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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

01
Set21

“Teje preso!”

Talis Andrade

medo passeata Ramses Morales Izquierdo.jpg

 

 

por Laurez Cerqueira

- - -

No dia 7 de setembro podemos ver preso o primeiro presidente da República, de nossa história. Seria um fato marcante na construção na nossa nação democrática.

O roteiro da possível prisão de Bolsonaro foi dado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF, em artigo no jornal Folha de S. Paulo, no domingo passado, caso o presidente avance na tentativa de golpe de Estado.

No texto, Lewandowski relaciona todos os possíveis crimes com os respectivos artigos da Constituição e da legislação vigente, demonstrando a gravidade dos atos praticados.

As notas do agronegócio, dos banqueiros e dos industriais, divulgadas recentemente, são um basta, uma prova de que o poder econômico quer o descarte do “mito”, e se somam ao coro dos descontentes, dos que não suportam mais o vandalismo contra a democracia e o país.

Evidentemente não assinaram notas sem respaldo de militares de alto coturno, dos governadores, que estão enquadrando as forças policiais com previsão de punições exemplares a quem desobedecer os regimentos das corporações. Essas coisas costumam ser bem articuladas.

O desastre do governo Bolsonaro e seu parceiro Paulo Guedes está colocando em risco os patrimônios empresariais. Fuga de capitais, crise de energia e alta de tarifas, quebra de cadeias produtivas, desemprego estrutural, queda da renda e do poder de compra, inédito grau de inadimplência da população, alta de juros, do dólar, com prejuízos imensos para quem importa insumos, incertezas no planejamento de investimentos, enfim, a economia afunda e o governo não fala em nenhum projeto para tirar o país da crise.

O grande capital quer Bolsonaro e Paulo Guedes fora, urgentemente, para frear o agravamento da crise e nomear um novo ministério para viabilizar a candidatura da chamada terceira via. Uma candidatura alinhada com o governo Biden. Bolsonaro é um resto do governo Trump na América Latina que precisa ser varrido.

Como seria: caso Bolsonaro faça discurso ou algum gesto incitando manifestantes à violência contra as instituições, contra a Constituição, a ordem legal e o estado democrático de direito, o presidente do STF pode determinar à Polícia Federal que o prenda em flagrante delito. Um ato inédito, mas perfeitamente legal.

medo renan.jpg

 

Havendo resistência armada, o presidente do STF pode requisitar as Forças Armadas para respaldar a PF no cumprimento de suas funções públicas.

Qualquer um dos presidentes dos três poderes pode requisitar as Forças Armadas para manter a lei e a ordem. Está escrito no famoso artigo 142 da Constituição.

Quando militares rompem com a hierarquia e a disciplina, desobedecem a Constituição e as leis vigentes, viram bando armado como qualquer grupo criminoso. As possíveis prisões podem ser um marco na história republicana do Brasil. Um passo inédito na construção da democracia.

“Teje preso!”.

bozo tá co medo.jpg

 

18
Ago21

Nem golpe, nem impeachment

Talis Andrade

ditadura prison___ramses_morales_izquierdo.jpg

 

 

por Alex Solnik

Agora é pra valer. Não se trata mais de posar para fotos. Nem fazer promessas vãs. O acordo que está sendo articulado pela cúpula do Legislativo e do Judiciário, em conversas com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, explicitado, ontem, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (cada vez com mais cara de presidenciável) é muito simples e claro: Bolsonaro para de ameaçar com golpe e as instituições param de ameaçar com impeachment.

ditadura democracia Alexander Dubovsky.jpg

 

Dirão alguns, com razão: Bolsonaro não é confiável e não cumpre o que promete. Entendo que Pacheco e Fux sabem disso melhor do que nós. Mas têm cartas na manga.

Se Bolsonaro continuar com arroubos antidemocráticos, como o questionamento da urna eletrônica, o Senado tem como enquadrá-lo. E dificultar sua vida. Sem apelar para o bate-boca. 

Barrar André Mendonça ao STF e sentar em cima de projetos de interesse do governo está ao alcance dos senadores.

Lira, com o centrão, e Aras, com sua subserviência escandalosa, podem impedir o impeachment, mas não as decisões do Senado.   

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