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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

09
Abr22

Você reconheceria um serial killer?

Talis Andrade

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Coronel Paulo Malhães, que assumiu torturas, é encontrado morto no Rio -  25/04/2014 - Poder - Folha de S.PauloSérgio Fleury – Wikipédia, a enciclopédia livreMorre aos 88 anos o ex-delegado do Dops Pedro SeeligCoronel Telhada (@coroneltelhada) / TwitterAssembleia Legislativa do Paraná | Coronel Lee

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Ultrajano
@ultrajano
Painel do genial Elifas sobre o assassinato do Vlado nos porões da ditadura do execrável torturador Brilhante Ustra, ídolo do Capitão Corona. Elifas se inspirou na Pietá, de Michelangelo, e em Guernica, do Picasso, para exprimir a nossa dor.
Image
27
Mar22

O candidato do nada; a plataforma do ódio

Talis Andrade

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por Fernando Brito

- - -

Hoje, em Brasília, não há, a rigor, um lançamento da candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição porque, afinal, ela está lançada e domina, obsessivamente, tudo o que faz o atual presidente desde o primeiro dia de seu mandato.

Dizem os jornais, como a Folha, que “um dos focos será retomar o discurso do antipetismo e a narrativa de que não há corrupção no governo Bolsonaro”.

Quase 40 meses de governo e o que tem Bolsonaro para apresentar é apenas ódio e um “não roubo e não faço” cuja primeira parte é diariamente desmentida, pela farturas familiares e pelas estripulias em nome de Deus, como nos casos da vacina e, agora, dos recurso da Educação intermediados por dois picaretas remetidos pelo Palácio ao obediente Milton Ribeiro.

Alias, vão, só, como acentua um dos raros colunistas dos jornais sem medo de tomar posição, o mestre Janio de Freitas:

Não foi só a Saúde nem é só a Educação. É o governo todo. Quem o diz é o próprio Bolsonaro, por exemplo, em recente reunião com as cúpulas evangélicas no Alvorada: “Eu dirijo a nação para o lado que os senhores assim desejarem”. Ressalve-se que era meia verdade: ele dirige a nação para o lado desejado pela corrente mafiosa entre os evangélicos, entre os empresários, entre os políticos e entre os militares.

De resto, o que mais? Carteiras profissionais em branco, aposentadorias adiadas, serviços públicos decadentes, instituições avacalhadas, calçadas juncadas de gente ao léu, lixo sendo revirado, pé de frango na sopa, se é que a sopa suporta os preços da batata e da cenoura.

Ah, sim, armas aos centos de milhares, porque, afinal, é preciso proteger os lares a bala, porque devemos viver como num filme de caubói, atirando nos índios, reais ou figurados.

Nem assim, porém, a nossa elite política e midiática dá o braço a torcer e considera seu “dever de imparcialidade” atacar a candidatura que é a única, segundo todas as pesquisas de opinião, que vence Bolsonaro no primeiro e no segundo turnos das eleições.

Imparcialidade que, é claro, implica em tratar discrição às vitórias de Lula na Justiça e, assim, ajudar a manter o discurso que Bolsonaro usa como suporte, com a cumplicidade da tal “Terceira Via” que concentra a artilharia na candidatura do ex-presidente, mostrando quem é seu inimigo principal e com quem irá se compor no confronto final entre Lula e o protofascista que está no poder.

Nada surpreendente para quem se serviu, para isso, de figuras como Aécio Neves, Eduardo Cunha e do messianismo sectário da dupla Sergio Moro – Deltan Dallagnol, cujos propósitos políticos estão escancarados em suas candidaturas.

Não dá para tratar uma candidatura montada com bilhões de Orçamentos secretos, com a mais escancarada utilização seletiva dos recursos públicos como um pleito que não envolve corrupção.

Ela está aí, escancarada na centena e meia de parlamentares que enxameiam o dinheiro público que, como nos programas do Sílvio Santos, é arremessado para a plateia que o aplaude.

Será uma festa de urros e ameaças, além da celebração da picaretagem, uma invocação de um futuro mais feroz, mais pobre e desumano.

27
Nov21

Desembargadores em conversa íntima: “Levarei duas. A loira é do Xisto”

Talis Andrade

Transmissão no YouTube

O presidente da Primeira Câmara Criminal do TJPT, desembargador Paulo Edison de Macedo, falou que vai "levar duas" mulheres 

 

Picasso era mulherengo. Comia até as mulheres dos amigos. Quando completou noventa anos, uma repórter indagou se ainda estava ativo sexualmente. O pintor respondeu: no dia que não faço sexo, toco uma punheta. Deve ser assim na vida descansada dos desembargadores. 

