Móveis e janelas danificados no Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bolsonaristas golpistas depredaram prédios do Congresso, Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), o que levou o presidente Lula a intervir na segurança local
A direção nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota na qual conclamou que é “hora de encerar de uma vez por todas os intentos contra o Estado Democrático de Direito no país”. A entidade considerou inaceitável a invasão dos prédios públicos e os ataques desferidos contra os Três Poderes realizados neste domingo (8).
Bolsonaristas golpistas depredaram prédios do Congresso, Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), o que levou o presidente Lula a intervir na segurança local.
Por conta da situação, o ministro do STF Alexandre de Moraes afastou Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do Distrito Federal.
“Além da depredação física, os ataques têm como objetivo o enfraquecimento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e da Constituição Federal, que são os pilares do mais longevo período democrático da história brasileira”, diz a nota da entidade.
A OAB também cobrou ação das forças de segurança de acordo com as disposições legais.“Somente assim será possível buscar a pacificação necessária ao Brasil. Para isso, é preciso que os artífices dos levantes golpistas sejam identificados e punidos, sempre tendo acesso ao devido processo, à ampla defesa e ao contraditório”, prosseguiu.
A Ordem lembrou ainda que as liberdades de expressão e manifestação, protegidas pela Constituição Federal, não incluem permissão para ações violentas nem para atentados contra o Estado Democrático de Direito.
“A Ordem acompanhará os desdobramentos do episódio e está pronta para atuar, de acordo com suas incumbências legais e constitucionais, em defesa das instituições republicanas e das prerrogativas de advogadas e advogados que trabalharem nos casos decorrentes dos eventos deste domingo, usando para isso, inclusive, ações judiciais”, finalizou.
O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado cita o "vandalismo ocorrido no Distrito Federal" e "inúmeros prejuízos ao erário federal" para justificar o pedido
A idosa que Bia Kicis deu como morta em discurso
na Câmara dos Deputados
PF entra na mansão de Anderson Torres p/ apreender computadores, docs e outras provas
EriBarros
@EriBarros
O Brasil precisa ser passado a limpo, não é possível e nem há o que dialogar com fascistas, apoiadores e incentivadores do terrorismo. São criminosos e com tais devem sem tratados, não importa se tiveram milhões de votos.
MAIS UM CRIMINOSO FASCISTA! AGORA EM CASCA/RS! Na manhã desta quarta-feira (23/11) a advogada Janaíra Ramos foi violentamente agredida pelo líder fascista daquele município, arquiteto Rodrigo Tondelo, que vinha ameaçando-a de morte após repercussão nacional das...
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...denúncias dela mostrando as práticas nazistas de perseguição aos eleitores de Lula após sua vitória. Ele foi ao escritório dela fazendo ameaças de morte, e após agressões verbais passou a agredi-la fisicamente, continuando as agressões na rua, para onde ela... (+)
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... conseguiu fugir, assim como xingamentos e ofensas. Segundo relato no Boletim da Ocorrência, ele a chamava de “vagabunda e vadia” e dizia “que petista tem que morrer”. A escalada da extrema direita precisa ser contida com a criminalização de todos os atos de violência... (+)
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...política que estão praticando desde a derrota de seu candidato. Prestamos nossa solidariedade a ela por mais essa agressão covarde! Executiva do PT de Passo Fundo.
A Executiva do PT de Passo Fundo (RS) criticou a "escalada da extrema direita"
247 - A advogada Janaíra Ramos foi agredida na manhã desta quarta-feira (23) pelo arquiteto bolsonarista Rodrigo Tondelo.
De acordo com a Executiva do PT de Passo Fundo (RS), ele foi ao "escritório dela fazendo ameaças de morte, e após agressões verbais passou a agredi-la fisicamente, continuando as agressões na rua".
"A escalada da extrema direita precisa ser contida com a criminalização de todos os atos de violência".
Manifesto minha total solidariedade à advogada Janaíra Ramos, de Casca (RS), covarde e violentamente agredida pelo bolsonarista Rodrigo Tondelo. Nenhuma divergência política justifica qualquer tipo de violência, motivo pelo qual ele deverá responder à justiça pelos seus atos.
