Supremo

Talis Andrade

Blog Por Simas: O “SERTANOJO” SÉRGIO REIS FAZ TERRORISMO

Reinaldo Azevedo no Twitter
 
Reinaldo Azevedo
Já que a patuscada do voto impresso perdeu força com a derrota na Câmara, Bolsonaro volta a ameaçar as instituições agora com o delirante impeachment de ministros do Supremo. Ele quer é constranger Rodrigo Pacheco.
Aras, Lira e a conivência com os delírios sangrentos de Bolsonaro

Sérgio Reis, o sertanejo de Santana, prega golpismo a serviço do Rei do Gado. As suas "análises" políticas que circulam por aí evidenciam uma soma espetacular de ignorância e autoritarismo, compatível com a do líder que ele incensa.

Reportagem de Chico Alves no UOL. Sérgio Reis só representa seus reaças babões. Líderes caminhoneiros negam manifestação: 'Sérgio Reis não nos representa'. Sérgio Reis tem de ser enquadrado na Lei 13.260, que é a Lei Antiterrorismo. “Nossa, Rei!!! Lei Antiterrorismo só por convocar manifestação pra fechar o STF?” Até poderia. Mas não é por isso. É QUE ELE QUER CANTAR. Aí é ameaça terrorista, sim! 

Vida de gado

Aí a Bozolandia diz: “Com medo do Sergio Reis”??? Nem diga. Imagino este senhor liderando a luta armada, né!? O maior risco seria dar um tiro no pé mijado.

A coisa + sábia q Sérgio Reis disse na vida foi: “Se você pensa q meu coração é de papel, não vá pensando, pois não é”. Prodígio do pensamento lógico-dedutivo. E noticiam a sua “agenda” criminosa: depor os 11 do STF. Ninguém vai indagar ao Marcola quais suas reivindicações?

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