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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

29
Abr23

Irmão de delegado que atuou no caso, desembargador não pode relatar 'lava jato'

Talis Andrade

 

tacho moro xerife de bolsonaro.jpg

 
Band Entrevista - Luciano Flores de Lima, delegado da Polícia Federal -  Band Paraná

Delegado da PF Luciano Flores é irmão do desembargador Loraci Flores e xerife das maldades do xerife Sérgio Moro senador e puxa-saco dos Bolsonaro amigos dos milicianos da ex-maravilhosa cidade do Rio de Janeiro, ex-capital do samba e hoje capital do rock

 
 

MAGISTRADO SUSPEITO

Por Sérgio Rodas

A atribuição da relatoria dos casos envolvendo a finada "lava jato" na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região ao desembargador Loraci Flores levantou questões sobre suspeição ou impedimento. Tanto dele, pelo fato de seu irmão ter atuado, como delegado da Polícia Federal, em investigações da "lava jato", quanto de assessores de seu gabinete que trabalharam com o ex-juiz Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Juiz federal desde 1993, Loraci Flores chegou ao TRF-4 em novembro do ano passado, incluído na leva de 12 nomes escolhidos pelo então presidente Jair Bolsonaro para compor a corte, por causa do aumento do número de cadeiras de desembargador promovido pela Lei 14.253/2021. Ele se tornou relator dos processos da "lava jato" na corte após o desembargador federal Marcelo Malucelli se afastar de tais processos.

Loraci Flores é irmão de Luciano Flores, delegado da Polícia Federal que atuou em investigações da "lava jato". Ele foi o responsável pela condução coercitiva e inquirição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por grampear a ex-primeira-dama Marisa Letícia em conversas pessoais que acabaram divulgadas em jornais, a despeito de a prática ser proibida pela Lei 9.296/1996. 

O fato de seu irmão, como delegado da PF, ter atuado na "lava jato" impede Loraci Flores de ser relator dos processos do caso no TRF-4. O artigo 252, I, do Código de Processo Penal estabelece que o juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que "tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da Justiça ou perito".

"O irmão é parente consanguíneo, em linha colateral, em segundo grau. Logo, o desembargador federal Loraci Flores está impedido de atuar em todos os processos nos quais tenha atuado, na fase de investigação policial, seu irmão, Luciano Flores", afirma Gustavo Badaró, professor de Direito Processual Penal da Universidade de São Paulo.

A "lava jato" foi "o maior escândalo de parcialidade de toda a história judicial brasileira", afirma o professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pedro Serrano. Por isso, segundo ele, não é prudente que uma pessoa cujo irmão atuou em investigações do caso seja relatora dos processos. "Independentemente da questão jurídica, há uma questão ética e moral."

A imparcialidade hoje é compreendida de forma muito mais ampla do que os casos enumerados no CPP como motivos de suspeição ou impedimento. Tais hipóteses, além não serem taxativas, "remontam a uma racionalidade autoritária do início do século passado", destaca Aury Lopes Jr., professor de Direito Processual Penal da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

"Para além da imparcialidade subjetiva e objetiva, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (em decisões recepcionadas e citadas pelo Supremo Tribunal Federal, inclusive) também demonstra a exigência (e existência) de um dever de 'aparência' ou 'estética' de imparcialidade, no sentido de que o juiz precisa ocupar um lugar, ter uma postura e estar em um contexto que gere, no jurisdicionado e nas pessoas em geral, a confiança de que se está diante de um juiz imparcial. A estética de imparcialidade exige que o juiz ocupe um lugar de afastamento, de alheamento, de 'terzietà' (na clássica expressão italiana). É preciso essa imagem, essa visibilidade de imparcialidade, para além dos conceitos tradicionais de imparcialidade subjetiva e objetiva", explica o professor.

Dessa forma, o fato de Loraci Flores ser irmão de delegado que atuou na "lava jato" "fulmina a 'aparência' de afastamento, de alheamento e, portanto, de imparcialidade", opina Lopes Jr. Segundo ele, a simples dúvida sobre a imparcialidade já deveria motivar o reconhecimento da suspeição, de ofício, pelo julgador.

 

Assessores suspeitos

 

Pelo menos dois servidores que trabalharam na 13ª Vara Federal de Curitiba quando Sergio Moro era juiz titular foram convocados por Loraci Flores para atuar em seu gabinete na 8ª Turma do TRF-4: Flávia Rutyna Heidemann e Thiago da Nova Telles.

