Como empresa de espionagem israelense alvo da PF se espalhou pelo poder público no Brasil
Por Caio de Freitas Paes, Laura Scofield, Rubens Valente
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Vamos fortalecer o Núcleo Periférico e salvar milhares de vidas: os sem profissão, os sem emprego, os sem nada, os moradores de ruas, "os que têm fome e sede de justiça"
A luta do Renato Freitas está sob ataque dos poderosos que querem calá-lo. A coragem do deputado para falar a verdade está incomodando as elites de todo o país.
Mais do que nunca, o Renato precisa do nosso apoio para que essa luta não tenha fim. Ninguém pode impedir a verdadeira transformação social.
Para isso, vamos fortalecer o Núcleo Periférico em Curitiba e construir o maior Centro de Referência para pessoas em situação de rua de todo o país. Vamos ajudar na revolução que o Renato está levando adiante.
A sua doação irá possibilitar a ampliação da rede que busca fornecer assistência social e atendimentos psicológico, jurídico e médico.
O projeto hoje auxilia egressos do sistema prisional, pessoas em situação de rua ou em situação de desemprego e dependentes químicos.
Já são mais de 300 pessoas de Curitiba beneficiadas. O projeto luta para oferecer o básico existencial: café da manhã e almoço, banho, kit higiene e uso da lavanderia. O projeto visa atender milhares de pessoas na cidade que o prefeito tem nojo de pobre
Através do centro, as populações beneficiadas também podem acessar cursos profissionalizantes como aulas de serigrafia, de corte e costura e de padeiro(a).
Com a sua doação, o projeto será ampliado. O Núcleo Periférica pretende construir um Centro de referência para essas populações e assim salvar a vida de mais pessoas, promovendo a dignidade, a autoestima e um recomeço.
Fortaleça o Núcleo Periférico, a humildade não ocupa espaço.
>>> Quem quiser colaborar com a vaquinha pode acessar este link e participar!
Renato e Eduardo, em encontro no Núcleo Periférico, em Curitiba. Foto: Reprodução / Instagram
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Redação Tribuna do Paraná
Iniciada pelo ex-banqueiro e palestrante Eduardo Moreira, uma vaquinha online conseguiu somar em apenas seis horas o total de R$ 500 mil (e o valor cresce a cada minutos). O beneficiário dessa arrecadação será o projeto Núcleo Periférico, que tem o deputado estadual do Paraná Renato Freitas como coordenador. O objetivo é construir um centro de acolhimento para pessoas em situação de risco.
A meta inicial era de R$ 250 mil, mas ainda nas primeiras horas da manhã ela foi alterada para R$ 400 mil. Com o volume de doações crescente, o valor teve um novo ajuste de meta para R$ 550 mil, montante atingido por volta das 16h. A nova meta é de R$ 600 mil. Até próximo deste horário, 6710 doações haviam sido recebidas na página da arrecadação no site Vakinha.
“É inacreditável o poder de uma comunidade que tem uma causa. Acabamos de completar R$ 400 mil arrecadados para transformar o Núcleo Periférico, no Centro de Curitiba, coordenado pelo Renato Freitas”, disse Eduardo Moreira e o seu perfil no Instagram.
O objetivo da “causa”, além de ajudar às pessoas assistidas pelo Núcleo Periférico, é dar visibilidade a Renato, “protegendo com isso a vida do Renato, pois tendo uma obra tão importante como essa, que já é e vai se tornar ainda mais depois das doações, ninguém vai querer fazer nada contra o Renato, vai aumentar o custo de se fazer algo contra ele”, disse o ex-banqueiro.
Eduardo Moreira se refere ao processo contra o petista que corre no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná, protocolizado pelo presidente da casa, Ademar Traiano, desafeto político de Renato. Eduardo, um dos fundadores do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), mobilizou sua comunidade para ajudar na arrecadação. O projeto Núcleo Periférico foi fundado por Renato há cerca de 10 anos.
