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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

24
Jul23

O assassinato de Marielle e o golpe: chegou a hora do mandante

Talis Andrade

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O homem que levou a encomenda do assassinato foi executado. Mas os que receberam a encomenda do golpe estão vivos

 

por Moisés Mendes, 247

Sempre esteve subentendida, em todas as interrogações sobre o assassinato de Marielle Franco, a suspeita de que Bolsonaro pode ter envolvimento com o crime. Ele e seu entorno familiar.

É inevitável que a especulação se renove e se revigore agora, com a confissão do ex-PM Élcio de Queiroz de que Ronnie Lessa matou Marielle e de que eles tiveram, nos preparativos e nos desdobramentos do crime, a participação de outros dois bandidos.

Lessa deu os tiros e Élcio dirigiu o carro. Mas antes o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, fez campanas e monitorou Marielle. E bem antes o então sargento da PM Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, "trouxe o trabalho" para Lessa.

O ministro Flávio Dino diz que, com a confissão e o que virá a seguir, as investigações atingem novo patamar.

Poderemos ir para a fase do fechamento de coincidências que empurram Bolsonaro para perto dos envolvidos?

O novo patamar pode ajudar a esclarecer por que Lessa era vizinho de Bolsonaro? Por que Élcio convivia com Bolsonaro e tirava fotos ao seu lado?

Por que o miliciano Adriano da Nóbrega foi executado na Bahia? Por que Élcio entrou no condomínio da Barra no carro usado na execução, depois de perguntar pelo seu Jair?

Por que o porteiro que atendeu Élcio foi desqualificado como testemunha? Por que sumiu? Por que trocaram tantos policiais e promotores das investigações sobre o assassinato?

Por que Lessa acusava Adriano de ter matado Marielle? Por que Flávio Bolsonaro homenageou Adriano?

Por que, na coincidência mais recente, o capitão reformado do Exército Ailton Barros, amigo dos Bolsonaro, disse em conversa com o coronel Mauro Cid, então faz-tudo do Planalto, que sabia quem matou Marielle?

Todos os personagens principais do assassinato cruzaram com Bolsonaro. Como também cruzaram, por coincidência, todos os principais identificados até agora com a tentativa de golpe. Eles conviviam com Bolsonaro e eram a ele subordinados.

Ronnie Lessa, Adriano da Nóbrega, Élcio de Queiroz, Ailton Barros, Suel e Macalé estavam no cenário ou conheciam o cenário do assassinato.

O delegado Anderson Torres, os coronéis Mauro Cid e Jean Lawand Junior e outros ainda escondidos ou encobertos conheciam os cenários que estavam sendo montados para o golpe. Todos cruzavam por Bolsonaro.

As novas informações sobre o crime criam expectativas e ao mesmo tempo ampliam uma outra dúvida, a mais incômoda de todas.

É possível que a morte de Marielle e o golpe tenham executores e que nunca se chegue, com provas, ao mandante?

Lessa disse a Queiroz que tinha uma missão naquele 14 de março de 2018 quando matou Marielle. Missão recebida de quem? Quem mandou matar Marielle?

Macalé era o arquivo do mandante e foi executado em 2021. Mas Lessa e seus parceiros sabem de quem foi a encomenda.

Mas quem mandou que fossem adiante com o golpe? Torres, Cid e outros civis e fardados sabem muito bem.

Falta, no caso do golpe, um delator disposto a reduzir suas culpas e suas penas. Também as investigações sobre o golpismo precisam chegar a outro patam

 

A delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, que está preso, já foi homologada pela justiça. Élcio confirmou que dirigiu o carro usado no crime e também afirmou que o ex-policial reformado Ronnie Lessa, que também está detido, foi o autor dos tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Élcio disse ainda que o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia participou do planejamento do crime, vigiando Marielle.

Confira a cronologia do assassinato aqui

 

16
Abr23

É hora de desvendar toda a podridão do lavajatismo

Talis Andrade

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É a hora desse jornalismo se recuperar, com uma autópsia do lavajatismo já morto, mas ainda esperneando e não totalmente desvendado

 

por Moisés Mendes

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O jornalismo, em especial o dito investigativo e das superestruturas da grande imprensa, deve há muito tempo uma abordagem definitiva sobre os crimes e as deformações do sistema de Justiça no Brasil.