Procurado pela revista eletrônica Consultor Jurídico, o TRF-4 informou que Flores se negou a informar quem são seus assessores. Ele acrescentou que "só falará nos autos".

O fato de servidores que trabalharam com Moro integrarem a equipe de Loraci Flores fez emergir um debate relativamente novo: a suspeição do juiz se estende ao seu gabinete? Afinal, os funcionários ajudarão o desembargador a revisar decisões da "lava jato" que eles próprios ajudaram a produzir na primeira instância.

O jurista Lenio Streck, professor de Direito Constitucional da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e da Universidade Estácio de Sá, afirma que a suspeição não se aplica aos assessores. Contudo, ele ressalta o "problema ético" de os servidores revisarem decisões que eles mesmos minutaram na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Nessa linha, o ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil José Roberto Batochio aponta que a suspeição e o impedimento são personalíssimos e atingem apenas a autoridade do Estado, e não seus assessores.

Por outro lado, Aury Lopes Jr. e Pedro Serrano entendem que o emprego de servidores que trabalharam com Moro compromete a aparência de imparcialidade de Loraci Flores. Até porque o ex-juiz já foi declarado suspeito para julgar os processos mais importantes da "lava jato" — que envolviam o presidente Lula.

Já Gustavo Badaró afirma que, em tese, o impedimento dos juízes pode ser aplicado aos servidores. O artigo 274 do CPP estabelece que "as prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da Justiça", assim como aos membros do Ministério Público (artigo 258 do CPP), peritos (artigo 280 do CPP) e intérpretes (artigo 281 do CPP).

Uma das hipóteses de impedimento dos juízes que se estenderia aos serventuários e funcionários da Justiça, conforme o professor, é a de atuar em processo em que "tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão", prevista no artigo 252, III, do CPP.

"No caso, por exemplo, um assessor não terá 'se pronunciado sobre questão de fato ou de direito'. Quem se pronuncia no processo é o juiz. Mas me parece evidente que assessores preparam minutas de decisões e sentenças para os juízes. E, nesse caso, seria questionável a sua atuação, como assessores, agora de um desembargador federal (em segundo grau), para revisar decisões ou sentenças de um juiz cujas minutas eles próprios prepararam em primeiro grau", opina Badaró.

 

Pedido feito

 
TRF-4: Desembargador Loraci Flores é o novo relator da Lava Jato
TRF de 4: desembargador Loracia Flores é o novo relator da finada Lava Jato
 
 
 
 

Por causa da atuação do irmão do desembargador no caso, o advogado Rodrigo Tacla Duran pediu, nesta sexta-feira (28/4), que Loraci Flores se declare impedido para atuar nos processos da "lava jato".

Em depoimento recente, o advogado afirmou que foi alvo de uma tentativa de extorsão para que não fosse preso durante a "lava jato" e implicou Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol no suposto crime. Ele entregou fotos e vídeos que comprometeriam os parlamentares.

 

20
Jan22

Urnas têm um Bolsonaro eleito e 75 'Bolsonaros' derrotados

Talis Andrade

Carlos Bolsonaro ignora Crivella em material de campanha nas redes sociais  | Sonar - A Escuta das Redes - O Globo

Carlos Bolsonaro foi eleito com menos votos do que em 2016

 

Nas eleições o filho reflete o pai o rei Sol. Não existe melhor pesquisa que o voto secreto, as urnas livres e democráticas. Nas eleições de 2020, Bolsonaro registrava uma queda de 30 por cento dos votos na sua base eleitoral a ex-Cidade Maravilhosa Rio de Janeiro Capital do Samba. 

Escreveu em 18 de Nov de 2020,

Daniel Gallas /BBC News

- - -

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente da República, foi reeleito para seu cargo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro neste domingo (15/11). Ele recebeu 71 mil votos — uma queda de mais de 30% em relação aos 106 mil votos que obtivera. Carlos Bolsonaro também perdeu o posto de vereador mais votado no Rio de Janeiro, que havia conquistado em 2016, para Tarcisio Motta (Psol), eleito com mais de 86 mil votos.

Mas o filho do presidente foi uma exceção entre os candidatos que estiveram nas urnas com o famoso sobrenome de sua família. Um levantamento da BBC News Brasil com candidatos que concorreram com o nome "Bolsonaro" mostra que apenas Carlos teve sucesso.

No total, 76 "Bolsonaros" candidatos a vereador, a vice-prefeito e a prefeito (estes em Jaboticabal e Várzea Paulista, em SP) foram derrotados. Houve também políticos que foram impedidos de usar o nome de Bolsonaro para concorrer.

