Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

13
Abr23

Confira lista de políticas públicas e ações realizadas nos 100 dias de governo Lula

Talis Andrade
 
 

Redação VioMundo

 

O mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva completa hoje 100 dias.

Na manhã de 10/04, o presidente fez reunião ministerial dos 100 dias de governo.

Foi no Palácio do Planalto.

Mais cedo o governo federal divulgou uma lista de políticas públicas e ações já executadas.

“Cerca de 250 itens integram a cesta de políticas públicas e ações realizadas neste primeiro trimestre”, informa.

 

COMBATE À FOME

O Bolsa Família retornou com valor mínimo de R$ 600 assegurado e com uma novidade: um adicional de R$ 150 para cada criança de 0 a 6 anos na composição familiar.

Em março, primeiro mês de pagamentos, mais de 21,1 milhões de famílias, dos 5.570 municípios, receberam um valor médio de R$ 670,33, o maior já registrado na história dos programas de transferência de renda do país.

Além disso, os mais de R$ 14 bilhões de investimento representam o recorde mensal do programa.

A partir de junho, haverá um adicional de R$ 50 para cada dependente entre sete e 18 anos e para gestantes.

Outra ação fundamental para o combate à insegurança alimentar foi o reajuste médio de 36,4% nos repasses dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Com a correção, o orçamento destinado à compra da merenda escolar saltou de R$ 4 bilhões para R$ 5,5 bilhões, garantindo uma maior qualidade nas refeições oferecidas em escolas e creches de todo o país.

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que havia sido extinto em 2019, foi restabelecido e a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) foi restituída.

Os dois órgãos passam a assessorar o Governo Federal nas ações voltadas ao combate à fome.

 

SAÚDE

Em outra frente do eixo social, a Saúde voltou a ser vista como protagonista.

Neste campo, destacam-se pontos emblemáticos desses 100 dias, como o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas, que garantiu R$ 600 milhões em apoio a estados e municípios que aderirem à iniciativa.

A retomada do Mais Médicos para o Brasil assegurou a abertura de 15 mil vagas e espera fixar até o fim do ano 28 mil profissionais em todo o país, principalmente em áreas de extrema pobreza.

Já o Movimento Nacional pela Vacinação foi retomado com uma grande campanha para ampliar as coberturas de todas as vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Governo Federal assegurou ainda o auxílio financeiro às 3.126 entidades privadas sem fins lucrativos, incluindo as Santas Casas, que complementam o SUS em 1.738 municípios.

Os recursos serão aplicados para custeio de serviços prestados por essas entidades que complementam o SUS até o limite de R$ 2 bilhões.

 

HABITAÇÃO

O Minha Casa, Minha Vida retornou para encarar a questão do déficit habitacional e restabelecer a Faixa 1, de imóveis subsidiados para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Foram entregues 5.693 moradias em 14 municípios de oito estados e anunciada a retomada de obras de mais de 6,5 unidades.

A meta do Governo Federal é contratar 2 milhões de moradias até o fim de 2026.

 

INFRAESTRUTURA

A duplicação da BR-101 em Sergipe marcou a discussão sobre a retomada de 14 mil obras que estavam paralisadas em todo o país, mais de quatro mil só na área de educação.

Apenas em 2023, o Ministério dos Transportes investirá mais de R$ 23 bilhões nas 27 Unidades da Federação. O volume supera os R$ 20 bilhões investidos pela gestão anterior em quatro anos.

 

EDUCAÇÃO

O Governo Federal reajustou em até 200% as bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores e estudantes, incluindo graduação, pós-graduação, iniciação científica e a Bolsa Permanência.

O piso salarial de professores da educação básica foi reajustado em quase 15%, com vencimentos passando de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.

O presidente Lula reafirmou o compromisso de retomar o diálogo e os encontros anuais com reitores de universidades e institutos federais e recebeu representantes de mais de 100 instituições de ensino superior no Palácio do Planalto.

 

PACTO FEDERATIVO

Nas relações políticas, o Pacto Federativo, que havia sido completamente desmantelado nos últimos quatro anos, foi retomado.

O Palácio do Planalto recebeu por três vezes governadores e abriu as portas para prefeitos de todo o país, de modo que estados e municípios tenham voz na formulação das políticas.

Um dos retratos disso é a implementação da plataforma Mãos à Obra, em que gestores municipais indicam investimentos prioritários para recebimento de recursos federais.

 

SEGURANÇA

Além do desafio enfrentado no dia 8 de janeiro com os ataques antidemocráticos ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, a Segurança também passou por ajustes importantes nesses 100 primeiros dias com o relançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Destinado à prevenção, controle e repressão da criminalidade e atuando contra a violência em raízes socioculturais, o Pronasci articula ações de segurança pública e das políticas sociais.

Trata-se de um amplo projeto executado pela União em cooperação com Estados, Distrito Federal e Municípios, que já conta com R$ 700 milhões assegurados para investimentos em ações voltadas à prevenção, controle, segurança pública e repressão da criminalidade e combate ao feminicídio.