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Janaíra é lutadora exemplar pela democracia, muito corajosa, pois mesmo em ambiente hostil tem denunciado a perseguição aos eleitores de Lula em seu município, onde os comércios começaram a ser marcados pelos fascistas. Não ficarão impunes. Basta de violência política! Covardes!
Em conversas com jornalistas, nesta quarta-feira, 9, o presidente eleito Lula da Silva (PT) cobrou rigor na investigação sobre o financiamento dos atos golpistas nas rodovias do País, promovidos por bolsonaristas para contestar o resultado das eleições.
“Essas pessoas que estão protestando, sinceramente, não têm por que protestar. Deviam dar graças a Deus pela diferença ter sido menor que aquilo que nós merecíamos ter de votos”, lamentou o presidente eleito.
E eu acho que é preciso detectar quem é que está financiando esses protestos que não têm pé nem cabeça.”
Esses golpitas, que estão financiando os atos golpistas de Jair Bolsonaro, precisam ser investigados sim, e julgados os atos de terrorismo contra a democracia, a liberdade, a fraternidade. São criminosos devedores dos bancos oficiais e impostos. Trabalham contra a segurança nacional, defedem o separatismo, a divisão do Brasil, o golpe, a guerra civil. São inimigoa do povo.
Informou o 247, Lula, presidente eleito em dois turnos, também minimizou a probabilidade de o relatório de auditoria das urnas feito pelo Exército dar margem às narrativas golpistas do candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL). Já existem os relatórios favoráveis do TSE, TCU, OAB e organizações internacionais.
“Não existe possibilidade… Ninguém vai acreditar em um discurso golpista de alguém que perdeu as eleições. Eu perdi três eleições. Cada vez que eu perdia, eu ia pra casa. Lamentar, ficava triste”, afirmou. “Cabe a um presidente reconhecer a sua derrota, cabe a ele fazer uma reflexão e se preparar para daqui a uns anos outra vez. É assim que é o jogo democrático.”
Lula diz que usará camisa verde e amarela com número 13 na Copa do Mundo | Política | G1
A Copa do Mundo começa daqui a pouco, e a gente não tem que tem ter vergonha de vestir a nossa camisa verde e amarela. O verde e amarelo não é de candidato, não é de partido. O verde e amarelo são as cores para 213 milhões de habitantes que amam este país. Portanto, vocês vão me ver com a camisa verde amarela, só que a minha vai ter o número 13", afirmou Lula.
ConJur - Nesta quinta-feira (11/8), foi lida no Largo São Francisco a "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito". O documento, assinado por mais de 950 mil pessoas, manifesta-se a favor do sistema eleitoral, das urnas eletrônicas e de outros pilares da democracia brasileira. Também foi lida uma carta elaborada pela Fiesp.
Entre os subscritores da carta, estão advogados, artistas, banqueiros, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal e atuais candidatos à Presidência. Estavam presentes no evento representantes de grupos como Frente Povo Sem Medo, Jornalistas Livres, Central Única dos Trabalhadores e OAB-SP.
O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias ficou responsável pela leitura da carta elaborada pela Fiesp, também em apoio à Justiça. Já a "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito" foi lida por Eunice de Jesus Prudente e Maria Paula Dallari Bucci, professoras da Faculdade de Direito da USP; e pelo jurista Flavio Flores da Cunha Bierrenbach, ex-ministro do Superior Tribunal Militar.
Há 45 anos, o professor Goffredo da Silva Telles Júnior lia, sob os mesmos arcos do Largo São Francisco, a hoje conhecida "Carta aos Brasileiros", em que se expressava o desejo de uma democracia forte e imponente em meio à ditadura militar. A data é lembrada como um marco da luta pelo retorno ao Estado democrático de Direito em um sombrio período da história brasileira. Alguns dos nomes que estavam presentes na leitura da carta em 1977 participaram do evento desta quinta-feira.
No ato de hoje (11/8), entre muitos outros, a multidão escutou o discurso de Letícia Siqueira das Chagas, primeira mulher negra presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP. Em sua fala, Letícia exaltou sobretudo os alunos cotistas e explorou outras relevantes questões sociais. Fábio Gaspar, presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo, também discursou, destacando a luta de sua entidade contra o racismo e pela democracia.
