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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

24
Mar23

O presidente do Banco Central entende mais de economia que o vencedor do Prêmio Nobel?

Talis Andrade

Burrinho do ouro

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É difícil dizer qual o principal problema do Brasil, mas acredito que, entre eles, está a arrogância de nossas autoridades. Lembramos bem da empáfia do ex-ministro Paulo Guedes em suas falas, sempre com aquele tom de cima para baixo como se fosse o grande arauto da economia mundial. Não era: era apenas um instrumento para manter Bolsonaro no poder – quase quebrou o País e nem assim teve competência para atingir seu objetivo.

Agora que as consequências nefastas de suas decisões começam a aparecer, vemos que ele não apenas prejudicou o Brasil ao servir a um governo de extrema-direita, como fez mais barbeiragens que o Barbeiro de Sevilha.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, vai pelo mesmo caminho. Com exceção de seus colegas da Faria Lima, que lucram aos borbotões com a situação atual, muita gente séria no mundo defende que o patamar dos juros é absurdo e está destruindo a economia brasileira. Campos Neto, do alto de seu diploma da Universidade da Califórnia, afirma que todos eles estão errados – e ele está certo.

Curioso. Joseph Stiglitz, professor da Universidade de Columbia, em Nova York, e vencedor do prêmio Nobel de Economia em 2001, discorda de Campos Neto. Talvez o brasileiro entenda mais de economia que Stiglitz. Talvez o presidente do BC seja tão genial que ainda merecerá o Nobel de Economia algum dia por estar vendo hoje algo que poucos especialistas no mundo vêem.

Stiglitz esteve no Brasil recentemente para participar do seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”, promovido pelo BNDES, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). O gênio norte-americano criticou o BC por manter a taxa de juros elevada para combater a inflação, sem levar em conta a necessidade de investimentos. “Um Banco Central independente e com mandato não é o melhor arranjo para o bem estar do país como um todo”, afirmou. E continuou: “A taxa de juros do Brasil é chocante. Uma taxa de 13,7%, ou 8% real, é o tipo de taxa de juros que vai matar qualquer economia. É impressionante que o Brasil tenha sobrevivido a isso, que seria uma pena de morte”, afirmou Stiglitz.

Campos Neto poderia aprender um pouco com Stiglitz, mas dá a impressão de que ele acha que entende mais de economia que o vencedor do prêmio Nobel. Apenas para lembrar alguns de seus feitos à frente da instituição: em 2022, a inflação do País ficou acima da meta do BC pelo segundo ano consecutivo, ambos os períodos sob sua presidência. Em janeiro veio a “grande marca” de sua gestão: o Banco Central cometeu um erro de “apenas” R$ 14,5 bilhões no cálculo do mercado de câmbio. Você compraria um carro usado de um banqueiro que comete um erro de R$ 14,5 bilhões?

A verdade é uma só: o Brasil hoje é refém das ideias de Roberto Campos Neto. Tomara que ele esteja certo, mas e se estiver errado? É justo 200 milhões de brasileiros pagarem a conta de seus equívocos? A ideia de um Banco Central independente é excelente, mas os países precisam ter maturidade política e institucional para isso. De qualquer maneira, o bom senso recomenda que, quem sabe menos, deve ter a humildade para aprender com quem sabe mais. Thank you, Mr. Stiglitz.

15
Set22

Bolsonaro, coveiro da rainha e do povo brasileiro

Talis Andrade

Bolsonaro erra ortografia ao homenagear rainha Elizabeth 2ª: 'Estabelidade'. Michelle quebra jejum 

 

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, assinaram livro de condolências pela morte da rainha Elizabeth 2ª - Divulgação: Palácio do Planalto

Leonardo Attuch
@AttuchLeonardo
A bestialidade presidencial atinge também a língua portuguesa. Abaixo, a “estabelidade” no livro de condolências para a rainha.Image

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou, na manhã de segunda-feira (12), o livro de condolências da morte da rainha Elizabeth II, do Reino Unido. Mas errou ao escrever a palavra “estabilidade”, e colocou “estabelidade" no lugar.

Confira o texto de Bolsonaro:

“Em nome do governo e do povo brasileiro, expresso as mais profundas condolências ao povo do Reino Unido bem como à família Real e ao rei Charles III, pelo falecimento da Rainha Elizabeth II. Manifesto minha profunda admiração por uma mulher de grande personalidade cujo senso de dever e devoção deixaram, ao longo de mais de sete décadas de reinado, um legado de liderança e estabelidade [o correto é estabilidade] para o povo britânico e para o mundo."

 
Leninha 
@LeninhaBovary
685 MIL MORTOS PELA COVID EU NUNCA VI ESSA MULHER DE LUTO PELO NOSSO POVO. (Micheque, Michele, Escândalo, JAIR NA CADEIA)Image
Avó de Michelle, que vivia na maior favela da América Latina Sol Poente, jamais foi visitada pela poderosa neta primeira-dama. Foi encontrada desmaiada na rua, e internada como indigente em um hospitall de Brasília.
Maria Aparecida Firmo Ferreira, rainha do Sol Poente (foto Cristiano Mariz)

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A primeira-dama Michelle Bolsonaro compartilhou uma campanha de 30 dias de jejum e orações pelo Brasil até 2 de outubro, data em que é realizado o primeiro turno das eleições. Madeleine Lacsko comenta.

Ela teria iniciado o jejum no dia 2 último. Ninguém sabe se desistiu, ou vai quebrar os dias de abstinência na viagem para Londres, dia 19 próximo, enterro da rainha Elizabeth, e Nova Iorque, abertura da 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, dia 21 de setembro. 

A mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rosângela Silva, conhecida como Janja, criticou a propaganda da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) em que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, fala sobre a transposição do Rio São Francisco. “Vamos para as redes sociais compartilhar verdade. A gente sabe que aquele lado de lá sabe falar mentira. Eles estão compartilhando muita mentira. Eles são tão caras de pau que têm coragem de ir para a televisão e dizer que foram eles que levaram água para as mulheres do sertão nordestino. É muita cara de pau. Então a gente precisa compartilhar verdades. Isso que eu queria pedir para vocês”, falou Janja em ato de campanha do Lula em São Luís (MA), em 2 de setembro, primeiro dia de jejum de Michelle. 

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30
Jan21

Ruy Castro: Bolsonaro rebaixou o Brasil ao nível de estrebaria de quartel

Talis Andrade

 

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247 - Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, o escritor Ruy Castro afirma que Jair Bolsonaro foi "quem rebaixou o Brasil ao nível de estrebaria de quartel, ao inundar os lares com um vídeo sobre golden shower, chamar um jornalista para a briga ('Minha vontade é encher a sua boca de porrada!') e ejacular mais palavrões numa reunião ministerial do que em todas as reuniões ministeriais somadas desde 1889".

No texto, Ruy Castro destaca que, "desde sua posse, Jair Bolsonaro já foi chamado de cretino, grosseiro, despreparado, irresponsável, omisso, analfabeto, homófobo, mentiroso, escatológico, cínico, arrogante, desequilibrado, demente, incendiário, torturador, golpista, racista, fascista, nazista, xenófobo, miliciano, criminoso, psicopata e genocida". 

"Nenhum outro governante brasileiro foi agraciado com tantos epítetos, a provar que a língua é rica o bastante para definir o pior presidente da história do país. Mas é inútil, porque nada ofende Bolsonaro. Ele se identifica com cada desaforo".

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04
Out19

Legando banditismo e fanatismo como exemplos, Lava Jato dá motivos para a extinção do MP

Talis Andrade

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por Jeferson Miola

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O procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção tentou assassinar uma juíza na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, na capital paulista.

 

Segundo noticiou o saite Conjur – Consultor Jurídico [aqui], o procurador “invadiu o gabinete da juíza Louise Filgueiras, convocada para substituir o desembargador Paulo Fontes, em férias, e chegou a acertar uma facada no pescoço dela, mas o ferimento foi leve”.

Outras notícias ainda mencionam que o ferimento foi próximo à veia jugular que, se atingida, poderia ter causado a morte da juíza.

O procurador aparentava estar em estado de surto no TRF3, e pronunciava fanaticamente frases sobre “acabar com a corrupção no Brasil”.

O procurador ainda invocava o exemplo homicida do ex-chefe do MPF Rodrigo Janot, dizendo que deveria ter entrado armado no tribunal, ‘para fazer o que Janot deixou de fazer’”.

Se poderia estar diante de mais uma corriqueira tentativa de homicídio por uma pessoa transtornada e desatinada, mas não é este o caso presente. Validar essa hipótese, inclusive, seria irresponsável e atentatório à democracia.

O fato envolve um procurador federal, da carreira da Fazenda Nacional, que se reconhece ideologicamente – ou religiosamente – como alguém imbuído da “missão” de combater a corrupção no país,  decerto missão divina, atribuída exclusivamente a esses seres, os procuradores de qualquer tipo.

O procurador também parece se considerar onipotente e inimputável, com poder supremo inclusive para tirar a vida dos desafetos que atrapalham a realização da missão da sua vida.

Este acontecimento doentio e inconstitucional segue um exemplo, um modelo; e é forçoso se reconhecer que este exemplo/modelo é a Lava Jato.

O fanatismo que beira à loucura religiosa e que inspirou o procurador Assunção é uma marca dos procuradores mais engajados da Lava Jato, como o pastor batista Deltan Dallagnol, que capturou o discurso do combate à corrupção para praticar a corrupção direta em proveito próprio, e para praticar a corrupção do sistema de justiça do Brasil com propósitos políticos e partidários.

O banditismo da força-tarefa, fartamente comprovado pelas revelações do Intercept e confessado no livro do Janot [aqui], que confessa sua personalidade homicida-suicida, é a outra inspiração do procurador Assunção.

O lastimável nisso tudo é a falta de indignação de procuradores e procuradoras decentes do MPF, que devem ser a maioria dos 1.151 em atividade, e que não se insurgem contra a proteção corporativa e institucional, via ANPR, CNMP, PGR, Corregedoria do MP assegurada a colegas que, a despeito da vocação criminosa, também pertencem à carreira de procuradores [aqui, aqui, aqui].

O fruto podre da força-tarefa da Lava Jato não compromete somente o combate à corrupção e a carreira dos procuradores, mas atinge de morte o Ministério Público.

Legando como exemplos o bandidismo e o fanatismo, a Lava Jato dá motivos de sobra para a extinção do Ministério Público. Não se trata de meros desvios institucionais, mas estamos diante de uma instituição que se mostra nefasta, deletéria e ameaçadora à sociedade e à democracia.

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