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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

22
Nov23

Olha os militares aí, gente!

Talis Andrade

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por Denise Assis

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Chega a ser constrangedora a timidez do governo frente aos comandos militares. A PEC encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que surgiu vigorosa, parcimoniosamente restritiva e, na medida, sóbria o suficiente para não espantar ninguém que ocupasse as 16 cadeiras do Alto Comando do Exército, é apenas o rascunho do que deveria ser. O texto, que recebeu o apoio do Palácio do Planalto e do Ministério da Defesa, deve ser votado na Comissão na semana que vem.

Depois do estrago de imagem sofrido pelos militares, no desfecho do malogrado mandato do inelegível, em quem apostaram todas as fichas, inexplicavelmente o ministro da Defesa, José Múcio, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), foram para o exercício de sempre: incutir em quem de direito o medo do bicho-papão, os fardados.

Eles que saíram do episódio do 8 de janeiro desmoralizados, comprometidos e expostos em suas atitudes golpistas - houve quem ainda posasse de herói, com ameaças e bravatas de voz de prisão em reunião com esse fito -, vão ganhando nacos de vantagens, poderes, regalias, para ficarem onde devem estar sempre: em seus quartéis.

Não tem cabimento o ceder contínuo, a demonstração explícita do medo o “acenar” eterno desses senhores para a casta – sim, a casta – que durante toda a história da República nos assombra, nos ronda e nos ameaça. Somando-se todas as escaramuças em que se meteram, não erraríamos se afirmássemos que suas armas estiveram muito mais vezes apontadas para os brasileiros do que para os externos de quem nos deveriam defender.

Não tivemos a oportunidade de ter respondida à pergunta inevitável que se dirigiria ao general Júlio Arruda, Comandante do Exército, se o víssemos na condição de inquirido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Isto porque em reuniões intermináveis, parlamentares e o ministro da Defesa conseguiram livrá-lo do devido dever de responder:

- General, os seus blindados disparariam contra os seus concidadãos, naquela noite em que o senhor os apontou para as colunas de PMs que foram prender os acantonados e seus protegidos, na porta do seu quartel?

Certamente iriam querer saber os deputados e senadores...

Não fosse o perdão concedido pelo então ministro da Defesa, Jaques Wagner, ao general Sergio Etchegoyen, pela indisciplina de se colocar publicamente, em nota, contra a publicação do Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) onde familiares seus eram apontados como envolvidos nas torturas da ditadura, e ele não seria alçado à condição de Chefe de Estado Maior do Exército.

Foi desse posto que ele e o general Eduardo Villas Boas tramaram o golpe contra a presidente Dilma Rousseff. Mas esses fatos vão ficando pelo caminho, como os combatentes que no retorno para casa vão deixando mochila, coturno, e todos os apetrechos da batalha, pois é tempo de paz...

Sim, é tempo de paz, mas a que preço? No mínimo R$ 53 bilhões destinados logo depois da tentativa de golpe, à pasta da Defesa, para serem gastos com novos equipamentos e tecnologias, sem necessidade de prestação de contas. (Quem sabe mais algum software espião?). Vai algum funcionário público gastar um lanche numa viagem a serviço sem trazer a comprovação, para ver o enxovalho!

Já foram feitos almoços, regabofes, encontros com direito a foto com todos devidamente “enfaixados” e de mãos unidas! Não lhes faltam mimos, a troco de ficarem quietos intramuros, onde deveriam estar sempre.

O último deles, chamado a colaborar numa grande missão estratégica e logística, deixou morrer dezenas em Manaus sem oxigênio, porque precisou atrasar o calendário da entrega das balas do gás, enquanto negociava sobrepreço de vacinas. Não perdem a chance de estar no canto da foto, com suas fardas vistosas, a tirar “casquinha” dos eventos positivos do governo. Mas têm bons padrinhos, bons amortecedores.

Agora, na última notícia vinda do centro do poder, fica-se sabendo que “em mais um movimento para evitar atritos com as Forças Armadas, o governo atuou para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impõe limites à atuação política de militares não proíba a presença dos integrantes da ativa no comando de ministérios”. Ora, faça-me o favor! E quem, em sã consciência, irá querer trazer de novo os galardões para os gabinetes do Planalto? Já não deram vexame que chega?

Mas sempre é melhor prevenir – que voltem – do que remediar as suas manobras. Portanto, deixar escrito que não servem para a vida política, que o lugar deles é na defesa do nosso território, e que nem sequer têm talento para a política, seria de bom tom. Mas, por enquanto, isto está longe de acontecer.

Em matéria publicada pelo jornal O Globo, (21/11/2023) o relator, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), defende-se da supressão do ponto que vedava a presença de militares da ativa à frente de ministérios, que chegou a constar em uma versão preliminar do relatório, mas acabou fora do texto, sobre o qual ainda não foram feitas emendas. Kajuru defendia a inclusão do artigo e só desistiu da ideia após conversar com líderes do governo.

— Não foi incluído porque eu ouvi as lideranças, especialmente os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA). Como eles acham que, por enquanto, não é hora de fazer isso, eu atendi ao pedido. Não faço relatório sozinho — afirmou Kajuru, completando.

— Assim, a PEC consegue aprovação, porque a rejeição fica menor. Se você radicalizar, aí os militares da oposição vão para cima”, esclarece.

Ah! Bom! Que medo! E até parece que se quiserem “partir para cima”, há algo que os impeça... Basta ver como andam votando as propostas do governo.

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29
Jul23

Relatórios do Planalto confirmam que Bolsonaro escondeu mortes de Covid e sadicamente ignorou risco de colapso na Saúde

Talis Andrade

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O genocídio psicopata de quem acreditava na imunidade de rebanho. A ´gripezinha´ já matou mais de 700 mil brasileiros. E Bolsonaro jamais foi a um enterro ou rezou missa de sétimo dia ou enviou mensagem de luto

 

por Redaçao Isto é

Relatórios produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) confirmam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escondeu informações sobre número de mortes pela Covid-19, além de ignorar recomendações sobre isolamento social e desaconselhamento do uso da cloroquina para tratamento da doença. Os estudos, antes sob sigilo, também levam o carimbo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

+ Bolsonaro mente em live e diz que nunca chamou Covid-19 de ‘gripezinha’

+ Bolsonaro defende atuação de Pazuello e diz que oxigênio em Manaus é obrigação estadual

 

Produzidos entre março de 2020 e julho de 2021, dados indicam que Bolsonaro rejeitou recomendações do Ministério da Saúde. Os relatórios foram produzidos por agentes do Planalto, conforme apurou a Folha de S. Paulo. Distanciamento social e a vacinação eram citados como principais medidas de enfrentamento contra o vírus.

O ex-presidente é mundialmente conhecido por fazer propagandas enfatizando a cloroquina como tratamento contra o vírus, além de atuar com lentidão – e até se manifestar contrário – a imunização, mesmo com a produção de vacinas em outros países.

Em março de 2020, ele disse que a doença “é muito mais fantasia”, “não é isso tudo que a grande mídia propaga”. Também foi responsável por promover aglomerações, mesmo com estados adotando medidas de isolamento social.