O presidente também teve um resultado ruim entre os candidatos que apoiou diretamente em suas lives na internet, com dois terços deles derrotados neste domingo.

09
Mai21

Deputado bolsonarista de Minas Gerais diz que massacre de Jacarezinho "não foi chacina, foi faxina"

Talis Andrade

 

tubaraoinsta- pescaria.jpg

fabrício queiroz pescaria.jpg

 

Militar Sandro de tal (PSL), deputado por Minas Gerais, defendeu a operação da polícia de Cláudio Castro, responsável pela morte de 29 pessoas

 

O professor universitário e advogado João Gabriel Prates usou o Twitter para mostrar uma postagem criminosa do deputado estadual por Minas Gerais Sandro de tal, do partido só de laranjas (PSL).

O milico disse que o massacre de Jacarezinho “não foi chacina, foi faxina!”.

A desastrosa operação policial foi responsável pela morte de 29 pessoas: 28 civis e um militar repressor. 

Prates fez a postagem e escreveu: “Mais um canalha, que é deputado em Minas Gerais. Que a Assembleia responsabilize o coronel Sandro”.

O bolsonarista respondeu a mensagem e ameaçou o advogado: “Pronto para o processo por injúria! Aguarde”.

Faxina tem os seguintes sinônimos:

 
A polícia, uma operação com 250 militares, executou 28 pobres, 28 negros e mestiços, 28 favelados, moradores de Jacarezinho, na ex-Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro, ex-Capital do Samba, que virou Rock in Rio dos turistas da pele branca, branca que nem Branca de Neve & os sete anãos bolsonaristas.
 
Para o fardado deputado, a limpeza racista é necessária porque todo negro fede. É sujo. Precisa de asseio, higiene. A lavagem lembra a anedota eugenista, talvez por milagre torne alva e nobre a pele negra por natureza escrava.
João Gabriel Prates
@jgprates
Mais um canalha, que é Deputado em MG. Que a responsabilize o
ImageO professor não se intimidou: “O deputado estadual bolsonarista chama de ‘faxina’ a chacina do Jacarezinho e ainda quer me processar. Como diriam os jovens: “só vem!”.
 
Antes mesmo de ser empossado no cargo da Assembleia Legislativa, Sandro já denunciava abertamente sua posição ideológica tendo dito, inclusive, em entrevista ao jornal Super Notícias, no dia 4 de dezembro de 2018, que quer exterminar a esquerda no Brasil.
 
Que fique o lembrete: o legislativo não é lugar para exibir, ostentar farda, batina, toga etc. O legislativo - importante lembrar nestes tempos fascistas - é a casa do povo. O povo que clama por Liberdade, Democracia, Justiça, Fraternidade e Pão, por um Brasil sem chacina, sem massacre, sem peste, sem extermínio, sem morte por falta de vacina, sem guerra entre milícias e traficantes. 
 
08
Mai21

Chacina de Jacarezinho: Bolsonaro pode ter convocado a polícia do Rio para enfrentar o STF

Talis Andrade

Bolsonaro e Cláudio Castro no Palácio Laranjeiras — Foto: Reprodução/TV Brasil

Bolsonaro e Cláudio Castro no Palácio Laranjeiras, na quarta-feira 5, véspera do Massacre de Jacarezinho

O presidente da República Jair Bolsonaro e o governador do Rio Cláudio Castro (PSC) marcaram uma reunião secreta nesta quarta-feira no Palácio Laranjeiras, Zona Sul do Rio. Bolsonaro chegou ao local por volta de 16h40. A conversa virou a noite. Não deu outra, "o som de tiros no Jacarezinho deixou moradores da favela e de bairros próximos aterrorizados desde as primeiras horas de quinta-feira (6). Eram os primeiros minutos da operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro. Agentes da Polícia Civil ficaram na favela por nove horas - nove horas de terror para quem vive na comunidade". Uma das poucas favelas sem as milícias que comandam o crime na ex-Cidade Maravilhosa, ex-Capital do Samba, hoje entregue ao Rock in Rio. Nem com o Exército, com o general Braga interventor militar de Michel Temer, as forças armadas tiveram a audácia de invadir os territórios milicianos.

Né engraçado, Bolsonaro visita o governador na virada da noite, e a polícia amanhece na favela do Jacarezinho, favela cobiçada pela milícia? O objetivo, reclamam os moradores, "deixar nossos corpos, nossos ossos no chão" ensanguentado. O sangue de 29 corpos, 28 civis e um militar.

