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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

22
Set22

Resgatar a democracia

Talis Andrade

por Leonardo Boff /A Terra É Redonda

 

A atual eleição representa um verdadeiro plebiscito: que forma de Brasil nós almejamos?

 

Ouvimos com frequência as ameaças de golpe à democracia por parte do atual presidente. Ele realizou aquilo que Aristóteles chama de kakistocracia: “a democracia dos piores”. Cercou-se de milicianos, colou nos cargos públicos algumas dezenas de militares de espírito autoritário, ligados ainda à revolução empresarial-militar de 1964, fez aliança com os políticos do Centrão que, ao invés de representar os interesses gerais do povo, vivem de privilégios e de propinas e fazem da política uma profissão para o próprio enriquecimento.

Não vi melhor descrição realística de nossa democracia do que esta, de meu colega de estudos, brilhante inteligência, Pedro Demo. Em sua Introdução à sociologia (2002) diz enfaticamente: “Nossa democracia é encenação nacional de hipocrisia refinada, repleta de leis “bonitas”, mas feitas sempre, em última instância, pela elite dominante para que a ela sirva do começo até o fim. Político é gente que se caracteriza por ganhar bem, trabalhar pouco, fazer negociatas, empregar parentes e apaniguados, enriquecer-se às custas dos cofres públicos e entrar no mercado por cima… demoSe ligássemos democracia com justiça social, nossa democracia seria sua própria negação”.

Logicamente, há políticos honrados, éticos e organicamente articulados com suas bases e com os movimentos sociais e com o povo em geral. Mas em sua maioria, os políticos traem o clássico ideal de Max Weber, a política como missão em vista do bem comum e não como profissão em vista do bem individual.

Já há decênios estamos discutindo e procurando enriquecer o ideal da democracia: da representativa, passar à democracia participativa e popular, à democria econômica, à democracia comunitária dos andinos (do bien vivir), à democracia sem fim, à democracia ecológico-social e, por fim, à uma democracia planetária.

Tudo isso se esfumou face aos ataques frequentes do atual presidente. Este pertence, primeiramente, ao âmbito da psiquiatria e. secundariamente, da política. Temos a ver com alguém que não sabe fazer política, pois trata os adversários como inimigos a serem abatidos (recordemos o que disse na campanha: há que se eliminar 30 mil progressistas). Descaradamente afirma ter sido um erro da revolução de 1964 torturar as pessoas quando deveria tê-las matado, defende torturadores, admira Hitler e Pinochet. Em outras palavras, é alguém psiquiatricamente tomado pela pulsão de morte, o que ficou claro na forma irresponsável com que cuidou do Covid-19.

Ao contrário, a política em regime democrático de direito supõe a diversidade de projetos e de ideias, as divergências que tornam o outro um adversário, mas jamais um inimigo. Isso tudo o presidente não conhece. Nem nos refiramos à falta de decoro que a alta dignidade do cargo exige, comportando-se de forma boçal e envergonhando o país quando viaja ao estrangeiro.

Somos obrigados a defender a democracia mínima, a representativa. Temos que recordar o mínimo do mínimo de toda democracia que é a igualdade à luz da qual nenhum privilégio se justifica. O outro é um cidadão igual a mim, um semelhante com os mesmos direitos e deveres. Essa igualdade básica funda a justiça societária que deve sempre ser efetivada em todas as instituições e que impede ou limita sua concretização. Esse é um desafio imenso, esse da desigualdade, herdeiros que somos de uma sociedade da Casa-Grande e da senzala dos escravizados, caracterizada exatamente por privilégios e negação de todos os direitos aos seus subordinados.

Mesmo assim temos que garantir um estado de direito democrático contra às mais diferentes motivações que o presidente inventa para recusar a segurança das urnas, de não aceitar uma derrota eleitoral, sinalizadas pelas pesquisas, como a Datafolha à qual ele contrapõe a imaginosa Datapovo.

A atual eleição representa um verdadeiro plebiscito: que forma de Brasil nós almejamos? Que tipo de presidente queremos? Por todo o desmonte que realizou durante a sua gestão, trata-se do enfrentamento da civilização com a barbárie. Se reeleito conduzirá o país a situações obscuras do passado há muito superadas pela modernidade. É tão obtuso e inimigo do desenvolvimento necessário que combate diretamente a ciência, desmonta a educação e desregulariza a proteção da Amazônia.

A presente situação representa um desafio a todos os candidatos, pouco importa sua filiação partidária: fazer uma declaração clara e pública em defesa da democracia. Diria mais, seria um gesto de patriotismo, colocando a nação acima dos interesses partidários e pessoais, se aqueles candidatos que, pelas pesquisas, claramente, não têm chance de vitória ou de ir ao segundo turno, proclamassem apoio àquele que melhor se situa em termos eleitorais e que mostra com já mostrou resgatar a democracia e atender aos milhões de famintos e outros milhões de deserdados.

