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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

19
Set23

Fantástico detona jagunços bolsonaristas

Talis Andrade
 
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A corrupção veste Prada (vídeos)

Por Altamiro Borges

No seu esforço para desidratar o bolsonarismo e, desta forma, viabilizar uma alternativa de “centro” na política, a TV Globo tem exibido algumas matérias impactantes. Neste domingo (17), o programa Fantástico trouxe duas reportagens que desmascaram o terrorismo da extrema-direita: uma traça o perfil do primeiro “patriotário” condenado no Supremo Tribunal Federal pelos atos golpistas do 8 de janeiro; a outra escancara a violência do jagunço Roberto Jefferson, o ex-presidente do PTB que segue na cadeia. 

Aécio Lúcio Costa Pereira, que foi condenado a 17 anos de prisão pelo STF, é o típico fanático bolsonarista. O criminoso reúne ao menos dez boletins de ocorrência contra ele, registrados por vizinhos. Segundo a matéria, ele é acusado de agressão verbal e física, homofobia, intolerância religiosa e até furtos. “Ele passava e falava: ‘Eu vou acabar com você’, relatou uma professora, que registrou boletins de ocorrência contra o machista por injúria, calúnia, difamação e perturbação da tranquilidade.

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Entrevistado, o perito Bruno Costa rebateu a mentira do jagunço bolsonarista de que não disparou para atingir os policiais. “Primeiro que ele deu muito tiro num veículo que tinha um policial atrás, abrigado, e segundo que dois policiais foram atingidos por tiro”. Já a advogada da policial atingida, Estela Nunes, disse que a agente sofreu “danos físicos e psicológicos”. “Ela tem o dano psicológico, que acho que é o maior dos danos. Na região do quadril e no rosto, ela teve perda de sensibilidade a toque, ao calor e ao frio. Além disso, a marca no rosto a faz lembrar diariamente da violência que sofreu”.

A corrupção veste farda

 

Braga Netto e outros generais ficam impunes

 
 

Duelos e condenados no STF expõem militares

 
 
22
Abr23

Bestas-feras supremacistas brancas não podem passar — tampouco passear; vídeos

Talis Andrade
 
Em SP, a bolsonarista Carla Zambelli, de arma de fogo em punho, persegue homem perto da Avenida Paulista. Em São Conrado, zona sul do RJ, a ex-jogadora de vôlei Sandra Mathias, chicoteia entregador com coleira. Os alvos de ambas são três pessoas negras: o jornalista Luan Araújo, e os entregadores Max Ângelo dos Santos e Viviane Souza. Fotos: Reproduções de redes sociais

Manifestação popular nessa quinta-feira, 20/04, em frente ao edifício onde mora Sandra Mathias, no luxuoso bairro de São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Pedro dos Anjos

 

Não devem passar, nem passear

 

por Pedro dos Anjos /Viomundo

O cinismo é irmão siamês do sadismo. Os dois têm um caso nada secreto com o racismo.

A nostalgia pelo passado escravista alcança algumas e alguns que não o viveram, mas que dele tem uma “saudade” imensa.

Círculos do neonazismo americano – a imprescindível Adriana Dias nos alertou – defendem a restauração da escravidão no Brasil, de modo a torná-lo uma grande plantation moderna para alimentar a raça branca do norte global.

Em São Conrado, burgo na zona sul vizinho da Rocinha, a candidata a feitora, Sandra Mathias, foi decidida em busca deste passado nostálgico.

Assim como fizera a deputada bolsonarista Zambelli, em São Paulo, há alguns meses. Esta com arma de fogo na mão; D. Sandra com uma coleira feita de chicote.

Já não é mais a lembrança de Zumbi dos Palmares, nem do revoltoso da chibata João Cândido que atormenta a mente das bestas-feras supremacistas brancas.

Agora, nem a “redentora” Princesa Isabel escapa do ódio racista. A rua, o trabalho, a escola com a presença do povo preto causam uma enorme inquietação na branquitude desvairada.

Para restaurar a escravidão no Brasil, tem que haver audácia.

E isto não faltou às duas intrépidas racistas, que apostam na cumplicidade dos homens da lei.

A rebeldia impulsiva de ambas indicou aos machos, racistas como elas, porém hesitantes, qual é o caminho (o ogro Roberto Jefferson também tentou, mas fracassou).

Nessa quinta-feira, 20/04, houve uma manifestação popular em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, em frente ao edifício onde mora Sandra Mathias.