Com falas de "ditadura nunca mais", a atual presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, Manuela Morais, relembrou aquelas que ela caracterizou como pessoas esquecidas pelo Estado brasileiro, a exemplo de Chico Mendes.
Mesmo com a chuva, Largo São Francisco atraiu pessoas para a leitura da carta
Protestantes e manifestantes aproveitaram a situação para expor suas críticas
A OAB distribuiu balões para a multidão
A Frente Povo Sem Medo estava presente no evento
Pessoas reunidas na Faculdade de Direito da USP se manifestaram a favor do Estado de Direito
A importância das urnas eletrônicas foi bastante destacada
Multidão se aglomera em frente à Faculdade de Direito no Largo São Francisco
Assista à leitura da carta na Faculdade de Direito da USP
A procuradora-geral do município deRegistro, no interior de São Paulo, foi agredida por um colega dentro da própria prefeitura, onde trabalham, e ficou com o rosto ensanguentado.
O caso aconteceu na tarde de segunda-feira (20), por volta das 16h50. Og1apurou que a agressão teria sido motivada pela abertura de um processo administrativo contra o homem por conta de sua postura no ambiente de trabalho. Um Boletim de Ocorrência sobre o caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP) do município.
Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, estava trabalhando quando foi surpreendida pelo ataque do procurador. Segundo consta no BO, ele a agrediu primeiro com uma cotovelada na cabeça e continuou com socos no rosto.
A procuradora geral do município deRegistro, no interior de São Paulo, foi agredida por um colega de trabalho, - também procurador -, nesta segunda-feira, 20. Um vídeo obtido peloTerramostra o momento em que Gabriela Samadello, de 39 anos, sofre agressões e xingamentos por parte do profissional Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos. A ocorrência é acompanhando pelaPolíciaCivil.
O caso ocorreu na Rua José Antônio de Campos, no Centro, em uma repartição pública da Prefeitura de Registro, por volta das 16h50 desta segunda. Conforme registrado no boletim de ocorrência, a vítima compareceu à delegacia com sangramento e ferimentos no rosto, relatando que foi ofendida e agredida com socos e chutes pelo procurador.
Processo disciplinar
A procuradora relatou à polícia que o colega Demetrius Macedo apresentava comportamento suspeito e que já havia sido grosseiro com outra funcionária do setor. Ela disse que cobrou providências, pois estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente com ele. A procuradora informou ter enviado um memorando à Secretaria Administrativa com uma proposta de procedimento administrativo.
Na segunda-feira (20), foi publicado em Diário Oficial a criação de uma comissão para apurar os fatos. Provavelmente, segundo ela, foi isso que desencadeou as agressões.
Agora, a procuradora quer que Macedo seja processado em decorrência das agressões e ofensas contra ela.
À polícia, a procuradora contou que trabalha no mesmo local que o agressor e que estava em sua sala de trabalho, próxima a outra funcionária, a qual havia comentado que havia procurado por Demétrius e que ele aparentava não estar bem.
Segundo a procuradora, em seguida, Demétrius saiu da sala dele, foi em direção a ela e desferiu uma cotovelada que acertou sua cabeça, sendo arremessada contra a parede. Após isso, ela afirma que ele continuou a espancá-la com socos e chutes.
A vítima contou que caiu no chão em meio às agressões, mas, ainda assim, o colega continuou batendo nela. A outra funcionária tentou contê-lo, mas ele também a empurrou em direção à porta.
Ainda segundo Gabriela relatou à polícia, ela continuou a ser agredida e xingada pelo procurador, apesar de mais funcionárias tentarem contê-lo. Após levar diversos socos e chutes, a vítima caiu no interior da sala de outra profissional, que no intuito de protegê-la fechou e trancou a porta. Foi nesse momento que, conforme conta, outros dois colegas de traballho conseguiram conter o agressor.
A vítima foi socorrida ao pronto-socorro e o caso registrado como lesão corporal pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Registro. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informa que a equipe da unidade já ouviu a vítima e o agressor e aguarda o resultado dos exames periciais para análises e elucidação dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia ao trabalho policial.