Junto as recomendações, os relatórios também estudaram cenários de avanço do coronavirus no país, com índices de gravidade diferentes. Uma das projeções citadas, por exemplo, indicava 330.216 a 338.558 mortos no período de março de 2021; em abril, o País chegou a marca de 341.097 óbitos pela Covid. ‘Risco de colapso’ foi um termo foi citado em diversos documentos.

 

Falta de oxigênio

 

Em janeiro de 2021, Manaus vivenciou uma crise de falta de oxigênio, essencial nos hospitais para o tratamento de pacientes com caso grave de Covid-19.  Havia suspeitas de omissão do Ministério da Saúde, sob gestão de Eduardo Pazuello, sobre demora do envio de ajuda ao Estado, especialmente na capital amazonense.

Bolsonaro minimizou a investigação. Pouco tempo após a situação, o agora ex-presidente chegou a imitar, publicamente, uma pessoa com falta de ar. Apesar das falas de Bolsonaro, ficou evidente que ele ignorou alertas sobre a falta de oxigênio na capital.

 

Atraso das vacinas

 

“Em um cenário de descontrole da pandemia no País, maior seria a chance de o vírus sofrer mutações em série e, consequentemente, afetar a eficácia das vacinas desenvolvidas”, afirma o relatório que leva carimbo do GSI.

Porém, Bolsonaro coleciona falas polêmicas e de desprezo com a imunização:

21/10/2020: “Para o meu governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém”;

02/10/2020: “Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”;

15/12/2020: “Como sempre, eu nunca fugi da verdade, eu te digo: eu não vou tomar vacina. E ponto final. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu. E ponto final”;

17/10/2020 “Se você virar um jacaré, problema de você. Como é que você pode obrigar alguém a tomar uma vacina que não se completou a 3ª fase ainda, que está na experimental?”

Em março de 2021, declarações das empresas Wajngarten, Pfizer e Butantan confirmaram demora do governo para comprar vacinas. Nas investigações da CPI da Covid, o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten disse à comissão que o Palácio do Planalto demorou dois meses para responder uma carta em que a farmacêutica Pfizer prometia doses do imunizante ao Brasil.

 Cloroquina

Um levantamento do jornal O Globo mostrou que Bolsonaro defendeu o uso da cloroquina em 23 discursos oficiais. O kit Covid foi usado em diversos estados, estimulado pela gestão do ex-presidente. No entanto, os relatórios sob cuidados do Planalto indicam que haviam recomendações sobre o uso do tratamento sem eficácia contra o vírus.

“Estudos recentes realizados em pacientes com Covid-19 que usaram esses medicamentos identificaram graves distúrbios do ritmo cardíaco, em alguns casos fatais, particularmente se utilizados em dosagens altas ou em associação com o antibiótico azitromicina”, afirma relatório de 23 de abril de 2020.

21
Jul23

'Lava jato' tratou em sigilo com os EUA divisão de dinheiro da Petrobras

Talis Andrade

justiça dinheiro corrupção Osvaldo Gutierrez

'Lava jato' negociou com os Estados Unidos de modo clandestino o fundo de Dallagnol

 

Dinheiro da 'vítima' Petrobras 2,5 bilhões foi depositado em uma conta gráfica da lava jato criada pela juíza 'cavalo de Troia' Gabriela Hardt. Auditoria já nesta bufunfa

 

Safada e traiçoeiramente, procuradores da "lava jato" de Curitiba combinaram em sigilo com autoridades norte-americanas a divisão do dinheiro cobrado da Petrobras em multas e penalidades. A informação é do UOL e tem como base diálogos entre integrantes da autodenominada força-tarefa apreendidas na "spoofing".

O trato clandestino foi exposto em conversas entre procuradores brasileiros e suíços. Os diálogos são de janeiro e fevereiro de 2016. À época, os investigadores do Brasil e da Suíça consideravam importante o envolvimento dos EUA nos acordos com a Petrobras.  

"Meus amigos suíços, acabamos de ter uma reunião introdutória de dois dias com a SEC (Comissão de Valores Mobiliários) dos EUA. Tudo é confidencial, mas eu disse expressamente a eles que estamos muito próximos da Suíça e eles nos autorizaram a compartilhar as discussões da reunião com vocês", disse Deltan Dallagnol, ex-coordenador da "lava jato" de Curitiba e ex-deputado federal, cujo mandato acabou cassado por fraude à Lei da Ficha Limpa. 

A autoridade central de cooperação entre os dois países é o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça. O acordo não passou pelo órgão. (O DRCI nos governo Bolsonaro (notadamente quando o ministro da Justiça era Sergio Moro) e no governo Lula faz que não sabe)

O procurador detalha o que foi discutido. A ideia era ajudar as autoridades dos EUA para que conseguissem em troca "algum benefício para a sociedade brasileira".

"Proteção às testemunhas de cooperação: eles protegerão nossos cooperadores contra penalidades civis ou restituições; Penalidades relativas à Petrobras. O pano de fundo: O DOJ [sigla em inglês para Departamento de Justiça dos EUA] e a SEC [sigla em inglês para Comissão de Valores Mobiliários] aplicarão uma penalidade enorme à Petrobras, e a Petrobras cooperou totalmente com eles", diz o ex-procurador.

"Eles não precisariam de nossa cooperação, mas isso pode facilitar as coisas e, se cooperarmos, entendemos que não causaremos nenhum dano e poderemos trazer algum benefício para a sociedade brasileira, que foi a parte mais prejudicada (e não os investidores dos EUA)." 

"Como estávamos preocupados com uma penalidade enorme para a

Petrobras, muito maior do que tudo o que recuperamos no Brasil, e preocupados com o fato de que isso poderia prejudicar a imagem de nossa investigação e a saúde financeira da Petrobras, pensamos em uma solução possível, mesmo que não seja simples. Eles disseram que se a Petrobras pagar algo ao governo brasileiro em um acordo, eles creditariam isso para diminuir sua penalidade, e que o valor poderia ser algo como 50% do valor do dinheiro pago nos EUA", prossegue. 

Posteriormente, a "lava jato" tentaria abocanhar o dinheiro obtido pelos EUA com a Petrobras não em "benefício da sociedade", mas para criar um fundo privado bilionário que ficaria à disposição dos procuradores. 

O acordo entre autoridades dos EUA e a Petrobras foi fechado dois anos depois. A estatal pagou US$ 853 milhões para não ser processada. Segundo o acordo, 80% do valor seria enviado ao Brasil e utilizado para criar o fundo. A tentativa, no entanto, foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal. (Não foi barrada não)

 

Entreguismo arreado

 

Em 13 de junho, a revista eletrônica Consultor Jurídico já havia revelado um diálogo sobre a ADPF apresentada pela PGR que acabou por levar à suspensão do fundo bilionário (Falta prestar contas da gastança desse fundo sem fundo & outros. Com dinheiro de multas de delaçoes mais do que premiadas, e de acordos de leniencia das grandes empresas que a lava jato faliu)

Em uma das conversas, uma procuradora sugeriu, como resposta à ação da PGR, devolver aos Estados Unidos todo o valor recuperado da Petrobras, desfazendo o acordo firmado com o Departamento de Justiça daquele país.

