Guarde o nome deles, mais ou menos na ordem em que entraram em ação, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo:
Bento Albuquerque
Almirante de Esquadra da Marinha, era ministro de Minas e Energia no governo Bolsonaro e liderou a comitiva que tentou entrar com as joias irregularmente no Brasil
Marcos André dos Santos Soeiro
Tenente da Marinha, era o assessor do ministro Bento Albuquerque e foi quem teve as joias apreendidas em Guarulhos, ao tentar entrar no país sem declarar que estava com os presentes
Julio Cesar Vieira Gomes
Ex-oficial da Marinha do Brasil, era o secretário que comandava a Receita Federal na gestão Bolsonaro e atuou diretamente para tentar liberar as joias, sob orientação do presidente
José Roberto Bueno Junior
Contra-almirante da Marinha, foi chefe de gabinete de Bento Albuquerque e assinou ofícios da pasta tentando liberar as joias apreendidas em Guarulhos
Mauro Cid
Tenente-coronel do Exército, cumpriu a ordem de Bolsonaro e enviou um emissário em avião da FAB para tentar retirar as joias apreendidas no aeroporto de Guarulhos
Jairo Moreira da Silva
Primeiro-sargento da Marinha, foi o emissário enviado por Bolsonaro até Guarulhos, para tentar retirar as joias dos cofres da alfândega
Cleiton Henrique Holzschuk
Segundo-tenente do Exército, era assessor da Ajudância de Ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República e enviou ofício do departamento que pedia a liberação das joias para o presidente.
É de vergonha o sentimento dentro das Forças Armadas com mais uma história que enlameia principalmente a imagem do Exército e da Marinha. À Aeronáutica, coube apenas ceder um avião para levar um sargento da Marinha até ao aeroporto de Guarulhos.
Almirante Albuquerque: como o senhor aceita transportar duas caixas com conteúdo desconhecido que lhe foram entregues fechadas a poucas horas de embarcar em Riad, capital da Arábia Saudita, de volta ao Brasil? O senhor prestou-se ao papel de mula.
Tenente Soeiro: ordens absurdas não se cumprem, nem mesmo dadas por um superior. Foi em sua bagagem que veio o pacote de jóias no valor de 16,5 milhões de reais destinado à primeira dama Michelle. Por que não o declarou à chegada na alfândega?
Foi outro ajudante de ordem do almirante que trouxe na bagagem o pacote de joias para Bolsonaro, esse mais modesto no valor de 400 mil reais. Não se sabe seu nome. O pacote escapou à vigilância dos agentes da Receita e entrou ilegalmente no país.
Vieira Gomes: Secretário da Receita Federal é obrigado a cumprir a lei, não a ajudar o presidente da República a reaver muamba. Mas, foi isso o que o senhor fez, e em troca ganhou um emprego em Paris, já cancelado pelo novo governo.
Tenente-Coronel Mauro Cid: vale para o senhor a censura feita acima ao tenente Soeiro. Ensina-se no Exército que em meio a uma guerra ou em qualquer outra situação, ordens absurdas devem ser ignoradas. O senhor faltou à aula ou não aprendeu a lição.
A intenção de Bolsonaro era ficar com as joias, as dele e as de Michelle, para aumentar seu pé-de-meia depois que abandonasse o Palácio da Alvorada. A meia furou, emporcalhando todos que serviram ao dono do pé. Merecem pagar caro por isso.
Neste episódio, André Barrocal, Mariana Serafini e Rodrigo Martins entrevistam o deputado federal Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, que protocolou um pedido de CPI na Câmara para investigar o escândalo das joias dadas pela monarquia saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. No episódio, o almirante Bento Albuquerque e outros oficiais das Forças Armadas tentaram reaver as peças confiscadas pela Receita, com o objetivo de incorporá-las ao acervo pessoal do então presidente. O vexame reforça a ofensiva civil para adestrar os fardados, observa Barrocal.
