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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

03
Set23

Saiba o que são fundos exclusivos e offshores que o Lula vai tributar

Talis Andrade

Disponíveis apenas para pessoas ricas, essas formas de investimento representam um privilégio para poucos, para  os caras-pálidas. É hora de acabar. O Brasil precisa parar de maltratar os pobres, os pés-rapados

Para começar a cumprir sua promessa de campanha de “colocar o pobre no orçamento e o rico imposto de renda”, o presidente Lula assinou uma medida provisória para taxar os fundos exclusivos de alta renda e enviou ao Congresso um projeto de lei para tributar quem investe dinheiro no exterior por meio de offshores. Mas o que são esses tipos de investimento e por que a cobrança de impostos sobre eles é necessária?

Vamos começar pelos fundos exclusivos ou fechados. Bom, de maneira geral, fundos são uma forma de investir dinheiro. Na maior parte das vezes, o fundo junta o dinheiro de várias pessoas (cotistas) para aplicar esse capital, investindo, por exemplo, em ações e títulos públicos.

Algumas pessoas, porém, são tão ricas, têm tanto dinheiro, que as instituições financeiras oferecem a elas a possibilidade de colocar seu dinheiro em um fundo exclusivo, no qual haverá só ela (ou pouquíssimas pessoas). Para entrar num fundo exclusivo, a pessoa deve investir pelo menos R$ 10 milhões.

Já as offshores são uma das formas existentes para investidores brasileiros que vivem no país aplicarem recursos no exterior. Offshore (além da costa, em inglês) é uma empresa aberta no exterior, que, por sua vez, gera uma conta bancária no país onde foi aberta. Não há nada de ilegal em criar uma empresa dessas, desde que a pessoa declare esse patrimônio para a Receita Federal e o Banco Central.

 

Onde está o problema?

O problema é que, até agora, esses ricos que podem ter um fundo exclusivo ou uma offshore contam com vantagens que o resto das pessoas não tem. Por exemplo, uma pessoa que coloca o seu dinheiro em um fundo normal é tributada (paga imposto) duas vezes por ano. Já o super-rico que tem seu fundo exclusivo, não.

Estamos falando de aproximadamente 2.500 brasileiros super-ricos, que juntos têm mais de R$ 750 bilhões e que, sem qualquer motivo justificável, não são tributados como as demais pessoas. A medida provisória de Lula, assinada em 28 de agosto, apenas faz com que esses ricos sejam tratados como os demais, sem privilégios.

LEIA MAIS: Taxação de super-ricos pode construir 1,2 milhão de casas

Algo semelhante acontece com o capital guardado em offshores. Eles ficam livres de tributação, que só é cobrada se o dono resolver trazer o dinheiro para o Brasil. Se isso não acontecer, o rico dono da empresa lá fora fica livre dos impostos. Para acabar com esse privilégio, o projeto de lei enviado pelo governo Lula para votação no Congresso prevê a aplicação de alíquotas progressivas até 22,5% (leia mais sobre as medidas do governo aqui).

 

Por que essas medidas são importantes?

Por uma questão de justiça social. Hoje, a maioria dos brasileiros paga imposto. Mas um grupo, justamente o dos mais ricos, recebe benefícios que ninguém mais tem. Para piorar, nos últimos anos, a tabela do imposto de renda ficou sem atualização, o que fez com que trabalhadores que ganhavam apenas um salário mínimo e meio tivesse que pagar Imposto de Renda.

O governo Lula começou a corrigir esse absurdo atualizando a tabela, isentando quem ganha até R$ 2.640 (e o objetivo é isentar quem ganha até R$ 5 mil até o fim do mandato). Para aliviar a carga de impostos para esses trabalhadores, o governo precisava indicar uma nova fonte de arrecadação. 

Nada mais justo que ela venha dos super-ricos. Como disse o deputado federal Merlong Solano Nogueira (PT-PI), em um explicativo artigo publicado no Le Monde Diplomatique Brasil, “não há como o país continuar acalentando esse tipo de privilégios”.