Em nota, a Prefeitura deRegistromanifestou "o mais absoluto e profundo repudio aos brutais atos de violênciarealizados pelo procurador municipal contra a servidora municipal mulher que exerce a função de procuradora-geral do município".
"A administração municipal está tomando as providências necessárias e já determinou, de imediato, que o agressor seja suspenso, nos termos do art. 179, c/c inc. III do art. 180, ambos da Lei Complementar nº 034/2008 – Estatuto dos Servidores Públicos do Município deRegistro, com prejuízo de seus vencimentos, a partir de 21 de junho".
O Executivo continuou: "reafirmamos nosso compromisso com a prevenção e enfrentamento a todas as formas de violência, principalmente aquelas que vitimizam mulheres.
Os servidores da Procuradoria-Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico". Veja vídeo:
A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Registro vem a público manifestar total solidariedade à Drª Gabriela Samadello Monteiro de Barros, servidora pública municipal, procuradora do município, pela agressão sofrida na data de ontem, 20 de junho, nas dependências da Prefeitura Municipal de Registro praticada pelo também procurador municipal Demétrius Oliveira de Macedo.
Total repúdio contra este homem que, de forma covarde e brutal, agrediu violentamente a mulher advogada no seu ambiente de trabalho.
Inadmissível e revoltante.
O agressor precisa ser responsabilizado judicialmente, além de afastado imediatamente do serviço público e, ao cabo do processo administrativo, exonerado do cargo.
Cobramos justiça para que a igualdade e liberdade permeiem a vida das mulheres em sua plenitude!
Violência contra as mulheres, de todas as classes sociais, é um crime derivado do modelo de sociedade machista e patriarcal vigente. O machismo marca uma realidade onde os crimes de ódio e a banalização da violência têm sido uma triste marca.
O Tribunal Superior Eleitoral elegeu na noite desta terça-feira (14/6) o ministro Alexandre de Moraes para suceder o ministro Luiz Edson Fachin na presidência. O ministro Ricardo Lewandowski será o vice. A dupla tomará posse em 16 de agosto e vai comandar a Justiça Eleitoral nas eleições deste ano.
A eleição seguiu o rito previsto na corte, segundo o qual concorrem apenas os integrantes do TSE que sejam membros do Supremo Tribunal Federal. Fachin se despedirá do cargo após apenas seis meses na presidência porque encerrará seu biênio como membro do TSE.
Alexandre de Moraes, o ministro relator dos inquéritos que miram milícias digitais e ataques antidemocráticos no STF, vem há tempos muito engajado na defesa das eleições, motivo pelo qual se tornou alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro e de movimentos de descrédito às urnas eletrônicas.
É dele a frase "se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado e as pessoas que assim fizerem irão para cadeia", proferida no julgamento em que o TSE rejeitou a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão pelo uso de disparos em massa via WhatsApp para atacar adversários eleitorais.
Nesta terça, o ministro afirmou que, após uma pandemia tão custosa ao país e diante de imensas dificuldades sócio-econômicas, os brasileiros merecem esperança nas propostas e projetos sérios de candidatos em 2022.
"Nossas eleitoras e eleitores não merecem a proliferação de discursos de ódio, de notícias fraudulentas e da criminosa tentativa de cooptação, por coação e medo, de seus votos por verdadeiras milícias digitais", disse. "A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra democracia no Brasil".
"Hoje a Justiça Eleitoral renova seu pacto indissolúvel com a democracia e com a missão de realizar eleições seguras em todo o território nacional", afirmou o ministro Fachin. Para ele, a sucessão pacífica e em respeito às regras já conhecidas "é um sinal indelével e inapagável da atuação serena, firme e constante da Justiça Eleitoral no âmbito da Republica brasileira".
"O diálogo e o trabalho conjunto produzem, invariavelmente, os melhores resultados para a República, que almeja paz e segurança nas eleições. A Justiça Eleitoral contará com a temperança e a sabedoria para navegar nessas águas que reclamam neste momento firmeza e serenidade", completou Fachin.
O ministro Ricardo Lewandowski agradeceu pela confiança depositada nele ao ser eleito para a vice-presidência e reforçou o compromisso republicano. O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, também deixou seus cumprimentos.
