O delegado Alexandre Saraiva, da Polícia Federal (PF), ecoou, nesta segunda-feira (25/7), uma hashtag com pedido de prisão contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O assunto é um dos comentários registrados pelo Twitter.
A declaração ocorre após a congressista ter ameaçado o policial sobre um possível processo judicial por ter sido incluída na lista de parlamentares que ele considera “bandidos” e “marginais” por apoiarem, segundo ele, atividades ilegais na Amazônia. Ex-superintendente da PF na região, Saraiva deu declaração, em junho, durante entrevista à GloboNews.
“Se a Carla Zambelli me processar vou colocar este fato no meu currículo Lattes, algo como: ‘Processado por Carla Zambelli por chamá-la, em programa de grande audiência, de marginal e bandida.’ O que vocês acham? #zambellinacadeia”, provocou.
Em Roraima, Amapá, Pará e Mato Grosso, garimpeiros não ficaram de quarentena e lançaram-se em nova corrida pelo ouro. Uma corrida que nunca termina. "Estas pessoas transformarem nos transmissores do coronavírus para os 180 povos que há milênios vivem na Amazônia", diz Danicley de Aguiar. Contaminam as pessoas e os rios. Os rios com mercúrio.
A presença de milicianos ligados ao garimpo ilegal e o contrabando de riquezas já deveriam ser sinal de alerta para ação rápida de fiscalização. Não é o que se vê. Apenas 20% do ouro extraído vem da mineração legal.
Sem poder contar com fiscalização contra o desmatamento, garimpo ilegal e contrabando de riquezas, indígenas têm pedido um plano de emergência para proteger povos da floresta.
Pedem ESVAZIAMENTO DOS GARIMPOS com urgência. De setembro do ano passado até março deste ano de 2020, são mais de 16 mil alertas de desmatamento registrados pelo INPE.
Saiba mais:
"Indígenas na Amazônia denunciam aumento de garimpo ilegal durante pandemia" - Deutsche Welle Brasil, 01/04/2020: https://p.dw.com/p/3aJbh
"Grileiros, madeireiros e garimpeiros não fazem home office" - UOL, 31/03/2020: https://bit.ly/2xM906B
"Sem esperar governo, indígenas fecham estradas e expulsam garimpeiros contra coronavírus" - Folha de São Paulo, 03/04/2020:
"O que há no projeto que libera a exploração de terras indígenas", NEXO, 08/02/2020: https://bit.ly/39DxlZh
Numa clara ameaça para impedir o lançamento de meu livro “A outra Face de Sergio Moro – Acobertando os Tucanos E entregando a Petrobrás”, em 2016, intimaram-me, via MPF, a pedido do juiz Sergio Moro (1).
Na época, mais dois blogueiros foram intimados pelo juiz Sergio Moro: Eduardo Guimarães e Roberto Ponciano (2).
Em 2016, a Lava Jato, chefiada pelo juiz Sergio Moro era praticamente uma unanimidade.
Recebi mais duas intimações da parte de Sergio Moro, mas não me calei! Depois, graças a Deus, apareceu o The intercepet Brasil que, na verdade, foi quem desconstituiu a imagem de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, os chefes da Lava Jato
As denúncias do Intercept, inclusive provadas com áudios, foram tão graves que levou o Conselho Nacional da OAB, por unanimidade, a pedir o afastamento de Sergio Moro e Dallagnol de cargos públicos para que tivessem um julgamento justo e não usassem a máquina pública em beneficio próprio (7). Mas ambos, Moro e Dallagnol, não acataram a orientação da OAB e continuaram a conspirar contra a Petrobrás e o Brasil.
Em 2020, a Justiça me propôs um acordo judicial com Moro na “Movimentação do Processo 0178170 - 29. 2017.4.02. 5101 se existe a possibilidade de celebração do Acordo de Não Persecução Penal, previsto no artigo 28-A do Código de Processo Penal”.
Eu, correndo risco de ser condenado em crime contra a honra, no caso de calúnia, não celebrei esse acordo o que significava que, a partir de então, seriam cessados os processos de intimação e eu me silenciaria sobre Sergio Moro e Lava Jato.
Tendo em vista essa minha experiência pessoal, creio que a FUP, FNP e Aepet quando, dentro do Grupo Petros, pactuaram no acordo do PED - Plano de Equacionamento de Deficit e provavelmente celebraram o pacto do silêncio mútuo e assim viraram uma espécie de reféns das operações Lava Jato e Greenfield.