Fala Isadora Teixeira, no Metrópoles, sobre o despacho de duas mulheres: um loura, e a outra morena. Morena, para a supremacia branca do Paraná, a Branca de Neve que tem os cabelos pretos ou castanhos. 

Donde os velhotes casanova arranjam mulheres só o diabo que tenta as almas sabe dos palácios e alcovas. 

Parece que esta não foi a preocupação de Isadora. Que escreve:

Desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) foram gravados em meio a uma conversa íntima, na qual supostamente referem-se a mulheres. O diálogo pessoal ocorreu durante a sessão da 1ª Câmara Criminal na quinta-feira (25/11).

O presidente do colegiado, desembargador Paulo Edison de Macedo Pacheco, perguntou ao desembargador aposentado Antônio Loyola Vieira se ele foi a um determinado local, sem especificar onde seria. Loyola respondeu que não pôde ir, mas tentaria estar presente no dia seguinte. Depois, Pacheco diz: “Vou levar as duas lá para você ver. Uma para você e uma para o Xisto. A loira é do Xisto”. De repente, uma pessoa não identificada alerta ao presidente que a sessão está ao vivo.Transmissão ao vivo no YouTube

Desembargador aposentado Antônio Loyola

 

Xisto é um terceiro desembargador: Adalberto Jorge Xisto Pereira. Ele também integra a 1ª Câmara Criminal do TJPR. Apesar de ser citado pelos colegas, Xisto não apareceu durante o diálogo.

Veja o vídeo:

A conversa dos desembargadores, no meio da sessão, foi gravada e transmitida ao vivo pelo canal do TJPR no YouTube. Nesta sexta-feira (26/11), contudo, o vídeo já não estava mais disponível.

O outro lado

A coluna questionou, por meio da assessoria do TJPR, se o tribunal e os desembargadores queriam se pronunciar sobre o assunto. O TJPR disse que não irá comentar o caso.

Sobre o desembargador aposentado Loyola, o tribunal esclareceu que ele não participou da sessão da 1ª Câmara Criminal. “Ele ingressou antes da sessão começar apenas para rever os colegas da Câmara”, pontuou. [Bateu uma saudade]

                   

26
Set21

A economia dos pobres

Talis Andrade

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por Gustavo Krause

- - -

A pandemia virótica escancarou a pandemia da pobreza e o aumento da desigualdade. Ao lado emergência climática, são os maiores desafios da humanidade no século XXI.

No Brasil e no mundo, não faltaram grandes cientistas sociais, formuladores de políticas que defenderam ideias e participaram de experiências exitosas, porém insuficientes para estabelecer padrões aceitáveis de equidade social.

As dificuldades residem no tamanho e na complexidade do problema. Dimensão: 1bilhão e 100 mil pessoas que dispõem de menos de 1 dólar diário para sobreviver nos Estados Unidos, na Índia, 16 rupias correspondentes a 36 centavos de dólar; anualmente, 11 milhões de crianças morrem antes de completar 5 anos.

No Brasil, em 2019, 51,7 milhões de habitantes estavam abaixo da linha de pobreza (BIRD); entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021, 17,7 milhões de pessoas voltaram à condição de pobres (FGV Social).

O panorama atual revela um contraste avassalador e ratifica a percepção de que o mercado pode muito, mas não pode tudo, inclusive, distribuir a riqueza gerada. O capitalismo e a afluência empurram para cume da pirâmide social novos bilionários, ampliando o fosso monumental entre a maioria crescente de excluídos e a ínfima parcela da população que se diverte, investindo no turismo espacial.

Por sua vez, não faltam recursos para financiar guerras e socorrer os trambiques monumentais dos que são “grandes demais para quebrar”.

De outra parte, as políticas públicas de renda são, em grande medida, insuficientes ou ineficazes para ofertar aos cidadãos a possibilidade de emancipação.

O título do artigo “A Economia dos Pobres”, propondo uma nova visão da desigualdade, é o recente livro de autoria do casal Abhijit V. Banergie & Esther Duflo (segunda mulher a receber o Nobel de Economia, 2019).

Durante 15 anos, foram além das formulações acadêmicas e, com “foco nos mais pobres” e procuraram compreender como eles vivem em “becos e aldeias” e a “existência econômica”, privados que são de informações e condições mínimas para tomar decisões sobre o próprio destino.

O livro é extenso: “em última análise – registram ou autores – trata do que a vida e escolhas dos pobres nos dizem sobre como combater a pobreza global”. Destacam o valor do poder comunal e das instâncias locais.

Eles contemplaram a tragédia: “Vi ontem um bicho /Na imundície do pátio /catando comida entre os detritos […] Engolia com velocidade /O bicho não era um cão /Não era um gato /Não era um rato /O bicho, meu Deus, era um homem” (Manuel Bandeira).

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