Diante da crise de segurança no Rio Grande do Norte, a Força Nacional foi acionada e mais de R$ 100 milhões em recursos foram destinados ao estado.

 

MEIO AMBIENTE

A proteção à Floresta Amazônica e demais biomas brasileiros, as ações de combate às mudanças climáticas e os trabalhos voltados à transição para uma economia verde, sustentável e de baixo carbono passaram a estar no topo das prioridades dos 100 primeiros dias, numa guinada de curso em relação às políticas adotadas nos últimos quatro anos.

O Fundo Amazônia, parado desde 2019, foi reativado por meio de decreto assinado já no dia 1º de janeiro.

A partir daí, o Governo manteve contatos com representantes internacionais de países como Noruega, Alemanha e Estados Unidos, que apoiaram a iniciativa e sinalizaram investimentos.

O aumento da Fiscalização de Barragens de Mineração, o combate ao garimpo ilegal e a quitação da dívida de Itaipu, em fevereiro, são outros exemplos conectados ao setor.

 

POVOS INDÍGENAS

O principal desafio nesse período foi a ação de socorro diante da grave crise humanitária do povo Yanomani, em Roraima.

O presidente Lula editou decreto que criou o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das populações em território Yanomami e o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional diante da necessidade de ação urgente frente à crise.

A partir daí, diversas ações de amparo em áreas como saúde, segurança alimentar e segurança pública foram tomadas para promover o socorro e a assistência ao povo Yanomami e a retirada dos garimpeiros ilegais.

O presidente também se comprometeu com a política de demarcação de terras indígenas em visita à Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

 

COMBATE AO RACISMO

O combate ao racismo foi intensificado com uma série de iniciativas, em que se destacam a publicação da Lei nº 14.532/2023, que equipara a injúria racial ao crime de racismo, e do decreto que determina a reserva de 30% de cargos de confiança para pessoas negras em cargos em comissão e funções de confiança da administração federal.

O prazo para que a Administração Pública alcance os percentuais é 31 de dezembro de 2025.

 

EQUIDADE ENTRE HOMENS E MULHERES

Entre as múltiplas políticas públicas anunciadas para promover a igualdade de gênero, destacam-se o projeto que institui a Lei de Igualdade Salarial e Remuneratória entre Mulheres e Homens que exerçam a mesma função e o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, que visa assegurar a oferta gratuita de absorventes higiênicos e outros cuidados básicos de saúde menstrual no Sistema Único de Saúde.

O pacote de ações contou, ainda, com o Programa Mulher Cidadã, voltado à promoção da cidadania fiscal e de capacitação a mulheres empreendedoras em situação de vulnerabilidade ou de risco social.

No esporte, o avanço ficou por conta de um Projeto de Lei que visa alterar o Bolsa Atleta para resguardar os direitos das mulheres gestantes e no puerpério.

As mudanças nas normas do programa garantem que as atletas recebam até 15 parcelas mensais sucessivas do benefício, mesmo afastadas de competições.

 

POLÍTICA EXTERNA

Recuperar o prestígio do Brasil e fazer o país voltar a ter protagonismo no cenário internacional foi o esforço do Governo Federal nesses 100 primeiros dias.

O presidente Lula visitou a Argentina e o Uruguai, onde se reuniu com os Chefes de Estado dos dois países com o intuito de discutir parcerias comerciais, questões ambientais e o fortalecimento do Mercosul.

Esteve reunido com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington, e teria visitado a China se não fosse impedido por um problema de saúde.

Além disso, o presidente recebeu no Palácio do Planalto diversos líderes estrangeiros, como o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, a chanceler francesa, Catherine Colonna, e conversou por telefone com dezenas de presidentes e líderes mundiais, como Volodymyr Zelensky, da Ucrânia; Andrés Manuel López Obrador, do México; e Emmanuel Macron, da França.

Nas conversas, o presidente levantou a bandeira de uma mobilização mundial em torno da paz entre Ucrânia e Rússia.

Cem dias do governo Lula

 
 
08
Jan22

Projetos que vetam intervenções antimorador de rua ganham força no país

Talis Andrade

Prefeito Eduardo Paes (PSD) vetou a proposta no Rio de Janeiro

 

por Artur Rodrigues

Pedras pontiagudas debaixo de viadutos, divisórias em bancos de praça, grades nas portas de comércios e pontas de ferro e escadarias.

pombo   Saman Torabi.jpeg

Intervenções antimorador de rua continuam gerando polêmica nas cidades brasileiras e motivando propostas no Legislativo.

O assunto esquentou em um momento que a população em situação de rua cresce em todo o país, devido ao impacto econômico da pandemia.

Na esteira de denúncias feita pelo Eduardo Paes (PSD) vetou a proposta, da Pastoral do Povo de Rua, projetos de lei para proibir esse tipo de prática tramitam no Congresso, na Assembleia Legislativa de São Paulo e também na Câmara Municipal de São Paulo.

As ações têm apoio de entidades ligadas a arquitetura que, no entanto, refutam o termo arquitetura hostil, usado comumente para se referir às intervenções voltadas a afastar a população de rua da área sob viadutos, de bancos, de praças e de portas de lojas.