24
Abr23

Inadimplência de trabalhadores formais e informais dispara no microcrédito

Talis Andrade
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De acordo com o BC, a inadimplência atingiu 20,7%, patamar recorde em um cenário de juros elevados por Roberto Campos Neto inimigo do povo

 

247 - Números divulgados pelo Banco Central (BC) mostraram que dois em cada 10 trabalhadores formais e informais que recorreram ao microcrédito no governo Bolsonaro estavam com as contas atrasadas em fevereiro. De acordo com o BC, a inadimplência na modalidade atingiu 20,7%, patamar recorde em um cenário de juros elevados, com selic de 13,75%. O microcrédito é oferecido a empreendedores formais - como MEIs (microempreendedores individuais) - e informais que buscam empréstimos de pequeno valor.

Segundo a Folha de S.Paulo, a escalada da inadimplência nessa linha de crédito aumentou a partir de setembro do ano passado, acumulando alta de 16,6 pontos percentuais em 12 meses até fevereiro, quando a taxa média de juros cobrada estava em 49,9% ao ano, valor próximo ao limite de 60% ao ano (4% ao mês).

O microcrédito é uma forma de crédito direcionado em que instituições financeiras destinam parte de seus recursos dos depósitos à vista (a bondade dos banqueiros representa 2% da média dos saldos). Nos últimos quatro anos do reinado de Bolsonaro/Campos Neto, o crescimento anual médio da modalidade foi superior a 24%. 

 
09
Set22

Vídeo: jovens que vaiaram motociata de Bolsonaro são revistados pela PM

Talis Andrade

7.set.2022 - Passageiros de ônibus vaiam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e gritam o nome do ex-presidente Lula (PT), em Copacabana, no Rio - Lola Ferreira/UOL7.set.2022 - Passageiros de ônibus vaiam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e gritam o nome do ex-presidente Lula (PT), em Copacabana, no RioImagem: Lola Ferreira/UOL

 

 

Passageiros de um ônibus reagiram com vaias e aos gritos de Lula à passagem da motociata do presidente Jair Bolsonaro (PL) hoje em Copacabana, na zona sul do Rio.

Com o trânsito parado por batedores na rua Barata Ribeiro, um grupo que estava no ônibus 474, que faz linha entre os bairros Jacaré (zona norte) e Copacabana, saiu à janela para protestar contra a passagem de Bolsonaro, que chegou ao Rio no começo da tarde para os atos do 7 de Setembro.

 

Fotografados protestando contra o presidente no ato de 7 de Setembro no Rio, oito jovens negros foram retirados de ônibus pelos policiais logo depois

 

Vídeo: jovens que vaiaram motociata de Bolsonaro são revistados pela PM

 por O Antagonista

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Oito jovens que foram fotografados vaiando e protestando, de dentro de um ônibus, contra a motociata de Jair Bolsonaro no Rio no 7 de Setembro, ontem, foram abordados pela Polícia Militar logo depois.

Segundo o site Metrópoles, os oito jovens negros foram retirados do ônibus e revistados por três policiais do Batalhão de Choque. O procedimento foi filmado por uma testemunha próxima.

No vídeo, é possível ver os PMS revirando as mochilas dos rapazes, verificando seus bolsos, tênis e celulares.

Passageiros de um ônibus que vaiaram a motociata de Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana no 7 de Setembro foram revistados por PMs cerca de dez minutos após o protesto. O ônibus foi parado por agentes do Batalhão de Choque e somente os meninos foram revistados.

É preciso saber o paradeiro desses adolescentes, presos pela polícia racista que persegue favelados, negros e pobres. 

 

Lula compara ato de Bolsonaro a Ku Klux Klan; afinal, o que é a KKK?

 

por Franceli Stefani /UOL

A declaração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando os atos de 7 de setembro com o presidente Jair Bolsonaro (PL) a Ku Klux Klan (KKK) pela ausência de negros levantou muitas perguntas sobre o que é a organização terrorista fundada em 1865.

"Foi uma coisa muito engraçada, que o ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador", afirmou.

Lula comparou os atos com a participação do presidente Bolsonaro com a organização que prega supremacia racial branca, o racismo e o antissemitismo: “não tinha negro, pardo, pobre e trabalhador”

por O Liberal

Durante comício realizado na noite desta quinta-feira (8), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre os atos de 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, e comparou as manifestações pró-governo com a Ku Klux Klan, organização americana que prega a supremacia racial branca, o racismo e o antissemitismo.

09
Set22

Antes da prisão, delegado bolsonarista preso pediu votos com Cláudio Castro e posou com Bolsonaro

Talis Andrade

www.brasil247.com -

 

O ex-secretário de Polícia Civil é candidato a deputado federal pelo PL, partido de Castro e Bolsonaro

 

247 - Preso nesta sexta, acusado de associação criminosa com o jogo do bicho, Allan Turnowski tirou selfies com Cláudio Castro e Jair Bolsonaro há apenas dois dias. As informações são do jornal O Globo.

O jogo de bicho, a legalização dos jogos de azar - cassinos, bingos, maquinas caça-níqueis - hoje proibidos têm projeto aprovado no Congresso, defendendido pelas lideranças bolsonaristas Ciro Nogueira chefe da Casa Civil, Arthur Lira presidente da Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, líder do governo.

A assinatura presidencial da legalização dos jogos está suspensa, por conta do veto principalmente dos evangélicos. Depois das eleições de outubro é possível a aprovação. Vide tags.

O delegado Turnowski foi presença vip no comício do presidente em Copacabana. Aproveitou o Sete de Setembro bolsonarista para circular entre autoridades e pedir votos.

Turnowski defende a política de operações espetaculares em favelas. Os massacres de jovens pobres e negros, promovidos por militares e policiais. Seu número de urna termina com 27 — uma referência ao número de mortos na chacina do Jacarezinho, marco de sua gestão.

Nada mais primitivo, animalesco, carniceiro, que uma chacina. Pura sangreira, covardia que lembra a tortura e morte de presos políticos nos quartéis e delegacias da ditadura militar de 1964. 

Serial killer é quem mata mais de três pessoas. 

Não vote em deputado homicida.

Polícia do RJ divulga nome e ficha criminal dos suspeitos mortos em  operação no Jacarezinho - YouTubeChacina no Jacarezinho completa um ano com 24 das 28 mortes arquivadas

Não era para prender. Foram para matar todo mundo', diz moradora do  jacarezinho - A Crítica de Campo Grande Mobile

Grupo de elite que atuou no Jacarezinho mata mais que Polícia Civil-SP

Mudança de “justificativa” põe em xeque objetivo da chacina | Partido dos  Trabalhadores

04
Set22

'É inaceitável que o setor patronal recorra ao STF', diz Natália Bonavides sobre piso salarial da enfermagem

Talis Andrade

www.brasil247.com - Deputada federal Natália Bonavides (PT-RN)

Deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) (Foto: Gabriel Paiva)

 

"A mobilização agora é para reverter!", afirmou a deputada do PT-RN sobre a decisão do ministro Luís Roberto Barroso

 

247 - A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que suspendeu os efeitos da lei sobre o piso salarial da enfermagem

"Inaceitável que o setor patronal recorra ao STF para suspender a lei do piso da enfermagem. Mesmo provisoriamente, a decisão é um desrespeito com a categoria que lutou anos pela regularização, aprovada por ampla maioria no congresso. A mobilização agora é para reverter!", afirmou a parlamentar.Image

Natália Bonavides 1311 
Começou! Nos últimos 4 anos sentimos na pele como um governo pode ser desastroso para as nossas vidas. Olhar pro Brasil hoje faz a gente ver a diferença que o voto faz. A vida do nosso povo piorou muito. (+)

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Governo da fome! Absurda a redução do orçamento da assistência social prevista para 2023 enviada ao Congresso. Mais de 30 milhões de pessoas passam fome e o governo da morte segue desmontando um sistema estruturado nos governos petistas que garantiu proteção social ao nosso povo.