O ex-banqueiro esteve em Curitiba na segunda-feira (30) e disse que está preocupado com as ameaças e a perseguição que o deputado petista tem que enfrentar na Alep.
“Atendemos mais de 300 pessoas diariamente. Alguns estão há dias sem tomar banho e a gente oferece uma ducha, dá um kit de higiene, toma café da manhã, passa por enfermeiros, advogados e serviço social”, explica Renato Freitas, em material divulgado pro sua assessoria de imprensa. Sem o apoio do poder público, centro social mantido por ele tem alcance limitado.
“O tempo inteiro o poder público conservador de Curitiba tenta desmobilizar o trabalho que o Renato faz em Curitiba, mas saiba, irmão, que você vai montar um centro de referência e esses caras vão ter de se curvar à vontade do povo e a energia da mudança. O sonho vira verdade porque o povo comprou a sua ideia e a briga agora é nossa”, disse Moreira.
O Núcleo Periférico oferece apoio para quem está em situação de rua, dependentes químicos e quem já teve passagem pelo sistema penitenciário e não tem condições sequer de buscar um emprego. As atividades oferecidas são: aulas de capoeira, de dança, de yoga, muay-thai, cursos de corte e costura, criminologia, panificação, serigrafia e de cinema.
Além dos cursos, o núcleo oferece também acolhimento para orientação jurídica, psicológica e assistência social. O atendimento é feito de segunda à sexta-feira, das 9h às 20h.
>>> Quem quiser colaborar com a vaquinha pode acessar este link e participar!
Sergio Moro espionou para os Estados Unidos, comandando uma quadrilha de procuradores da liga da justiça da Lava Jato. Vide tags
PRF, militares e governos de 9 estados contrataram serviços de empresa de espionagem Cognyte, agora sob investigação. E Lava Jato plantou escutas, espionou até para os Estados Unidos. A boceta de Pandora
Renato Freitas vereador era alvo de ataques racistas na Câmara de Curitiba e ameaçado de cassação.
Renato Freitas deputado é alvo de ataques racistas na Assembleia do Paraná e ameaçado de cassação
Durante a sessão da Assembleia Legislativa do Paraná desta terça-feira (10), o deputado estadual Renato Freitas, representante do PT, foi alvo de um repugnante comentário racista proferido por uma espectadora na galeria. Uma liderança religiosa, ainda não identificada, insultou o deputado, que teve o microfone cortado após ter sido interrompido pelo presidente da casa, Ademar Traiano, do PSD.
Freitas solicitou a continuação de seu tempo de fala, mas teve seu pedido negado pelo presidente, que alegou que o “tempo estava congelado”. No entanto, o deputado ainda possuía segundos, e mesmo assim não pôde concluir o pronunciamento.
O grupo evangélico foi convidado por parlamentares de extrema-direita para pressionar contra o debate sobre o aborto, que tramita no Supremo Tribunal Federal, apesar de ter sido suspenso o julgamento sobre a questão.
Ao se dirigir às lideranças religiosas presentes e a parlamentares contra o direito das mulheres, o deputado fez referência ao discurso de Jesus em Mateus, quando falou aos fariseus sobre obras e fé. “Hipócritas”, afirmou Freitas, enquanto era vaiado e xingado pelas lideranças extremistas.
Ademar Traiano solicitou à Comissão de Ética que abrisse uma investigação contra Renato Freitas, mesmo sem apresentar qualquer motivo. A decisão foi questionada pelo deputado Zeca Dirceu (PT), que pediu para que o presidente informasse sobre qual artigo do regimento interno ele estaria incluindo Freitas.
Espião Jorge Hardt pai da juíza Gabriela Hardt parceira de Moro
por Miguel Paiva (texto e charge)
Continuar vivendo numa democracia e vendo o ex-juiz Sérgio Moro circulando impune é uma contradição. Para uma pessoa mais sensível como eu, ele nunca enganou ninguém. Desde que recebeu o prêmio Faz Diferença do jornal o Globo criou em mim uma certa desconfiança. Juiz não recebe prêmio pela sua atuação. Não é mais do que obrigação, mas ali, a vaidade, foi o primeiro sinal. Depois vieram outros. Ele foi vestido com camisa grafite escura e grava preta. Além do extremo mau gosto demonstrava, pelo menos na minha cabeça, uma estética beirando o fascismo. Não gostei. Fiquei ressabiado.