A crítica a esse tipo de ação ganhou mais força quando, em fevereiro de 2021, o padre Julio Lancellotti usou uma marreta para retirar pedras que foram colocadas pela prefeitura como medida para evitar moradores de rua em um viaduto na zona leste da capital paulista. Após o protesto, as pedras foram retiradas, em ação que custou R$ 48 mil.Padre Julio Lancellotti posta foto com marreta: "Muitas pedras injustas a  serem destruídas" - Revista FórumPadre Julio Lancellotti tira pedras colocadas pela prefeitura embaixo de  viaduto 'a marretadas' - Vogue | atualidadesPadre Júlio, do povo de rua de São Paulo, ganha homenagem da Assembleia -  Rede Brasil Atual

O padre segue com denúncias sobre o assunto. Em dezembro, citou aporofobia (termo que significa aversão a pobres) na Catedral de Campinas, onde havia espetos em uma escadaria. A catedral mandou tirar os espetos após o episódio.

Lancellotti diz continuar recebendo denúncias de casos parecidos vindos de todo o país. "Na medida em que aumenta a população de rua, aumenta a hostilidade", diz.

Na cidade de São Paulo, embora não sejam novos, restam vários exemplos de aparentes tentativas de impedir a presença de moradores de rua em determinados locais.

É o caso de pedras debaixo de um viaduto próximo da estação de metrô Parada Inglesa, na zona norte da capital, no canteiro central da avenida Luiz Dumont Villares, e também o de divisórias em bancos de praça e gradis colocados em frente de prédios.

O padre ainda citou preocupação com a realização de obras que retirem os moradores de rua, sem dar alternativas a essa população. Mesmo não tendo a motivação óbvia da chamada arquitetura hostil, uma área que desperta preocupação no padre é a obra de um jardim de chuva no canteiro central da avenida Doutor Gastão Vidigal, na Vila Leopoldina, na zona oeste da capital, região hoje com grande concentração de moradores de rua.

Inspirado nas queixas do padre, um projeto de lei, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), foi aprovado no Senado. Agora, está em discussão na Câmara dos Deputados.

Se aprovado, o dispositivo será inserido no Estatuto da Cidade. O projeto veta técnicas hostis, como a instalação de pinos metálicos pontudos e cilindros de concreto nas calçadas com objetivo de afastar pessoas.

Na Câmara Municipal, também foi aprovado em primeiro turno um projeto de Toninho Vespoli (PSOL) e Eduardo Suplicy (PT) proibindo a prática.

Vespoli cita que esse tipo de prática urbana é agravado pela mudança do perfil da população de rua, incluindo muitas famílias com crianças. "Se já era ruim arquitetura de exclusão para adultos, imagina para as pessoas que não têm noção do que estão fazendo, como as crianças", disse.

O projeto foca o patrimônio público. Na Assembleia Legislativa, tramita um projeto do deputado Paulo Fiorilo (PT), em que poderiam ser abrangidos espaços livres de propriedades privadas, como ruas, calçadas, canteiros, ilhas, praças, jardins e estacionamentos.

Fiorilo, próximo do padre Julio, também levou em considerações as queixas do religioso. "A gente não sabe muito bem o que pode acontecer em Brasília, por isso, é importante a garantia de uma lei estadual em São Paulo", disse, sobre o fato de haver uma lei federal em tramitação.

De acordo com o deputado, o projeto está na Comissão de Constituição e Justiça e deve ter parecer favorável.

Na Câmara do Rio, um projeto neste sentido já foi aprovado em agosto. No entanto, o prefeito Eduardo Paes (PSD) vetou a proposta, sob a justificativa de inconstitucionalidade e de que a definição de padrões urbanísticos e construtivos é de competência do Poder Executivo.

Os projetos têm aprovação de arquitetos, embora eles critiquem o uso do termo arquitetura hostil.

"Arquitetura é um bem e é um instrumento, um patrimônio da humanidade para o desenvolvimento social, para o desenvolvimento econômico, para o desenvolvimento saudável. Então atrelar a arquitetura à palavra 'hostilidade' nos parece um pouco complicado", disse Ednezer Rodrigues, do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), em audiência pública.

Para o presidente do IAB-SP (Instituto de Arquitetos do Brasil - departamento São Paulo), Fernando Túlio, melhor seria tratar o tema como uma técnica construtiva hostil.

Para ele, a arquitetura deveria democratizar o espaço público, em vez de seguir no caminho inverso.

"Entendo que as prefeituras deveriam ter manuais técnicos que definem o padrão do mobiliário urbano, e esses manuais deveriam impedir radicalmente que qualquer solução desse tipo, higienista, pudesse acontecer", diz.

Em vez disso, ele afirma que a população de rua poderia receber uma bolsa para ajudar a cuidar do espaço público.ImageA marreta de Júlio Lancellotti – O Caminheiro do Reino

Blog do Kelmer | Literatura, humor, erotismo, antifascista | Página 2

www.brasil247.com - { imgCaption }}padre |

www.brasil247.com - { imgCaption }}

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub