Bispo é agredido verbalmente por bolsonaristas após missa na Paraíba
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Julian Lemos responde a ação trabalhista por não pagar salários a funcionários de empresa de segurança. Coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste em 2018, agora é entusiasta da candidatura Sergio Moro
Carla Zambelli impune, falsa, criminosamente, alega que “dezenas de crianças estão sofrendo reações adversas” por conta da vacinação
247 - O ex-deputado Jean Wyllys (PT) criticou nesta terça-feira (18) a deputada Carla Zambelli (PSL) por defender a suspensão da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.
"Que pessoa abominável", escreveu Wyllys ao compartilhar reportagem sobre o pedido de suspensão da vacinação infantil, feito pela deputada bolsnarista.
No ofício enviado ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Carla Zambelli alega que “dezenas de crianças estão sofrendo reações adversas” devido à aplicação incorreta do imunizante da Pfizer destinado a adultos em crianças.
O empresário Sergio Moro, em campanha antecipada à presidência da República, pelo Phodemos, foi hostilizado no Aeroporto Internacional Castro Pinto, em João Pessoa (PB).
A agenda de Moro na Paraíba segue até o próximo sábado (8), com passagens por outras cidades do Estado, além de João Pessoa.
Quem o acompanha é a presidente nacional do partido, a deputada federal Renata Abreu (SP) e o deputado federal Julian Lemos (PSL-PB), ex-aliados bolsonaristas.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro (PL), Moro foi recepcionado por um grupo de pessoas que gritava "traíra" e "juiz ladrão", quando desembarcou no aeroporto. Houve princípio de tumulto, logo controlado pelas equipes de segurança.
Camões escreveu, falando de de Fernando I de Portugal, no século XIV, que um rei fraco faz fraca a forte gente.
Olhando para o que se passa no Brasil, hoje, talvez escrevesse que um rei mau faz má a boa gente.
De outra forma, como explicar que haja pessoas indiferentes a um presidente que, diante de 5 mil brasileiros mortos, diz: ‘E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?’
Como entender que generais vejam o morticínio do povo e, como os da Alemanha nazista, contentem-se em apenas aplacar e conviver com os humores do chefe psicopata, virando babás de um demente cruel?
Ou que profissionais da Medicina, em troca de cargos e posições, assumam o comando do Ministério da Saúde aceitando para isso a barganha de não dizer sequer o óbvio “fique em casa”?
Como entender que gente com dinheiro e comida, com carro e apartamento, donos de lojas, ainda que em compreensíveis dificuldades em manter seus negócios, façam seus funcionários – o que não têm nem dinheiro, nem casa, nem carro, só têm a vida – se ajoelharem nas calçadas suplicando por seu “direito” de morrer, contaminando-se nas ruas, nos transportes, nos balcões?
Sim, é assim que estão, num campo de concentração, postos de joelhos e avassalados em troca do pão de suas famílias.
Alguém explique como os autoproclamados homens de Deus tenha apagado o “não matarás” das tábuas de Moisés, que os eleitos cavem a cova dos eleitores, que os cultores da saúde vão expor a sua e a alheia, apenas porque não podem se privar, dias que sejam, de correr no calçadão e esticar os músculos enquanto se lhes atrofia o cérebro?
Jair Bolsonaro, como o maníaco belicista de quase 100 anos, não é apenas um indivíduo insano e mau, é o produto de mil insânias e maldades que se conservaram inertes enquanto este era um país que, finalmente, parecia crescer como é de seu destino e vocação e que incluía ou tentava incluir a todos, como nunca foi a sua história.
Perdeu-o a mesquinhez de elites que, como aos comerciários de Campina Grande da foto, queria de novo seu povo genuflexo e morrendo no altar de seus luxos.
Teremos deixado irem-se com o século 20 os valores da honra, da dignidade, da humanidade que animaram a época de progresso e abundância e, nas dificuldades, adotamos o canibalismo – pois é de alimentarmo-nos de carne humana que se trata – como nova cruz da salvação?
Se for assim, não há porque viver. Mas, para que não seja assim, valerão as mortes sufocadas de nossos irmãos que se vão todos os dias.
Como eles, ansiamos por ar, por ar que nos faça respirar liberdade, amor, solidariedade, fraternidade, não as emanações pestilentas e mórbidas que brotam de Bolsonaro e de suas legiões.