Lula 13
@LulaOficial
Vocês precisam aproveitar o telefone de vocês, o zap, todos os meios que vocês tiverem para não permitirem que a fábrica de mentiras deles vá longe. Quem fará a colheita do futuro desse país são os filhos e netos de vocês.Image
 
Hoje muitos trabalhadores não tem emprego, tem bico. Vamos fortalecer o microempreendedorismo criando financiamento para quem quer abrir seu negócio. Sua barbearia, sua confeitaria. Crédito, com juros baixos, para quem quer trabalhar.
Superar a pobreza, dialogando e construindo com a Agricultura Familiar: que simbólico o tema do 1º Simpósio Estadual da Agricultura Familiar, justo quando o atual presidente afirma que em nosso país não há fome. Por sorte, ao contrário dele, tivemos uma governadora que teve...

A imagem mostra um grupo de pessoas posando de frente para a fotografia, todas com bonés da Agricultura Familiar. No centro, está a Governadora Fátima Bezerra, que posa ao lado da candidata Natália Bonavides, à sua direita, e outros candidatos e candidatas do Partido dos Trabalhadores, assim como agricultores familiares que participaram do evento.

... a Agricultura Familiar como prioridade em seu governo, por reconhecer seu papel central no combate à fome. O desafio dessas eleições é trazer de volta a dignidade ao nosso povo, realizando o sonho do presidente Lula: fazer o povo brasileiro voltar a ter três refeições por dia.

Jingle "Ela é força, ela é coração" - Natália Bonavides 1311

13
Ago22

BOLSONARO SAI DEMOCRACIA FICA 

Talis Andrade

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Natália Bonavides no Twitter
 
 
 
 
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Natália Bonavides 
E nós estamos aqui pra dizer, juntos dos movimentos sociais e partidos que estão aqui hoje construindo conosco: A vida vai vencer a morte! A coragem vai vencer o medo! A verdade vai vencer a mentira!
BOLSONARO SAI DEMOCRACIA FICA 
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O #DiaDoEstudante do governo Bolsonaro é com veto ao aumento do recurso da merenda escolar, congelado desde 2017. A qualidade da refeição nas escolas públicas, muitas vezes a única do dia para muitos, está cada vez pior. Fora Bolsonaro, inimigo da educação e governante da fome!

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O desafio no combate à fome no Brasil | Tema de Redação - Temas quentes |  coRedação
 
Diário Popular - Confira a charge de Cazo para o DP desta segunda-feira. |  FacebookCharge Erasmo Spadotto - Merenda Escolar - Portal Piracicaba Hoje
Fome é uma grande mentira” -... - Quebrando o Tabu | Facebook
ESCÁRNIO! O candidato a vice de Bolsonaro, o general Braga Netto, recebeu quase R$ 1 milhão de salário em apenas 2 meses de 2020. Enquanto brasileiros morriam sem ar, eles enchiam os bolsos de dinheiro e negavam a vacina. Criminosos!
 
Carlos Latuff on Twitter: "Os servidores públicos que votaram em Jair  Bolsonaro devem estar felizes em ver seus salários congelados, enquanto que  os militares enchem as burras! Charge @sisejufe https://t.co/LMaQYjV5QE" /  Twitter
Bolsonaro será o 1º presidente a entregar o governo com um salário mínimo menor do que quando assumiu. Tirou do povo o poder de compra, a comida da mesa, os direitos. Tirou empregos, cortou recursos da educação. Só serviu aos ricos, que ficaram mais ricos
 
Quase 20 milhões de pessoas estão em situação de pobreza nas principais cidades do Brasil. Esse é o maior número dos últimos 10 anos. Com inflação e desemprego, a situação de famílias mais vulneráveis é estarrecedora. O povo não aguenta mais a miséria do governo Bolsonaro.
 