Vale lembrar que pelo PED, dezenas de milhares de petroleiros, ativos e aposentados, são obrigados a pagar, de forma vitalícia, 13% de seus salários, por um rombo que ocorreu na Petros. Sendo que esses petroleiros nunca foram gestores da Petros!
Creio que, com minha atuação enquanto funcionário da Petrobrás e sindicalista, consegui ajudar a mostrar a outra face de Sergio Moro, o que me custou muito caro e continua a me penalizar.
Agora, infelizmente novamente praticamente sozinho, quero mostrar à sociedade e aos petroleiros que a Lava Jato e a Greenfield, em nome do combate à corrupção, constituem- se num cavalo de troia que vieram, na verdade, somente para entregar aos bancos privados o patrimônio dos fundos de pensão, um dos maiores do estado brasileiro que inclui a Petros, sendo que a maior parte desse patrimônio é dos trabalhadores!
Mas o mais grave é querem tirar do mercado de aposentadorias complementares os fundos de pensão das estatais e entregá-lo exclusivamente aos bancos privados.
Lembrando que os fundos de pensão foram impostos pela ditadura militar, ou seja, não foram uma opção dos trabalhadores, pois, com certeza, que os trabalhadores, através de seus sindicatos, iriam optar pela Previdência Pública e Universal.
Mas nem por isso deixamos de elogiar a Petros que, durante os seus 50 anos de existência, pagou em dia e ininterruptamente aposentadorias e pensões, e ainda constituiu um gigantesco instrumento de fomento da nossa economia. Com isso não quero dizer que não exista corrupção na Petros e muito menos dizer que não deva ser combatida.
Mas veja como a Greenfield disse combater a corrupção nos fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e Valia denunciando 29 gestores desses fundos de pensão por gestão temerária (3)?
Essa denúncia se deu em torno de vultosos investimentos na empresa Sete Brasil, que fabricaria sondas de perfuração para a Petrobrás, mas especificamente para o pré-sal. Creio que este seria, no Brasil, um dos negócios mais lucrativos do mundo principalmente considerando que o pré-sal é a maior descoberta petrolífera do planeta e já reponde por 70% da produção nacional de petroleo (4). E o cancelamento das encomendas da Petrobrás com a Sete Brasil com certeza acarretou numa grande baixa nos investimentos da Petros e rombo no fundo de pensão.
Mas sabe qual foi o resultado dessa investigação da Lava Jato, em parceria com a Greenfield, em nome do combate à corrupção?
Pois tanto as sondas de perfuração, como navios e plataformas, passaram assim a serem fabricadas no exterior, gerando investimentos gigantescos, arrecadação monstro de impostos e empregos de qualidade e renda. Só que para os gringos! Não seria mais fácil prender e afastar os corruptos e manter os investimentos e os empregos no Brasil? Lembrando que pela lei do governo Lula, de Partilha, 12.351/10 a ampla maioria da industria naval deva ser construída no Brasil.
Continuando a beneficiar os americanos e aliados, a Lava Jato, além de destruir a indústria naval brasileira (5), cancelou a construção das duas refinarias do Nordeste, as do Ceará e Maranhão (6). Essas refinarias nos dariam a autossuficiência no refino de gasolina, diesel, entre outros derivados, e ainda um excedente para exportação, gerando caixa para União. Essas duas refinarias gerariam mais emprego na Petrobrás e também receita para o fundo de pensão Petros.
Tal a importância das refinarias, que denúncia da Aepet mostra que, em 12 meses, o Brasil pagou aos EUA, R$ 25 BI em importação de gasolina e diesel (8). E Bolsonaro ainda vai entregar metade das refinarias da Petrobrás!
Com isso vamos dar mais dinheiro aos EUA, na importação de gasolina e diesel; demitir operadores e diminuir salários, como fez na BR Distribuidora, e ainda gerando mais déficit para a Petros (9,10).
Não coloco em dúvida a idoneidade e a combatividade dos companheiros da FUP, FNP e Aepet, muito pelo contrário, eles são meus ícones e minha mais importante referência! Alguém diria: mas as assembléias da categoria aprovaram o PED; aprovaram por que Fup e a Fnp indicaram a aceitação!
Mas cobrar rombo da Petros de trabalhadores que só fizeram pagar no contracheque a Petros, como no meu caso, por 42 anos, sem nunca terem sido gestores do Fundo e ainda levarmos a pecha de corrupto é inaceitável
Moro deixou pela estrada muita gente boa que apostava em sua boa fé e o chamavam de “Meu Herói”. Eu, de pronto, duvidei das boas intenções de Moro, não por empirismo ou espiritismo, mas por sua trajetória.
Por outro lado, muita gente, principalmente nos sindicatos, até duvidava de Moro, mas se calou com medo. E tinham razão, Moro intimou as pessoas que o criticavam como exemplo o blogueiro, Eduardo Guimarães, e dois sindicalistas: eu e Roberto Ponciano.
Guimarães foi através da extinta Condução Coercitiva, muito usada na ditadura militar, e retomada no golpe de 2016. E novamente extinta pelo STF. Assim o recado de Moro estava dado, bateu levou!
Minha 1ª intimação foi na véspera do lançamento do livro A Outra Face de Sérgio Moro – Acobertando os Tucanos e Entregando a Petrobrás, mas o livro saiu.
Minha desconfiança em relação ao juiz Sergio Moro foi focada principalmente devido ao escândalo do Banestado em 2003. Segundo o senador Requião, em discurso no plenário do Senado: “O maior escândalo de corrupção no país não foi o Mensalão, o petrólão, foi o do Banestado que surrupiou meio trilhão de reais dos cofres públicos. Um escândalo exclusivamente tucano e nenhum deles foi preso”. E o chefe da investigação foi o juiz Sergio Moro (1).
Desconfiei também porque Moro foi premiado pela Globo. Lógico que para dar-lhe visibilidade. Essa mesma Globo comparava a Petrobrás a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás, numa dobradinha com o tucano FHC em seu governo que tentava, a qualquer custo, privatizar a Petrobrás. Não conseguiu, na ocasião!
Como diria Sherlock Holmes, elementar meu caro Watson, se Moro estava com a Globo, Moro não veio salvar a Petrobrás, mas sim facilitar sua entrega. Mas a imprensa, para ludibriar a sociedade, diz que a Lava Jato veio para combater a corrupção e para salvar a Petrobrás.
É importante também deixar claro o papel golpista da Lava Jato: foi de vazamento de delação premiada da operação Lava Jato que saiu a farsa, às vésperas da reeleição de Dilma, que dizia que Dilma e Lula sabiam da corrupção na Petrobrás. Embora o TSE tenha proibido a divulgação do fake News, a revista Veja publicou em matéria de capa e o Jornal Nacional da Globo ainda replicou (2).
Os delegados da Lava Jato, no blog de campanha de seu candidato, Aécio Neves, chamaram Dilma de “Anta” (7). Se não respeitam uma senhora que era naquele momento a presidenta do Brasil, vão respeitar a lei?
Seguindo nas irregularidades, foi o próprio Moro que assumiu o grampo e o vazamento ilegal do telefonema da então presidenta Dilma para o ex-presidente Lula (3).
Moro, na Lava Jato, que investiga a Petrobrás, toma o mesmo rumo da investigação do Banestado: delação premiada contra os tucanos não vale.
Tucanos como FHC, Anastasia, Serra e Aloysio Nunes, entre outros, nunca as delações contra eles são validadas e ninguém muito menos viu vazamento de delação de tucano. Com destaque para o tucano Aécio Neves, embora recordista de delações na Lava Jato, nunca sequer foi molestado, e continua senador da República, livre, e pode ser candidato.
Aécio mesmo sendo recordista de delações na Lava Jato, como deboche, cobra arrependimento de Lula (4).
Para mostrar a ligação umbilical de Moro com os tucanos, em novembro de 2016, protocolei denúncia de omissão da Lava Jato em relação à gestão criminosa de FHC e Pedro Parente na Petrobrás. Até hoje sem reposta. Veja denúncia na íntegra (8).
Mas Moro, chefe da Lava Jato, do combate à corrupção, na Petrobrás, permitiu que o tucano Pedro Parente, mesmo sendo réu, desde 2001, quando deu um rombo bilionário na companhia, assumisse a presidência da companhia (5).
Vale lembrar que para entrar Petrobrás só através de concurso público e o candidato se submete à investigação social, ou seja, jamais alguém réu que tenha dado prejuízo na companhia, como Parente, poderia fazer parte de seus quadros.
E Pedro parente, com a certeza da impunidade, e contando com a omissão da Lava Jato, ainda mandou pagar R$ 2 BI ao banco J.P. Morgan de um empréstimo que só venceria em 2022 . E Parente é sócio do banco (6).
O fato é que Moro, com apoio da mídia, não responde a nenhum dos escândalos, joga tudo para baixo do tapete. Na verdade, a Lava Jato há muito deixou de ser uma operação: E se cobrir com lona, vira circo; se trancar a porta, vira hospício.