Temos que mostrar a nós mesmos e ao mundo que há gente de bem, que são solidários com as vítimas do Covid-19, nomeadamente, o MST, que continuam fazendo cultura e pesquisa. Este será um legado sagrado para que todos nunca esqueçam de que mesmo em condição adversas, existiu bondade, inteligência, cuidado, solidariedade e refinamento do espírito.

Pessoalmente me é incômodo escrever sobre essa democracia mínima, quando tenho me engajado por uma democracia socioecológica. Face aos riscos que teremos que enfrentar, especialmente, do aquecimento global e seus efeitos danosos, cabe à nossa geração decidir se quer ainda continuar sobre esse planeta ou se tolerará destruir-se a si mesma e grande parte da biosfera. A Terra, no entanto, continuará, embora sem nós.

30
Dez21

Bolsonaristas revoltados com filme 'Não Olhe para Cima' produzem festival de pérolas

Talis Andrade

Não olhe para cima em montagem

Redação Pragmatismo Político

O filme ‘Não Olhe para Cima’, lançado pela Netflix no último dia 24 de dezembro, tem dominado as discussões nas redes sociais e provocado revolta particularmente em apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O filme conta a história de dois astrônomos que descobrem um cometa mortal vindo em direção à Terra, mas são descreditados quando tentam alertar a população sobre o perigo.

O elenco estrelado chama a atenção: tem Meryl Streep, Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence e Timothée Chalamet. Muitos viram o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, na personagem interpretada por Streep.

Os personagens que se recusam a levar a ameaça a sério foram vistos como referências aos negacionistas que ignoram dados científicos sobre temas como a emergência climática e a pandemia de covid-19.

“Quem escreveu o roteiro do filme também escreveu o roteiro do Brasil”, comentou um internauta. “Os bolsonaristas estão revoltados porque se viram no espelho”, ironizou outro. “Leonardo DiCaprio pode não ter incendiado a Amazônia, mas anda tirando a graça de quem odeia a ciência. O filme satiriza o apocalipse ao denunciar que a idiotice e ganância acabarão com o planeta”, acrescentou mais um.Image

 

'Não olhe para cima' gera repercussões e comparação com governo brasileiro

 

por Pedro Ibarra /Correio Braziliense

Não olhe para cima trabalha em roteiro simples, que não se aprofunda nas histórias dos personagens, e que, muitas vezes, parece jogar na tela muitas informações ao mesmo tempo em uma mimetização da realidade. Porém, apesar de ser superficial, a forma como a produção põe o dedo na ferida é contundente e verdadeira. O longa está cotado para temporada de premiações, porque explica um dos principais problemas do mundo de forma simples e compreensível.

A crítica do filme dialoga diretamente com os tempos atuais. Negacionismo, anticiência, politização dos discursos e polarização são questões que o longa traz, mas que já podiam ser vistas no mundo há anos, principalmente no Brasil. A similaridade com os atuais embates sociais do Brasil gerou uma repercussão intensa na internet. Um dos fatos mais recorrentes nas redes sociais são os personagens do longa comparados a funcionários do alto escalão do governo.

"Quem conhece o Brasil e o fascismo — com sua veia negacionista e anticiência — não vai ver muita novidade", escreveu a autora e professora Marcia Tiburi nas redes sociais. Natalia Pasternak, cientista e presidente do Instituto Questão de Ciência, lembrou em postagem de uma participação em um programa na qual perdeu a paciência com os apresentadores por tentarem levar com "humor e leveza" a pandemia, situação similar á do filme. "Esse filme se encaixa perfeitamente com a realidade do Brasil", postou a microbiologista no Twitter.Image

 

Reinaldo Azevedo: "Não Olhe para Cima" retrata extrema direita que resolveu atacar a ciência

  

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18
Jul21

Lewandowski alerta: semipresidencialismo é a nova tentativa de golpe

Talis Andrade

 

Em artigo, ministro criticou a proposta que vem sendo defendida por colegas do STF no momento em que Lula lidera todas as pesquisas e a comparou à manobra que foi feita para reduzir os poderes de João Goulart, em 1961

 

No Brasil 247

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, publica artigo neste domingo, na Folha de S. Paulo, em que alerta para o novo golpe que circula na praça: o do semipresidencialismo, uma nova versão do parlamentarismo, que já foi rejeitada pelo povo brasileiro em plebiscito. “A adoção do semipresidencialismo poderia reeditar o passado que muitos prefeririam esquecer. É preciso cuidar para que a história não seja reencenada como pantomima”, diz Lewandowski, que relembra o parlamentarismo imposto a João Goulart, em 1961.