"RD (Raquel Dodge) passou dos limites com essa ADPF. Desfaçam esse acordo, devolvam o $ pro americanos. [...] A PGR e os intelectuais desse país acham que não precisamos desse $ aqui", disse a procuradora, identificada apenas como "Carol PGR" — os diálogos são reproduzidos em sua grafia original. 

"Agora a solução tem de ser de fácil comunicação. É devolver os recursos pro americanos, reais donos deles", prosseguiu ela. Dallagnol, então, respondeu: "Valeu Kérol, mas não podemos fazer isso, embora desse vontade às vezes rs. Vamos trabalhar numa solução."

Em seguida, "Carol PGR" falou que iria "rezar" para "Deus iluminar" os procuradores de Curitiba. "Estou tão indignada que não sei se vou conseguir dormir."

 

BILHÕES NO FUNDO DE DALLAGNOL

 

A dinheirama foi depositada pela Petrobras na Caixa Econömica Federal em Curitiba, em uma conta gráfica especial, e sabida e corajosamente criada por uma juíza cavalo de Troia. Eis o que Dallagnol diz da juíza:

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Para receber a grana da Petrobras, os procuradores criaram um fundo. Confira as assinaturas dos espertalhões:

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A grana foi depositada, sim, no dia 30 de janeiro, primeiro mês do governo Bolsonaro, na conta do fundo de Dallagnol. Eis o comprovante abaixo que ele, Dallagnol, publicou, para esclarecer gastos jamais auditados, quando parte dos bilhões foi destinada, informou a imprensa, pelo ministro Alexandre de Moraes, para o fogo nas florestas e a covid-19, que Bolsonaro esperava combater com a imunidade de rebanho, matando asfixiados os eleitores la' dele. 

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11
Jun23

Bolsonaro sabotou 80 hospitais nos estados

Talis Andrade

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Por Altamiro Borges

Em matéria postada no site Metrópoles, Guilherme Amado revela que “a decisão de Jair Bolsonaro de reduzir a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis, em 2022, para diminuir sua impopularidade e aumentar suas chances nas eleições, tirou R$ 20,3 bilhões da arrecadação dos estados. O número equivale a 80 hospitais da mulher ou ao orçamento do governo Lula para obras neste ano”. 

O jornalista teve acesso a um levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), feito com base em dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O corte se refere ao período entre julho de 2022 e abril de 2023. “Com esse valor, seriam construídos 80 hospitais iguais ao novo Hospital da Mulher, de São Paulo, com 172 leitos e custo de R$ 245 milhões. O montante de R$ 20 bilhões também se aproxima do valor total que o governo Lula destinou neste ano para obras, um recorde em anos. Para se ter uma ideia, a quantia seria suficiente para pagar um mês e meio para todos os beneficiários do Bolsa Família, cujo valor foi turbinado recentemente”. 

A montante também equivale a dois meses de ICMS destinado ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). “Com o corte de Bolsonaro, a educação deixou de receber, de julho do ano passado a abril deste ano, R$ 5,3 bilhões, uma perda de 4,5% em comparação com o mesmo período anterior. Os números se referem apenas ao corte do ICMS nos combustíveis, sem contar energia elétrica e transportes, que também tiveram a incidência diminuída”. 

Para o economista Eric Gil Dantas, do Observatório e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), o corte do ICMS imposto pelo “capetão” por motivos eleitoreiros foi criminoso e irresponsável. “Retirou dinheiro de estados e municípios, retraindo a arrecadação desses entes e dificultando o financiamento dos seus serviços básicos”. Esse imposto é o principal tributo dos estados brasileiros e é fundamental para compor os orçamentos das áreas de saúde e educação dos municípios.
 

Desinformação e a cobertura vacinal

 
 
04
Mai23

Por que Bolsonaro falsificou o atestado de vacina?

Talis Andrade

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Porque defendia a imunidade de rebanho, realizou uma estratégia de propagação da Covid-19, militarizando o Ministério da Saúde, retardando a aquisição de vacinas, propagando e distribuindo medicamentos ineficazes

 

Enquanto o país se aproxima do pico da pandemia do novo coronavírus, os brasileiros esperam que o presidente Jair Bolsonaro seja "sensível" e "perceba a dimensão" da crise.

É essa avaliação do jurista Joel García Hernández, o presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), em entrevista exclusiva à BBC News Brasil no dia 1 de maio de 2020.

"É tempo de reconhecer a magnitude do problema e tomar medidas. Não ajuda politizar neste momento. Essa é hora de todos os atores do país estarem unidos em torno de um objetivo comum: lidar com a questão de saúde. Ninguém quer que uma crise de saúde se transforme numa crise de direitos humanos", diz. "Essa é a nossa preocupação no hemisfério."

Para Hernández, que também é relator para o Brasil no órgão internacional, a pandemia não é o momento para "politizar problemas".

O Ministério da Saúde informou nesta 3ª feira (2 maio 2023) que foram registradas 339 mortes por covid-19 na última semana epidemiológica (23-29 abril). Ao todo, são 701.833 vítimas da doença no Brasil desde o início da pandemia. Foram contabilizados 38.553 novos casos no mesmo período. No total, o país soma 37.487.971 diagnósticos confirmados.

Ricardo Senra perguntou para Hernández:

Quando avisado que o Brasil tinha mais de 5 mil mortes, mais que o registrado na China, o presidente Jair Bolsonaro respondeu: 'E daí? O que você quer que eu faça?". Como vê a maneira como o brasileiro tem lidado com a crise?

O presidente tem sido descrito como um negacionista do coronavírus - alguém que não segue orientações da ciência quando o tema é a pandemia. Poucos líderes mundiais têm essa postura: ele não suporta medidas de isolamento forçado e diz que pessoas deveriam voltar ao trabalho. Como vê?

- Bolsonaro é alvo de uma nova queixa apresentada ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade graças a seu comportamento da pandemia de coronavírus. Este é o segundo conjunto de acusações no TPI - o primeiro destaca "políticas genocidas" em relação à população indígena. Algumas pessoas têm associado o termo genocida ao presidente. Ele se aplica?

Veja aqui as respostas  de Hernández. 

Quatro anos depois o Brasil descobre que o presidente Bolsonaro fraudou o cartão de vacina. Um crime menor, cometido por um genocida. Fica explicado que o presidente realizou um programa de sabotagem à vacinação da Covid-19, motivado pela crença da imunidade de rebanho, e pela execução de uma estratégia de propagação do vírus, que motivou milhares de mortes. Um genocídio historiado no relatório da CPI da Covid. Vide tags

03
Abr23

Militares gastaram R$ 703,4 mil da Covid em salgados e carnes nobres, aponta TCU

Talis Andrade
 

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por Jéssica Sant'Ana /Globo


Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que os militares gastaram R$ 703,4 mil que deveriam ser usados para o reforço alimentar da tropa empregada em ações de enfrentamento ao Covid-19 em coquetel e carnes nobres.