Fachada da casa de Maria Aparecida, ela mora apenas com um de seus filhos, Gilberto Firmo Ferreira, que é surdo
Para as entidades é preciso dar uma resposta contundente – e urgente – aos ataques que mostram a tática a ser usada no período eleitoral deste ano pelo presidente e seus apoiadores.
Marcio Vaccari
@VaccariMarcioImage
Eu já escuto os teus sinais  Olha vindo aí, minha gente! Na luta com a juventude! #DiaDoEstudanteImage
Tá chegando a hora, companheirada! Estamos diante da eleição das nossas vidas e só com muita luta venceremos os desafios que estão postos. Vamos juntos e juntas construir o país que queremos. Venha fazer parte desse projeto comprometido com a classe trabalhadora! 
 
04
Ago22

Com fome, menino liga para polícia e pede comida. Ouça o áudio

Talis Andrade

www.brasil247.com - Miguel (com microfone), Célia Arquimino Barros (mãe) e outra irmã deleMiguel (com microfone), Célia Arquimino Barros (mãe) e outra irmã dele (Foto: Reprodução (Globo))

 

Um menino chamado Miguel, de 11 anos, telefonou para a PM e pediu ajuda porque não tinha comida em casa, em Santa Luzia (MG). "Minha mãe só tem farinha e fubá pra comer", disse. A fome uma exlusividade da população civil. 116 milhões de brasileiros sofrem insuficiência alimentar. A fome um caso de polícia

 

Este o Brasil real de Bolsonaro, o Brasil da inflação, do desemprego. O Brasil dos sem terra, dos sem teto, dos sem nada. O Brasil exportador de alimentos no mapa da fome. O Brasil do menino chamado Miguel, de apenas 11 anos. Que telefonou para a Polícia Militar (PM), pelo 190, e pediu ajuda porque não tinha comida em casa, na noite desta terça (2), no município de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). 

"Senhor policial, é por causa que aqui em casa não tem nada pra gente comer e eu tô com fome. Minha mãe só tem farinha e fubá pra comer", disse.

A mãe de Miguel, Célia Arquimino Barros, de 46 anos, vive com seis filhos no bairro São Cosme. "Eu vivo de auxílio emergencial, e o pai manda R$ 250, mas não é todo mês que manda", disse ela à TV Globo

Mais de 60 milhões de brasileiros enfrentaram algum tipo de insegurança alimentar de 2019 a 2021, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado no mês passado.

O menino fez certo. A fome no Brasil é um caso de polícia. Dos gorilas comendo. Dos cavalões comendo. O Brasil do cartão corporativo do Bolsonaro sob sigilo de cem anos. O Brasil do orçamento paralelo de Ciro Nogueira. Do orçamento secreto de Arthur Lira. Da ministra da Agricultura que quis solucionar o problema da fome, oferecendo alimentos fora da validade. Do ministro da Economia recomendo aos que comem que ofereçam os restos de comida aos sem nada, aos pobres. Que 40% da população civil pena na pobreza, para o governo pagar salários acima do teto, pagar para generais salários de marechais, salários que ficarão como herança para as filhas que não se casarão no civil, para permanecer solteiras até a virada deste século se as democracias intermitentes, as democracias interrompidas pelos golpes militares permitirem. 

“Grande humanista”, diz Reinaldo Azevedo sobre Guedes sugerir sobras de comida a mendigos

 

por Davi Nogueira

Em publicação nas redes, o jornalista Reinaldo Azevedo comentou a mais nova declaração absurda do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Durante anúncio de projeto de flexibilização da regra que trata da validade de alimentos no Brasil, Guedes sugeriu que sobras de alimentos de famílias de classe média e restaurantes sejam doadas a pessoas vulneráveis.