“Um conhecido filósofo alemão, ao escrever sobre o golpe de Estado que levou Napoleão 3º ao poder na França em 1851, concluiu que todos os fatos e personagens de grande importância na história se repetem, ‘a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa’”, escreve o ministro, fazendo referência a Karl Marx. “Aqui, a proposta de adoção do semipresidencialismo, ligeira variante do parlamentarismo, que volta a circular às vésperas das eleições de 2022, caso venha a prosperar, possivelmente reeditará um passado que muitos prefeririam esquecer”, prossegue, criticando proposta que vem sendo defendida por Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso.

“Com a Proclamação da República em 1889, à semelhança da grande maioria dos países americanos, o Brasil adotou o presidencialismo, o qual perdurou, com altos e baixos, até a renúncia de Jânio Quadros em 25 agosto de 1961, cujo sucessor constitucional era o seu vice-presidente, João Goulart, à época em viagem oficial à China. Diante das resistências à sua posse por parte de setores conservadores da sociedade, que o vinculavam ao sindicalismo e a movimentos de esquerda, instalou-se um impasse institucional. Para superá-lo, o Congresso Nacional aprovou, em 2 de setembro do mesmo ano, uma emenda constitucional instituindo o parlamentarismo. Com isso, permitiu a posse de Goulart, embora destituído de grande parte dos poderes presidenciais, que passaram a ser exercidos por um gabinete de ministros chefiado pelo ex-deputado Tancredo Neves”, lembra o ministro.

Coincidentemente, a discussão sobre “semipresidencialismo” ocorre no momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera todas as pesquisas e venceria as eleições presidenciais presidenciais em primeiro turno, se a disputa fosse hoje. “Agora ressurgem, aqui e acolá, iniciativas para a introdução do semipresidencialismo no país, a rigor uma versão híbrida dos dois sistemas, em que o poder é partilhado entre um primeiro-ministro forte e um presidente com funções predominantemente protocolares. Embora atraente a discussão, do ponto de vista doutrinário, é preciso cuidar para que a história não seja reencenada como pantomima”, diz o ministro.

26
Out20

Com vitória no Chile, América Latina avança para enterrar neoliberalismo

Talis Andrade

 

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“Saúdo a coragem e o exemplo do Chile, que ontem derrotou na força do voto a Constituição ditatorial de Pinochet”, afirmou o presidente Lula

 

A vitória esmagadora do “Apruebo” contra o “Rechazo” no plebiscito realizado no Chile, neste domingo, logo após a eleição de Lucho Arce, do MAS, na Bolívia, sinaliza bons ventos para a América Latina. Com cerca de 78% dos votos favoráveis, foi aprovada a proposta de criação de uma Constituinte para redigir uma nova Carta Magna.

Além disso, a votação assegurou que os constituintes serão 100% exclusivos, ou seja, sem a participação dos atuais detentores de cargos eletivos. Outra conquista, já vigente no Parlamento do país, é a paridade de gênero – metade de homens, metade de mulheres.

“Saúdo a coragem e o exemplo do Chile, que ontem derrotou na força do voto a Constituição ditatorial de Pinochet”, afirmou o ex-presidente Lula em seu Twitter. “A América Latina resiste e começa a escrever uma nova página de sua história”, destacou. “Parabéns, povo chileno!”.

A ex-presidente Dilma Rousseff também comemorou a vitória do povo chileno. “Parabéns ao povo chileno, que decidiu nas urnas enterrar a Constituição que herdou da ditadura militar de Pinochet”, afirmou. “A vitória no plebiscito é resultado de um grande movimento popular de protesto contra o neoliberalismo e a repressão”.

Parabéns ao povo chileno que, por maioria esmagadora, aprovou fazer uma nova constituição por assembleia eleita exclusivamente para isso, formada por paridade entre homens e mulheres. Começam assim a enterrar o nefasto legado da constituição do ditador Pinochet pic.twitter.com/CGO27GPobV
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) October 26, 2020


Veja a Nota Oficial do PT


A vitória popular é resultado da constante mobilização das forças políticas e sociais do país que se avolumaram em 2019. Desde 2011, em especial, a sociedade chilena realizou inúmeros protestos, entre os mais destacados, a mobilização dos estudantes.

A atual Constituição do país é herança da ditadura de Augusto Pinochet que consolidou as politicas econômicas neoliberais, modelo que o ministro Paulo Guedes tenta aplicar no Brasil. A atual Constituição afastou o Estado de responsabilidade com saúde, educação e aposentadorias e outras benefícios sociais.

O Partido dos Trabalhadores (PT) saúda o povo e os partidos amigos chilenos pela contundente vitória alcançada neste domingo, 25 de outubro, com a aprovação da reforma de sua Constituição.

O texto da atual Carta Constitucional remonta ao ano de 1980, em plena ditadura militar de Augusto Pinochet, e guarda muitas das normas antidemocráticas daquele nefasto período político para a vida do país e de toda América Latina. Representa um dos primeiros casos da aplicação de políticas neoliberais em nossa região, quando iniciou-se no Chile a instituição das leis de mercado em todos os âmbitos possíveis da vida de seu povo. Embora tenha sofrido alterações, manteve sua herança principal: o Estado chileno tinha um papel residual na prestação de serviços básicos à população.