Ela foi pacífica, porém combativa, como mostram estes quatro vídeos (veja aqui), que exibem militantes caminhando e se manifestando nas proximidades.

Confira-os.

Essa manifestação serviu para indicar a rota que a luta dos oprimidos deve tomar daqui para frente.

Luan Araújo, Max Ângelo e Viviane Souza nos inspiram a seguir esta estrada: a que faz justiça e não arrega diante da opressão racial e econômica.

Prisão para a D. Sandra! Prisão para a deputada Zambelli!

Ogras despudoradas que não podem passar – ou tampouco passear!

14
Fev23

Um deputado com sangue nos olhos e merda na boca

Talis Andrade
 
 
 
Bolsonarista, deputado Sargento Fahur comemora morte de garoto de 12 anos |  Revista Fórum
Instinto assassino. Roberto Jefferson do Paraná já deu muita coronhada e tiro na cabeça de preso 
 

 

Deputado assassino confessa crimes

 

Redação Istoé

- - -

Conhecido por defender a política do armamento da população, o deputado bolsonarista Sargento Fahur (PSD-PR) chamou atenção, nesta sexta-feira (10), durante evento na Câmara dos Deputados. Com a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de membros da indústria da defesa, o parlamentar adotou um discurso contra o governo Lula (PT), principalmente na questão sobre retirar as armas dos militares da reserva, a qual é falsa.

Deputado federal mais votado do PR, Sargento Fahur defende privatizações e  reformas - InfoMoney
O deputado mais votado do Paraná (tinha que ser no Paraná) de amigação com o genocida Bolsonaro

 

Mesmo assim, o deputado intimou o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, a tentar tirar a sua arma.

“Eu trabalhei 35 anos na Polícia Militar dando “coronhada” e tiro na cabeça de vagabundo, e continuei combatendo vagabundo, agora no parlamento. E vou andar desarmado? Flávio Dino, vem buscar minha arma aqui, seu m*”.

Outras frases da boca suja de Fahur:

"Essa é uma imprensa bem filha da puta. O desgraçado matou o jovem, confessou tudo e ainda é tratado como suspeito. Lixos defensores de bandidos".
 
E quando o homicida é um policial?
 
"Bandido bom é bandido no colo do capeta. Quem não gostou pega eu! Minha fala hoje na Câmara dos Deputados". 
 
Lula no Palácio invadido e depredado pelos bolsonaristas: "Que chique heim?? Pra quem furunfava em uma cela da Polícia Federal!"
cartacapital.com.br
Lula e Janja marcam mudança para o Palácio da Alvorada
Assim que Lula voltar da Argentina, já deve voltar para o Alvorada, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa
 
Para o sargentão deputado Fahur, a Polícia Federal era uma zona nos tempos de Bolsonaro. Foi deputado sério, honesto, ele demitia.

27
Nov22

A caminho de um ‘Jim Jones’?

Talis Andrade

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por Fernando Brito

- - -

O deputado bolsonarista Major Victor Hugo apresentou um inédito pedido de “anistia” para os bloqueadores de estradas que infernizam o país – e esta manhã a vez foi de quem se viu impedido de chegar ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

Aliás, para eles e também para os responsáveis pelo “ financiamento, a organização e o apoio de qualquer natureza, além das falas, comentários ou publicações em redes sociais ou em qualquer plataforma na rede mundial de computadores (internet)”. Só excetua -vejam só – “crimes contra a vida, contra a integridade corporal, de sequestro ou de cárcere privado”. Falava incluir isso, não é? Ou melhor, nem falta, porque o episódio do motorista aprisionado por golpistas e o caso do menino que tinha de operar-se e foi bloqueado já são transgressão mais que provada.

O fato é que estamos assistindo um patrocínio aberto do golpismo, que não vai parar sozinho, porque já há praticamente um mês ele segue não apenas tolerado, mas insuflado pelo governo, pelos militares e pelos partidários de Jair Bolsonaro.

O tempo de pedir que voltem para casa já passou e até isso era um exercício de tolerância e pacificação.

A violação da lei que estão praticando está mais que clara e condenada pela sociedade. Mas não pelas instituições que deveriam estar agindo: as polícias, o Ministério Público e o próprio Judiciário, que – por evidente traço corporativo – tem deixado só o ministro Alexandre de Moraes e o Supremo Tribunal Federal, que o respaldou ate agora.