Depois começaram a surgir os boatos sobre seu envolvimento com a CIA, suas idas frequentes aos Estados Unidos e seu interesse na Petrobrás. Mas havia um empecilho. Lula, depois de Dilma era o candidato mais forte à reeleição. Isso iria atrapalhar todos os planos de Moro e a turma que estava com ele. Nesta época ainda não se sabia ao certo e Moro criou uma imagem de paladino, de salvador da pátria que enganou a muitos. Virou bloco de carnaval com o aplauso inclusive de parte da classe artística e daí em diante o caminho ficou mais apoiado e facilitado. Julgou e prendeu Lula sem provas e liberou o caminho para a volta ao poder da turma liberal e do mercado de capitais.
A ideia, mesmo golpista disfarçada, era esta. E muita gente continuou caindo. Só não contavam com a eleição de Bolsonaro que acabou escapando do planejamento. A direita institucional não tinha candidato. Bolsonaro foi lá e pimba. Mas a turma topou. O mercado de capitais fechou os olhos para a truculência do capitão e apostou no Paulo Guedes. Meu deus, que aposta! Claro que não deu certo e com esta anuência a gandaia autoritária se estabeleceu. O mercado demorou a acordar e não gostar do panorama sobretudo enquanto Moro batia na corrupção.
Corrupção é a palavra chave. É o que a direita, coincidência ou não, mais detesta. Mas é o que mais faz. O Não Roubar é o mandamento mais seguido porque fala da propriedade privada e sua manutenção, princípio sagrado para os neoliberais. Note-se que Lula estava sendo acusado sem provas de se apossar de duas propriedades privadas, o tríplex no Guarujá e o sírio em Atibaia. Aí ficou fácil. Era como cometer pecado mortal na frente da cruz. Todos caíram e Sérgio Moro não resistiu. Virou candidato de Bolsonaro ao Ministério da Justiça, abandonou a carreira de juiz e começou a se dar mal.
Entrou a verdade histórica e suas consequências implacáveis. Ainda demorou para a elite aceitar, mas até o próprio STF, reconhecendo seu erro desfez toda a tramoia. Absolveu Lula e Dilma, suspeitou de Moro e sua galera e facilitou com isso que Lula voltasse a brigar pela eleição. Foi duro. Bolsonaro ainda usou, e hoje a gente comprova, todas as ilegalidades que podia, mas assim mesmo perdeu.
Com Lula eleito ficou mais fácil de se descobrir que era na verdade Sérgio Moro. Um ninguém cheio de planos. Aliás, cada vez mais comum este personagem na nossa política. Um ninguém cheio de planos. Virou senador da república, sabe-se lá como e junto com outros, inclusive o parceiro Dallagnol tentou entrar para a política e se estabelecer. Dallagnol já foi cassado, agora as sujeiras de Moro que de um certo modo explicam seu sucesso, vão aparecendo. É uma questão de tempo para a História se manifestar. Depois do depoimento do General Heleno na CPMI, Moro se aproximar junto com Damares para felicitar o depoente foi por sí só uma confissão de culpa.
Moro é um conservador de direita, radical, capaz de adulterar a democracia para cumprir suas metas. Aquela camisa escura com gravata preta mostrou quem ele era, queira ou não queira. O Brasil vai retomando seu caminho apesar dos entulhos deixados na estrada e Moro vai desaparecendo no espelho retrovisor. Para sempre, espero.