Vídeo divulgado nesta quarta-feira (08) trouxe mais desdobramento ao caso das joias. As imagens flagram o momento em que um militar que trabalhava na Presidência da República tenta liberar as joias apreendidas pela Receita Federal.
MPRESSIONANTE! BOLSONARO fez eclodir o pior do que existia dentro das Forças Armadas do Brasil. Todos ganharam uma grana extra para servirem ao país. Mas o que se viu foi que esses personagens se prestaram a servir aos interesses pessoais próprios ou do Presidente de então. Os meios de comunicação ainda estão pegando leve nesse escândalo. Vamos ver os próximos capítulos. Mas estamos diante de crimes de prevaricação. O Almirante da Reserva é um otário ou um espertalhão?
O petista Luiz Inácio Lula da Silva foi aclamado por uma plateia de brasileiros residentes em Portugal que participou de um encontro com o presidente eleito, na manhã deste sábado (19), no Instituto Universitário de Lisboa. Na noite de sexta, Lula e sua esposa, Rosângela da Silva, foram recepcionados com um jantar oferecido pelo primeiro-ministro português, António Costa. O socialista acolheu Lula com um grande abraço e declarou “que Portugal estava com saudades do Brasil”.
Com humildade, o petista afirmou que veio a Portugal para "aprender" com o "sucesso" alcançado pelo primeiro-ministro e o presidente da República, saudando a "esperteza política" de Marcelo e os feitos políticos de Costa. “Vim aqui para ver se a gente consegue fazer o mesmo no Brasil e dar certo", declarou.
Na entrevista coletiva em Lisboa, Lula comentou a carta publicada pelos economistas Armínio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan endereçada a ele, na qual demonstraram preocupação em relação à política fiscal que irá adotar no seu governo.
"Ainda não li, mas fiquei feliz ao saber de uma carta de pessoas importantes me alertando sobre problemas econômicos e dando sugestões. Eu sei ouvir conselhos e, se fizer sentido, seguir", afirmou o presidente eleito. A mensagem também foi publicada em uma postagem no Twitter. Lula repetiu que sempre agiu de modo responsável quando era presidente, e que conseguiu baixar a inflação, o desemprego e o percentual da dívida interna do país.
Ele anunciou ainda que a concretização do acordo Mercosul com a União Europeia “é um compromisso de campanha”, ao comentar declarações do primeiro-ministro de Portugal sobre a importância das relações comerciais entre os países da América Latina e da Europa.
Lula, Janja e Haddad são ovacionados por brasileiros de Lisboa
O último compromisso do presidente eleito antes de embarcar de volta para o Brasil,a fim de trabalhar na formação do governo, era se encontrar com a militância petista que o apoiou durante a campanha e brasileiros residentes em Lisboa, onde teve uma grande votação.
Ele chegou ao Instituto Universitário da capital portuguesa acompanhado por Janja e Fernando Haddad, derrotado nas eleições para o governo de São Paulo, mas cotado para o futuro ministério, inclusive para a pasta da Economia. Quando Lula pediu a Janja para ela tomar a palavra, a plateia gritou "Janja nos representa", em alusão à polêmica criada pela jornalista Eliane Cantanhêde, que criticou o protagonismo político da futura primeira-dama.
“Sou grato ao meu amigo, que foi comigo para a COP e me emprestou o avião. Espero que ele esteja disposto, em outra oportunidade, (a me emprestar), antes de eu assumir a Presidência, porque, a partir daí, de fato, eu não posso”, comentou Lula.
Ele afirmou ainda que precisa cuidar da sua segurança diante de "bolsonaristas raivosos se espalhando pelo mundo afora". E indicou que poderá usar a aeronave emprestada mais vezes antes de assumir a Presidência.