O advogado Marcelo Ribeiro falou em nome do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral e destacou que o TSE está, sem dúvida nenhuma, sob ataques. "Nada melhor do que ministros experientes para enfrentar esse tipo de situação"
Jacqueline Aguiar Thery
@YuccaJackie
Incrível é-se povo que fala de “ soberania”.
Pr. Valério Corrêa
@ValerioCorrea2
Para ameaçar o povo brasileiro, desarmado, é um "Tigrão"!!! Mas, para enfrentar o narcotráfico no Vale do Javari, que ali sim é sua função, são "tchutchuca"!!!
P E D R O
@PedroJo06512765
A urna eletrônica já possibilita a auditoria da totalização.
Christian Lynch
Ministro da Defesa diz ao TSE que vai indicar nomes de militares para fiscalizar as urnas eletrônicas. Falou grosso, mas não disse nada: a função já existe e é compartilhada com dezenas de instituições, como a PF, a OAB, o Congresso e o STF.
O governador do Rio de Janeiro não respeita o luto das famílias. A declaração foi concedida dias após da chacina da Vila do Cruzeiro, a terceira operação policial com o maior número de mortes. Para os soldados de Castro e Bolsonaro todos os moradores das favelas são bandidos. E o Rio, ex-Cidade Maravilhosa, virou zona de guerra. Apenas os bairros ricos e territórios das milícias são considerados livres de operações militares.
247- O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), chamou de "vagabundos", nesta segunda-feira (30), os mortos na operação policial na favela do Jacarezinho, zona norte da cidade do Rio, em maio de 2021. Foi a ação policial mais letal da região metropolitana do estado, com 28 mortes, das quais24 foram arquivadas. Outras duas, com ao menos 23 mortes cada, aconteceram em Duque de Caxias, em 1998, e naVila Cruzeiro, zona norte da capital, na última terça-feira (24).
Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado, divulgado na semana passada, também apontou que o estado do Rio teve39 chacinas e 178 mortesem apenas um ano de gestão, durante o governo Cláudio Castro.
"Cada policial que eu perco, eu perco duas vezes. Por isso que aquele memorial lá, nós tombamos ele. O nome do André [o policial] não merece estar no meio de 27 vagabundos. O único herói que merecia um memorial é o André com seu filho, da idade do meu, que chora até hoje", disse Castro em coletiva de imprensa.
Falta de amor ao próximo. De respeito aos mortos. O Memorial foi derrubado na marra pelos policiais que participaram da chacina. A maior chacina do Rio. A mais letal e desnecessária. Os soldados entraram na favela atirando, derrubando portas, matando os moradores nas ruas e nas casas. A fúria assassina. O prazer de matar de serial killers
O governador fez referência ao policial civil André Leonardo de Mello Frias, morto na operação, e que estava com o nome na placa retirada pela polícia.
No dia 11 de maio, a Polícia Civil do Rio de Janeiro destruiu um memorialem homenagem às 28 vítimas da Chacina do Jacarezinho. O memorial, inaugurado cinco dias antes, foi uma iniciativa de moradores da comunidade, amigos e familiares dos mortos.
Os moradores da favela pensam diferente do governador. Em reportagem de Thayná de Souza e fotos de Selma Souza, a Voz das Comunidades publicou:
Exatamente após um ano, o nome dos 28 assassinados pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro no Jacarezinho está gravado eternamente na favela, considerada a mais negra da cidade. Do total, 27 eram moradores e 1 era servidor público. Por volta das 14h50, a marcha que relembra a maior chacina da história do Rio adentrou as ruas do Jacarezinho com mulheres negras à frente, segurando a faixa “28 mortos não é operação, é chacina! 1 ano sem respostas”, rumo ao memorial.
Enquanto a caminhada seguia, alguns moradores que trabalhavam e andavam pelas ruas do Jaca paravam para ler os cartazes e observar. Frases de apoio puderam ser ouvidas e também diálogos que só quem é favelado entende. “Botaram essas polícia aí não sei pra quê”, comentou uma senhora com a outra, que respondeu de pronto: “Pra matar mais gente!”. “Eles tiram a vida dos outros” e “a escravidão não acabou!” também foram ditas em tom de indignação por moradoras enquanto a marcha seguia.
Durante a cerimônia de inauguração do memorial, mães, irmãs e primas estavam presentes. Tassiana Barbosa era irmã de criação de duas vítimas, Richard Gabriel, de 23 anos e Isaac Ferreira, de 22, que morava na mesma casa que ela, já que sua família não era de lá. “É muita tristeza depois de um ano ainda sem nenhuma justiça! Eu acho que isso nunca vai mudar. A gente que mora aqui até desacredita que algo vai ser feito. Se fosse na Zona Sul, seria totalmente diferente”, relatou.
PARA PROTEGER HOMICIDAS, GOVERNADOR CONTRA POLICIAIS UTILIZAREM CÂMERAS NO UNIFORME
Questionado sobre a possibilidade de outros batalhões policiais, e até a Polícia Civil, utilizarem câmeras no uniforme, Castro afirmou que "operação é planejada, tem estratégia e tem sigilo. Há de se tomar muito cuidado, principalmente pensando na vida do policial".
Mônica Cunha, defensora dos direitos humanos, que teve seu filho Rafael assassinado pelo Estado com apenas 20 anos, disse emocionada: “A gente não aguenta mais ficar botando memorial em favela com o nome dos nossos”. Ela destacou também o que é sempre ignorado ao se tratar de corpos favelados, principalmente pretos. “Esses meninos são nossos filhos, nossos irmãos! Eu quero homem preto igual a você (apontou para o advogado e morador Joel Luiz), não quero homem preto com nome em memorial”.
Joel Luiz, citado por Mônica, em seu discurso durante a homenagem, pontuou que essa chacina não se construiu em um dia, mas em séculos de escravidão. “28 mortes é um projeto do estado brasileiro”, completa. Sobre o sentimento durante o memorial, ele desabafa que hoje é um dia muito importante.
“Nesse primeiro aniversário de muitos que estão por vir, de que isso não vai ser mais um dia. Não foi só mais uma operação, que, na verdade, foi uma chacina. Não foi só mais uma manhã, mas um dia que a gente vai lembrar todo ano. Eu, enquanto estiver aqui, vou lembrar todo ano. Nem que seja por uma faixa, por fogos, por uma caminhada… Eu vou lembrar todo ano. Porque eu não vou e não podemos normalizar esse tipo de ação, sobretudo no nosso território. O que fica é: isso aconteceu, não pode mais acontecer e temos que lembrar para que não mais aconteça”, finaliza.
Na marretada derrubaram o Memorial. Os moradores decidiram pichar os muros. Os mortos inocentes jamais serão esquecidos
Polícia destrói memorial em homenagem a mortos da Chacina do Jacarezinho
Um memorial que servia de homenagem aos 28 mortos na Chacina do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi derrubado por policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).
A CORE, grupo criado especialmente para invadir favelas e realizar operações, é uma unidade especial da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Os agentes usaram marretas e um caveirão, carro blindado, para destruir a estrutura.
A chacina do Jacarezinho foi a ação policial mais letal da história do estado do Rio.
O memorial, inaugurado no último dia 6 de maio, por moradores da comunidade e movimentos sociais, buscava homenagear os assassinados neste trágico episódio.
Na estrutura do monumento derrubado estava escrito que “nenhuma morte deve ser esquecida. Nenhuma chacina deve ser ignorada”. Além disso, tinha os nomes dos mortos em placas de ferro.
Chacina do Jacarezinho mostra terrorismo policial no Brasil
Diversas entidades internacionais mobilizaram denúncias em relação a essa ação brutal da polícia do Rio. Os acontecimentos da chacina foram denunciados como uma violações graves de direitos humanos pela ONU.
O Jacarezinho é o bairro do Rio de Janeiro com o maior número de moradores mortos em chacinas decorrentes de operações policiais.
Fica cada vez mais claro que o estado burguês e seu aparato policial fazem de tudo para assassinar, prender e eliminar a população dos bairros pobres. Depois de mortos, precisam apagar o seu legado e a sua memória.