Comparando com a quantidade de comida consumida por uma pessoa da classe média na Europa, que ele diz serem “pratos relativamente pequenos”, o ministro afirmou que no Brasil exageramos e deixamos “uma sobra enorme”.

Reinaldo respondeu à fala do ministro e lembrou que o Brasil tem ”110 milhões vivendo em insegurança alimentar”.

Ele disse, em tom irônico, que Guedes e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que teve a ideia de distribuir alimentos vencidos aos pobres, são “grandes humanistas”.

O Brasil é o 3° maior produtor de alimentos do mundo e o maior exportador. Mas há 110 milhões vivendo em insegurança alimentar. Tereza Cristina teve uma ideia: alimentos vencidos pra pobres. Guedes teve outra: distribuir sobras de restaurantes pra mendigos. Grandes humanistas!

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Enquanto o povo come osso, JBS alcança lucro histórico com a exportação de  carne |Fila da fome em Cuiabá recebeu ossos de 'qualidade', diz governador de Mato  Grosso - CartaCapitalMoradores dormem na 'fila de ossinhos' para garantir cesta básica em Cuiabá  | Mato Grosso | G1Fila para conseguir doação de ossos é flagrante da luta de famílias  brasileiras contra a fome | Fantástico | G1

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14
Jul22

‘Chegamos nesse grau de pobreza e necessidade no país porque não houve política social’, diz Miriam Leitão sobre aprovação da PEC das Eleições

Talis Andrade

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O plenário da Câmara dos Deputados concluiu na noite desta quarta-feira (13) a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que contorna a legislação a fim de permitir ao governo conceder uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição presidencial.

A comentarista Miriam Leitão falou ao Bom Dia Brasil sobre as consequências dessa decisão e o motivo dela acontecer neste momento.

"Por que a gente chegou até aqui? Por que a gente chega perto das eleições com tanta pobreza, uma situação tão dramática e que o Congresso passou por cima de todas as leis, de todos os regimentos, fazendo uma política que não pode ser feita, que é uma política eleitoreira? Chegamos nesse grau de pobreza e necessidade porque não houve uma política social no governo Bolsonaro", diz Miriam.
 

Miriam também falou que as crises acontecem para que os governos saibam contornar e achar uma solução com qualidade.

"Um erro, por exemplo, que o governo Bolsonaro cometeu foi desde o começo, quando ele foi empurrado para fazer o auxílio emergencial, que ele não queria fazer, ele concentrou na Caixa ao invés de fortalecer um sistema que já existe no Brasil, foi criado pela Constituição, e vários governos implantaram, que é o SUAS - Sistema Único de Assistência Social, que vai até o centro de assistência social dos municípios", explica.

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Deus está morto, então tudo é permitido a Lira, o onipotente, comprova Reinaldo Azevedo:

Reinaldo: Bolsonaro fez país de fome, raspas e restos.
 

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08
Jul22

Retrato de uma nação ferida

Talis Andrade

 

A crise social na qual o Brasil está mergulhado desde o Golpe de 2016, que levou à deposição de Dilma Rousseff da Presidência da República por meio de um impeachment sem crime de responsabilidade, mantém o povo refém da agenda econômica tocada por Paulo Guedes no governo de Jair Bolsonaro.

O resultado é o aumento da pobreza, que já supera 40% da população em 14 estados brasileiros, a inflação fora de controle, que explica a falta de comida na mesa do povo, e o aumento da desigualdade e da fome. Falta emprego para o povo.

“Este país não nasceu para ser pequeno e esse país não nasceu para que o povo passe fome. Não tem explicação alguém em Piracicaba, ou alguém em minha Caeté, lá em Pernambuco, ou alguém na capital de São Paulo ir dormir com fome porque não tem o que comer”, afirma, indignado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele voltou a sinalizar o compromisso de acabar com a fome vez e fazer o Brasil voltar a crescer, a se desenvolver, a gerar emprego e oportunidades para as pessoas.