Segundo a auditoria, foram gastos:

 

  • R$ 255.931,77 com salgados típicos de coquetel, sorvetes e refrigerantes, que, muito provavelmente, não teriam sido utilizadas para o reforço alimentar da tropa empregada na Operação Covid-19; e
  • R$ 447.478,96 com carnes bovinas de cortes nobres, filé mignon e picanha.

 

Questionados, o Ministério da Defesa e o Exército não tinham se manifestado até a última atualização desta reportagem.

LEIA TAMBÉM:

Com relação às carnes nobres, os auditores relataram que as normas internas do Exército autorizam a compra de cortes bovinos nobres, porém, considerando o contexto pandêmico, as aquisições infringiram os princípios da razoabilidade e do interesse público.

"Constatou-se que tais aquisições, por terem sido realizadas no contexto de crise social e econômica vivenciada pelo Brasil, com recursos oriundos de endividamento da União, de crédito extraordinário e ignorando opções mais vantajosas, infringiram os princípios da razoabilidade e do interesse público, previstos no art. 2º da Lei 9.784/1999", diz trecho da auditoria.

O relatório do tribunal também constatou uso de recursos destinados às ações de enfrentamento à Covid para manutenção de bens imóveis das Forças Armadas, sem que fossem preenchidos os requisitos de imprevisibilidade e urgência exigidos para a aplicação de recursos de crédito extraordinário.

"(...) não foi apenas isso que se observou, tendo sido realizadas obras de reforma de grande vulto em várias unidades, como adaptação de instalações para construção de alojamentos e de salas de instrução e a realização de troca de pisos e de telhado em alojamentos que se encontravam em uso", diz outro trecho da auditoria.

Os auditores também identificaram que a aprovação de parte das despesas informadas pelo Ministério da Defesa teve documentação comprobatória insuficiente.

A auditoria do TCU fiscalizou, ao todo, R$ 15.688.800,53 aplicados pelas Forças Armadas em ações de combate à Covid-19.

Ao analisar as conclusões da auditoria na última quarta-feira (29) , os ministros do TCU decidiram fazer recomendações e ciências ao governo.

15
Fev23

O general Etchegoyen e a covardia

Talis Andrade

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por Cristina Serra

- - -

Setores das Forças Armadas, certamente frustrados com o fracasso do atentado no domingo infame, encontraram um porta-voz para mandar recados em tom de ameaça ao presidente Lula. Trata-se do general da reserva Sérgio Etchegoyen, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do golpista Michel Temer.

Etchegoyen emergiu das sombras, onde atua com desenvoltura, e reapareceu num programa de entrevistas para afrontar Lula. Disse que o presidente praticou “ato de profunda covardia” ao manifestar a desconfiança de que militares tenham sido coniventes com a invasão e depredação do Palácio do Planalto.

As investigações mostram que Lula está coberto de razão em suas suspeitas. A estrutura militar da Presidência era um valhacouto de contaminação golpista que só agora começa a ser depurado.

Volto ao general tagarela. Em 2014, ainda militar da ativa, Etchegoyen também usou a palavra “covardia” para referir-se aos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Ele não gostou de ver os nomes dos generais Leo e Ciro Etchegoyen, respectivamente seu pai e seu tio, na lista de autores de graves violações de direitos humanos durante a ditadura.

O general tem um entendimento muito peculiar do que seja covardia. Difícil saber se por má fé ou por ignorância. Como se sabe, covardia é usar de violência e brutalidade contra alguém indefeso, dominado, mais fraco. Exatamente como fizeram agentes da ditadura com prisioneiros sob custódia do Estado. A ditadura perseguiu, torturou, estuprou, assassinou e desapareceu com os corpos de opositores. Mais de 200 não foram encontrados até hoje.

Covardia, senhor Etchegoyen, foi o que aconteceu na Casa da Morte, em Petrópolis. Covardia, senhor Etchegoyen, foi deixar faltar oxigênio nas enfermarias de Manaus e estimular a imunidade de rebanho durante a pandemia. Covardia é valer-se dos instrumentos da democracia para apregoar o golpe contra a República. Covardes!

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21
Jan23

General Etchegoyen é exemplo encarnado de uma força que ameaça a democracia

Talis Andrade
www.brasil247.com - General Sérgio Etchegoyen
General Sérgio Etchegoyen 

 

Família do general se envolve na política há quase um século e agiu contra a soberania popular em vários momentos

 

por Joaquim de Carvalho /Portal 247

O general Sérgio Westphalen Etchegoyen deu uma entrevista esta semana à rádio Gaúcha em que demonstrou desrespeito ao comandante supremo das forças armadas e, em razão disso, uma visão deturpada do papel das Forças Armadas em uma república.

Lula disse que perdeu a confiança em parte das Forças Armadas, depois dos atos terroristas de 8 de janeiro. E ele tem motivo para externar esse sentimento. 

Afinal, o Palácio do Planalto foi invadido e vandalizado por militantes de extrema direita que se encontravam acampados em área do Exército. A invasão ocorreu apesar de existir o Batalhão da Guarda Presidencial, desmobilizado antes dos atos terroristas e, durante estes, seu comandante, o coronel do Exército Paulo Jorge da Hora, foi gravado em vídeo sendo advertido por policiais militares, aparentemente porque tentava interferir em favor dos invasores. “Está doido, coronel?”, disse um oficial da PM, segurando-o pelos ombros.

À rádio Gaúcha, Etchegoyen disse: “Um presidente da República, comandante supremo das Forças Armadas, que vai à imprensa dizer que não confia nas suas Forças Armadas, sabe desde já que nenhum general vai convocar uma coletiva para responder à ofensa. Então, isso é um ato de profunda covardia, porque ele sabe que ninguém vai responder”.

Na cabeça de Etchegoyen, os militares estão em pé de igualdade com o comandante supremo das Forças Armadas, e não são subordinados. Sendo subordinado, nenhum integrante das Forças Armadas tem o direito de responder ao presidente da República, sob pena de incorrer em grave ato de indisciplina.

Sem obedecer aos princípios de hierarquia e indisciplina, uma Força Armada deixa de ser instituição de Estado, e passa a ser uma milícia ou gangue. 

A posição de Etchegoyen segue um padrão da família, segundo registros históricos. Seu avô, Alcides, era tenente do Exército em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, quando, ao lado do irmão, liderou motim para impedir a posse do presidente Washington Luiz.

Eles eram do movimento tenentista da época, do qual fazia parte também Luiz Carlos Prestes, na época já comandando a coluna que, pela definição de hoje, poderia ser considerada de caráter progressista.

Alcides e o irmão, no entanto, logo se revelaram com uma visão bem diferente da de Prestes, quando Alcides, no complexo governo de Getúlio Vargas, assumiu a chefia da polícia no Distrito Federal, então no Rio de Janeiro, em substituição a Felinto Muller.

Nos anos 50, ele já era oposição a Getúlio Vargas, e encabeçou a chapa “Cruzada Democrática” para o Clube Militar, e derrotou o general nacionalista Newton Estilac Leal. Em agosto de 1954, Alcides assinou o manifesto que exigia a renúncia de Getúlio Vargas, a quem havia servido, num ato que agravou a crise política e levou ao suicídio do então presidente.

