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O CORRESPONDENTE

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24
Jul21

Lava Jato e o genocídio contra a economia fluminense

Talis Andrade

Os efeitos deletérios da Operação Lava Jato sobre a economia fluminense são profundos e duradouros

 

por Roberto Monteiro /O Dia

Em janeiro de 2021, o Cadeg (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostrou que a cidade do Rio de Janeiro foi, de longe, a que mais fechou postos de trabalho em todo o Brasil durante o ano de 2020: 92.753.
 
De fato, embora o desemprego seja um fenômeno nacional, no Estado do Rio ele assume contornos ainda mais drásticos. Como revela o IBGE, no primeiro trimestre de 2021 o Brasil registrou 14,8 milhões de desempregados e 6 milhões de desalentados (pessoas que já não procuram emprego). Enquanto a taxa de desemprego nacional está em 14,7%, no Rio este índice alcança 19,4%, cerca de 32% maior que a taxa geral do país.
 
Estes números revelam a particularidade de uma economia que foi devastada pela forma irresponsável com que foi conduzida a Operação Lava Jato. 
 
Estudo do site Poder360, intitulado “Balanço da Lava Jato”, revelou que 12 empresas nacionais perderam R$ 563 bilhões de faturamento até 2020, deixando de recolher aos cofres públicos mais de 41 bilhões de impostos. Destas 12 empresas nacionais a maior parte tinha sua sede principal no Rio de Janeiro e todas as demais concentravam boa parte do investimento em nosso estado.
 
Outro estudo, este do DIEESE, divulgado em março, revela que a Lava Jato foi a responsável direta pelo desaparecimento de 4,4 milhões de empregos, causando encolhimento do PIB em 3,6% e surge a pergunta inevitável: como se permitiu chegar a este ponto em nome de um suposto combate à corrupção?
 
No fim da segunda grande guerra os crimes nazistas vieram à tona. No julgamento de Nuremberg (1945) revelou-se que empresas alemãs famosas como Thyssen, IG Farben, Bosch, Siemens, Volkswagen, Mercedes, entre muitas outras, usaram, comprovadamente, trabalho escravo de prisioneiros, incluindo idosos e crianças, obrigados a trabalhar sem salário e em condições subumanas. Além disso, empresas alemãs alegremente fabricavam gás e equipamentos para o extermínio em massa nos tristemente famosos campos de concentração. Muitos executivos foram condenados e presos pelos crimes, mas a imensa maioria das empresas continuou (e continua até hoje) funcionando, pois a situação social de uma Alemanha já devastada pela guerra só iria se tornar ainda mais grave com o fechamento de milhares de postos de trabalho.
 
No Brasil precisaríamos de um Julgamento de Nuremberg com outro foco. É necessário apurar as responsabilidades pela destruição de empresas e da economia nacional, em nome de objetivos políticos, por personagens como o ex-juiz Sérgio Moro, que desfruta tranquilamente, no exterior, dos dividendos causados pelo genocídio econômico que atingiu milhões de brasileiros e cujo impacto no Estado do Rio de Janeiro levará pelo menos uma década para ser absorvido. 
 
Assim como no caso dos criminosos nazistas, é preciso punir para que não se repita.
24
Jul21

A Lava Jato cometeu genocídio contra a economia fluminense, escreve ex-vereador

Talis Andrade

Paulo Márcio

 

247 - "Em janeiro de 2021, o Cadeg (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostrou que a cidade do Rio de Janeiro foi, de longe, a que mais fechou postos de trabalho em todo o Brasil durante o ano de 2020: 92.753. De fato, embora o desemprego seja um fenômeno nacional, no Estado do Rio ele assume contornos ainda mais drásticos. Como revela o IBGE, no primeiro trimestre de 2021 o Brasil registrou 14,8 milhões de desempregados e 6 milhões de desalentados (pessoas que já não procuram emprego). Enquanto a taxa de desemprego nacional está em 14,7%, no Rio este índice alcança 19,4%, cerca de 32% maior que a taxa geral do país", escreve Roberto Monteiro no jornal O Dia.

"Estes números revelam a particularidade de uma economia que foi devastada pela forma irresponsável com que foi conduzida a Operação Lava Jato", prossegue o articulista, advogado e ex-vereador no Rio de Janeiro. 

Monteiro cita estudo do site Poder 360, intitulado “Balanço da Lava Jato”, em que se revela que 12 empresas nacionais perderam R$ 563 bilhões de faturamento até 2020, deixando de recolher aos cofres públicos mais de 41 bilhões de impostos. O detalhe mais importante para o Rio de Janeiro é destacado pelo ex-vereador: "Destas 12 empresas nacionais a maior parte tinha sua sede principal no Rio de Janeiro e todas as demais concentravam boa parte do investimento em nosso estado".

"Outro estudo, este do DIEESE, divulgado em março, revela que a Lava Jato foi a responsável direta pelo desaparecimento de 4,4 milhões de empregos, causando encolhimento do PIB em 3,6% e surge a pergunta inevitável:

Os efeitos deletérios da Operação Lava Jato sobre a economia fluminense são profundos e duradouros?"

Leia a íntegra em O Dia.

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