Vídeo: Assim como no México, no Brasil a espionagem ilegal foi amplamente usada, na operação Lava Jato, com tecnologia de última geração. Agora, isso precisa ser analisado pela Justiça, a partir de denúncia da defesa do ex-presidente Lula. #CarolProner
Deputado Renato Freitas explica espionagem na Petrobras feita por Jorge Hardt
Renato Freitas é mais uma vez vitima de perseguição política racista
“E conhecerão a verdade e a verdade os libertará”
Evangelho de João cap 8 versículo 32
por Jaison Xanchão e Gabriel Santos
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Renato Freitas é um dos maiores nomes do processo de renovação e formação de novas lideranças políticas do Brasil. Militante do movimento negro e do Hip Hop, filiado ao PT, Renato foi eleito deputado estudal pelo Paraná com mais de 59 mil votos. Dono de um discurso potente, direto e de oratória única, Renato não tem medo de falar a verdade para a elite paranaense e seus representantes. Utiliza o parlamento para denunciar as injustiças sociais e raciais que atingem os negros e pobres de seu estado.
Renato rompe com a lógica da normalidade. Em um espaço que historicamente foi um lugar de representação branca e da elite do estado, eis que aparece um jovem negro, vindo da periferia, com seu cabelo Black e sua língua presa. Um jovem que incomoda. Antes na Assembleia Legislativa do Paraná, deputados estavam acostumados a verem os corpos negros em funções subalternos, normalmente nos postos de recepção, limpeza, ou segurança, fazendo parte das equipes terceirazadas. Agora não. Eles vêm, mas se recusam a enxergar, que um negro está lado a dele deles, na tribuna, inclusive discursando melhor, representando mais pessoas, e enfrentando-os, de igual por igual.
Numa casa de leis, onde o povo e as classes populares não se costumam fazer presente para criar essas leis, ou discuti-las, também se faz ausente a verdade. A mentira é uma legalidade, assim como os abusos de poderes das classes dominantes. Confrontar os mentirosos, falar a verdade, é confrontar os donos do poder.
Justamente por isso Renato sofre mais um processo disciplinar. Foi o terceiro desde que assumiu como vereador em Curitiba e teve seu mandato cassado duas vezes.
As perseguições políticas contra Renato Freitas mais uma vez escolhido pela polícia para ser revistado em aeroporto
“A movimentação contra o racismo é legítima, fundamenta-se no Evangelho e sempre encontrará o respaldo da Igreja. Percebe-se na militância do vereador o anseio por justiça em favor daqueles que historicamente sofrem discriminação em nosso país. A causa é nobre e merece respeito”
Arquidiocese de Curitiba
A perseguição política de cunho racista teve início no mandato de Renato Freitas na câmara de vereadores de Curitiba. Num processo no mínimo estranho ele foi acusado de invadir uma Igreja Católica durante um ato contra o racismo. A Igreja soltou nota colocando que a missa havia sido encerrada e que a ação de Renato foi legítima e teve permissão dos líderes religiosos presentes.
Apesar disso, o mandato de Renato foi cassado com 25 votos favoráveis e 5 contrários em 22 de junho do ano passado. Alguns dias depois, o TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) suspendeu a sessão em que ocorreu a cassação por entender que ela não cumpriu os prazos legais. Mas a perseguição contra Renato seguiu e ele foi outra vez cassado, com 23 votos a favor, 7 contra e 1 abstenção. A votação foi em agosto de 2022. Renato entrou com recurso na Justiça e obteve decisão favorável no STF (Supremo Tribunal Federal), recuperando o mandato de vereador. O ministro Roberto Barroso, relator do texto, citou na decisão o racismo estrutural da sociedade brasileira. “Na situação aqui examinada, e talvez não por acaso, o protesto pacífico em favor de vidas negras, feito pelo vereador reclamante dentro de igreja, motivou a primeira cassação de mandato na história da Câmara Municipal de Curitiba”. Antes disso, enfrentou outro processo disciplinar por fala em debate na Câmara em fevereiro de 2021, em que foi acusado pela Comissão de Ética de quebra de decoro e intolerância religiosa, dessa vez por supostamente atacar membros da bancada evangélica durante debate em que discutia o uso da ivermectina no tratamento da Covid. Um absurdo que deixa evidente desde o princípio o caráter do processo.