Ela passa pela Agência Brasileira de Inteligência, Jovem Pan, e sabe-se mais o quê
Armação, não foi. Mas um tiroteio entre bandidos, por pouco, não ficou como se tivesse sido um atentado contra o candidato bolsonarista ao governo de São Paulo
Na manhã do último dia 17, em Paraisópolis, Tarcísio visitava a sede de um projeto social quando estourou um tiroteio do lado de fora, que resultou na morte de um homem e na fuga de outro.
Quem fazia a segurança do candidato? Segundo ele, a Polícia Militar paulista. Segundo a Polícia Militar paulista, ela mesma. Mas apareceram indícios de que gente estranha também fazia.
A Jovem Pan deu primeiro na edição do seu “Jornal da Manhã”: “Informação de última hora: Tarcísio é alvo de atentado em Paraisópolis”. No Twitter, Tarcísio escreveu:
“Em primeiro lugar, estamos todos bem. Durante visita ao Polo Universitário de Paraisópolis, fomos atacados por criminosos. Nossa equipe de segurança foi reforçada rapidamente com atuação brilhante da PM de SP. Um bandido foi baleado. Estamos apurando detalhes sobre a situação”.
Às 11h49m, no Twittwer, Mário Frias, bolsonarista de raiz e ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, postou:
“URGENTE! Tarcisio de Freitas acaba de sofrer um atentado em Paraisópolis. Uma equipe da Jovem Pan estava próxima. As informações preliminares são de que o candidato estava em uma van blindada e todos estão bem.”
Seis minutos depois, ainda no Twitter, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) registrou:
“Acabei de falar com nosso candidato ao Governo de São Paulo e ele está bem. Graças a Deus o atentado em Paraisópolis/SP não fez vítimas fatais.”
A mensagem de Flávio foi ilustrada com uma foto onde aparece uma chamada do programa “Morning Show”, da Jovem Pan, e o título: “Urgente: Tarcísio de Freitas sofre um atentado em Paraisópolis”.
Àquela altura, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro, o pai, já fora informado a respeito. Dali partiu a ordem para que seu programa de propaganda eleitoral daquele dia explorasse o episódio.
A pressa foi tal que, sob um fundo preto, sem locução, foi aplicado apenas um letreiro que dizia:
“O candidato a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas e sua equipe foram atacados por criminosos em Paraisópolis”.
Foi pela Jovem Pan que Bolsonaro soube? Segundo um assessor dele, não. Foi pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Pelo menos dois dos seus agentes faziam a segurança de Tarcísio.
A Abin não pode fazer segurança de candidatos. Ela é apenas um órgão de inteligência do governo federal. Mas, vê-se que vai além dos seus chinelos sempre que o presidente autoriza.
No fim da tarde daquele dia, depois que a Secretaria de Segurança Pública concluíra que não fora um atentado, Tarcísio, em entrevista coletiva à imprensa, reconheceu:
“Não foi um atentado contra a minha vida, não foi um atentado político, não tinha cunho político-partidário. Foi um ataque no sentido de que, se você intimida uma pessoa que está lá fazendo uma visita, isso é um ataque.”
“Foi um ato de intimidação. Foi um recado claro do crime organizado que diz: ‘Vocês não são bem-vindos aqui. A gente não quer vocês aqui dentro’. Para mim é uma questão territorial. Não tem nada a ver com uma questão política.”
Áudio obtido pela Folha de S. Paulo aponta que um integrante da campanha de Tarcísio mandou um cinegrafista da Jovem Pan apagar imagens do tiroteio. O cinegrafista filmou parte da ação.
Um dos encarregados da segurança do candidato, que portava um crachá, interrogou o cinegrafista:
“Você filmou os policiais atirando?” – ele perguntou.
“Não, trocando tiro efetivamente, não. Tenho tiro da PM pra cima dos caras”, respondeu o cinegrafista.
O segurança perguntou se ele havia filmado as pessoas que estavam no local onde tudo aconteceu, e o cinegrafista disse que não. Por fim, o segurança mandou:
“Você tem que apagar”.