“O que nós queremos na verdade é provar que este país não precisa ter fome. Já fizemos isso uma vez. Não tem explicação econômica nem política do povo brasileiro ter fome, 33 milhões de pessoas passando fome e 105 milhões com algum problema de insegurança alimentar, sem conseguir as proteínas e calorias necessárias para sobrevivência’, disse, durante entrevista concedida à Rádio Educadora, de Piracicaba (SP), na quarta, 30.

O ex-presidente da República, que lidera o movimento Juntos pelo Brasil ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), tem defendido que a situação dramática atual pode ser revertida. E que a derrota de Jair Bolsonaro em outubro será a primeira medida para fazer o país se reencontrar com um modelo de desenvolvimento econômico com Justiça social. “O país está desmontado, as instituições estão desacreditadas, brigando entre si. Precisamos fazer o pais voltar à normalidade”, defende Lula. “Este país precisa voltar a ter paz, voltar a ser humanista para que a gente se trate bem e se respeite. E isso vai acontecer com muito investimento para gerar emprego e esperança. Estou convencido de que isso vai acontecer”.

O aumento da pobreza é um problema a ser enfrentado imediatamente, diante da situação de descalabro. Na última semana, um estudo da FGV Social mostrou que em 14 estados mais de 40% da população estão em situação de pobreza. Em quatro estados, o percentual ultrapassa a metade da população: Maranhão (57,90%), Amazonas (51,42%), Alagoas (50,36%) e Pernambuco (50,32%). Na média brasileira, a parcela é de 29,62%, ou quase um terço da população vive em situação de pobreza. Ao todo, eram 62,9 milhões de brasileiros em 2021 nesta situação, quase 10 milhões a mais que em 2019.

Por esta classificação, pobres são aqueles que vivem com menos de R$ 497 per capita por mês ou U$ 5,50 por dia. A linha de corte de R$ 497 per capita mensal por mês é a mais alta para se classificar o contingente de pobres no país e segue os critérios internacionais de pobreza. Pelo Auxílio Brasil, por exemplo, só é considerado pobre quem vive com menos de R$ 210 per capita por mês.

O estudo da FGV Social aponta ainda que 25 das 27 unidades da federação registraram aumento do percentual da população na pobreza entre 2019 e 2021. A pior evolução dos indicadores no período da pandemia foi observada em Pernambuco, com um aumento de 8,14 pontos percentuais: o percentual de pobres subiu de 42,18% em 2019 para 50,32% em 2021.

 

“O contingente de pessoas com renda domiciliar per capita até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país. Este número representa 9,6 milhões a mais que 2019, quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia”, alerta o economista Marcelo Neri, responsável na FGV Social pelo estudo produzido a partir de microdados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele foi ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo Dilma Rousseff.

Essa tragédia social é que tem levado Lula e Alckmin a destacarem que é prioridade cuidar do bem-estar da população no novo governo, a partir de janeiro de 2023. “Quero criar um estado de bem-estar social em que as pessoas trabalhem, as pessoas morem, as pessoas comam, as pessoas vivam em paz”, defende o ex-presidente.

O ex-presidente declarou que está preocupado com o endividamento crescente das famílias brasileiras. “É preciso reduzir a política de juros, é preciso resolver o problema da dívida de 70 milhões de famílias brasileiras que estão endividadas nos cartões, algumas porque estão utilizando o cartão para comprar comida”, declarou. Ele considera que o endividamento da população e  a inadimplência são consequências do contexto de desemprego, inflação alta e empobrecimento da população sob Bolsonaro, que retirou direitos dos trabalhadores e não criou políticas de valorização do salário mínimo e de geração de emprego.

