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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

21
Mar20

Salvar as pessoas, não os lucros

Talis Andrade

cacinho bolsonaro coronavirus.jpg

 

 

(Texto em espanhol in Rebelión

e Correspondencia de Prensa )

por Esquerda Online

A humanidade depara-se com o avanço acelerado do novo coronavírus, que já provocou milhares de mortes pelo mundo. Junto com a perigosa pandemia, explodiu uma nova crise econômica global de desdobramentos imprevisíveis. Nem mesmo na grande de crise de 1929, as Bolsas de Valores caíram tanto em tão pouco tempo como agora.

A crise da saúde pública e da economia internacional não atinge a todos igualmente. Ela afeta mais a classe trabalhadora, especialmente seus setores mais pobres, idosos, oprimidos e vulneráveis, que não contam com planos de saúde privados e estão ameaçados de perder seus empregos e sua renda com a paralisação das atividades econômicas. 

Os governos, em vez de alocar todos recursos emergenciais na saúde pública e em garantias econômicas e sociais para as trabalhadoras e trabalhadores, priorizam as demandas dos banqueiros e grandes capitalistas, injetando dinheiro público no mercado financeiro e salvando bilionários em dificuldade.  

No Brasil, a situação é ainda pior. Bolsonaro faz reiteradas declarações subestimando e desdenhando do perigo da disseminação do novo vírus, além de descumprir protocolos sanitários, ao expor pessoas ao contágio (Bolsonaro é suspeito de  estar infectado) — o que configura crime contra a saúde pública. O presidente neofascista prefere, como fez nesse domingo (15), dar continuidade aos seus planos golpistas e autoritários. 

Ante o estouro da crise, o governo, o Congresso e a burguesia intensificarão as medidas neoliberais com o argumento de “combater” a crise econômica. Por outro lado, não estão tomando as medidas necessárias para proteger a saúde da maioria da população, particularmente dos mais pobres.

Segundo especialistas e estudos mais consistentes, há duas medidas principais para diminuir a velocidade do contágio do vírus: distanciamento social e testes em massa. A imperiosa necessidade de isolamento social (em particular, das pessoas diagnosticadas com o vírus) não pode, porém, virar pretexto para imposição de quarentenas militarizadas e outras medidas repressivas.

Nesse momento crítico, o mais importante é a solidariedade e a empatia com o próximo, em especial com quem mais precisa. Os sindicatos, os movimentos populares e os partidos de esquerda precisam estar mobilizados e unificados no combate ao novo coronavírus e na defesa intransigente dos interesses e direitos do povo trabalhador e oprimido. 

Nesse sentido, defendemos um plano de 15 medidas sociais e econômicas emergenciais:

1) Com o fim da PEC do Teto, liberar imediatamente verbas à saúde pública (SUS), em quantidade suficiente para a contratação emergencial de profissionais da saúde e compra de equipamentos e estrutura necessários, como aparelhos respiratórios, leitos de UTI, medicamentos etc. 

2) Garantia de testes gratuitos em massa em todos hospitais e postos de saúde. 

3) Distribuição gratuita de álcool gel e máscaras para a população, assim como o congelamento dos preços nas farmácias e mercados desses e outros itens de primeira necessidade, como alimentos, remédios, produtos de higiene e limpeza e gás de cozinha. 

4) Suspensão das aulas em todos níveis, setor público e privado, por tempo indeterminado. Licença remunerada do trabalho para todas as mães e pais que tiverem filhos com aulas suspensas. Distribuição de cesta básica para as famílias que dependem de merenda para não passar fome.

5) Utilização da estrutura da rede privada de saúde para acolher gratuitamente as pessoas que necessitam de atendimento, sem distinção entre os que tem e os que não tem plano de saúde privado e com entrada coordenada pelo SUS por uma única porta.

6) Com exceção dos serviços essenciais e das lojas e fábricas de produtos de primeira necessidade, suspensão de todas atividades de trabalho — com licença remunerada e garantia de estabilidade no emprego para todos trabalhadores. Liberação do trabalho para tod@s que façam parte do grupo de risco, ainda que em serviços essenciais.

7) Higienização freqüente do transporte público (ônibus, trens, metrôs) e demais equipamentos de uso público.