Quando o general Alcides morreu, em 1956, dois filhos já estavam no Exército, Cyro e Leo, este pai de Sergio Etchegoyen. Em 1964, eles participaram do golpe contra Goulart. Leo seria nomeado, um ano depois, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, e o irmão, Cyro, assessoraria o general Milton Tavares, chefe do Centro de Informações do Exército, o poderoso CIE.

O jornalista Marcelo Godoy registrou em artigo no jornal O Estado de S. Paulo que Léo dizia, talvez justificando a tortura, que "quem enfrenta a guerra suja tem de usar métodos semelhantes ao do inimigo, sob a pena de ser derrotado”.

Em 1979, segundo Godoy, o pai de Sergio Etchegoyen elogiou o tenente-coronel Dalmo Lúcio Muniz Cyrillo, chefe do DOI-Codi em São Paulo, pela atuação dele na prisão coletiva de sindicalistas e líderes metalúrgicos do ABC paulista, entre estes Lula.

Durante o governo de Dilma Rousseff, Sergio Etchegoyen era chefe do Departamento Geral do Pessoal do Exército e atacou o relatório da Comissão Nacional da Verdade, que citava o pai dele como comandante de unidades onde ocorreram violações de direitos humanos.

Etchegoyen disse que o trabalho, criado por lei proposta pelo Executivo e aprovada no Congresso Nacional, era “leviano”. Não foi punido, porque o governo Dilma considerou que a manifestação dele se dava em caráter familiar. O general tentou retirar o nome do pai no relatório da Comissão Nacional da Verdade com ação na Justiça, mas perdeu.

É nessa época que generais, conspirando contra Dilma, se aproximaram de Jair Bolsonaro, para que ele representasse os militares nas eleições de 2018. Justamente Bolsonaro, que havia sido condenado em Conselho de Justificação do Exército, por mentir e ser indisciplinado, considerado sem vocação para a carreira militar, entre outros motivos pelo desejo de enriquecer rapidamente

Depois do golpe contra de Dilma, Etchegoyen assume o Gabinete de Segurança Institucional, a que está subordinada a Abin, e se destaca como homem forte de Michel Temer. Ao mesmo tempo em que a presença militar volta à rotina da vida civil no país, é mantido um acampamento em frente ao Comando Militar do Sudeste, que, em 2016, já pedia intervenção militar.

Antes disso, o ativista Jair Krischke participou de um projeto regional que pretendia instalar pedras memoriais em frente a estabelecimentos do Rio Grande do Sul onde, durante a ditadura, houve violação de direitos humanos, a exemplo do que existe na Alemanha (nazismo) e Argentina (ditadura militar).

Etchegoyen convidou Krischke para uma conversa, e os dois se falaram, durante horas. A certa altura, Etchegoyen perguntou a Krischke: “Você está querendo colocar pedras em frente a meus quartéis?”. Krischke respondeu: “Pensei que os quartéis fossem do Estado brasileiro”. A conversa terminou, e o projeto não foi adiante.

Na eleição de 2022, os militares foram derrotados juntamente com Bolsonaro. Sim, os militares estavam na disputa, direta e indiretamente. 

Com o resultado das urnas, o país tem agora a oportunidade de superar esse longo período em que generais como Etchgoyen se colocam em pé de igualdade com o presidente da República, detentor do mandato que reflete a soberania popular e lhe confere o lugar constitucional de comandante supremo das Forças Armadas.

 

21
Out22

Como a covid pode provocar mortes prematuras anos depois da infecção

Talis Andrade

Uma mulher em um hospital com a mão no peito

A doença cardiovascular em decorrência da covid pode se manifestar anos depois e levar à morte

 

 

  • Guillermo López Lluch /The Conversation /BBC News

 

Quem se lembra da demora de Jair Bolsonaro em comprar vacinas contra a covid, por negativismo, por acreditar em imunidade de rebanho, e por ludibriar o povo em geral com o kit cloroquina, o kit me engana que eu gosto?

Muita gente faturou com a pandemia, causou mortes que alimentaram a ganância de coronéis e políticos corruptos exterminadores. Estamos perto das 700 mil mortes, e o povo nas ruas das eleições, manda a tristeza embora na frevança  e dança, no "nóis sofre mas nóis goza", esquecidos dos defuntos e do luto.

O vira-casa que gritou "ele não", "fora genocida",  inclusive aprova a falta de empatia de Bolsonaro, que debochou da fome (33 milhões de brasileiros civis), da peste e da morte, e que agora aposta na guerra civil de um golpe militar.

 

Escreve Guillermo López Lluch:

No hemisfério norte, estamos nos aproximando dos meses de inverno — e sofrer com resfriados e doenças respiratórias ficará mais comum. Na verdade, dados da Oceania indicam que a onda de gripe pode ser especialmente agressiva em 2022-2023.

A isso devemos acrescentar que é mais provável que venha junto com outra onda de covid-19 com as variantes atuais, mais eficientes. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou para que medidas sejam tomadas na Europa e que os cuidados primários sejam reforçados. Vamos precisar deles.

Além dos sintomas respiratórios habituais (que podem variar de um resfriado a uma pneumonia fatal), vale ficar atento a outro fato preocupante: o SARS-CoV-2 (causador da covid-19) e outros vírus respiratórios podem desencadear sintomas cardiovasculares.

Na verdade, o conhecimento que temos das sequelas de outras pandemias indica que esses sintomas podem afetar a expectativa de vida, causando mortes prematuras meses a anos depois.

 

Lições de pandemias passadas

 

Após a gripe de 1918, a literatura científica da época descreveu casos raros de nevoeiro mental e fadiga crônica, dois dos sintomas associados à covid-19 hoje. Mas além dos sintomas habituais da gripe, a de 1918 deixou uma sequela muito preocupante com efeitos retardados: uma onda de infartos que abalou o mundo entre 1940 e 1959.

Essa onda foi estranha, aparentemente inexplicável, mas hoje já sabemos que estava associada à pandemia de gripe anterior. O vírus havia deixado uma bomba-relógio em alguns sobreviventes.

Essa onda de doenças cardiovasculares afetou especialmente os homens, assim como a própria pandemia de gripe e agora a de covid-19. Como possível explicação, foi proposto que a resposta imune incomum em homens entre 20 e 40 anos em 1918 poderia ter condicionado os sobreviventes a sofrer maior mortalidade na vida adulta.

Mas, além disso, a exposição pré-natal ao vírus da gripe de 1918 foi associada a uma maior chance de sofrer de doenças cardiovasculares a partir dos 60 anos.

Estudos posteriores mostraram que a infecção pelo vírus da gripe aumenta o desenvolvimento de placas ateroscleróticas e, portanto, a possibilidade de sofrer infartos. Danos ao endotélio vascular aceleram a formação de placas e, portanto, o risco de ataques cardíacos.

 

Infecção por SARS-CoV-2 e doença cardiovascular

 

Após os primeiros meses da pandemia, começaram a ser coletados dados que indicavam um aumento dos danos cardiovasculares após a infecção pelo SARS-CoV-2. As complicações mais frequentes eram insuficiência cardíaca, lesão do miocárdio, arritmias e síndrome coronariana aguda.