Em nota, a Jovem Pan diz que “exibiu todas as imagens feitas durante o tiroteio”, e que “o trabalho do cinegrafista permitiu que a emissora fosse a primeira a noticiar o ocorrido.”
Acrescenta a nota:
“Não houve contato da campanha do candidato Tarcísio com a direção da emissora com o intuito de restringir a exibição das imagens e, por consequência, o trabalho jornalístico.”
A polícia paulista vai requisitar as imagens à emissora. O homem que morreu não foi identificado. O que fugiu, também não. O inquérito aberto pela polícia corre em segredo.
Agente Danilo Cesar Campetti, de revolver na mão, na cena do crime, da execução de Felipe da Silva Liva desarmado, e morto a tiro pelas costas
À esquerda, o agente licenciado da Abin Fabrício Cardoso de Paiva, assessor da campanha a governador de Tarcísio, à direita.
Reinaldo Azevedo: Tarcísio, Paraisópolis e o falso atentado
O repórter cinematográfico que gravou o tiroteio que matou um homem e parou a campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao Governo de São Paulo, na favela de Paraisópolis, falou com a equipe de jornalismo da TV Cultura. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo. Na entrevista, Marcos Andrade revelou como foi abordado por um servidor da Agência Brasileira de Inteligência, que faz a segurança do candidato, pedindo para apagar as imagens do confronto. Ele disse que havia pelo menos mais um agente da Abin no local. O vídeo do repórter cinematográfico da TV Jovem Pan pode ter registrado o momento em que o homem "suspeito" foi morto. O material pode esclarecer se seguranças da campanha de Tarcísio de Freitas participaram do ataque ou se um policial militar foi o autor do tiro.
Quem matou Felipe? Passados 11 dias do assassinato do jovem de 27 anos em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, o candidato bolsonarista ao Governo do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a se colocar como "vítima" da ação de criminosos, mas todas as evidências levam a crer que o suposto “atentado”, anunciado nas redes antes de ter acontecido, foi uma grande armação. No debate na Globo desta quinta-feira (27), Tarcísio ainda fez uma confissão pública de que houve, a pedido de sua campanha, destruição de provas e evidências que poderiam esclarecer quem foi que assassinou Felipe a tiros. Confira a analise de Renato Rovai, editor da Fórum:
“Tarcísio fez armação e matou meu filho para se eleger”, diz pai de jovem em Paraisópolis
O pintor Fernando, pai de Felipe da Silva Lima executado pelos segurança do general Tarcísio de Freitas, deu entrevista a Joaquim de Carvalho. O irmão de Felipe também falou: "Temos medo", disse.
Vide comentários:
EX-BOZOLOIDE ARREPENDIDO• a habilidade para mentir e enganar as pessoas, vindas da ala bolsonarista, não tem limites.
Paulo Cezar Nogueira• O sujeito nem se elegeu e já implantou a milícia do Rio em São Paulo.
Antonio• O suposto tiroteio, onde só os seguranças do Tarcísio atiraram... mandaram até o cinegrafista apagar as filmagens, pra sumir com as provas do caso. No começo os exaltados queriam explorar a tese de atentado. Depois, viram que seriam facilmente desmascarados, e ficaram caladinhos. Não querem mais falar sobre o assunto...
Jose Almeida• Quem é o homem morto? Ele não estava armado. Como ele foi baleado? POr quem? POr que? Toda essa armação será desmascarada. Tarciso fará companhia ao Bolsonaro em Bangu, como bom carioca.
Antonio• Escolha sua Teoria da Conspiração preferida:
- O “atentado” contra Tarcísio
- As urnas eletrônicas que tiram votos de Bolsonaro
- A armação dos policiais para prender Roberto Jefferson
Marcos Antônio da Silva• O povo de São Paulo tem responsabilidade moral de evitar que o Estado se transforme na República de Salò caipira, refúgio e reduto dos fascistas apeados do poder federal. Eduardo de Paula Barreto• .