Em 2003, quando Lula assumiu a Presidência da República pela primeira vez, assegurar que cada brasileiro pudesse tomar café da manhã, almoçar e jantar foi uma obsessão do governo federal. O poder de compra do salário mínimo aumentou continuamente durante todos os anos das gestões de Lula e Dilma. Em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome das Nações Unidas.

No começo de junho, o país se assustou com a revelação do IBGE que apontou que o Brasil tem 33 milhões de pessoas passando o dia todo sem comer nada e qye apenas quatro em cada 10 famílias brasileiras têm acesso pleno à alimentação. Bolsonaro trouxe de volta a fome e hoje um salário mínimo não compra sequer uma cesta básica em São Paulo.

Em 2006, durante o governo Lula, era possível comprar duas cestas básicas (R$ 172,31) com um salário mínimo (R$ 350). O mesmo acontecia no governo Dilma. Em 2014, a cesta valia R$ 354,63 e o salário mínimo era R$ 724. Em maio de 2022, em São Paulo, uma cesta básica custava R$ 1.226,12, enquanto o salário mínimo é de R$ 1.212 – são R$ 14,12 a mais.

Ex-ministra de Desenvolvimento Social, a economista Tereza Campello diz que deixar a fome voltar foi uma opção do governo Bolsonaro. Em entrevista ao Jornal PT Brasil, ela acusou o atual  presidente de adotar medidas que permitiram chegarmos ao caos que o Brasil vive hoje. “Nos governos Lula e Dilma, ano a ano, a insegurança alimentar caiu. Se olharmos o governo Bolsonaro, ano a ano a insegurança alimentar cresceu. E isso começou a acontecer antes da pandemia”, observou.

Entre as opções feitas pelo Palácio do Planalto e que favoreceram a volta da fome, Tereza destaca o desmonte de políticas de segurança alimentar, como o apoio à agricultura familiar, o Programa de Aquisição de Alimentos e o programa de cisternas.

“O governo tinha que viabilizar o acesso à alimentação, à renda e a produtos saudáveis”, defende. “Isso é tarefa do governo: fazer política de segurança alimentar e nutricional. Inclusive é um dispositivo da Constituição Federal, que diz que a população tem direito a alimentação adequada e saudável. Para garantir esse direito, tem que haver políticas públicas”.

Na quinta-feira, 30, a derrota do governo diante da inflação se tornou oficial. O Banco Central apontou que probabilidade de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância da meta este ano subiu de 88% na estimativa de março para 100%. E sinalizou que a inflação deverá continuar em alta em 2023.

“A surpresa inflacionária no trimestre decorreu do comportamento dos preços livres, principalmente de alimentos. A inflação de serviços e de bens industriais se mantém alta, e os recentes choques continuam levando a um forte aumento nos componentes ligados a alimentos e combustíveis”, aponta relatório do BC. Ou seja, não há muito o que fazer, se depender da autoridade monetária.

O cenário econômico ruim é agravado pela perspectiva de uma recessão, que parece inevitável no país. A avaliação não é de nenhum economista heterodoxo ou político de esquerda, mas de gente do mercado financeiro. Essa é a opinião, por exemplo, do economista-chefe do Citi, Ernesto Revilla, para quem a recessão é certa, ainda sem poder avaliar o impacto de quando quando vai ocorrer e qual será a intensidade da contração do PIB. Ele diz que Brasil e outros países da América Latina devem voltar a enfrentar um cenário de recessão entre o fim do ano e o começo de 2023.

A possibilidade de o governo Bolsonaro conseguir uma carta-branca do Congresso para largar a política fiscal e aumentar e criar novos benefícios sociais, como o vale-caminhoneiro de R$ 1.000,  o vale-gás de R$ 120 e o Auxílio Brasil de R$ 600 — com a chamada PEC do Desespero — só agrava a situação. Afinal, se aprovado o estado de emergência, que dá mais poderes ao Bolsonaro, o céu seria o limite para o Palácio do Planalto, que busca a reeleição a qualquer custo. Mas a desgraça já está feita. •

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