CFOAB e OAB-SE cobram de autoridades agilidade na apuração no caso Genivaldo
por ConJur
O Conselho Federal e a Seccional de Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil manifestam indignação pelo assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, praticado com fortes indícios de tortura, e disseram que vão atuar diretamente no caso para cobrar das autoridades as providências cabíveis, inclusive prisão cautelar dos envolvidos.
A OAB Nacional e a OAB Sergipe requerem a adoção de medidas preventivas imediatas pela PRF, para evitar que situação semelhante volte a acontecer, e para garantir a prestação de assistência à família da vítima.
As instituições lamentam o triste episódio, que não pode ser considerado isolado, pois o assassinato sistemático de pessoas negras é uma triste realidade de nosso país, que carece de ações específicas para ser superado. Com informações da assessoria de imprensa do Conselho Federal da OAB e OAB-SE.
Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia. Foi torturado e morto pela PRF
Enm entrevista à TV Sergipe, a esposa de Genivaldo, Maria Fabiana dos Santos, disse que os policiais agiram "com crueldade". Fabiana também falou do filho que fica órfão de pai
“Genivaldo foi bombardeado em ambiente fechado, mínimo até mesmo para a estrutura de um corpo humano, com gás. O ambiente confinado tornou-se uma verdadeira câmara de gás, nos mesmos moldes do conceito nazista de produção industrial de óbitos”. A declaração é do advogado Guilherme Rodrigues da Silva, integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB, sobre o caso do homem morto asfixiado no porta-malas da viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe.
Nagravação, é possível ver Genivaldo ser rendido por dois policiais. Ele está no chão e depois é colocado no porta-malas da viatura. Enquanto um dos agentes segura a tampa do porta-malas para que ela continue fechada,o outro joga, no espaço, grande quantidade de gás.
“Houve uso da força para contenção que já havia ocorrido. E, a partir daí, o que se viu foram cenas reais e públicas do crime de tortura com o resultado morte, previsto no artigo 1º, II, §3º e 4º da lei 9455/1997 – a lei de Tortura-, que prevê penas entre 8 e 16 anos de prisão, além da perda do cargo público pelos agentes”, indica o advogado.Ex-secretário de Justiça de São Paulo e membro da Comissão Arns de Direitos Humanos, Belisário dos Santos Júnior pede justiça pela vítima e família. “Este caso demanda prisão imediata e apuração rigorosa com as consequências que vimos.”
“Submeter alguém sob sua autoridade, com emprego de violência, a intenso sofrimento físico por meio de ação que não tenha base legal, é crime chamado tortura. É inafiançável. Resultando morte, leva a prisão de 8 a 16 anos. A condenação acarreta obrigatoriamente à perda do cargo. Não cabe graça nem anistia. Está na Lei 9.455/97”, argumenta Santos. Para o especialista, será absurdo se alguma dessas consequências não ocorrer em relação aos policiais envolvidos.
“A participação da PRF em sucessivas operações policiais recentes com resultado morte é grave sintoma de que a tropa pode estar enferma”, opina.
Para advogado, nota da PRF é “vergonhosa”
A PRF divulgou nota na qual informou ter instaurado procedimento para apurar a conduta dos agentes envolvidos. No comunicado, a corporação detalha que “ele [Genivaldo] foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil. No entanto, durante o deslocamento, passou mal, foi socorrido e levado para o Hospital José Nailson Moura, onde posteriormente foi atendido e constatado o óbito”.
A nota alega também que Genivaldo resistiu “ativamente” à abordagem e que foram “empregadas técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção”, a fim de tentar contê-lo.
Para Rodrigues da Silva, a nota é defensiva e vergonhosa. “Tão repugnante quanto a ação de alguns policiais rodoviários federais utilizando capacetes para tapar os rostos, em Umbaúba/SE, filmada por populares e em plena luz do dia, foi a vergonhosa nota oficial e defensiva da ação emitida pela superintendência da entidade”, comenta.
“Quem autorizou a nota certamente não viu o vídeo e, sobretudo, as reações dos agentes de segurança, a condição da vítima e do público a algo mais do que evidente: o sofrimento e a morte. Perdeu a PRF a oportunidade de dizer o óbvio, que a ação foi lamentável e digna de apuração imediata das responsabilidades administrativas e criminais, limpando a sujeira deixada por alguns de seus agentes”, fianliza.