Para explicar esses sintomas, duas possibilidades são consideradas e ambas são baseadas em evidências consistentes:

1. Uma resposta imune desequilibrada à infecção viral causa um processo inflamatório que leva a danos vasculares. A inflamação, cujo expoente máximo é a tempestade de citocinas, causaria vasculite, ou inflamação vascular. Assim, em pessoas que já apresentam um princípio de doenças cardiovasculares, essa inflamação aceleraria o processo.

2. O SARS-CoV-2 entra nas células usando a proteína ACE2, bastante presente nas células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos. Essa proteína é essencial para o funcionamento do sistema cardiovascular, regulando a pressão arterial, o controle de eletrólitos, a reparação de vasos e a inflamação.

 

Aumento de abortos em mulheres que sofrem de covid-19

 

Como o SARS-Cov-2 afeta o endotélio, é muito possível que cause danos irreparáveis ​​a tecidos altamente vascularizados, incluindo a placenta.

Isso explica o aumento de abortos em mulheres que tiveram covid-19. Na verdade, os perfis de danos vasculares em gestantes com covid-19 são semelhantes aos encontrados em casos de pré-eclâmpsia, desequilíbrio da pressão arterial que causa danos vasculares e abortos.

Além disso, outros estudos mostraram que em gestações precoces o vírus pode causar danos aos órgãos do feto associados a um processo inflamatório generalizado.

 

Vacinas e miocardite? Não há evidências

 

O efeito da proteína S no endotélio foi relacionado a um possível dano vascular causado ​​pelas vacinas baseadas em mRNA. Nessas vacinas, o mRNA que contêm gera essa proteína nos tecidos para que o sistema imunológico a reconheça e se ative contra ela. Mas esse dano não pôde ser demonstrado.

Embora sejam feitas tentativas de alarmar sobre a miocardite associada à vacina, os dados científicos não respaldam esse medo. Uma publicação recente na revista científica JAMA mostrou que de cerca de 192,5 milhões de vacinados nos EUA, apenas 8,4 por milhão de pessoas apresentaram sintomas de miocardite, das quais apenas 92 necessitaram de tratamentos mais específicos do que os anti-inflamatórios habituais — e nenhuma delas morreu.

Não há motivo para tanto alarmismo. Os sintomas de miocardite relatados alguns dias após a vacinação são leves e provavelmente indicam uma resposta inflamatória um pouco mais agressiva nesses indivíduos, mas não um dano direto da proteína S.

Na verdade, os níveis de proteína S no sangue após a vacinação são muito baixos e seu efeito no endotélio é transitório, desaparecendo em poucos dias.

 

Prevenção de danos vasculares, mais um motivo para se vacinar

 

Com todos os dados acumulados até o momento e os precedentes de pandemias anteriores, podemos concluir que a covid-19, assim como outras infecções respiratórias agudas, pode agravar doenças cardiovasculares e reduzir a expectativa de vida, seja acelerando danos vasculares ou gerando novos danos. Esse dano pode acabar levando à morte até mesmo meses ou anos após a infecção.

Felizmente, a vacinação tem se mostrado eficaz contra esses efeitos e também contra a covid-19. A lógica é simples: se o vírus não consegue chegar ao sangue, não pode afetar o sistema cardiovascular.

Mais um motivo para não deixarmos o coronavírus nos infectar sem estarmos preparados. A vacinação salva vidas, até mesmo anos depois.

*Guillermo López Lluch é professor da área de biologia celular. Pesquisador associado do Centro Andaluz de Biologia do Desenvolvimento. Pesquisador de metabolismo, envelhecimento e sistemas imunológico e antioxidante da Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha, na Espanha.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em espanhol).

15
Out22

FORA GENOCIDA (vídeos, fotos, charges)

Talis Andrade

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Com aumento das mortes, Manaus enterra vítimas da covid-19 em | GeralRisco de morrer de covid-19 no Brasil foi mais de 3 vezes maior que no  resto do mundo em 2020, calcula economista - BBC News Brasil

 

 

1. DESCASO COM AS MORTES


 

    1. “Não sou coveiro, tá?”, diz Bolsonaro ao responder sobre mortos por coronavírus (G1, abril de 2020)
    2. Bolsonaro diz que jornalista 'bundão' tem chance menor de sobreviver à Covid. Presidente deu a declaração durante o encontro 'Brasil vencendo a Covid-19', no Palácio do Planalto. Um mês antes Rodrigo Rodrigues, jornalista, havia morrido de Covid. (G1, agosto de 2020)
    3. 251 mil mortes por covid: relembre as falas de Bolsonaro sobre a pandemia (Poder360, março de 2021)
    4. CPI da Covid atribui 600 mil mortos a “descaso” do governo Bolsonaro (Uol, outubro de 2021)
    5. Bolsonaro ironiza morte de crianças para Covid-19: ‘É um número insignificante’ (VEJA, janeiro de 2022)
    6. “Todo mundo vai morrer um dia, não adianta fugir disso. Tem que deixar de ser um país de maricas”. Sete vezes em que Bolsonaro foi insensível ao comentar mortes por Covid-19 (Veja, janeiro de 2022)

Após desdenhar mortes por COVID, Bolsonaro minimiza fome dos Brasileiros (Estado de Minas, maio de 2022)

Há três meses:

Há um mês:


 

 


2. CAMPANHA CONTRA VACINAS

 