O avanço dessas políticas gerou um profundo aumento da pobreza e das desigualdades sociais, que por sua vez resultaram no valoroso levante popular que se iniciou em 18 de outubro de 2019, quando chilenas e chilenos saíram às ruas para exigir políticas mais democráticas, que não privilegiassem o mercado sobre a vida das pessoas. Tais manifestações se estenderam até março deste ano, quando tiveram início as medidas de contenção da epidemia de Covid-19 no país.

O grande êxito desse levante popular foi conseguir que as autoridades nacionais aceitassem fazer um plebiscito sobre a reforma constitucional, para a população decidir se a Lei Maior de seu país deveria ou não ser alterada e como isso deveria ser feito.

Após adiamentos em virtude da pandemia, o povo chileno deu a palavra final: em abril de 2021 será eleita uma Assembleia Constituinte exclusiva para formular uma nova Constituição, com alguns critérios pré-estabelecidos: a paridade de gênero, a dispensa de filiação partidária e a presença de representantes de povos indígenas.

A voz do povo chileno foi ouvida, e com ela devemos nós, brasileiras e brasileiros, fazer-nos ouvir neste momento em que sofremos com um governo nacional de caráter totalmente neoliberal, que quer impor as mesmas políticas que agora sofrem forte rejeição, não somente no Chile, como em boa parte do mundo, devido às indiscutíveis limitações demonstradas por essas políticas durante a pandemia de Covid-19.

Somos gratos ao povo chileno por esta demonstração de força política e expressão democrática, e felicitamos igualmente aos partidos amigos por seu trabalho em prol de uma verdadeira democracia voltada à real necessidade das pessoas e não do mercado.

Gleisi Hoffmann, Presidente Nacional

Romenio Pereira, Secretário de Relações Internacionais

 

26
Out20

El pueblo demolió con el «Apruebo» la Constitución de Pinochet

Talis Andrade

 

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Con casi el 80% de los votos

 

En un plebiscito histórico, el pueblo de Chile decidió modificar su Carta Magna, una de las herencias que había dejado el gobierno de facto de Pinochet. La Convención Constitucional obtuvo más del 80 por ciento de los sufragios.

Chile cada vez más cerca de modificar su Constitución. Tras una jornada electoral histórica, que contó con una amplia participación del pueblo chileno, comenzó el conteo de papeletas del plebiscito sobre una nueva Constitución. Las primeras tendencias, con el 27 por ciento de las mesas escrutadas, marcan un claro resultado a favor del ‘Apruebo’: más del 77 por ciento de los sufragios fueron por aquella opción, según informa el sitio web oficial del Servicio Electoral chileno (Servel).

También existe una marcada tendencia por la opción de elegir una Convención Constitucional (83 por ciento), por encima de la Convención Mixta, en la segunda consulta del referéndum. Es decir que los encargados de redactar la Carta Magna -y terminar con una de las herencias de Augusto Pinochet- serían 155 ciudadanos elegidos por la ciudadanía, por encima de la opción mixta, que equivale a 86 parlamentarios y sólo 86 ciudadanos elegidos).

De acuerdo a las crónicas locales, durante la jornada hubo una gran participación ciudadana, por lo que se espera que se supere al 49 por ciento de los ciudadanos que votaron en la segunda vuelta presidencial (7.032.523 votos) que le entregó el triunfo al presidente Sebastián Piñera en 2017.

Pasadas las 18 horas, miles de personas comenzaron a llegar a Plaza Italia, emblemático centro de manifestaciones en la capital chilena y epicentro de las marchas iniciadas en octubre de 2019 que pusieron en jaque al gobierno de Sebastián Piñera y que trajeron como consecuencia un acuerdo entre el oficialismo y oposición para convocar el plebiscito constitucional celebrado este domingo.

Carabineros, la policía chilena, custodiaba la plaza e intentó impedir la manifestación, pero luego de varios minutos de tensión y enfrentamientos, se replegaron por lo que los manifestantes tomaron el control de la rebautizada «Plaza de la Dignidad». https://iframely.pagina12.com.ar/api/iframe?url=https%3A%2F%2Fwww.dailymotion.com%2Fvideo%2Fx7x25cn&v=1&app=1&key=68ad19d170f26a7756ad0a90caf18fc1&playerjs=1

Con cacerolazos, banderas, y cánticos en contra del Gobierno nacional, los chilenos aguardan una definición histórica. “Borrar tu legado será nuestro legado”; «Chile despertó»; El pueblo unido jamás será vencido», fueron algunos de los cánticos que se escucharon.