Atuação de Michelle Bolsonaro como atriz de quinta categoria virou meme nas redes sociais
247 –A péssima atuação de Michelle Bolsonaro como atriz no púlpito de uma igreja, em que ela chora e fala de luta do bem contra o mal, virou meme nas redes sociais. Ela também recebeu um conselho do jornalista Ricardo Noblat para suas próximas aparições no palco: a de que receba melhor treinamento.
"Michelle precisa ser mais bem treinada", aconselhou Noblat.
As revelações de Bolsonaro são revoltantes. Meninas "arrumadinhas", jeitinho carinhoso de dizer que são meninas pobres, estrangeiras, refugiadas, portanto felizardas, sortudas, por receber a atenção machista, pedófila de sua excelência o presidente do Brasil
“Nós temos imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras [para outros países] tem seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral”– foi o que ela disse em discurso gravado.
Acossada pela cobrança de provas, Damares afirmou, ontem, em entrevista à Band News:
“O que eu falo no meu vídeo são as conversas que eu tenho com o povo na rua. Eu não tenho acesso, os dados são sigilosos, mas nenhuma denúncia que chegou na ouvidoria [do ministério] deixou de ser encaminhada”.
Damares deveria ser presa. Não é doida, nem idiota e ainda não tem imunidade para dizer o que que quiser. Terá depois de ser empossada como senadora. É ligada a um grupo americano de extrema-direita que apoia Trump e distribui fake news. O que ela fez foi requentar uma antiga fake news desse grupo.
A campanha de Bolsonaro tenta desvinculá-lo de Damares. Impossível. Bolsonaro a conheceu quando ela circulava no Congresso como assessora do senador Magno Malta (PL-ES). Gostou dela, e quando se elegeu presidente, empregou Damares como ministra. Ela e Michelle Bolsonaro tornaram-se amigas.
Em 30 anos de carreira parlamentar, Bolsonaro marcou seus mandatos pela mediocridade e pela capacidade fenomenal de multiplicar o patrimônio da família. No livro “O negócio do Jair” (editora Zahar), a jornalista Juliana Dal Piva identifica o DNA e a extensão tentacular do esquema que transformou os gabinetes de Jair e de seus três filhos mais velhos em escritórios do crime.
Desde 2018, já se sabe do esquema das rachadinhas de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Mas com uma investigação obstinada e meticulosa, Dal Piva coloca Jair Bolsonaro na cena do crime, mostrando que os quatro gabinetes do clã, em três casas legislativas, eram uma coisa só e sob o comando do atual presidente.
Parentes e apaniguados contratados tinham que entregar até 90% dos salários. A repórter joga luz sobre uma miríade de personagens menos conhecidos, como a segunda mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle, gerente da máfia enquanto o casamento durou, além dos notórios Fabrício Queiroz e o miliciano Adriano da Nóbrega.
O livro também reconstitui intrigas e disputas entre comparsas e traz revelações exclusivas. Uma delas se refere a Kassio Nunes Marques, agente do clã no STF, e paro por aqui para não dar spoiler.
Sabe-se hoje que a rede criminosa rendeu a propriedade de 107 imóveis, metade deles pagos em dinheiro vivo, revelação de Dal Piva e de Thiago Herdy, publicada no UOL e censurada judicialmente a pedido de Flávio Bolsonaro. É mais uma de muitas decisões benevolentes do judiciário (para não dizer cúmplices) e que devolveram a investigação do Ministério Público fluminense sobre as rachadinhas à estaca zero.
O livro de Juliana Dal Piva é jornalismo de primeira grandeza, que honra o ofício. Ela chegou a receber ameaças do advogado Frederick Wassef, mas não se deixou intimidar. Seu trabalho fornece provas e indícios abundantes para quem quiser investigar a teia de crimes que envolve o presidente e sua família. Basta querer.