É a hora desse jornalismo se recuperar, com uma autópsia do lavajatismo já morto, mas ainda esperneando e não totalmente desvendado.

Não só do núcleo da finada operação Lava-Jato, mas de todo o entorno e seus desdobramentos, até as instâncias superiores por onde passaram e foram acolhidas as deliberações de Curitiba.

Há informações dispersas sobre as anomalias do conjunto do sistema de Justiça, algumas tentativas de abordagem de questões pontuais e denúncias soltas como faíscas que não rendem fogaréu.

Não há nada que desvende o funcionamento estruturado de grupos organizados no sistema todo, da proteção pontual ou sistemática a poderosos, da venda de sentenças e das relações visíveis e invisíveis entre famílias, amigos, sócios e similares.

Sergio Moro e Deltan Dallagnol, quase transformados em estátuas como paladinos da moralidade, poderiam contribuir para que o jornalismo aprofundasse investigações nessa área e juntasse as peças de uma colcha cheia de retalhos.

Moro e Dallagnol não seriam fontes ou informantes. Seriam alguns dos objetos do desvendamento, talvez os principais.

O jornalismo poderia iniciar por eles a abordagem que nunca fez em profundidade sobre a face oculta, suspeita e delituosa do sistema de Justiça.

Os dois agora têm mandatos. São tão certos de suas imunidades que Moro sugeriu esses dias, em cena filmada propagada pela internet, que poderia “comprar um habeas corpus de Gilmar Mendes”.

Alguns dias antes, Mendes havia cobrado publicamente esclarecimentos sobre a fundação de R$ 2,5 bilhões quase criada por Dallagnol. O ministro odiado pela lavajatismo vende habeas corpus?

E Moro e Dallagnol se omitiam ou participavam da venda de delações premiadas em Curitiba, como denuncia todos os dias Tacla Duran?

O que mais devemos saber sobre as relações de Moro com o desembargador Marcelo Malucelli, do TRF4, que mandou prender Duran e depois disse que não era bem assim? O filho do desembargador é sócio de Moro e namorado da filha do ex-juiz.

O que nunca ficamos sabendo das negociações para contratação de Moro para o time de Bolsonaro, em meio ao processo de encarceramento de Lula, que possa acrescentar luz a obras como 'A outra história da Lava-Jato', de Paulo Moreira Leite?

Quem pode nos contar, lá na origem, como Moro e Dallagnol foram escolhidos para chefiar a Lava-Jato, não por serem os mais brilhantes, mas os mais aptos a fazer o serviço que deveria ser feito? E fizeram.

Eles foram os escolhidos, por aptidão, a levar adiante a caçada a Lula e a destruição das grandes empreiteiras nacionais. Deveriam fazer o serviço conforme a encomenda. Tudo dentro do sistema de Justiça.

Moro e Dallagnol conhecem o funcionamento do sistema, como servidores privilegiados de uma vara só deles em Curitiba. Desfrutavam do direito a tarefas e missões exclusivas que lhes renderam fama e votos.

O próprio Dallagnol foi investigado em mais de uma dúzia de inquéritos (quem sabe ao certo quantos são?) no Conselho Nacional do Ministério Público. Sofreu apenas advertências.

O Conselho Nacional de Justiça abriu 55 inquéritos contra Moro e levou até o fim 34. Todos foram engavetados.

Há hoje pelo menos 20 juízes bolsonaristas sob investigação do mesmo CNJ por terem pregado o golpe ou disseminado fake news.

Todos os dias há denúncias semelhantes às que envolvem Moro com o desembargador do TRF4. O mesmo TRF4 que deu seguimento integralmente, e em tempo recorde, às sentenças de Moro.

O Judiciário tem laços de família, de amizade, de negócios e de interesses diversos, quase sempre encobertos, que só aparecem ao acaso, como esse em que envolve Moro e o juiz do tribunal regional.

Moro e Dallagnol levam invertidas de parlamentares das esquerdas sempre que fazem alguma manifestação no Congresso. Mas só peitar os dois e criar constrangimentos não resolve.

É preciso criar muito mais do que o incômodo da investigação da denúncia de Tacla Duran no Supremo.