Na Assembleia, Renato vem sendo acusado de quebra de decoro parlamentar. Em um processo de perseguição política por parte da direita que domina a Assembleia do estado.
Ao ver discurso do deputado de extrema direita Ricardo Arruda, do PL, criminalizando o MST e recheado de fake news sobre as produções orgânicas do movimento, Renato chamou o deputado de mentiroso. A posição do presidente da Assembleia foi repreender Renato por falar a verdade e buscar desmentir uma fake news, enquanto nada fez com aquele que utilizou a tribuna para mentir e realizar discurso de ódio.
O provável é que o processo disciplinar contra Renato leve a uma advertência, com o objetivo de seguir num acúmulo de advertências para justificar uma futura cassação do mandato, em uma prática persecutória.
Uma perseguição com viés racista, que marca toda a trajetória política de Renato. Sendo inúmeras vezes chamado de funkeiro, como se isso o diminuísse, de maconheiro, incapaz e de bandido, Renato sofre com rotulações e imposições de estereótipos raciais comuns a pessoas negras. Seus colegas de parlamento, homens e mulheres eurodescentendes, não aceitam que um jovem negro acesso aquele espaço de Poder da forma e os confronte. Afirmam que ele precisa entender o que é um parlamento, e que esta casa não está de brincadeira. Coisas que Renato, assim como Abdias Nascimento, Benedita da Silva, Matheus Gomes e outras lideranças negras que foram eleitas e ocuparam cargos legislativos já entenderam antes mesmo de estar dentro desses espaços.
Renato é um de nós
“Apenas um rapaz latino americano apoiado por mais de 50 mil manos.
Um efeito colateral do que o sistema fez.
Racionais, capítulo 4, versículo 3″
Mano Brown
O parlamento brasileiro é parte da estrutura racista da sociedade e reproduz a lógica do racismo brasileiro, garantindo às elites brancas vantagens econômicas e sociais. Atuar dentro desses espaços é ser contra hegemônico, ser minoria e se colocar para desafiar a ordem colonial que reina em nosso país. O novo momento do protesto negro brasileiro afirma: nada de nós sem nós. A população negra brasileira desafia o mito da democracia racial e afirma que num país racista teremos voz e representações para elaborar políticas públicas para nossa gente.
Renato é um de nós, negros, trabalhadores, periféricos. E por ser um de nós ele não está sozinho. Já diria a letra dos Racionais Mc’s: “um rapaz Latina americano, apoiado por mais de 50 mil manos”. O movimento negro de todo Brasil está com Renato na luta contra a Casa Grande e os senhores de engenho.
No Rio Grande do Sul, no Paraná e por todo território nacional: não abaixaremos a cabeça, seguiremos firmes até a vitória
Renato Freitas é advogado, mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Pesquisador na área de Direito Penal, Criminologia e Sociologia da Violência, ele já trabalhou na Defensoria Pública do Estado do Paraná e atuava como professor universitário e advogado popular antes de se eleger vereador pelo PT em Curitiba em 2020. Cassado por uma maioria racista na Câmara de Vereadores, é hoje deputado estadual no Paraná, eleito com 58 mil votos
Diante da previsível derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel
Manuel Domingos Neto /A Terra É Redonda
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As apreensões com a baderna anunciada para o dia 7 de setembro foram atenuadas. O repúdio à quebra da institucionalidade tem sido vigoroso. Além da manifestação da Faculdade de Direito da USP, houve o espetáculo da posse de Alexandre Morais na presidência do STE. Muitos assistiram o vexame do presidente da República no auditório. Foi um lance de recuperação da moralidade institucional.
A repercussão das reportagens de Guilherme Amado sobre empresários golpistas também desestimulou a baderna. Os milionários com devem estar com as barbas de molho. Com o bom desempenho eleitoral de Lula, sentem que em breve pode lhes faltar proteção. É fundamental que respondam por seus atos. A impunidade anima malfeitores.