Todas as autoridades estaduais e mesmo os procuradores federais nos estados e chefes das forças de segurança têm toda a autoridade para agir, mas se mostram de uma “brandura” que jamais se viu na história.

Mas continuamos a assistir cenas insólitas, como a de um policial federal dizendo que, “como todos ali são pessoas de bem”, uma estrada pode ser bloqueadas por duas horas e liberadas por uma.

A impunidade é a escada pela qual sobem a arruaça e a insânia e, do jeito que as coisas vão, logo sairemos das situações ridículas para acontecimentos trágicos. Alguém divida que os tiros e granadas de Roberto Jefferson são frutos do precedente de indulto a Daniel Silveira?

Os fanáticos já temos, basta apenas que lhe surja um Jim Jones .

exercito_na_esplanada bolsonaro povo.jpg

19
Nov22

"Quem financia os acampamentos golpistas? O que falta para serem presos?", pergunta Paulo Pimenta

Talis Andrade

www.brasil247.com - Paulo Pimenta

 

"Organizar e apoiar atos antidemocráticos é crime. Impunidade corrói a democracia", afirma o deputado

 

 

247 - O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) usou o Twitter neste sábado (19) para cobrar a identificação dos financiadores dos atos golpistas bolsonaristas, realizados em várias partes do país desde a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Quem financia os acampamentos golpistas? O que falta para serem presos? Organizar e apoiar atos antidemocráticos é crime previsto em lei. Cumplicidade e facilitação também é crime e deve ser igualmente punido. Impunidade corrói a democracia", escreveu o parlamentar.

General Idi Amin Dada A Self Portrait Movie Poster (11 x 17) - Item #  MOVGI0632 - Posterazzi

Bolsonaro lembra o ditador Idi Amin Dada. A mesma brutalidade, ignorância e necropolítica. Com a Covid 19, Bolsonaro se transformou em um monstro, um genocida. Quantos milhares de brasileiros foram assassinados com o 'kit cloroquina me engana', com a prática do negativismo e do negocismo das vacinas, crentes no risco premeditado da imunidade de rebanho.

Bolsonaro é um assassino em série.

Quantos civis e militares Bolsonaro, general Braga e os marechais de contracheque pretendem matar? Quantos esquerdistas? Quantos petistas? Quantos senadores? Quantos deputados federais? Quantos governadores devem ser cassados? Quantos prefeitos serão guilhotinados? Idem vereadores? 

Quem tem as listas estaduais de lideranças que devem ser presas e torturadas? Quem tem a lista nacional? 

O Gabinete do Ódio trabalha há quatro anos neste golpe de república de bananas, para mando da família miliciana Bolsonaro e alguns generais de pijama, que passaram a receber soldos de marechais. Eta vida boa! Eta farra danada regada a vinhos caros, licores raros, uísque. Eta safadeza da boa com Viagra, próteses penianas e lubrificante íntimo. Eta banquetes e mais banquetes com filé, picanha, salmão, lombo de bacalhau, caviar, e o povo com fome, e o povo com fome, e o povo com fome. 33 milhões de brasileiros com fome. Que a fome uma exclusividade da população civil. 

Bolsonaro segue depressivo, em quadro grave

 
 

Villas Bôas, o general golpista, volta a atacar

 
 
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05
Nov22

O imitador de Roberto Jefferson

Talis Andrade

 

 

 

Após reagir ordem de prisão com tiros e granadas, Roberto Jefferson se  entrega à PF - Congresso em Foco

Em vídeo, Roberto Jefferson xinga embaixador chinês de vagabundo e macaco

Registros de fuzis como os de Jefferson dobram na gestão Bolsonaro

Roberto Jefferson é preso por ataques a instituições

 

Roberto Jefferson cagado e cuspido

 

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Isso é falta de decoro. Um péssimo exemplo para os jovens. Lugar de arma não é na política. Quem pensa assim não acredita na Democracia, na Liberdade, na Igualdade, na Fraternidade.Queixa-crime de Duda Salabert impede porte de armas de Nikolas Ferreira -  Politica - Estado de Minas
 