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    1. Bolsonaro diz que Brasil “não será cobaia” da vacina chinesa (Poder 360, outubro de 2020)
    2. Toda e qualquer vacina está descartada, diz Bolsonaro (UOL, outubro de 2020)
    3. "Virar jacaré"; "Ô imbecil, eu já tive o vírus, para que tomar vacina?"; "O que é pior, mexer no sistema imunológico das pessoas". Durante evento na Bahia, presidente reitera que não se vacinará contra a covid-19 e desdenha das pessoas que dizem que ele está dando mau exemplo (Correio Braziliense, dezembro de 2020)
    4. “A pressa da vacina não se justifica”, diz Jair Bolsonaro. Presidente afirmou que pandemia “está chegando ao fim” e que um “pequeno repique pode acontecer” (Poder 360, dezembro de 2020)
    5. “Eu tive a melhor vacina: o vírus”, diz Bolsonaro em Santa Catarina. Fala contraria especialistas em saúde (Poder 360, dezembro de 2020)
    6. “Pelo que sei, menos da metade da população vai tomar vacina”, diz Bolsonaro (Poder 360, janeiro de 2021)
    7. Bolsonaro ataca CoronaVac e mente sobre não ter comprovação científica (UOL, junho de 2021)
    8. Bolsonaro: “Não tomei vacina e, quem quiser, siga o meu exemplo” (Metrópoles, outubro de 2021)
    9. Bolsonaro faz associação absurda e falsa entre Aids e vacina de Covid, dizem especialistas. Fala em transmissão ao vivo pode comprometer plano de imunização, preocupam-se cientistas (Folha, outubro de 2021)
    10. Bolsonaristas distorcem notícia para tentar justificar mentira do presidente sobre vacinas e HIV. Bolsonaristas alegavam que presidente lia matéria da revista 'Exame'. Texto lido por Bolsonaro é de site de teorias da conspiração; revista 'Exame' publicou reportagem em outubro de 2020 que não sustenta a tese infundada de que vacinas causariam Aids (Estadão, outubro de 2021)
    11. Brasil vai na contramão de outros países, desacredita a vacina e trata a Covid-19 com descaso (Jovem Pan, novembro de 2021)
    12. Bolsonaro quer divulgar nomes de técnicos da Anvisa que aprovaram uso da vacina da Pfizer em crianças (Gaúcha ZH, dezembro de 2021)
    13. Ministro da Saúde defende divulgar nomes de técnicos da Anvisa; servidores têm sofrido ameaças (Gaúcha ZH, dezembro de 2021)
    14. Servidores da Anvisa receberam mais de 150 ameaças por email (Congresso em Foco, dezembro de 2021)
    15. Bolsonaro ataca vacinação infantil contra Covid e espalha desinformação sobre mortes de crianças. Anvisa aprovou vacinação. Bolsonaro minimizou número de mortes de crianças por Covid, dizendo que é quase zero; Saúde contabiliza 308 mortes de crianças entre 5 e 11 anos (G1, janeiro de 2022)
    16. Bolsonaro critica vacinação infantil e ataca Anvisa: 'Dona da verdade'. O presidente aproveitou a live para desestimular a imunização de crianças contra COVID-19 (VEJA, janeiro de 2022)
    17. Bolsonaro se isolou como o maior líder antivacina do mundo (The Intercept Brasil, janeiro de 2022)
    18. Servidores da Anvisa receberam 458 ameaças por aval a vacina infantil contra Covid. Aumento de ataques à agência coincidem com falas de Bolsonaro (Folha, fevereiro de 2022)
    19. Datafolha: eleitores de Bolsonaro se vacinaram menos contra Covid (Metrópoles, maio de 2022)
    20. Saúde contrata empresa sem experiência em vacinas do SUS para entregar doses de crianças. Com dispensa de licitação (Folha, janeiro de 2022)
    21. Atraso na vacinação contra covid-19 no Rio custou a vida de 31 mil pessoas, segundo estudo (Valor, junho de 2022)

Bolsonaro critica vacina contra Covid e minimiza racismo no Brasil em TV americana (Folha de São Paulo, junho de 2022)

 

BOICOTE À VACINA DA PFIZER

 

    1. Imunização no Reino Unido: Mulher de 90 anos é 1ª vacinada contra Covid-19, com vacina da Pfizer (CNN, dezembro de 2021)
    2. Governo reconhece oferta da Pfizer por vacinas, mas diz que acordo causaria 'frustração' a brasileiros. Saúde alega que quantidade no primeiro trimestre, de 2 milhões de doses, seria pequena, apesar de valor ser igual ao total importado pela Fiocruz (Folha, janeiro de 2021)
    3. Governo rejeitou 70 milhões de doses da Pfizer, das quais 3 milhões poderiam já ter sido aplicadas (Folha, março de 2021)
    4. Governo finalmente anuncia que assinou compra de doses das vacinas da Pfizer e Janssen (CNN, março de 2021)
    5. Vacina da Pfizer: Brasil recebe 1º lote do imunizante com 4 meses de atraso (BBC, abril de 2021)
    6. Diretor da Pfizer escancara atraso letal do Governo Bolsonaro na compra de vacinas (El País, maio de 2021)
    7. E-mails mostram que governo federal ignorou dez ofertas da Pfizer sobre vacinas em um mês (O Globo, maio de 2021)
    8. 53 e-mails da Pfizer ao governo Bolsonaro ficaram sem resposta (Estadão, junho de 2021)
    9. Pfizer foi ignorada pelo governo federal pelo menos 81 vezes (Cultura, junho de 2021)
    10. Bolsonaro quer divulgar nomes de técnicos da Anvisa que aprovaram uso da vacina da Pfizer em crianças (Gaúcha ZH, dezembro de 2021)

 

BOICOTE À CORONAVAC

    1. Bolsonaro desautoriza Pazuello e suspende compra da vacina CoronaVac. Decisão foi tomada um dia após o Ministério da Saúde anunciar que estava negociando a compra de 46 milhões de doses da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan, de São Paulo (Jornal Nacional, outubro de 2020)
    2. 'Já mandei cancelar', diz Bolsonaro sobre protocolo de intenções de vacina do Instituto Butantan em parceria com farmacêutica chinesa (G1, outubro de 2020)
    3. Toda e qualquer vacina está descartada, diz Bolsonaro (UOL, outubro de 2020)

 

O CONSÓRCIO COVAX

    1. Documentos mostram que Brasil reduziu à metade as doses de vacinas por meio da Covax Facility (G1, maio de 2021)
    2. Documentos indicam que Brasil desistiu de mais de 40 milhões de doses do Covax (CNN, junho de 2021)
    3. Em vídeo, assessora da Casa Civil implica diretamente Bolsonaro em atraso na compra de vacinas da OMS. A três dias do prazo para a compra de vacinas, Bolsonaro ainda não tinha tomado uma decisão sobre a compra das vacinas do consórcio Covax (Crusoé, julho de 2021)





3. PROMOÇÃO DE MEDICAMENTOS INEFICAZES


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    1. “Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda, Tubaína”, diz Bolsonaro (Uol, maio de 2020)
    2. Bolsonaro exibe caixa de cloroquina para emas no Palácio da Alvorada (UOL, julho de 2020)
    3. Bolsonaro ergue caixa de cloroquina para saudar população em Bagé (RS) (Veja, julho de 2020)
    4. “Tratamento precoce”: governo Bolsonaro gasta quase R$ 90 milhões em remédio ineficazes, mas ainda não pagou Butantan por vacinas (BBC, janeiro de 2021)
    5. Bolsonaro defende nebulização da hidroxicloroquina para tratar Covid (Metrópoles, março de 2021)
    6. Bolsonaro mente de novo sobre remédio ineficaz e manda ministros gravarem vídeos pró-cloroquina (Folha, maio de 2021)
    7. Bolsonaro completa 410 dias de propaganda de remédio ineficaz contra a Covid (G1, maio de 2021)
    8. A história de Bolsonaro com a hidroxicloroquina em 6 pontos: de tuítes de Trump à CPI da Covid (BBC, maio de 2021)
    9. Durante entrega de casas, Bolsonaro defende uso de hidroxicloroquina (Agência Brasil, junho de 2021)
    10. Live de Bolsonaro cai após presidente defender remédio sem eficácia contra Covid (Cultura, setembro de 2021)
    11. Na ONU, Bolsonaro defende ineficaz “tratamento precoce” (DW, setembro de 2021)
    12. Bolsonaro volta a defender ivermectina e hidroxicloroquina e ataca cartão vacinal (Congresso em Foco, dezembro de 2021)
    13. Bolsonaro volta a defender remédio rejeitado pela Anvisa para Covid-19 (Congresso em Foco, janeiro de 2022)
    14. Secretário pró-cloroquina rejeita recurso contra indicação de kit Covid no SUS (Folha de S. Paulo, fevereiro de 2022)
    15. Em TV americana, Bolsonaro defende medicamento ineficaz contra covid e questiona eficácia da vacinação (O Globo, junho de 2022)
    16. Bolsonaro diz que ameaçou médico militar para receitar remédio para Covid. “Traz o remédio ou te transfiro para a fronteira agora, democraticamente”, relatou presidente em entrevista a um canal do Youtube (Veja, junho de 2022)
    17. Bolsonaro volta a defender remédios ineficazes após PGR pedir arquivamento de investigações da CPI da Covid (Yahoo, julho de 2022)