En el caso de mantenerse la tendencia y ganar la opción «Apruebo», el domingo 11 de abril de 2021 se realizará la elección para designar a los constituyentes, ya sea de una Convención Mixta Constitucional (conformada en un 50% por constituyentes y 50% por miembros del Congreso) o una Convención Constitucional (conformada en un 100% por ciudadanos electos para este propósito con composición paritaria entre hombres y mujeres).

Los constituyentes tendrán un plazo de nueve meses para escribir la nueva Constitución, prorrogables por una única vez por tres meses. Luego, el presidente deberá a llamar a un plebiscito ratificatorio obligatorio para aprobar el nuevo texto constitucional

Fuente: https://www.resumenlatinoamericano.org/2020/10/25/chile-el-pueblo-demolio-con-el-apruebo-la-constitucion-de-pinochet-el-77-de-los-votos-contra-el-27-en-las-calles-y-en-las-urnas-la-revuelta-no-es-en-vano-fotos-y-videos/

 

 
09
Abr19

Moro propôs ações “inconstitucionais, inadequadas e inoportunas”, diz Conselho da OAB

Talis Andrade

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Jornal GGN – O Conselho Federal da OAB reuniu estudos e pareceres de advogados, professores criminalistas, institutos especializados e aprovou, por “unanimidade”, oposição a vários pontos do pacote anticrime apresentado ao Congresso pelo ministro da Segurança Pública, Sergio Moro.

Entre os destaques das propostas rejeitadas estão: execução antecipada da pena, execução antecipada das decisões do Tribunal do Júri, modificações nos embargos infringentes, mudanças no instituto da legítima defesa, em especial aos agentes de segurança pública, alterações no regime da prescrição, mudanças no regime de cumprimento de pena, mudanças em relação ao crime de resistência, criação do confisco alargado, acordo penal (plea bargain) e interceptação de advogados em parlatório.

“O Conselho, com base nos amplos estudos que recebeu, considerou as propostas inconstitucionais, inadequadas e inoportunas, sugerindo alternativas ao enfrentamento da criminalidade e da corrupção.”

Em relação a outros temas, foi recomendado o debate aprofundado na Câmara dos Deputados e Senado Federal, em conjunto com outros projetos já em tramitação, em especial o Novo Código de Processo Penal. “A ideia é que o Poder Legislativo promova um amplo debate nacional prévio à votação dos projetos de lei, em razão da importância social e repercussão jurídica das matérias.”

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28
Mar19

Bolsonaro pode cair se festejar a ditadura

Talis Andrade
 
Por Eduardo Guimarães

Uma juíza federal de Brasília deu prazo de cinco dias para Bolsonaro explicar determinação que deu aos militares para que comemorem o golpe de 31 de março de 1964 no próximo domingo. Se isso acontecer, se for gasto dinheiro público nesse festim diabólico, o presidente da República terá cometido crime de responsabilidade e poderá sofrer impeachment.





Em um de seus surtos de irresponsabilidade, Bolsonaro determinou aos chefes militares de todo país que os quarteis comemorem o golpe militar de 1964 no próximo domingo, aniversário da ruptura democrática no país.

Com a burrice que lhe é característica, Bolsonaro não percebeu a gravidade de seu ato nem o que causaria e colocou os descerebrados que servem ao seu governo para fazerem coro com seu desatino.

As consequências não tardaram. Imediatamente, órgãos ligados à defesa dos direitos do cidadão tomaram medidas para barrar esse desatino na Justiça. Na terça-feira (26), a Defensoria Pública da União anunciou que ajuizaria ação civil pública para impedir que o 31 de Março, data de início do movimento golpista, fosse comemorado nas unidades militares.



Em outra frente, Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, divulgou nota afirmando que “a utilização da estrutura pública para defender e celebrar crimes constitucionais e internacionais atentaria contra a administração pública e poderia caracterizar ato de improbidade administrativa.

Diante da gravidade dos fatos, o Ministério Público Federal “recomendou” aos “comandos militares” que “não comemorem” o golpe de 1964




Além disso, uma ação popular foi aberta contra Bolsonaro por apologia aos crimes da ditadura, entre os quais figuram assassinatos, torturas e estupros envolvendo até crianças, religiosos, idosos…




Mas a consequência mais grave do ato de Bolsonaro será para ele mesmo.

Segundo a Defensoria Pública da União, “a postura do Presidente da República viola sua atribuição como Chefe de Governo – uma vez que atenta contra a moralidade administrativa – mas, também, viola sua atribuição como Chefe de Estado, já que o Brasil se comprometeu com o sistema regional interamericano de respeitar a prevalência dos direitos humanos”.

O uso de dinheiro público para comemorar um golpe que impediu os brasileiros de escolherem seus governantes durante 21 anos e que cometeu incontáveis crimes contra a vida e contra o patrimônio público será um claríssimo CRIME DE RESPONSABILIDADE do presidente da República, segundo constitucionalistas consultados pelo Blog da Cidadania.

Será que Bolsonaro vai pagar para ver sobretudo em um momento em que o Legislativo está abrindo uma guerra contra ele? No próximo domingo vamos saber. 