Conserva, então, tua vida como uma chama preciosa, não apenas por você, mas porque ela será necessária para iluminar os caminhos para deixarmos a treva inimaginável em que estamos metidos.
Não somos maus, estamos é sob o tacão da maldade.
Por Fernanda Valente
Configura postura discriminatória promover cortes na transferência direta de renda por meio do programa Bolsa Família a apenas uma região do país. Assim entendeu o Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, ao determinar a suspensão dos cortes na região Nordeste.
A decisão, da última sexta-feira (20/3), acolhe pedidos dos Estados da Bahia, do Ceará, do Maranhão, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí e do Rio Grande do Norte. Eles sustentaram que entre maio e dezembro de 2019 houve a redução da concessão dos benefícios na região.
De acordo com a ação, foram destinados à Região Nordeste 3% dos novos benefícios e 75% às Regiões Sul e Sudeste. Os estados dizem ser "inexplicável a dissonância".
Ao analisar o pedido, o ministro considerou que há um estado de calamidade pública no país e que a concentração de cortes do benefício na Região Nordeste configura discriminação. Na decisão, ele determina que a União justifique quais foram os critérios adotados para os cortes.
"A postura de discriminação, ante enfoque adotado por dirigente, de retaliação a alcançar cidadãos – e logo os mais necessitados –, revela o ponto a que se chegou, revela descalabro, revela tempos estranhos. A coisa pública é inconfundível com a privada, a particular. A coisa pública é de interesse geral. Deve merecer tratamento uniforme, sem preferências individuais. É o que se impõe aos dirigentes. A forma de proceder há de ser única, isenta de paixões, especialmente de natureza político-governamental", diz Marco Aurélio.
Clique aqui para ler a decisão
247 - O perfil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Twitter publicou nesta quinta-feira, 1, uma denúncia grave relacionada ao abastecimento de água no município de Monteiro, oriunda da transposição do rio Francisco.
"Desde março, o governo Bolsonaro cortou o envio de água da transposição do Rio São Francisco até Monteiro, na Paraíba. A obra pronta desde 2017, e Bolsonaro simplesmente interrompe o fluxo de água para o sertão. É incompreensível e desumano. E silêncio na imprensa. #RecadodoLula", disse o ex-presidente.
Monteiro foi a primeira cidade paraibana a receber as águas da transposição em março de 2017. Atualmente, o canal da transposição em Monteiro acumula apenas água das chuvas.
No total, 35 cidades paraibanas dependem da água das transposição. Entre elas está Campina Grande, a segunda maior do estado.
“Porque tive fome, e destes-me de comer;
tive sede, e destes-me de beber;
era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me;
estive na prisão, e foste me ver.”
Mateus 25:35,36
Vamos lá, queridos/as leitores/as, para mais uma reflexão à luz dos ensinamentos espíritas, já que o mundo não acabou e que a profecia sobre a “data limite” mostrou ser mais uma fake news de quem não estuda profundamente o espiritismo e que, diferente de Kardec, vive uma fé irracional.
Não há um só momento, nesses mais de duzentos dias de governo neoliberal, que as declarações do presidente não gerem tristeza, indignação e profunda reflexão sobre os caminhos que o cristianismo brasileiro (e incluo aí o espiritismo kardecista) tem tomado – por omissão, por concordância e pelo afastamento dos ensinamentos do Cristo, baseados nos princípios de amor, de justiça justa e de compaixão.
Em uma mesma semana, o presidente da república chamou os/as governadores/as do nordeste de “paraíba”, provocando a reação de políticos da região, que manifestaram “espanto e profunda indignação” e afirmou, em café da manhã com jornalistas estrangeiros, que “falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira”.
Cresci em um bairro pobre da periferia de São Paulo e minha infância foi marcada por pessoas que batiam em nossas portas pedindo “uma xícara de arroz ou um punhado de feijão”. Geralmente essas pessoas eram crianças, negras ou retirantes nordestinas (assim como minha mãe, paraibana, foi um dia), então ela se via no dever moral de ajudar, mesmo com pouco, essas pessoas e dizia (ou mandava a gente dizer) “um pouco com Deus é muito”.