O anunciado livro de Emílio Odebrecht, Uma Guerra contra o Brasil, em que o empreiteiro mostra como a Lava-Jato focou na quebra das grandes empresdas nacionais, pode ajudar.

Sabemos dos podres da política, das empresas, do futebol e de alguns dos pastores milagrosos com Deus acima de tudo, mas sentimos o cheiro e pouco sabemos da podridão da Justiça.

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15
Mar23

As cidades devastadas pela fúria bolsonarista

Talis Andrade
 
 
 
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O poder de destruição da extrema direita implode as cidades, suas marcas e suas almas

 

por Moisés Mendes

- - -

O bolsonarismo raiz é um fenômeno paroquial, que se disseminou virtualmente pela ação de tios e tias do zap de pequenas e médias cidades e virou modo de vida.

A vidinha da província, mobilizada pelas milícias digitais de Bolsonaro, multiplica extremismos, mentiras e ódios disfarçados de posições e atitudes pretensamente moralistas e religiosas.

O efeito é devastador contra as próprias comunidades. Um exemplo recente. Bento Gonçalves, a cidade dos vinhos na Serra gaúcha, era até agora apenas um lugar ultraconservador com índole bolsonarista. É há uma semana uma cidade que tem bolsonaristas e escravistas.

Três empresas do centro da região da uva, Aurora, Salton e Garibaldi, foram flagradas como contratantes de trabalho escravo de mais de 200 nordestinos, num sistema que o eufemismo chama hoje de análogo à escravidão.

Não são bodegas. São grandes grupos com fama fora do país, são grifes internacionais. Desfrutavam de um serviço sujo terceirizado gerido por gatos de fora da região.

Não há surpresa. O escravismo é coerente com as discriminações e os ódios propagados pelo bolsonarismo. Também o escravizado do século 21 é visto como um ser inferior, e mais ainda se for baiano.

Mas o bolsonarismo não poupa nem os seres superiores com os quais discorda. Em maio do ano passado, líderes de Bento Gonçalves mandaram dizer ao ministro Luiz Fux que não aparecesse por lá para uma palestra.

Fux deveria ir a Bento em junho a convite da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC). A reação de grandes empresários bolsonaristas acionou ataques ao ministro nas redes sociais.

A CIC tornou público que não seria seguro manter a palestra em sua sede, considerada desprotegida, e transferiu o evento para o prédio da OAB.

A mais poderosa entidade empresarial da cidade avisava ao presidente do Supremo que sua segurança estava em risco. Fux desistiu da viagem. O tema da conferência era Risco Brasil e segurança jurídica.

Foi desfeito o roteiro de um faroeste com desfecho previsível. Fux seria cercado, se conseguisse passar pelo pórtico da cidade, representado por um gigantesco barril de vinho. E assim o caso foi encerrado.

Ninguém mais fala do episódio, como ninguém quer saber o que resultou na polícia, no Ministério Público ou na Justiça do cerco de manés ao ministro Luis Roberto Barroso na famosa praia de Porto Belo, em Santa Catarina.

Barroso jantava com a família e amigos num restaurante, no dia 3 de novembro, quando uma turba cercou o prédio.

O grupo do ministro teve de abandonar o restaurante. Barroso se refugiou na casa onde estavam hospedados.

O local também foi cercado. Os agressores gritavam e ameaçavam. Às 4h da madrugada do dia 4, sob escolta policial, a família abandonou a casa e a região da enseada de Porto Belo.

O fim de semana na praia havia sido interrompido por bandidos em fúria. Não se sabe até hoje das medidas legais e formais contra quem ameaçou Fux em Bento Gonçalves e Barroso em Porto Belo, até porque as pautas foram abandonadas pela grande imprensa.

E a vida segue. As paróquias têm regras e sistemas institucionais próprios de proteção aos seus delinquentes furiosos e poderosos.

É como funcionava a Chicago dos gângsteres e como funcionam as regiões dominadas por milicianos. Fux não entrou em Bento e Barroso foi corrido de Porto Belo.

Um era o presidente do Supremo e o outro será o próximo a ocupar o comando da mais alta Corte do país, hoje com a ministra Rosa Weber.

Os personagens que afrontaram os ministros são de apenas dois dos muitos redutos interioranos tomados pelo bolsonarismo. 