Blog do Noblat
@BlogdoNoblat
Onde já se viu um presidente, candidato a um novo mandato, a 7 dias da eleição, sair de moto em Brasília, acompanhado por seguranças em duas motos, para ir comer um frango com farofa em uma barraca à beira de estrada? Não foi ato de campanha, foi não ter o que fazer.
Candidato à Presidência pelo PTB, Padre Kelmon estreia em debates presidenciais neste sábado e chama atenção com trajes característicos da matriz ortodoxa da Igreja Católica e defesa enfática do movimento pró-vida. O candidato, ainda desconhecido por muitos na véspera das eleições, foi alçado a cabeça de chapa depois que a candidatura de Roberto Jefferson (PTB) foi indeferida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O baiano Kelmon Luís da Silva Souza, de 45 anos, se diz ortodoxo, mas nunca foi sacerdote das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil, como revelou a coluna de Malu Gaspar. Ainda assim, ele celebra missas e batismos na Bahia e ganhou notoriedade em grupos conservadores graças ao discurso bélico contra a esquerda.
A despeito de suas frágeis credenciais, já foi recebido pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, o cardeal Dom Orani Tempesta, participou de convocações para os atos golpistas do 7 de setembro no ano passado na condição de religioso e até recebeu um desagravo da deputada Carla Zambelli (PL-SP) nas redes sociais.
A batina, marca registrada do autointitulado sacerdote em eventos públicos, foi a vestimenta escolhida para a foto que vai aparecer nas unas no próximo dia 2. Ele também se diz admirador dos falecidos políticos Levy Fidélix e Enéas Carneiro, usa seu canal no YouTube para denunciar a “islamização” e a “perseguição” a cristãos no Brasil e já foi filiado ao PT.
Apesar de não atuar em nenhuma igreja ortodoxa no país, Kelmon fundou e coordena o Movimento Cristão Conservador Latino-Americano e esteve à frente do Movimento Cristão Conservador do PTB — ele se licenciou pouco antes de figurar como postulante ao Palácio do Planalto. O cargo hoje é ocupado pelo seu candidato a vice-presidente, o Pastor Gamonal, também do PTB.
Kelmon declara ter patrimônio de R$ 8.547,13, investidos em caderneta de poupança, e sua candidatura recebeu apenas uma doação nominal de R$ 5 mil, de seu vice. Além da doação, o autointitulado sacerdote tem acesso a R$ 1,54 milhão de Fundo Especial para a campanha
Folha de S.Paulo
@folha
Esta é a charge de Jean Galvão publicada em todas as plataformas da Folha. Quer ver mais charges do jornal? Acesse http://folha.com/charges
"Vocês pregam políticas para que o brasileiro odeie o brasileiro. Lei de cotas? Os negros não precisam de ajuda para chegar à universidade ou a um emprego de qualidade", diz Padre Kelmon (PTB).
"Kelmon conseguiu o que queria, avacalhar e constranger o debate, e vai ao debate da Globo, a lei permite isso"
247- A jornalista Hildegard Angel participou do Bom Dia 247 e analisou o debate presidencial no SBT que não contou com o ex-presidente Lula. De acordo com ela, o evento foi uma "festa de horrores”.
“O pior foi a presença desse padre Kelmon que nunca rezou uma missa, o único fiel que ele tem é o Roberto Jefferson. Ele conseguiu o que queria, avacalhar e constranger o debate, e vai ao debate da Globo, a lei permite isso”.
Padre Kelmon, natural de Acajutiba (BA), faz parte de um partido grande aliado de Bolsonaro e foi escolhido como substituto do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que teve a candidatura barrada pela Justiça, visto que foi considerado ficha-suja
Paulo RJ
@hospicio_brasil
"Eu vos declaro Linha Principal e Linha Auxiliar..."