8) Oposição a qualquer tentativa de quarentena militarizada diante da propagação do vírus. 

9) Medidas emergenciais de proteção à saúde das trabalhad@ras, com atenção especial aos do setor de saúde, transporte, da limpeza e dos demais equipamentos de uso público. O eventual isolamento ou quarentena deve ser equiparado à doença contagiosa com internação hospitalar, sendo assegurados salário integral e demais direitos. Liberação imediata das aposentadorias e auxílio doença paralisadas por causa da “ fila” do INSS.

10) Garantia de benefício extraordinário (de 1,5 salário mínimo mensal enquanto durar a crise) a tod@strabalhador@s informais e precários afetados pela crise e/ou desempregados.

11) Por meio dos bancos públicos, garantir apoio financeiro a todas pequenas e micro-empresas ameaçadas pela crise.

12) Extensão imediata do benefício do Bolsa Família para todas famílias de baixa renda afetadas pela crise, bem como isenção do pagamento das contas de água, luz e aluguel para elas. 

13) Para garantir recursos para esse investimento social emergencial, defendemos o fim do Teto dos Gastos, taxação dos lucros dos bancos e grandes fortunas e suspensão do pagamento da dívida pública para os grandes credores.  

14) Retomada dos investimentos públicos para gerar emprego e renda, a começar pela saúde pública (construção de hospitais, ampliação dos leitos, contratação de servidores etc.) e saneamento básico. 

15) Retirada das propostas de desvinculação orçamentária, PEC Emergencial 186, Reforma Administrativa, privatizações e demais medidas que retiram direitos trabalhistas e sociais. Pela Manutenção da decisão do Congresso sobre o Benefício de Prestação Continuada.

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03
Set18

Os assassinos estão no estado mínimo

Talis Andrade

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por Pedro Augusto Pinho

___

Mesmo na fome, na doença, na miséria, no desemprego onde o golpe de 2016 jogou o povo brasileiro, a destruição do patrimônio da humanidade, que representou o incêndio do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, ainda é um ato criminoso.

 

O geólogo Álvaro Penteado, no Coletivo Geólogos pela Democracia, dá o tom que deve nos incentivar à luta contra esta ideologia maléfica que toma o mundo: o neoliberalismo, o fim dos Estados Nacionais ou o Estado Mínimo:

 

“O meteorito Bedengó sobreviveu à viagem interplanetária que o trouxe à Terra, à passagem pela atmosfera do nosso planeta, à queda no sertão da Bahia, ao tempo em que ficou exposto aos processos de intemperismo e, agora, ao desmonte que sofre o Brasil. Um verdadeiro símbolo geológico da resistência!”

 

E mostra o meteorito após o incêndio, um sobrevivente.

 

Como sempre fez o poder em todos os tempo, o sistema financeiro internacional (a banca) que é o poder no Brasil de hoje, vai escolher um culpado, para que toda a imprensa hegemônica, oligopolista e antinacional aponte e os oportunistas e seus lacaios criminalizem.

 

Recorde os cristãos na Roma de Nero, também incendiário que colocou fogo na cidade para assassinar os primeiros seguidores de Jesus Cristo e compor na harpa o que a história esqueceu.

 

Mais recente, em 27 de fevereiro de 1933, os nazistas queimaram o Reichstag, em Berlim, para culpar os socialistas, e levar a Alemanha e o mundo aos horrores da guerra. E uma guerra que, sob o pretexto de limpeza étnica, como muitas das guerras que os colonizadores europeus promoveram na África, na Ásia e nas Américas, buscava o enriquecimento de poucos com a morte e a miséria de muitos.

 

Também no mundo da destruição de patrimônio da humanidade, não podemos esquecer que os talibãs, um grupo islâmico treinado pela Agência de Inteligência Estadunidense – a tristemente célebre CIA, que tantos serviços já prestou a esta mesma elite que sempre esteve no governo do Brasil – destruíram esculturas datadas do século VII a.C.

 

O que se pode esperar de um Governo que congela, por 20 anos (a PEC do Fim do Mundo), as mais necessárias despesas de um estado, com a saúde, a educação, a habitação, o transporte de todo o povo para pagar os juros assassinos à banca?

 

Estamos no processo de escolha de candidatos ao novo governo – executivo e legislativo – do Brasil.