Um dos fatores de desestímulo às manobras golpistas baseadas na contestação às urnas eletrônicas foi o posicionamento das autoridades de Washington. Quais as razões para os Estados Unidos, com seu histórico de patrocínio de golpes em muitos países, não endossar os sonhos do baderneiro alojado do Planalto?
Washington talvez queira reduzir a imprevisibilidade do quadro político latino-americano. Os Estados Unidos estão em guerra para evitar ou retardar a perda da hegemonia na ordem mundial. Não lhes interessa uma América Latina convulsionada, agravando as incertezas.
Além disso, os Estados Unidos vivem dramáticas tensões internas decorrentes da atuação da extrema direita. O FBI alertou na última sexta-feira, dia 12, sobre o perigo de atentados por parte de apoiadores de Donald Trump.
Depois de a polícia realizar busca na casa do ex-presidente, agentes federais e outros funcionários da segurança pública foram ameaçados. Na rede social de Donald Trump, ativistas são convocados para matar. Um homem foi preso na Pensilvânia depois de postar que abateria muitos agentes do FBI antes de morrer.
Nos Estados Unidos, não há coesão entre os republicanos. Muitos temem o ambiente de terror, mas os que apoiam Donald Trump são ativos e perigosos. Pedem a extinção do FBI e o desmonte do Departamento de Justiça. Já mostraram audácia no Capitólio. Lobos solitários podem deixar o país em pane. Práticas violentas são costumeiras na política estadunidense, mas as instituições deste país se empenharam mais em exportar o terrorismo do que em estimular seu uso interno.
Tendências políticas dos Estados Unidos sempre rebatem no Brasil, penetrando na sociedade e nas instituições. As técnicas da Lava-jato foram importadas, assim como o neoconservadorismo das fileiras. No Exército, o introdutor do neoconservadorismo radical foi o general Avelar Coutinho, copiador de autores estadunidenses. Seu discurso foi endossado por oficiais destacados, como o ex-comandante Villas-Boas.
Diferentemente das instituições estadunidenses, que praticam o terrorismo além-fronteiras, as brasileiras têm longo histórico de uso interno do terror. Esta semana, inclusive, as labaredas do inferno receberam um dos mais sanguinários terroristas da história brasileira, Sebastião Curió, que fez carreira no Exército.
O hábito de práticas violentas contra opositores explica o apoio castrense à candidatura de um conhecido terrorista à presidência da República. Esse homem, desde novinho, defende o choque e o pavor. Diante de sua previsível derrota eleitoral, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel.
Se registramos nos últimos dias um desanuviamento de tesões, não cabem descuidos. A defesa da democracia deve ser permanente. Não há outra forma de neutralizar a índole terrorista da extrema direita.
Empresários apoiadores de Jair Bolsonaro passaram a defender abertamente um golpe de Estado caso Lula seja eleito em outubro, derrotando o atual presidente. A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas há meses pela coluna de Guilherme Amado.
Participam o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o deputado Rogério Correia (PT-MG), a vereadora Carol Dartora (PT, Curitiba), a ativista Luna Zarattini, a coordenadora do Sinasefe, Elenira Vilela, e o vereador cassado Renato Freitas (PT, Curitiba)
Os golpistas ainda estão soltos. Conforme Beatriz Castro os oito inimigos da claridade, "os oito investigados podem escolher se querem ir ao desfile militar em Brasília ou ao evento em Copacabana, onde, segundo o presidente, haverá um ato cívico e uma motociata.
São investigados os empresários Luciano Hang (Havan); Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu); Ivan Wrobel (W3 Engenharia); José Isaac Peres (Multiplan); José Koury (Barra World); Luiz André Tissot (Sierra); Marco Aurélio Raymundo (Mormaii); e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa)".
Nós de Curitiba somos vítimas de três déspotas, Rafael Greca, o esclarecido, ou outros dois Ratinho Jr – há que se saber por que o apelido do pai e do filho – e o energúmeno que ocupa a presidência. Todos fascistas
Liminar derrubou sessões que aprovaram cassação no plenário da Casa e parlamentar pode voltar ao cargo
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