4. MINIMIZAÇÃO DA GRAVIDADE DA PANDEMIA

 

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    1. Bolsonaro volta a falar em 'histeria' e diz que ações de governadores sobre isolamento prejudicam a economia (G1, março de 2020)
    2. Governo Bolsonaro impõe apagão de dados sobre a covid-19 no Brasil em meio à disparada das mortes (El País, junho de 2020)
    3. “E daí?”: Relembre frases de Bolsonaro sobre a covid-19 (BBC, julho de 2020)
    4. "Pressa para a vacina não se justifica", diz Bolsonaro sobre imunizante contra a Covid-19. Segundo presidente, pandemia está chegando ao fim, apesar do aumento no número de casos e mortes. Um mês depois, ocorreu o colapso em Manaus. (Folha, dezembro de 2020)
    5. ‘Vamos todos Morrer um dia”: 251 mil mortes por covid: Relembre as falas de Bolsonaro sobre a pandemia (Poder 360, fevereiro de 2021)
    6. Bolsonaro em dezembro: 'Pandemia está no finalzinho'. Três meses depois da declaração do presidente, Brasil tem disparada no número de óbitos e registra quase três mil mortes em um só dia. Agora, são 280 mil óbitos (Estado de Minas, março de 2021)
    7. “Gripezinha”: Relembre o que Bolsonaro já disse sobre a pandemia, de gripezinha e país de marisco à frescura e mimimi. (Folha de São Paulo, março de 2021)
    8. “Não precisa entrar em pânico”: Vírus Verbal: frases de Bolsonaro sobre a pandemia (DW, março de 2021) 
    9. Planalto omitiu morte de auxiliar direto de Bolsonaro por Covid-19. O servidor Silvio Kammers foi a primeira vítima fatal da doença entre os funcionários do entorno do presidente, que tem negado casos graves no Planalto (O Globo, março de 2021)
    10. Bolsonaro diz que TCU questiona 50% das mortes por covid em 2020 (Poder 360, junho de 2021)
    11. TCU contraria Bolsonaro e nega questionar 50% das mortes por covid (Poder 360, junho de 2021)
    12. CGU vai investigar ‘supernotificações’ de mortes por Covid-19, diz Bolsonaro. Após admitir erro sobre relatório do TCU, presidente afirma que estados teriam inflado números de óbitos na pandemia (CNN, junho de 2021)
    13. Como Bolsonaro usou o TCU para justificar seu negacionismo (Nexo Jornal, junho de 2021)
    14. CPI da Covid quer apurar distorção de dados da pandemia em publicações da Secom (Jornal Extra, julho de 2021)
    15. “Vírus Vacinal” e expectativa de “imunização de rebanho”: Bolsonaro minimiza ômicron e sugere que variante é 'bem-vinda' (Folha de São Paulo, janeiro de 2022)
    16. “Brasileiro pula em esgoto e não acontece nada”: 2 anos de covid: Relembre 30 frases de Bolsonaro sobre pandemia (Poder 360, fevereiro de 2022)



5. BOICOTE DO COMBATE AO VÍRUS

 

 

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    1. Governo lança campanha ‘Brasil Não Pode Parar’ contra medidas de isolamento. Publicação no perfil oficial do governo federal no Instagram defende que quarentena deve se restringir apenas aos idosos (CNN, março de 2020)
    2. Pediu o fim do Isolamento Social: Pronunciamento de Bolsonaro sobre isolamento social causa polêmica na Câmara (Agência Câmara, março de 2020)
    3. Deputada bolsonarista Carla Zambelli diz em entrevista que caixões estavam sendo enterrados vazios no Ceará (VEJA, maio de 2020)
    4. Bolsonaro diz que 'fique em casa' é para os 'fracos': 'Conversinha mole' (UOL, setembro de 2020)
    5. Bolsonaro usa enquete alemã distorcida para criticar uso de máscaras. Presidente citou 'estudo de universidade alemã' para desestimular uso de acessório. 'Estudo', na realidade, é uma mera enquete online com pouco rigor e que contou com participação desproporcional de céticos da pandemia (G1, fevereiro de 2021)
    6. Bolsonaro avalia decreto contra isolamento e rejeita contestação judicial (CNN, maio de 2021)
    7. CPI da Pandemia: Relatório acusa governo federal de atraso na compra de vacinas e de negociações ilícitas no caso Covaxin (Agência Senado, outubro de 2021)
    8. Bolsonaro sugere que usar máscara sem lavar pode causar pneumonia e matar (Poder 360, outubro 2021)
    9. Bolsonaro usa alagamento de cidades na Bahia para atacar lockdown contra Covid (Estado de Minas, dezembro de 2021)
    10. 'Aqui, é proibido máscara', diz Bolsonaro a forrozeiros no Planalto (Valor, dezembro de 2021) 
    11. Governo Bolsonaro deixa país sem informações sobre a covid-19 (Brasil de Fato, janeiro de 2022)
    12. Bolsonaro diz que conscientizou Brasil contra isolamento social (Poder 360, fevereiro de 2022)
    13. CGU aponta perda de 1,1 milhão de testes de Covid pelo Ministério da Saúde (Folha de S. Paulo, junho de 2022)




6. IMUNIDADE DE REBANHO: O ESTÍMULO AO CONTÁGIO

Um país sob medida para o populismo', diz leitor sobre política brasileira  - 13/06/2021 - Painel do Leitor - Folha

bolsonaro autocondecorado cientista curandeiro cha


 

    1. Bolsonaro diz que contaminação é mais eficaz que vacina contra Covid; especialistas contestam (G1, junho de 2021)
    2. Ao buscar 'imunidade de rebanho', governo trata população como animais, diz Maierovitch na CPI (Agência Senado, junho de 2021)
    3. Bolsonaro diz que contaminação é “até mais eficaz” que vacina contra covid (Poder 360, junho de 2021)
    4. Governo sabia desde julho que a imunidade de rebanho é ineficaz, dizem documentos (Poder 360, agosto de 2021)
    5. Líder do governo defendeu ‘imunidade de rebanho’ que levaria à morte 1,5 milhão por Covid (Carta Campinas, agosto de 2021)
    6. Bolsonaro diz que imunidade de rebanho está salvando Brasil da Covid (Istoé Dinheiro, janeiro de 2022)
    7. Bolsonaro ignora vacina e faz afirmação sem fundamento sobre imunidade de rebanho (Yahoo, janeiro de 2022)
    8. Bolsonaro ignora vacina e apagão de dados ao defender imunidade de rebanho (UOL, janeiro de 2022)

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