O Sul tem centenas dessas trincheiras, muitas transformadas em fortalezas impenetráveis durante a ocupação de quartéis por manés e patriotas.

Cidades gaúchas que agridem ‘esquerdopatas’ (e fazem listas de boicote a empresas e profissionais) têm as suas Gangues do Relho.

Pequenas e médias cidades foram dominadas por forças que não existiram nem na ditadura. Os agressores mais destemidos subiram na hierarquia do fascismo e se transformaram em terroristas, no 8 de janeiro em Brasília.

O bolsonarismo exacerba a índole de suas lideranças e das bases de manés e patriotas e acaba expondo Bento, Porto Belo, Itajaí, Sorocaba como bolsões incontroláveis.

Ao extremismo, soma-se agora, no caso de Bento, a chaga do escravismo. O bolsonarismo que avançou em todas as áreas, em quatro anos, deixa sequelas destruidoras.

No segundo turno do ano passado, Bolsonaro teve 75,8% dos votos em Bento e 74,29% em Porto Belo.

Em Itajaí, Santa Catarina, onde se formou um dos maiores acampamentos pelo golpe, Bolsonaro venceu com 72,96%.

Mais do que hegemonia, a extrema direita pretende ou pretendia ter controles absolutos. Grupos organizados, com forte base popular, se apropriaram das comunidades.

A escravidão é parte desse contexto. A elite branca, tomada pelo sentimento de superioridade política, econômica e moral, impõe as leis locais do bolsonarismo.

Vinha dando certo, mas não dá mais. A Bento Gonçalves dos vinhos e espumantes não sai das manchetes. Quantos escravistas estavam nos grupos de tios do zap que enxotaram Luiz Fux?

O poder de destruição da extrema direita implode as cidades, suas marcas e suas almas.

 
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09
Mar23

Um vexame que os militares nunca enfrentaram

Talis Andrade
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As notícias nas capas dos jornais, sobre a vigilância da Receita Federal aos movimentos do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, são constrangedoras para as Forças Armadas.

Um almirante era monitorado por auditores das alfândegas, muito antes da apreensão das joias para Michelle, porque viajava demais.

Foram 10 viagens em 2019. Caíram para três no ano seguinte, por causa da pandemia, mas a intensidade dos compromissos fora do país voltou em 2022.

No ano passado, ele ficou apenas cinco meses no cargo, de janeiro a maio, mas realizou sete viagens internacionais.

Bolsonaro atraiu a desconfiança até mesmo da Receita sobre os movimentos dos seus militares.

É um tenente da Marinha o homem que trouxe as joias das arábias numa mochila. Um sargento da Marinha, sob as ordens de um coronel do Exército, tentou recuperar as joias apreendidas.

Um contra-almirante, José Roberto Bueno Junior, então chefe de gabinete de Bento Albuquerque, também tentou reaver as joias, sem sucesso.

E agora essa informação sobre as viagens monitoradas de um ministro com patente de almirante.

Quando, mesmo na ditadura, um almirante provocou desconfianças em servidores do governo porque viajava demais?

Dos militares que conviveram de perto com Bolsonaro, poucos escaparam de envolvimento em casos escabrosos.

E uma das notícias de ontem, na capa do Globo, dizia que Michelle Bolsonaro estava articulando sua defesa no caso das joias, como os militares do PL.

Os militares reunidos com Michelle eram, segundo o Globo, Braga Netto, que agora é líder político, e seus auxiliares, todos com passagens pela caserna.

Ou seja, militares são considerados decisivos para a definição da estratégia de defesa de Michelle. Faz sentido.
Sérgio A J Barretto
@SergioAJBarrett
Para tentar liberar os diamantes da Arábia Saudita, o Bolsonaro usou os três componentes das Forças Armadas. Avião, da Aeronáutica, o Mauro Cid, do Exército, e o Bento Albuquerque, da Marinha. Mas foi tudo pelo patriotismo?
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19
Nov22

O CERCO AOS MANÉS E A ARMADILHA DO MIGUÉ APLICADO PELOS FASCISTÕES

Talis Andrade

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Por Moisés Mendes 

Há manés agarrados ao para-brisa de caminhões, manés foragidos em Nova York e manés rezando e atirando-se ao chão em louvação ao hino, à pátria, à família e aos militares.

