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O CORRESPONDENTE

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28
Jul20

Contrato milionário de advogado da Petrobras e procuradores e Moro e corriola amiga

Talis Andrade

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Contrato divulgado pelo deputado federal Paulo Teixeira aponta pagamento de R$ 3 milhões pela Petrobras a René Dotti, que hoje advoga para Zucolotto compadre de Moro e sócio de Rosangela

 

Jornal GGN – O Tribunal de Contas da União (TCU) poderá investigar o contrato milionário entre a Petrobras e o atual advogado de Sérgio Moro, René Ariel Dotti, no final de 2014 para atuar como assistente de defesa da estatal nos casos da Lava Jato.

O contrato divulgado pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) e publicado aqui pelo GGN aponta um pagamento prévio de R$ 3 milhões em honorários, sendo destes R$ 80 mil por ação penal, quando o escritório de advocacia de René Ariel Dotti atuasse a favor da estatal como parte “interessada”, e R$ 100 mil como assistente do Ministério Público, por cada ação penal.

Hoje, o advogado, que também já protagonizou um confronto direto com a defesa do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin, durante uma das audiências da Lava Jato, foi avaliado recentemente pelo ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro para sua defesa próprio nos processos que enfrenta na Justiça.

Com as suspeitas, o deputado federal protocolou no Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) um pedido de investigação do caso.

No documento, Teixeira lembra que, segundo estabelece o próprio contrato da Petrobras com o escritório do criminalista, no final de 2014, as decisões de Sérgio Moro, como então juiz da Lava Jato, “tinham reflexo direto no faturamento que o referido escritório auferiu junto a Petrobras”.

Dotti também foi contratado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que foi acusado pelo advogado Rodrigo Tacla Duran de o ter extorquido em esquema de colaboração premiada entre investigadores da Lava Jato e procuradores da força-tarefa. Zucolotto contratou René Dotti para evitar a delação de Tacla Durán, que foi retomada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Neste sentido, Rene Ariel Dotti, defendendo os interesses de Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho do então juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, Sergio Fernando Moro, protocolou em 8 de Junho de 2020, petição (Documento: 2) dirigida ao Procurador Geral da Republica, solicitando que não sejam reabertas as investigações, sobre os fatos acima mencionados, contra seu cliente.”

A petição expõe que Dotti foi também advogado de outro membro da força-tarefa de Curitiba, a delegada da Polícia Federal Erika Mialik Marena.

“Esse trilhar do Advogado Criminalista René Ariel Dotti pode indicar, em tese, grave conflito de interesse, na medida em que, de um lado, atuou supostamente na defesa dos interesses da Petrobras e, consequentemente, na defesa do interesse público e, de outro, quiçá em função da mesma generosa remuneração recebida outrora, advoga agora, contra o interesse público, na mesma seara da Operação Lava Jato, para evitar colaboração premiada que se divisa capaz de trazer à baila desvios e desatinos na condução da referida investigação e com capacidade para influenciar nos destinos das decisões judiciais prolatadas por Sérgio Moro”, expõe Teixeira.

O deputado pede que o Ministério Público junto ao TCU investigue o caso, com depoimentos de Zucolotto, Moro, René Dotti e seus sócios, e solicite a rescisão do contrato fechado entre o criminalista e a Petotras, com uma multa de 30% no valor do contrato e a prestação de contas.

Leia a íntegra da representação protocolada no MP-TCU:

Representacao MP SUB PROC – TCU – Contratação René Arial – Conflito de Interesses – 15.7.2020-2

08
Jul20

Advogado que protagonizou críticas contra Zanin e que obteve até R$ 13 milhões da Petrobras passa a atuar em defesa de Sérgio Moro

Talis Andrade

ricos pobres charge martirena cruz Jesus.jpg

 

 

II - O caso René Dotti e o contrato milionário com a Petrobras

por Patricia Faermann /GGN

 - - -
Em entrevista recente concedida à TV GGN, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) denunciou que o advogado René Ariel Dotti obteve um contrato milionário para atuar como assistente de defesa da Petrobras no caso da Operação Lava Jato.
 
“Eu recebi hoje um contrato que o René Ariel Dotti tem com a Petrobras, com remuneração dele é de R$ 3 milhões no contrato e a cada assistência que ele presta numa ação ele ganha mais R$ 100 mil. Então há uma estimativa que ele esteja ganhando em torno de R$ 13 milhões. É uma contratação sem licitação da Petrobras”, disse Teixeira.
 
O contrato, que também foi divulgado pelo site DCM, aponta que a Petrobras previa o pagamento de 3 milhões de reais em honorários, sendo destes R$ 80 mil por ação penal, na condição que o escritório de advocacia atuasse a favor da estatal como parte “interessada”, e R$ 100 mil como assistente do Ministério Público, por cada ação penal.
 

Agora, o nome do advogado volta a ser associado ao ex-juiz Sérgio Moro, desta vez, para atuar diretamente em sua defesa do processo no qual é investigado pela Procuradoria-Geral da República.

Resposta

GGN entrou em contato com o escritório de advocacia Professor René Dotti e com a Petrobras, para entender o contrato exposto e as atuações do advogado a favor da estatal nos processos da Operação Lava Jato.

“Gostaríamos que fossem esclarecidos em que consistia o trabalho de assistente de acusação, como foram calculados os honorários, se foram feitas outras atuações do mesmo escritório junto à Petrobras, em que casos o escritório de advocacia atuou até agora na Operação Lava Jato como assistente da Petrobras e respectivos honorários”, foram as perguntas enviadas.

A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que “não irá comentar a demanda”.

E o advogado Alexandre Knopfholz, do escritório de advocacia de René Dotti, confirmou que o escritório foi contratado pela Petrobras para atuar nos casos relacionados à Operação Lava Jato e restringiu-se a mencionar que a contratação, com o pagamento de honorários, foi feita de acordo com a legislação vigente.

 

08
Jul20

O caso René Dotti e o contrato milionário com a Petrobras

Talis Andrade

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