Aqui o documento de que o vice de Roberto Jefferson não é padre. Se este documento é válido o PTB pretende desmoralizar as eleições, conforme plano de Bolsonaro
O presidente do Peru precisa levantar a ficha do padre racista de Bolsonaro candidato a presidente. Ele é 14. 7 + 7. Duas vezes mentiroso. Mente por ele e por Roberto Jefferson. Representa o partido integralista, nazi-fascista
Folha de S.Paulo
@folha
"Vocês pregam políticas para que o brasileiro odeie o brasileiro. Lei de cotas? Os negros não precisam de ajuda para chegar à universidade ou a um emprego de qualidade", diz Padre Kelmon (PTB).
de Bob Jeff à Presidência nem é Padre? Mas é indubitavelmente ligado ao INTEGRALISMO? Ao FASCISMO??
Que faz o vice de Bolsonaro, que foi interventor de Temer no Rio de Janeiro, quando Marielle Franco foi executada? O marechal de contracheque está tramando algum golpe?
leon
@leo_8947
Quem poderia imaginar que o "Padre" Kelmon faz parte da extremista Frente Integralista Brasileira?!
Lúcio Costa
@Lucio__Costa
Bolsonaro descolou um padre fake para fazer tabelinha e o SBT bancou a participação do elemento. Não foi um debate, foi estelionato transmitido ao vivo pela televisão!
Natália Portinari
@ntlportinari
para todo mundo que está se perguntando quem é Padre Kelmon, segue um texto de agosto da coluna da
: vice de Roberto Jefferson se passa por padre ortodoxo, mas não pertence à Igreja
Lenio Luiz Streck
@LenioStreck
O SBT chegou no auge do bizarro, do patético! O padre Bocó do PTB fazendo o réquiem dos debates eleitorais. Que feio. Avacalhamento da religião. E da política. O cara vai “fardado”. Que vergonha. Bah. O cara é o avatar do Jeferson. Fundo da várzea.
Leandro Pereira Gonçalves
@leandropgon
O candidato à presidência vestido de padre, o senhor Kelmon Luis da Silva Souza, tem uma longa relação com o fascismo brasileiro. Alguma surpresa?
O que disse Garcia (foto em destaque) sobre a jornalista foi a mesma coisa que disse Bolsonaro durante o debate da Band entre os candidatos a presidente. Naquela ocasião, não satisfeito, Bolsonaro ainda mandou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) calar a boca.
Bolsonaro é candidato à reeleição e não perde uma oportunidade de “lacrar” alguém desde que isso lhe traga votos. Com frequência, por causa disso, perde votos. Garcia, bolsonarista de nascimento, é candidato a deputado federal na chapa de Tarcísio de Freitas (PL)
A Assembleia Legislativa de São Paulo instalará um processo que talvez resulte na cassação do mandato de Garcia. A Câmara dos Deputados, comandada por Arthur Lira (PP-AL), um dos líderes do Centrão, preferiu ignorar a agressão de Bolsonaro a Vera.
Lira está no bolso de Bolsonaro. Indicou afilhados para cargos no governo e administra uma parte expressiva do bilionário Orçamento Secreto da União, que por secreto escancara as portas à corrupção. Corrupção, por sinal, que Bolsonaro prometera acabar.
Na cartilha dos aspirantes a ditador, uma das primeiras lições é: “Desacredite a imprensa”. Enquanto não o fizer, enquanto ela puder manifestar-se com liberdade, é impossível a ascensão ao Poder absoluto. Os ditadores de 64 aprenderam a lição rapidinho.
Antes de ser despachado do Exército por indisciplina, conduta antiética e um gosto acentuado por dinheiro, Bolsonaro valeu-se da imprensa para se projetar como sindicalista militar, empenhado tão somente em defender salários mais altos para a tropa.