Há manés num nível intermediário, organizando os manés da base, e até financiando alguma coisa, um churrasquinho ou um banheiro químico. São os práticos, os operadores da turma do deixa-comigo.

Há manés mobilizadores, porque têm forte voz de comando e são referências econômicas e políticas inspiradoras da extrema direita. Eles sustentam moral e financeiramente a balbúrdia.

É provável que todos eles, da hierarquia do projeto golpista, estejam representados nas listas enviadas pelas polícias dos Estados e pelo Ministério Público ao ministro Alexandre de Moraes.

Todos também têm representantes na lista, ainda pequena, de 43 nomes de pessoas e empresas apontadas como articuladoras e financiadoras dos atos e que tiveram contas bancárias bloqueadas por ordem de Moraes.

Esses manés das estradas e dos acampamentos nos quartéis, já identificados porque expostos presencial ou virtualmente, serão encaminhados a sacrifícios. Alguns não terão como escapar.

Charge do JCaesar | VEJA

Mas ainda faltam os que estão certos de que aplicarão um migué nas polícias, no MP e no Judiciário. São os grandes indutores do golpe, os chefões a serviço de Bolsonaro.

O grande fascista, o fascistão que aciona as muitas camadas de manés, não aparece ainda entre os listados, pelo menos publicamente.

Os investigadores e Alexandre de Moraes sabem de quem se trata. São figuras manjadas, que até tiveram aparições públicas de incitação ao golpe, antes e depois da eleição.

É a figura clássica do fascistão com muito dinheiro, poder político conquistado pela fidelidade ao bolsonarismo, e mais a soberba da impunidade. Esse fascista sem escrúpulos está acima de todas as hierarquias de manés.

Um mané foragido em Nova York só existe como fora da lei e sobrevive numa das cidades mais caras do mundo porque o manezão milionário o protege.

Mas esse grandão vai dificultar o trabalho dos que caçam manés, porque ele não deve ter deixado rastros como pessoa física.

O fascistão não manda pix, não contrata empresas de banheiros químicos e não aparece nas concentrações dos tios do zap. Mas sua energia golpista está ali.

O fascistão tem prepostos e atua desde a eleição de 2018. Ele é o desafio para os caçadores de manés, porque se protege na sua pessoa jurídica.

Os grandões que aplicam migué no Judiciário há muito tempo, que escaparam das ações no TSE contra a chapa Bolsonaro-Mourão, e que continuaram agindo, às vezes descaradamente, são os golpistas só aparentemente camuflados. Moraes conhece todos eles.

MP e Justiça podem pegar milhares de manés e conter a bagunça nas ruas. Mas sabem que, se não pegarem os fascistões, o trabalho terá ficado pela metade.

O fascistão é especialista em aplicar miguéis nas instituições, até por achar que é temido em todas as áreas e instâncias.  

Se ficar impune, o grandão milionário que trabalha a mando direto de Bolsonaro formará mais adiante novas tropas de manés, para reorganizar a turba e continuar conspirando.www.brasil247.com - { imgCaption }}

 

27
Out22

O servidor exonerado pelo TSE vai encarar o crime sozinho?

Talis Andrade

Servidor exonerado pelo TSE agia como fanático bolsonarista nas redes

 

Por que o PL não remetia o conteúdo das propagandas às rádios, como as próprias emissoras já informaram ao tribunal?

 

 

por Moisés Mendes


Um ajudante de inspetor de filme policial de terceira categoria diria que mais um crime de amadores estava sendo planejado na eleição. Uma farsa para os tios do zap.

Seria um crime de amadores desesperados. Já existem evidências suficientes de que o TSE desmontou o plano que a extrema direita trouxe até as vésperas da eleição.

Com a ajuda de um servidor do próprio TSE, criou-se a história da não veiculação de propaganda de Bolsonaro em rádios do Nordeste.

Mas, além de Alexandre Gomes Machado, o servidor do TSE já exonerado pelo tribunal, quem mais fazia parte da armação?

Por que o partido de Bolsonaro, o PL, não remetia o conteúdo das propagandas às rádios, como as próprias emissoras já informaram ao tribunal?