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28
Mar19

Bayer é condenada a pagar US$ 80 milhões por glifosato

Talis Andrade

Para Lava Jato se é Bayer é bom. O máximo de uma multa no Brasil seria 80 salários mínimos ... A Justiça brasileira é PPV. Quem sabe das idenizações para as vítimas de Mariana e Brumadinho? 

Júri nos EUA decide que empresa deverá indenizar vítima por não alertar sobre o risco apresentado pelo herbicida Roundup, amplamente utilizado ao redor do mundo mas, segundo a OMS, potencialmente cancerígeno

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Brumadinho, mais de 300 mortos que os governos da União e do Estado de Minas Gerais e a imprensa escondem... E a justiça PPV nem aí!

 

A Justiça brasileira detesta a opinião do povo. Não gosta de júri, nem de plebiscito, referendo. Aceita eleições, mas apóia ditaduras. A Lava Jato tramou favorável a Bolsonaro, prendendo Lula, impedindo que ele fosse candidato a presidente.

O Sergio Moro acha injustos os impostos que dobram o preço do cigarro.

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A Bayer foi condenada nesta quarta-feira (27/03) por um júri nos Estados Unidos a pagar mais de 80 milhões de dólares em danos a um morador do estado da Califórnia que alega que o herbicida Roundup, produzido pela Monsanto, contribuiu para que ele desenvolvesse câncer.

O caso pode influenciar milhares de outros processos similares contra a companhia nos EUA. Adquirida pela Bayer no ano passado por 63 bilhões de dólares, a Monsanto enfrenta 11.200 casos similares na Justiça americana envolvendo o Roundup.

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O júri ordenou que a Bayer pague a Edwin Hardeman, de 70 anos, uma quantia de 5 milhões de dólares em compensações, 75 milhões de dólares como punição e 200 mil dólares por despesas médicas depois de concluir que o Roundup foi fabricado defeituosamente, que a Monsanto não fez advertências sobre o risco apresentado pelo herbicida e que a companhia agiu de forma negligente.

Ao longo de anos, Hardeman usou produtos da marca para tratar carvalhos envenenados, ervas e outras plantas em sua propriedade em São Francisco. Segundo ele, o uso do produto levou ao desenvolvimento de um linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer que afeta as células do sistema imunológico.

O principal ingrediente da marca é o herbicida glifosato, amplamente utilizado ao redor do mundo, apesar de ter sido classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "provavelmente cancerígeno" em 2015.

Em uma primeira fase do julgamento, o mesmo júri havia concluído que o Roundup foi um "fator substancial" entre as causas do câncer de Hardeman. Na segunda fase, realizada nesta quarta, as advogadas de Hardeman apresentaram documentos internos que, segundo elas, provam o esforço da empresa para influenciar cientistas e órgãos reguladores sobre a suposta segurança do produto.

Aimee Wagstaff e Jennifer Moore, advogadas de Hardeman, comemoraram o veredito. Para elas, a decisão é histórica e envia uma mensagem clara de que a Monsanto precisa mudar suas práticas comerciais.

"Ficou claro pelas ações da Monsanto que a empresa não se importa se o Roundup causa câncer, e, em vez disso, se foca em manipular a opinião pública e descreditar quem quer que demonstre preocupações genuínas e legítimas sobre o Roundup", afirmaram. "O fato de que nenhum funcionário da Monsanto tenha vindo ao julgamento defender a segurança do Roundup ou as ações da empresa diz muito a respeito”.

Hardeman disse a jornalistas estar comovido com o desfecho do caso. "Ainda não caiu a ficha", disse.

A Bayer afirmou que, embora simpatize com a situação de Hardeman, vai recorrer.

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"Estamos desapontados com a decisão do júri, mas esse veredito não tira o peso de mais de quatro décadas de pesquisa extensiva e as conclusões de órgãos reguladores ao redor do mundo que apoiam a segurança de herbicidas baseados em glifosato e que eles não são cancerígenos", disse a empresa em comunicado.

"O veredito nesse julgamento não tem impacto em casos e julgamentos futuros, pois cada um é moldado por suas próprias circunstâncias factuais e jurídicas", acrescentou a Bayer.

Apesar de a OMS ter classificado o glifosato como provavelmente cancerígeno, agências reguladoras como a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, na sigla em inglês), a Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) não seguiram a decisão.

A Bayer nega que o herbicida cause câncer e questiona as conclusões da OMS.

No ano passado, a Monsanto também perdeu um caso contra um funcionário de uma escola da Califórnia que sofria de linfoma não-Hodgkin e processou a empresa por conta dos herbicidas Roundup e Ranger Pro, ambos baseados em glifosato. A Monsanto recebeu ordem de pagar 289 milhões de de dólares a Dewayne Johnson, mas a penalidade foi reduzida para 78,5 milhões. A Bayer também entrou com recurso.

