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O CORRESPONDENTE

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05
Jul23

André Valadão e Bruno Sartori, um amor gay?

Talis Andrade

 

O empresário da fé passou a intensificar o seu discurso biombo e de ódio contra os homossexuais, após ter um relacionamento homoafetivo divulgado nas redes sociais (Parte 2)

 

por Ricardo NêggoTom 

(continuaçao) O problema se agrava porque no livro de Levítico 20:13, está escrito que “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles. ” E como punir judicialmente os simpatizantes e praticantes desse texto bíblico, se a Bíblia é, para muitos, a palavra de Deus? Mesmo que Deus nunca tenha escrito pessoalmente nenhuma linha do livro, e tudo o que nele está contido é apresentado como inspiração “divina”? E aqui eu sugiro outra reflexão. Que certeza nós temos de que esses homens estavam realmente inspirados por Deus? Sobretudo, quando aprendemos que Deus é amor, misericórdia e perdão. E Jesus Cristo quando esteve entre nós, manifestou esse amor, essa misericórdia e esse perdão. Seria a Bíblia um livro controverso? Vale, no mínimo, uma análise a respeito. Voltando a André Valadão e a morte sugerida de homossexuais, chama a atenção o fato de ele ter começado a intensificar esse discurso de ódio contra os homossexuais, após o jornalista e deepfaker, Bruno Sartori, revelar em seu Twitter que teve os dois tiveram um affair. Sartori também revelou que sabia de outros casos homo afetivos de André Valadão e que se arrependeu de um dia ter ficado com o pastor.

Chegando na morte, a física costuma ser a única saída encontrada por muitos homossexuais por não se aceitarem, devido ao preconceito que sofrem, inclusive, dentro da própria família. A existencial eles experimentam em vida diariamente, quando são atingidos por olhares de reprovação, gestos de repulsa e por palavras de ódio revestidas de divindade suprema, como as proferidas por André Valadão, que, muitas vezes, os definem como uma “aberração” e dignos de irem para o inferno. Um sujeito que vive por um fio entre essas duas mortes. A existencial, ele vivencia ao se travestir de pastor e incitar a intolerância contra outros seres humanos. A física, ele poderá experimentar, por sugestão própria e pelas mãos de algum fiel obediente de sua seita, no dia em que assumir a sua verdadeira identidade ou quando não houver mais dúvidas quanto à sua sexualidade auto vigiada. Que morra como preferir. O que André Valadão não pode continuar fazendo é incitar crimes contra uma parte da humanidade e seguir impune. Afinal, Deus é amor, mas o Estado, que é laico, é responsável por impor justiça aos criminosos aqui na terra.

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