Desfardado, lançou-se à política, elegendo-se vereador pelo Rio e sete vezes deputado federal. Sempre bateu forte na imprensa, de início interessado em chamar a atenção dela para virar notícia. Aumentou os ataques ao decidir ser candidato a presidente.
Foi durante a pandemia da Covid que ele, de uma vez, foi para um lado e a imprensa para o outro. Era papel da imprensa cobrar medidas do governo para que se evitasse tantas mortes – foram mais de 680 mil, o terceiro maior número do mundo.
Seria papel do governo proteger a vida das pessoas, mas Bolsonaro renunciou à tarefa. Que “morressem os que tivessem de morrer”, elenão era coveiro. Importante era salvar a economia para que o governo se salvasse, admitiu em raro momento de sinceridade.
A imprensa sentiu-se obrigada a se unir, algo raro em sua história, para levantar o número de casos de infectados e de mortos, de vez que o governo deixou de fazê-lo para esconder a realidade. Na ditadura de 64, escondeu-se uma epidemia de hepatite.
As agressões de Bolsonaro a quem quer que seja foram normalizadas. De tanto promovê-las, ele ganhou passe livre para tal. Mas a 17 dias das eleições, para um candidato desesperado por votos, as agressões lhe poderão ser fatais, como se verá.
Entre muitos problemas, Bolsonaro tem um que se destaca: a rejeição das mulheres. Se ele não diminuí-la, adeus a novo mandato. Se não for punido por seus pares, Garcia poderá se eleger deputado federal, apesar do ataque a Vera.
Acostumado a atirar no próprio pé, desta vez Bolsonaro provou a dor de ver seu pé, e o de Tarcísio, candidato ao governo de São Paulo, feridos por um aliado político. Até ontem à noite, Bolsonaro não sabia o que fazer a respeito, daí o seu silêncio.
Quem mandou ele soprar apito de cachorro? Missão dada, missão cumprida pelas feras.
Mais um ato falho de Bolsonaro. Na última terça-feira, em conversa amigável no programa do Ratinho, do SBT, oferecida ao público como se fosse uma entrevista de verdade, Bolsonaro disse:
“Caiu assustadoramente no Brasil o número de casos de violência contra as mulheres”.
Assustadoramente? Se tivesse caído, não seria coisa para assustar a ninguém, mas para ser comemorado. Verdade que Bolsonaro é um analfabeto funcional que não sabe usar as palavras.
De resto, nesse caso, ele mentiu, outra vez. Bolsonaro mente com tamanha frequência e naturalidade que é incapaz de se dar conta disso. A mentira compulsiva é uma das armas do fascista.
Não caiu o número de casos de violência contra as mulheres no Brasil; pode ter caído, por variadas razões, o registro do número de casos. Bolsonaro não consegue esconder sua aversão às mulheres.
E, entre essas, às jornalistas, de preferência. Por que? Porque elas perguntam ou dizem o que ele não gostaria de responder nem de escutar. Sua misoginia contamina seus seguidores.
Segundo o Repórter sem Fronteira, no primeiro mês de campanha das eleições deste ano no Brasil, apareceram nas redes 2,8 milhões de posts com ofensas a jornalistas, 88% deles mulheres.
Bolsonaro ama a violência; sente prazer com o sofrimento alheio. Não sentisse, não exaltaria a tortura de opositores da ditadura militar de 64. Lamentou que ela não tivesse matado mais gente.
Está no livro “O negócio de Jair”, da jornalista Juliana Dal Piva, o que Bolsonaro disse em entrevista à BAND em 1999 e nunca retificou:
Através do voto, você não vai mudar nada neste país. Você só vai mudar, infelizmente, quando partirmos para a guerra civil aqui dentro matando 30 mil pessoas”.
Nos seus quatro tristes anos de desgoverno, Bolsonaro começou a criar as condições para isso com o programa armamento para todos – ou melhor: para os que possam comprar armas.