 
O Roberto Jefferson do País da Geral
 
 
Sérgio A J Barretto
@SergioAJBarrett
E o Níkolas Ferreira também teve a conta excluída do Twitter. Quando é que terá o mandato cassado?Nikolas Ferreira on Twitter: "Confie em Deus e mantenha seca sua pólvora.  https://t.co/mbv1SNxA7n" / Twitter
Revista Fórum
@revistaforum
Bolsonarista Nikolas Ferreira tem conta do Twitter suspensa por decisão judicial - Deputado eleito estava questionando o resultado das urnas e incentivou atos golpistas Saiba mais: tiny.cc/mqm0vz
 
Vereador de BH, Nikolas Ferreira exibe fuzil e agradece Bolsonaro
Nikolas Ferreira on Twitter: "Por que eu quero carregar uma arma? Porque um  policial é muito pesado 😂 https://t.co/P3E0BWZFkl" / Twitter
Revista Fórum
@revistaforum
Nikolas Ferreira desafia TSE e tem mais contas derrubadas por espalhar desinformação Bolsonarista, que é deputado federal eleito, seguiu com suas acusações de fraude nas eleições e Justiça Eleitoral voltou a puni-lo Leia: tinyurl.com/2p8b96pv
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 Nunca trabalhou, nunca estudou. Corrigindo: Minas não é direita. Lula foi eleito presidente nos dois turnos em Minas Gerais e no Brasil 
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03
Nov22

O neolumpesinato 4.0 e as urnas “fraldadas”

Talis Andrade

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Bolsonaristas cantam o hino nacional para pneu durante bloqueio de rodovia

 

Por Lenio Luiz Streck

“E disse o pastor (depois de pedir o pix), invocando a palavra sagrada: “as urnas foram ‘fraldadas'”.

Cena inesquecível: tarde de terça-feira, dois dias após a eleição, 16 horas. A estética da loucura e/ou de uma ópera bufa mostra o buraco em que o país se meteu. Aconteceu em Porto Alegre. Um grupo de cerca de 100 vivandeiras estavam à frente do quartel da cidade bulindo com os granadeiros pedindo intervenção militar. O espetáculo do absurdo já poderia estar só nisso. Fim da coluna.

Mas piora.

Eis que, de repente, um deles pede silêncio às vivandeiras agitadas. Ele carregava uma notícia bomba que acabara de receber na neocaverna: “Alexandre de Moraes havia sido preso”. Choro, gritos, gente agradecendo aos céus, outros se abraçavam… Histeria. Catarse. Minutos depois, a realidade. A choldra fora vitimada pelo próprio veneno: fake da fake. Mentira da mentira. Já nem eles distinguem fake de fake de fake de fake. Meta-fake-news. As sombras da neocaverna já eram sombras das sombras. E a malta comemorando. Pão e circo. Sem nem ter pão ou picadeiro. Agora, palhaço… ah, tem.

Se esse tipo de episódio, aliado a Bob Jeff, Zambelli, fechamento de estrada por vivandeiras bulideiras e embandeirados sediciosos não servir para acender a luz amarela da falta de lucidez, nada mais conseguirá. O buraco parece que é sempre mais fundo. Sempre há mais espaço para a insanidade.

O que aconteceu? Onde foi que se deu o gatilho dessa explosão de insensatez?

Tentarei explicar.

O Brasil foi tomado por uma nova categoria: o neolumpesinato 4.0, produto da insensatez das redes sociais, como o exemplo de Porto Alegre demonstra muito bem.

O que é lumpesinato? Bom, lúmpen é… lúmpen. Bom, muito já se escreveu sobre esse conceito. Não tem projeto coletivo. Não forma grupos, a não ser de whatsapp. Individualismo ao máximo, empatia zero. Enfim, lúmpen não é classe social. É algo tipo… complemente. Você conhece vários lumpens na sua própria família.

Lumpesinato já é o paradoxo em si, porque é um rebanho que não é nem capaz de ser grupo (a não ser whatsapp!!!). Descrentes que precisam de um salvador, céticos que duvidam de tudo menos de fake news de Whatsapp.

Negacionistas que negam tudo, menos as mentiras nas quais estão inseridos.

As redes sociais deram vazão a esse neolumpesinato 4.0. Neolumpesinato líquido. Apostam no estado de natureza, da guerra de todos contra todos. Gostam do poder autoritário. Estão sempre à procura do messias. Misturam religião e política. Eternas vivandeiras alvoroçadas que vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e pedir extravagâncias ao poder militar, como já dissera Castelo Branco, o general.

Os lúmpens simplificam tudo, porque nada leem. Orgulham-se do negacionismo. E da burrice. Alimentam-se de drops. Xingam todo mundo. Fazem memes. Vivem disso. Só vivem disso. Um deputado se elegeu espalhando a notícia de que, ganhando Lula, os brasileiros comeriam seus próprios cães. E o que dizer de radialistas alvoraçados, bulindo e bivaquiando, falando “agora o comunismo será instalado” (bom, pelo que ouvi até poucos dias, achei que já estávamos no comunismo, uma vez que, para esses néscios de todas as espécies e querências, o STF era uma fração do partido comunista chinês). Cada coisa…

Mas, é claro: tudo em nome de Deus e da família. E da pátria, evidentemente. Fico pensando, como cristão: se Deus apoia esse tipo de coisa, esse Deus precisa ir para um divã. Ou está nos castigando. Testando.

E já invadiram o direito. Tomaram boa parte do direito. Vi vídeo de advogado meia-boca pregando AI-5. Outro falava de socialismo na California (EUA). É de rir. Ou de chorar. (Ch)oremos. Para termos uma ideia, vejam esse vídeo. Trata de habeas preventivo no TSE (sic) contra, acho, decisão do STF. Tudo com base no art. 120 da Constituição. Deve ser a nova Constituição.

Miguel Baia Bargas 
@MiguelBBargas
ALÔ XANDÃO, OLHA ISSO. Além de pintar árvores e calçadas, os vagabundos do Exército arrumaram outra atividade: usar seus caminhões pra distribuir pneus pros terroristas atearem fogo e obstruir as estradas. Vem logo, Galoucura? 
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A golpista PRF da câmara de gás

Veja vídeos: Aconteceram várias marchas de soldados cabeça de papel e transes de rezadeiras evagélicas tranca ruas, que na língua dos anjos pediram um golpe sangrento. Que todo golpe tem listas de presos estaduais e lista de lideranças marcadas para morrer.

 

E para completar as ameaças de morte, as mungangas, os atos marciais,

Bolsonaristas cantam o hino nacional para pneu durante bloqueio de rodovia

Ou partem do histérismo religioso para a saudação nazista

02
Nov22

"Desobediência civil não sairá do meu bolso", diz Tutinha ao justificar demissão de apresentadores bolsonaristas na Jovem Pan

Talis Andrade

www.brasil247.com -

 

247 - Questionado a respeito das trocas, saídas e demissões de bolsonaristas da Jovem Pan, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono do grupo, disse em reuniões internas que "a desobediência civil não sairá do meu bolso". A reportagem é do jornalista Guilherme Seto, no jornal Folha de S.Paulo.

Ele se referia a penalidades que o grupo poderá sofrer caso comentaristas do canal contrários ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), descumpram decisões judiciais e continuem fazendo acusações ao petista.

O Tribunal Superior Eleitoral determinou que a empresa se abstenha de promover inserções e manifestações que digam que Lula mente a respeito de ter sido inocentado pela Justiça, com multa fixa de R$ 25 mil a cada infração. Além disso, concedeu três direitos de resposta ao petista.

O plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) puniu a emissora Jovem Pan em três decisões proferidas em julgamento no plenário virtual em razão de declarações de comentaristas da emissora consideradas distorcidas ou ofensivas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No UOL News, o colunista Kennedy Alencar comentou o assunto.

 

30
Out22

O que é pânico institucional? Perguntemos a Freud. Ele explica!

Talis Andrade

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Por Lenio Luiz Streck

 

Constitucionalismo quer dizer "fazer democracia no direito e pelo direito". O ponto central é a institucionalidade.

Democracias consolidadas funcionam assim. Ou alguém viu, na Espanha ou Portugal, pessoas dizendo "essa Constituição atrapalha o país" ou "queremos Franco ou Salazar de volta"? Ou o chanceler da Alemanha dizer "me dá náusea cumprir a Constituição"?

Ou alguém viu um ex-deputado na Espanha ou Alemanha tecendo hediondas ofensas a uma juíza do Tribunal Constitucional, quebrar as condições de sua prisão domiciliar, receber a polícia à bala e com granadas praticando quatro tentativas de homicídio e, depois, tomar cafezinho (ou algo desse quilate) com o policial, tudo "assistido" por um padre de festa junina?

Não? Então me sigam.

O constitucionalismo — essa invenção democrática — criou mecanismos para evitar que maiorias eventuais destruam a democracia. Autopreservação, eis a chave. Se eu habito com outras pessoas e tenho um contrato pelo qual as decisões são tomadas por votação, isso não garante que alterem o contrato e me joguem pela janela.

Como me salvo? Colocando uma cláusula pela qual podem alterar o contrato por votação, menos a cláusula que diz que minha vida e dignidade devem ser preservadas acima de tudo. Essa é a metáfora ulisseana de todos conhecida. As correntes que me amarram... e me salvam das sereias, dos jeffersons, dos kelmons e quejandos.

As cláusulas pétreas e as garantias institucionais (por exemplo, a divisão de Poderes) representam uma espécie de "quarto de pânico da democracia".

Para que serve esse "quarto do pânico"? Simples. Quando os bárbaros — e existem muitos — ameaçam as instituições, protegemo-nos. Simbolicamente, é ali que nos abrigamos.

Porém, não se trata, simplesmente, de possuirmos um "quarto do pânico". O ponto é possuirmos instituições robustas.

A institucionalidade é algo tão complexo que, por vezes, nem o "quarto do pânico" resolve. Voltando à metáfora de Ulisses, de nada adianta ser amarrado ao mastro e dar as ordens aos marinheiros, se estes retirarem a cera dos ouvidos e ouvirem o canto das sereias...!

Explico melhor.

Instituições tem uma função. Metaforicamente, são como limpadores de para-brisas. São inúteis se não estiverem do lado de fora do carro, se me permitem essa plus platitude. Todavia, essa aparente obviedade é necessária porque estamos em um país em que... bem, aconteceu e acontece tudo isso-que-está-aí, d'onde o "fator jefferson" completa a ópera trágica e ao mesmo tempo bufônica. Não preciso elencar as vezes em que o presidente da República ofendeu ministros do Supremo, ameaçou — implícita e muito explicitamente — rupturas institucionais, além da retomada da segunda edição do famoso livro Coronelismo, Enxada e Voto (isso é uma metáfora; ou alegoria!).

Cabe a pergunta: dizer que as "instituições funcionam" pode apenas ser uma ficção da realidade ou, quem sabe, o nosso pânico diante do perigo da realidade da ficção?

Daí minha outra indagação — fulcral: o direito pode salvar a democracia?

No Brasil, o STF já deu mostras de que, até aqui, com muito custo político-institucional — veja-se as correntes de ódio contra a Suprema Corte —, isso não foi apenas possível como foi necessário, se pensarmos nas decisões sobre a pandemia, o inquérito em autodefesa contra os ataques à corte (episódio que mais lhe gera críticas) e o quase-golpe de 7 de setembro de 2021 (em que ministro foi chamado de canalha).

Isso não é motivo para um "pânico institucional"? Bom, se você estiver em dúvida, ligue na Jovem Pan por cinco minutos e o coeficiente de pânico sobe para o grau máximo.

As eleições estão às portas. A corda está esticada. Torcemos pela institucionalidade. Pelo Direito. Pelo Estado Democrático de Direito. Pela democracia.

Como o Rubicão foi atravessado tantas vezes, a tarefa, no futuro, é evitar tais travessias. Bem antes. É a institucionalidade democrática que funciona como superego dos "rubicanheiros" e das vivandeiras.

Ou seja, para evitar a tentação da travessia do Rubicão os nossos limpadores de para-brisas devem estar up to date. Do lado de fora do carro, é claro. E, também, sempre bom ter um estoque de cera, suficiente para tapar os ouvidos dos marinheiros de Ulisses.

Continuo em "pânico institucional". Difícil expressar isso em palavras. É algo que aperta o peito. Temos o quarto para nos abrigarmos. Mas com quem está a chave?

Numa palavra final: como diz Jon Elster (quem criou a metáfora "constitucionalismo-correntes de Ulisses"), o problema não é explicar por que tantas constituições fracassam em impor obediência a seus criadores e nunca passam de meros pedaços de papel escrito. A questão está em compreender de que maneira muitas constituições conseguem adquirir essa misteriosa capacidade de serem obedecidas.

Qual será o nosso caso? Só Freud explica.

Bom, se o Direito nada pode dizer, porque só faz furo n'água, então talvez Freud, tão referido na cultura popular ("isso só Freud explica"!), possa ajudar. Está tudo ali, no livro Psicologia das Massas e Análise do Eu.

A formação do discurso foi tomada por agrupamentos de egos vivendo em pequenos rebanhos. Juntando esses grupos (redes sociais, hoje) e pela velocidade pós-moderna, temos o efeito rebanho. Manada.