No continente europeu, o glifosato também suscita polêmica. Depois de dois anos de debate acirrado, a União Europeia decidiu em 2017 renovar a permissão de uso do glifosato por mais cinco anos, citando a aprovação do composto pela EFSA. Mas a independência do relatório da EFSA foi questionada após notícias na mídia sugerirem que trechos haviam sido copiados e colados de análises feitas pela própria Monsanto.

No Brasil, o glifosato é amplamente empregado pelo agronegócio, principalmente nos plantios de soja e milho transgênicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que a substância não causa câncer, mutações, e não é tóxica para reprodução ou provoca malformação no feto. A partir de uma reportagem do Opera Mundi

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04
Set18

Democracia tutelada: todo poder emana dos juízes

Talis Andrade

O judiciário só falta dizer quem deve ser o mamulenco eleito

 

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por Robson Sávio Reis Souza

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Desde 2016 - quando havia uma quase unanimidade entre os setores progressistas e da academia que afirmavam a conflagração de um golpe caracterizado pela atuação do Parlamento e da mídia -, venho insistindo que o principal operador da ruptura democrática havida no Brasil é o sistema de justiça, com protagonismo do poder judiciário.

 

Estava claro desde então, pelo menos na minha modesta compreensão, que por ações, omissões e conivências, setores do sistema de justiça (membros do MP, PF e Judiciário) formaram uma hermética coalizão (dentro da coalizão golpista, mais fragmentada) e conspiravam contra a democracia que se construía no Brasil.

 

Ressalvo, antes de tudo, que há bons e honestos juízes, promotores e policiais.

 

Obviamente, os golpes de estado no Brasil foram engendrados por forças político-econômicas. Os dois últimos, de 1964 e 2016, têm os mesmos sujeitos (quase) ocultos: o alto empresariado antinacional; os banqueiros (e, agora, os rentistas), saqueadores contumazes do erário através da dívida pública; o latifúndio (atualmente travestido de agronegócio) e os interesses norte-americanos. A mídia sempre foi a porta-voz desses grupos. E a classe média conservadora - um amontoado de privilegiados que têm ódio de pobre - um potente canal de mobilização social.

 

Porém, a operacionalização e a manutenção dos dois golpes se deu de forma distinta: em 1964, via Parlamento e Forças Armadas; em 2016, através do Parlamento e do sistema de justiça.

 

O processo de formação de uma casta togada no Brasil é histórico. Basta ler o texto do professor Fábio Konder Comparado sobre "o poder judiciário no Brasil".

 

Porém, as castas do mundo jurídico (que incluem membros dos ministérios públicos, policiais de alta patente e magistrados) – historicamente avessas à democracia de fato - foram vitaminadas, paradoxalmente, com a Constituição Federal de 1988. A construção, bem arquitetada, do conceito de "estado democrático de direito" reforçava a "ideia imaculada e positivista" segundo a qual o sistema de justiça seria o guardião incorruptível da Constituição; portanto, garantidor do estado democrático.

 

O povo, protagonista no processo de redemocratização, foi solenemente colocado ao escanteio. Abriu-se algum espaço de participação efetiva da população em conselhos, fóruns e conferências, geralmente consultivos. As experiências dos orçamentos participativos foram limitadas. Houve pouquíssimos referendos e plebiscitos. E as grandes participações populares em processos decisórios se limitavam às eleições.

 

O assoberbamento, disfarçado de valorização, das carreiras jurídicas de Estado passou a ser uma espécie de mantra repetido garbosamente na boca dos democratas tupiniquins de todas as tonalidades. E, novamente, de modo paradoxal, foi nos governos do PT que houve o maior reforço nas estruturas de estado e nas legislações que empoderaram, ainda mais, os segmentos jurídicos e judiciários.

 

Todos devem lembrar do orgulho de segmentos das esquerdas, nos governos petistas, ao falarem dos investimentos na Polícia Federal; do respeito republicano às indicações (ardilosas) de procuradores gerais do MP; das nomeações de ministros do Supremo respeitando as demandas de setores classistas da magistratura, etc., etc... Tudo em nome do republicanismo e do combate à corrupção (essa cantilena que se agiganta em momentos de crise, a esconder e proteger os verdadeiros e grandes corruptores, além de servir para nutrir os espíritos dos hipócritas que implementam os golpes de estado com esse discurso oco e estéril).

 

Paralelamente ao assoberbamento do sistema de justiça, principalmente sua vertente criminal e mais notadamente desses setores no MP e no judiciário, uma campanha midiática criminalizava os poderes executivo e legislativo. Como uma mentira repetida mil vezes pode virar uma verdade, a política foi-se transformando em sinônimo de corrupção e malandragem para a população.

 

O Supremo, aos poucos, amesquinhava na sua condição de tribunal constitucional e se transformava num tribunal penal espetaculoso e midiático para o gozo de uma plateia que demandava uma justiça justiceira. O julgamento do chamado mensalão já escancarava essa faceta autoritária do STF.