Depois da aula, saíamos com outras crianças – geralmente filhos e filhas dos trabalhadores do centro – e alguns adultos para recolhermos alimentos que eram distribuídos em cestas básicas para algumas famílias empobrecidas. Na década de 1990, não havia programas de transferência de renda e nem programas contra a fome e a desnutrição. Além dos espíritas, a pastoral da criança da igreja católica, com sua multimistura, e a campanha do Betinho (Natal sem fome) eram importantes aliadas no combate à fome e à miséria.
Passados quase trinta anos, minha mãe continua servindo sopa na casa dela. E tem dito que nos últimos tempos a quantidade de pessoas que vão comer (e levar em uma panela para casa) tem aumentado significativamente.
A fome nunca foi extinta totalmente do Brasil. A fome é um projeto político.
Tanto a ONU, como o IBGE e o Ipea, por meio de estatísticas recentes, rebatem a declaração do presidente, que também foi criticada por especialistas em economia e evolução de índices sociais no país.
O último Relatório do Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe 2018, divulgado em novembro pela ONU, mostrou o crescimento da fome no Brasil. O estudo estimou que a desnutrição alcançou até 5,2 milhões de brasileiros entre 2015 e 2017.
Segundo o IBGE, 54,8 milhões de brasileiros estavam abaixo da linha da pobreza em 2017. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que a proporção de miseráveis no país (rendimento médio domiciliar per capita de até um quarto do salário mínimo) subiu de 6,6% para 7,4% no mesmo ano.
A sociedade justa, feliz e igualitária, uma casa comum onde todos possam viver bem, com acesso aos seus direitos, livres de preconceitos e discriminações, base para o mundo de regeneração, só será possível quando todos contribuirmos para assegurar a dignidade de todos, combatendo as diversas formas de exclusão social e se esforçando para que o Brasil volte a investir em programas de transferência de renda, na reforma agrária e em programas de economia solidária (com iniciativas de fomento no campo e na cidade).
Definitivamente, parafraseando São Mateus (6:24): ninguém pode servir a dois senhores, pois, ou odiará a um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao bolsonarismo.
por Fernando Brito
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Jair Bolsonaro é, indiscutivelmente, um canalha.
Sua declaração, em vídeo vazado hoje, de que os governadores do Nordeste são “os governadores dos paraíbas” e que, dentre ele, o “pior” é o do Maranhão, Flávio Dino – justamente o que tem os maiores índices de aprovação – é uma bofetada em mais de um terço dos que habitam este país, morando nos estados nordestinos ou na imensa diáspora que se espalha por todo o Brasil.
Se os 8,8 milhões de eleitores do Nordeste – os “paraíbas” – que lhe deram o voto tivessem votado em seu adversário, Jair Bolsonaro não seria presidente da República. Menos ainda se os milhões de nordestinos espalhados pelo país soubessem que era para “não dar nada” à sua terra natal, castigada por séculos pelo sol, pela seca e pelas elites.
Você, Bolsonaro, deveria ser o presidente de todos os brasileiros, inclusive dos brasileiros “paraíbas”, como meus avós paternos, alagoanos.
Mas não é. É o presidente de uma camada de odientos, de recalcados, de imbecis que se amontoam para urrar selvageria.
Bolsonaro já não é um caso de oposição política, é uma objeção moral para qualquer brasileiro que ame este país.
por Fernando Brito
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Hoje, mostrou-se aqui a mentira pregada por Jair Bolsonaro, dizendo que a sua “moralização” do Bolsa-Família tinha cortado benefícios irrregulares até de um gato, desvio que se descobriu e puniu há mais de dez anos, e no Governo Lula.
A estória do gato Billy, mais uma mentira de Bolsonaro
Ele e, antes dele, Michel Temer foram mestres em cortar benefícios, alegando que eram irregulares. Temer chegou a criar uma gratificação de R$ 60 para cada pessoa que os peritos do INSS cortassem o benefício por invalidez e Deus sabe o que se passou com a gente pobre que não tem como se defender.
Uma pequeníssima parte desta grande crueldade, porém, a gente pode ver, na reportagem – e no vídeo – que reproduzo ao final – feitos pela Agência Pública de Jornalismo Investigativo em Pombal, cidade a 370 km da capital da Paraíba, João Pessoa, que já foi, um dia, premiada por seus avanços sociais.
Assista e, se puder, leia o texto de Hevilla Wanderley, vasto e seco como o sertão humano que descreve.
Vale a pena, para ver quem são os gatos e como devoram aqueles que não encaram como gente, mas como ratos a serem exterminados.
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