Já não há opinião pública. Há apenas a opinião narrada. A liquidez dos fatos.

Ainda dá tempo para procurar na internet as freudianas explicações para entender comportamentos "tipo" jeffersonianas. Como já contei há algum tempo, tenho uma tia que... Bom, deixa pra lá. Vocês entenderam.

Numa palavra final: Freud explica que, se a psicologia do sujeito depende do contexto no qual ele se encontra, é preciso admitir que um outro ambiente pode permitir-lhe mudar de conduta.

Pronto. Mudemos o ambiente, pois.

constituicao.jpg

 

30
Out22

Carta Jefferson-Zambelli

Talis Andrade

www.brasil247.com -

 

Não existe o direito a violência (...) Vamos cassar da vida pública estes fascistas. Covardes. Vulgares. Perigosos

 

“ No escuro ocultaram quem tinha rosto. No silêncio, emparedaram quem tinha voz.  

 Agora resta um Brasil que só se escuta em gritos que ninguém ouve.”   

 Mia Couto em carta ao Lula  

 

 

por Antonio Carlos de Almeida Castro Kakai

- - -

Este episódio da Deputada Carla Zambelli demonstra o que o fascismo fez com o Brasil. Uma mulher vulgar, racista  e covarde resolve ameaçar um cidadão negro pelo simples fato de se sentir superior, de se sentir poderosa. E assume que o que a levou a agir foi o fato de se tratar de um homem negro. Assustador.  Um racismo assumido.

 Além de mentir ao dizer que foi ameaçada, o que a gravação desmente categoricamente, a Deputada assume que reconhece que praticou um ato ilegal ao usar uma arma em um momento que a lei proíbe , pois não reconhece legitimidade a norma que proíbe. Criminosa . Esta Carla Zambelli é o Roberto Jeferson de saia. São a mesma face do bolsonarismo raiz, aquele que não segue a Constituição e que faz as próprias regras. Não existe democracia com estes seres escatológicos que saíram do esgoto para assumirem um protagonismo perigoso e violento.

São a escória da humanidade legitimados pelo voto. Os fascistas dão a este grupo uma pretensa legitimidade. É necessário discutir se o voto da a legitimidade para o cometimento dos crimes e da vulgaridade. Esta é a discussão necessária.  

 O fato de ter tido 946. 244 votos da a esta deputada o direito de ser racista, de ameacar e humilhar um negro, de sacar uma arma em uma via pública, de expor a vida das pessoas, de praticar crimes e se jactar disto , de assumir que não cumpre a lei?  

 

Enfim este é o ideário dos fascistas. Este fato é a legitimação da violência como maneira de agir. Vamos votar pela democracia hoje. Vamos derrotar este projeto de violência e vamos dar chance a estabilidade democrática. E depois de ganharmos deste projeto fascista vamos trabalhar para cassar estes fascistas violentos. Não existe o direito a violência e nós vamos fazer valer a Constituição. Vamos cassar da vida pública estes fascistas. Covardes. Vulgares. Perigosos. Ela própria diz que “ os bandidos não vão cumprir as normas do TSE.” É isto. Ela sabe que é bandida, e tem orgulho disto. Assume o seu crime. Vamos nos quedar inertes?  Ou vamos resistir à feição de Cecília Meireles:” A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la.”

Image

Jeff Nascimento
@jnascim
Luan Araújo, jornalista negro ameaçado por Carla Zambelli com arma, se diz assustado: “Peço proteção”

Populares foram até o local onde estava a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e protestaram contra a parlamentar. Na tarde dest sábado (29), Zambelli foi filmada apontando uma arma para um homem no meio de uma rua em São Paulo. No vídeo, ela atravessa a rua e entra em um bar com uma pistola empunhada.

Joaquim de Carvalho mostra por que a deputada federal Carla Zambelli, uma das mais barulhentas bolsonaristas, precisa ser processada e ter mandato cassado. Mentiu à Polícia ao dizer que tinha sido agredida, perseguiu adversário político com arma e o constrangeu ao obrigá-lo a gravar pedido de desculpas. Seu segurança atirou em via pública, crime tipificado pelo artigo 15 da lei 9437/97. Pena: 4 anos de reclusão. A vítima é o jornalista Luan Araújo, que é negro, membro dos Gaviões da Fiel e do Coletivo Democracia CorinthianaImage

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