 

Sem uma reforma política verdadeira, a legislação eleitoral, por seu turno, favorecia o domínio dos partidos por elites políticas que escolhiam a dedo os candidatos "bom de voto" (e de dinheiro, diga-se de passagem). Essa estratégia pragmática favorecia ainda mais a degradação dos parlamentos, formados por quadros que representavam interesses de grupos e corporações, salvo exceções, e distantes dos anseios populares.

 

O gerencialismo neoliberal – absorvido também por setores da esquerda - era apresentado como lenitivo aos problemas da administração pública, promovendo forasteiros endinheirados à condição de chefes do executivo.

 

Tudo isso junto e misturado corroborava à erosão dos poderes controlados diretamente pelo povo e, por tabela, propiciava a arrogância e a intervenção cada vez mais discricionária, violenta, pretoriana e antidemocrática de juízes, promotores e policiais na esfera política.

 

Resultado do enredo: depois do golpe, temos uma pseudodemocracia totalmente tutelada pelo sistema de justiça, com apoio discreto, mas efetivo, de setores das Forças Armadas. As mensagens tuiteiras do comandante do exército, portanto de um militar da ativa, quando da votação do STF dohabeas corpus de Lula, em 3 de abril passado, corroboram esse argumento.

 

A votação do TSE nessa sexta, dia 31 de agosto, é somente mais uma evidência da ditadura togada.

 

Porém, como explicar o fato de Lula e o PT (com recursos, percursos, intercursos e discursos) demandarem e confiarem no sistema de justiça para restaurar a democracia, depois de tudo o que está a acontecer? (Aliás, os conselheiros jurídicos de Dilma, durante o processo do impedimento fajuto, também confiavam na justiça. E deu no que deu...).

 

Até mesmo a recomendação do Comitê de Direitos Humanos sobre a importância de se garantirem os direitos políticos do ex-presidente Lula foi solenemente ignorada pela justiça (de exceção) brasileira.

 

Qualquer cidadão que entende um pouquinho sobre direito internacional dos direitos humanos sabe: quando um estado nacional ratifica os pactos de direitos, tais legislações são hierarquicamente superiores às leis infraconstitucionais. Portanto, a lei da ficha limpa (essa pérola antidemocrática do higienismo punitivo-seletivo à brasileira) não se constitui óbice para o acatamento da recomendação do Comitê da ONU. Mas, há doutos e maiorais juízes brasileiros não pensam assim.

 

Afinal, para as elites jurídicas tupiniquins, direitos humanos são artigos de perfumaria (vide as atrocidades cometidas pelo sistema prisional brasileiro sob as barbas do judiciário, solenemente denunciadas por organismos internacionais há anos), utilizados eruditamente em julgamentos televisionados quando convém; para a exibição em regabofes sofisticados ou em congressos nacionais e internacionais, onde teoria e prática são dois universos incomunicáveis.

 

Ou seja, o sistema de justiça decide quem são os candidatos. Depois, autoriza a população a escolher, entre os seus escolhidos, aquele que que pode ser eleito. E, mais, sinaliza, desde já, que o eleito continuará sob sua tutela - com ameaças constantes, via imprensa.

 

O judiciário só falta dizer quem deve ser o mamulenco eleito.

 

E lembrando Rui Barbosa, "a pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer."

 

Vamos observar os próximos passos dessa novela à brasileira, digna de um folhetim global, cujo título poderia ser "democracia tutelada: todo o poder emana dos juízes".

 

Cabe, porém, um pergunta: e se o candidato dos "homens bons e das leis" naufragar? Teremos, enfim, o rei togado?

aroeira corvos stf.jpg

 



25
Mai17

O brasileiro analfabeto político

Talis Andrade

O Brasil possui, oficialmente, 35 partidos políticos, e uma dezena espera registro no Tribunal Superior Eleitoral.

Todos recebem verbas dos cofres públicos, através de um fundo partidário sem prestação de contas e secretos gastos. 

Em 2005, o governo destinava R$ 289,5 milhões para o fundo, mas o valor foi elevado para R$ 867,5 milhões. 

fundo-partidario-triplica.jpg

 

 

MAIS PARTIDOS, MAIS CORRUPÇÃO, MAIS ANALFABETOS POLÍTICOS

 

odeio política.jpg

 

O ANALFABETO POL_TICO.jpg

 

Não interessa ao Executivo, ao Legislatico, ao Judiciário realizar plebiscito, referendo, e as centrais sindicais, que também dependem do bilionário imposto sindical, jamais promoveram uma greve geral.

Apenas dois eventos arrastam o povo:

O carnaval do Galo da Madrugada no Recife e a procissão católica do Círio de Nazaré em Belém do Pará.

carnaval galo.jpg

Círio.jpg

 

 

 

 

 

 

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