Agenda Nacional Pelo Desencarceramento
Em 2019 mais de 1.500 cartas das crianças da Maré/RJ foram enviadas para o Judiciário do Rio, descrevendo o horror das operações policiais. “Não gosto do helicóptero porque ele atira pra baixo e as pessoas morrem”
Image
 

Bolsonaro pode ter convocado a polícia do Rio para enfrentar o STF, diz Nassif

247 - O jornalista Luis Nassif observa, no jornal GGN, que os apoiadores do bolsonarismo estão tentando justificar a chacina que deixou 25 mortos na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, utilizando o argumento de que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que determinou a suspensão de operações policiais nas comunidades durante a pandemia, teria permitido que as facções criminosas se armassem.

Para ele, “desde o início de governo, Bolsonaro se imiscuiu na segurança do Rio de Janeiro. A seu pedido, em maio de 2020 o então Ministro da Justiça Sérgio Moro afastou o delegado Ricardo Saadi, alegando problemas de “produtividade”. Conferiu-se, depois, que, sob Saadi, a Superintendência do Rio ostentou os melhores índices de produtividade de todo o país”. “Ao mesmo tempo, investiu contra a fiscalização da Receta Federal no porto de Itaguaí, no Rio, porta de entrada do contrabando de armas no país”, completa. 

Nassif também destaca que “o ex-governador Wilson Witzel desmontou a Secretaria de Segurança e transformou a Polícia Civil e a Militar em Secretarias. Ou seja, sem nenhuma intermediação política e definindo, de moto próprio, as ações de repressão. Com a queda de Witzel, o sucessor Cláudio Castro nomeou os novos Secretários em acordo direto com Jair Bolsonaro”.

“No dia 5 de maio, Bolsonaro iniciou o dia com ataques ao Supremo. Deu declarações de enfrentamento nítido ao Supremo, sustentando que editaria uma medida contra os governadores que ‘não vai ser contestado por nenhum tribunal, porque será cumprido’”. “Na sequência, Bolsonaro rumou para o Rio de Janeiro e reuniu-se com o governador Cláudio Castro”, pontua.  “No dia seguinte, explode a Operação que massacrou 25 pessoas”, observa o jornalista no texto. 

“Na coletiva, o chefe da operação acusa diretamente o Supremo pela tragédia. Segundo ele, a decisão do Ministro Luiz Edson Fachin, de impedir operações durante a pandemia, permitiu o fortalecimento do tráfico, levando ao confronto. Esse mesmo discurso seria repetido no dia seguinte pelo principal porta-voz de Bolsonaro, jornalista Alexandre Garcia", diz Nassif.

Leia a íntegra no GGN.

 

"Massacre do Jacarezinho é terrorismo bolsonarista", diz Pannunzio

policia assassina.jpg

 

 O jornalista Fábio Pannunzio, em artigo publicado neste sábado (8) intitulado "Massacre do Jacarezinho é terrorismo bolsonarista", evidenciou a influência da narrativa de Jair Bolsonaro na operação policial na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que deixou 28 mortos.

Depois de destacar o silêncio de Bolsonaro diante do fato, que "não mereceu uma palavra sequer" do chefe do governo federal, o jornalista citou uma fala do delegado Rodrigo Oliveira, que falou à imprensa sobre a ação policial: “a Polícia Civil não vai se furtar de fazer com que a sociedade de bem tenha seu direito de ir e vir garantido”.

O termo "sociedade de bem", salienta Pannunzio, é "um mantra do bolsonarismo". "A ‘sociedade de bem’. O direito de ir-e-vir num local em que nenhum outro direito assiste à população. É possível ouvir a voz de Bolsonaro soprando no ouvido dos policiais a senha ideológica para que os jagunços da milícia civil fluminense fizessem o que fizeram".

"Qualificado como ‘dano colateral’ pelos insufladores da onda neofascista que varre o Brasil, o massacre no Jacarezinho foi na verdade uma inequívoca demonstração de força do bolsonarismo – especialmente do que ele é capaz, em sua escalada de brutalidade e selvageria", avalia o jornalista.

 

Nota deste correspondente: O ataque à creche, em Saudades, ação insana, cruel, solitária de um garoto de 18 anos, que sofria bullying. A chacina do Jacarezinho foi praticada por 250 militares da ativa, treinados e bem armados, que mataram a sangue frio 28 civis favelados, negros e pobres. 

 

13
Set17

Neonazistas do Rock in Rio pretendem espantar no grito mendigos e moradores de rua

Talis Andrade

esmola ajuda Anne Derence.jpg

 

Campanha na zona sul do Rio pede "gritaria" contra quem dá esmola

 

 

Escreve Carolina Farias, para UOL Rio de Janeiro, ex-Cidade Maravilhosa, ex- Capital do Samba: 

 

Uma campanha criada por organizadores de páginas no Facebook de ao menos cinco bairros da zona sul do Rio de Janeiro pede que moradores não deem dinheiro ou comida a pessoas que vivem nas ruas da região. Posts nas páginas Alerta Ipanema, Leblon, Copacabana, Botafogo e Gávea --juntas, elas possuem mais de 83 mil seguidores-- incentivam aqueles que virem moradores dando esmolas a fazer "gritaria". 

 

De acordo com a campanha, ajudar moradores de rua contribui para a permanência deles na rica zona sul carioca.

 

campanha-antiesmola-no-rio.png

 

 

A temida guarda imunicipal e demais funcionários do prefeito do Rio bispo Marcelo Crivella, sobrinho do bispo Edir Macedo, fundador  e líder bilionário da Igreja Universal do Reino de Deus, alertam: "Pessoal, a Subprefeitura da Zona Sul têm retirado essas pessoas e encaminhado aos abrigos, mas vocês percebem que eles sempre voltam?" Leia mais 

 

 

A campanha visa afastar os mendigos das ruas do Rio que se prepara para realizar o mega evento internacional Rock in Rio, promovido pela TV Globo, empresários corruptos, sendo um deles Eike Batista, neonazistas, movimentos da direita como MBL. Não esquecer a limpeza étnica da polícia que mata jovens negros e a certeira pontaria das balas perdidas que atingem crianças.

 

Duas opções a cruel realidade oferece para as crianças: pedir alguns trocados ou ser prostituta ou soldado do tráfico dos bandidos civis e milícias formadas por militares ou ex-militares. O calçadão turístico de Copacabana, hotéis de luxo e bares são pontos de prostitutas infantis. 

 

A campanha cruel copia outras cidades

 

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A esmola está prevista no Novo e Velho Testamentos. Jesus mandava os apóstolos pedir esmolas. São Francisco de Assis criou um ordem de frades mendicantes.

 

Hoje, coisa do capitalismo selvagem, do individualismo egoísta, dos adoradores do bezerro de ouro, ninguém dá esmolas.

 

Pedir uma caridade constitui extrema humilhação. Principalmente quando velho. Quem tem 60 anos. Nesta idade ninguém arranja emprego. Idem quando se tem 65 anos, quando se é idoso.

 

A aposentadoria por idade, agora com a reforma trabalhista de Michel Temer, só depois dos 70 anos, quando se é ancião.

 

A aposentadoria por idade é no valor de um salário mínimo. Bote mínimo nisso.

 

É uma aposentadoria da fome. Não passa dos 900 reais. Não dá para comprar os medicamentos da velhice. Nem para pagar o aluguel de uma pobre moradia.

 

As igrejas não praticam mais caridade. Cobram dízimos. Os vendedores voltaram aos templos. Vendem tudo. Indulgências, relíquias, água do Rio Jordão, suor de Cristo como perfume, beijo em pé de pastora, discos de cantoras gospel esposas ou amantes de pastores, livros, filmes, uma indústria, um bilionário comércio.

 

Velho no Brasil, pé na cova, morador de rua esmoler, morre como indigente no mais extremo doloroso abandono.

 

 

 

13
Jul17

O dia mundial do rock só existe no Brasil vassalo

Talis Andrade

Um dia criado para comemorar a vassalagem, o entreguismo cultural. Ou melhor, para celebrar o fim da Cultura brasileira.

 

Trata-se de uma conquista dos Estados Unidos. Que toda invasão de um império é precedida pela imposição da cultura do vencedor. Estratégia política utilizada por Alexandre, o Grande, e pelos Césares, na Antiga Roma.

 

O portal Aventuras na História registra:

 

"Exatamente o que diz no título. O dia mundial do rock é uma jabuticaba - o que não quer dizer que, como a fruta e o rock nacional, não possa ser apreciado, só que não entrega o prometido 'mundial".

 

Ora, ora, não existe "rock nacional", e sim rock cantado em português do Brasil, que de brasileiro nessa história apenas existe jabuticaba, uma palavra indígena. Frutos em botão, no tupi.

jaboticabeira.jpg

A árvore da jaboticabeira, de até dez metros de altura, tem tronco claro, manchado, liso, com até quarenta centímetros de diâmetro. As folhas, simples, têm até sete centímetros de comprimento. Floresce na primavera e no verão, produzindo grande quantidade de frutos. As flores (e os frutos) crescem em aglomerados no tronco e ramos. Seus frutos pequenos, de casca negra e polpa branca aderida à única semente, são consumidos principalmente in natura, ou na forma de geleia, suco, licor, aguardente, vinho, vinagre e medicamentos. 

 

Na cidade de Sabará, em Minas Gerais, no Brasil, é realizado, anualmente, o Festival da Jabuticaba, visando a perpetuar a tradição da cidade como produtora da fruta.

 

Daí a expressão chula para a mulher adúltera e o homossexual promíscuo: dá que nem jaboticaba. Esse dar, entreguismo, caracteriza o governo de Fernando Henrique e, hojemente, o de Michel Temer. O Brasil colonizado e dependente está doando todas suas riquezas, com uma política selvagem de privatizações, de leilões a preço de banana, concessões e outorgas.

 

O Fernando Henrique, no início da ditadura militar, em março de 1964, atuava como agente da CIA, para promover a morte da Cultura nacional.

 

Uma política que teve êxito. Festivais transformaram São Paulo em capital do jazz. O Rio de Janeiro, ex-Capital do Samba, virou rock Rio.  

 

Sobre a farsa do dia mundial do rock, in Aventuras na História:

 

"A origem vem de fora. Começou em 13 de julho de 1985, durante o Live Aid, festival organizado pelo escocês Midge Ure e o cantor Bob Geldof. O megaevento aconteceu simultaneamente em Londres, Inglaterra, Filadélfia e Estados Unidos, com o objetivo principal de arrecadar fundos para acabar com a fome na Etiópia. A line up era imensa, com nomes como Mick Jagger e Keith Richards, U2, David Bowie, Madonna, Duran Duran, Phill Collins e Bob Dylan. Apesar de algumas participações mais pesadas, como Black Sabbath, Led Zeppelin e Judas Priest, em média era bem mais pra pop que rock. Veja abaixo a pauleira da música-tema.


Phill Collins, ex-membro da banda de rock progressivo Genesis, então um supeastro pop, se empolgou tanto durante sua performance e declarou sua vontade daquele dia ser considerado o dia mundial do Rock.

 

Phil Collins durante o festival Live Aid / Reprodução

No auge da fama, o próprio Collins devia imaginar que teria seu desejo atendido. Mas ele não estava na setlist dos metaleiros, punks & cia., então a coisa ficou por isso. Até 1990, quando duas rádios paulistanas de rock, a 89 FM e a 97 FM, passaram a mencionar o episódio de Collins em sua programação. Os ouvintes, as baladas de rock e o resto do país aceitaram a ideia.


O Dia do Rock de Phil Collins é ignorado no resto do mundo, mas lá fora existem outros dias do rock. Algumas rádios celebram o 9 de julho, quando ocorreu a estreia do programa American Bandstand que popularizou rock nos EUA. Outra opção é o 5 de julho, quando o ícone Elvis Presley em 1954, gravou o seu primeiro hit That's All Right. E ainda há o 11 de fevereiro, quando, em 1964, os Beatles se apresentaram pela primeira vez".

 

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                                        Augusto Pinochet, por Sergei Tunin 

 

Nenhum brasileiro citado, e nenhuma data possui significado para a Cultura do Brasil, a não ser para alienados, e para a indústria musical estrangeira, notadamente os Estados Unidos.

 

Veja o caso de Chico Buarque de Holanda, quando queria burlar a censura cantava no ritmo do rock, num embalo à Roberto Carlos tão apreciado pelos cafonas generais ditadores do Cone Sul.

 

 

 

 

 

 

04
Jul17

Franco-atiradores no Rio de Janeiro capital do rock

Talis Andrade

Ex-Capital do Samba, a ex Cidade Maravilhosa prepara o Rock in Rio para os dias de festival (15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de setembro).

 

Por trás do evento sempre estiveram políticos e empresários corruptos interessados na morte da cultura brasileira como Eike Batista

 

Paralelo ao evento, talvez financiados por chefes de milícias que comandam o tráfico e currais eleitorais na cidade, pretendem realizar um congresso de franco-atiradores. Estão na mira snipers que atuaram em conflitos armados, principalmente na Europa e Primavera Árabe. 

 

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