 

Sabemos onde a banca tem seus candidatos, nos seus partidos de sempre, aqueles que se articularam para o golpe de 2016 e os que se intitularam Novo ou Patriota ou Rede para pescar incautos.

 

Precisamos dar um basta, forte e consciente ao Estado Mínimo, às privatizações corruptoras e demolidoras do patrimônio e da soberania nacional.

 

 

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03
Set18

Brasil: a queima de uma nação

Talis Andrade

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por Pepe Escobar


O fogo que consumiu o Museu Nacional brasileiro de 200 anos é uma metáfora cruel e gráfica de uma tragédia maior do que a vida.


O Museu Nacional queimou como resultado direto da atual austeridade estrutural imposta pela - quadrilha ilegal que apreendeu o poder no golpe institucional-Político-Judiciário, a variante mais sofisticada ainda de guerra híbrida implantada em todo o sul do mundo .


Uma das primeiras medidas desta humilde quadrilha neoliberal uma vez no poder foi uma emenda constitucional congelando as despesas públicas por 20 anos.


A queima de pedaços vitais da memória coletiva brasileira histórica é uma metáfora trágica para a queima lenta de toda uma nação.


Está na hora de transmutar imensa tristeza em raiva. Raiva, raiva dura - e atira os malandros para fora.

 

 

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03
Set18

Os assassinos estão no estado mínimo

Talis Andrade

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por Pedro Augusto Pinho

___

Mesmo na fome, na doença, na miséria, no desemprego onde o golpe de 2016 jogou o povo brasileiro, a destruição do patrimônio da humanidade, que representou o incêndio do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, ainda é um ato criminoso.

 

O geólogo Álvaro Penteado, no Coletivo Geólogos pela Democracia, dá o tom que deve nos incentivar à luta contra esta ideologia maléfica que toma o mundo: o neoliberalismo, o fim dos Estados Nacionais ou o Estado Mínimo:

 

“O meteorito Bedengó sobreviveu à viagem interplanetária que o trouxe à Terra, à passagem pela atmosfera do nosso planeta, à queda no sertão da Bahia, ao tempo em que ficou exposto aos processos de intemperismo e, agora, ao desmonte que sofre o Brasil. Um verdadeiro símbolo geológico da resistência!”

 

E mostra o meteorito após o incêndio, um sobrevivente.

 

Como sempre fez o poder em todos os tempo, o sistema financeiro internacional (a banca) que é o poder no Brasil de hoje, vai escolher um culpado, para que toda a imprensa hegemônica, oligopolista e antinacional aponte e os oportunistas e seus lacaios criminalizem.

 

Recorde os cristãos na Roma de Nero, também incendiário que colocou fogo na cidade para assassinar os primeiros seguidores de Jesus Cristo e compor na harpa o que a história esqueceu.

 

Mais recente, em 27 de fevereiro de 1933, os nazistas queimaram o Reichstag, em Berlim, para culpar os socialistas, e levar a Alemanha e o mundo aos horrores da guerra. E uma guerra que, sob o pretexto de limpeza étnica, como muitas das guerras que os colonizadores europeus promoveram na África, na Ásia e nas Américas, buscava o enriquecimento de poucos com a morte e a miséria de muitos.

 

Também no mundo da destruição de patrimônio da humanidade, não podemos esquecer que os talibãs, um grupo islâmico treinado pela Agência de Inteligência Estadunidense – a tristemente célebre CIA, que tantos serviços já prestou a esta mesma elite que sempre esteve no governo do Brasil – destruíram esculturas datadas do século VII a.C.

 

O que se pode esperar de um Governo que congela, por 20 anos (a PEC do Fim do Mundo), as mais necessárias despesas de um estado, com a saúde, a educação, a habitação, o transporte de todo o povo para pagar os juros assassinos à banca?

 

Estamos no processo de escolha de candidatos ao novo governo – executivo e legislativo – do Brasil.

 

Sabemos onde a banca tem seus candidatos, nos seus partidos de sempre, aqueles que se articularam para o golpe de 2016 e os que se intitularam Novo ou Patriota ou Rede para pescar incautos.

 

Precisamos dar um basta, forte e consciente ao Estado Mínimo, às privatizações corruptoras e demolidoras do patrimônio e da soberania nacional.

 

 

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