Para forjar a suspeita de boicote? Não enviava as propagandas para poder dizer depois que as rádios não veiculavam os áudios?

Mais tarde, um servidor de dentro do TSE insinuaria que as rádios já estavam sob suspeita e surgiria então uma suspeita maior.

A suspeita mais grave, contida numa insinuação: a de que o TSE não enviava as gravações às rádios.

O tribunal já esclareceu que não faz nada disso, que não é tarefa sua enviar material de propaganda às rádios e TVs. É missão do pool de emissoras.

Mas não é disso que os tios do zap querem saber. Os tios querem as declarações do servidor exonerado à Polícia Federal, de que são antigas as falhas nos controles da veiculação das propagandas.

Querem disseminar o depoimento do sujeito à PF em que ele se apresenta como coordenador, indicado pelo tribunal, do pool de emissoras encarregado, dentro do TSE, de distribuir as propagandas. O que significa essa coordenação?

O que os tios querem, a partir das ‘denúncias’ feitas pelo PL, por ministros e por Bolsonaro, é espalhar que um servidor público sabe como funciona a sabotagem à propaganda do PL dentro do TSE.

O servidor sabido foi exonerado hoje porque, segundo o TSE, agia por motivação política e praticava assédio moral contra colegas. Foi exposto publicamente.

O tribunal diz na nota sobre a exoneração: “As alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas”.

Como ele assediava colegas? Tentava cooptá-los para a tarefa de esculhambar com a eleição ao ajudar a fomentar a farsa da propaganda não veiculada?

Outras inconsistências nas alegações do PL e de Bolsonaro, com auditagens de uma Organização Tabajara, apenas reafirmam a farsa.

Mas o mais grave é a insinuação de que o TSE participou de um conluio com o PT e de que um servidor poderia atestar o que acontecia.

Não é mais possível prender mais ninguém antes da eleição, só os que forem flagrados praticando o crime. Esse servidor, pelo que diz o TSE sobre ele, escapou por pouco.

Estamos diante de mais um ensaio de facada que não vai dar certo. Mas quem são os outros envolvidos no que o TSE define como práticas com motivação política, numa situação que envolve crimes e falsidades?

A sindicância administrativa do TSE pode oferecer pistas para a investigação criminal. Precisamos saber da farsa completa e de seus autores, mesmo que seja depois da eleição.

[Alexandre o pequeno trabalhava para a madame Lídia Prates Ciabotti, dona de uma rádio tão pequena quanto ela, ou para os lá de cima o presidente da República dos marechais do contracheque ou o presidente do Partido do Laranjal (PL) ou um outsider

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Lealdade de verdade' : Queiroz lança campanha associando sua imagem à de  Bolsonaro | Sonar - A Escuta das Redes | O Globo

Os votos que eram de Jair Bolsonaro candidato a deputado federal foram transferidos para que chefe miliciano? Por que Queiroz tão leal ficou a ouvir balas perdidas? De Queiroz, de Roberto Jefferson, do vizinho Ronnie Lessa, de Alexandre Gomes Machado o destino do mesmo saco de lixo]

17
Set22

Precisamos voltar a falar dos criminosos e das vítimas da ditadura

Talis Andrade

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Brasil terá de voltar a falar de ditadura, de ditadores e de torturadores, ou assumir que é um país resignado, alienado e acovardado

 

por Moisés Mendes

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O presidente Gabriel Boric é apresentado como o grande perdedor do referendo que rejeitou a nova Constituição do Chile.

A mobilização contra a Constituição acordou direita e extrema direita, quietas desde as manifestações de rua iniciadas em outubro de 2019, que levaram à Constituinte e agora à frustração.

Tanto acordou que grupos pinochetistas foram às ruas, em 11 de setembro, no aniversário do início da ditadura, para enfrentar manifestantes de esquerda.

E o que fez o presidente? Anunciou que, ao contrário do que os fascistas pensam, eles não terão paz. E que o Chile continuará avivando a memória do que aconteceu na era Pinochet.

Como parte do que está sendo planejado para o aniversário do 50º ano do golpe, em setembro do ano que vem, Boric informou que desde agora o governo participa de uma nova empreitada.

O Chile vai em busca de pistas que esclareçam o que aconteceu com os 1.192 cidadãos e cidadãs até hoje identificados como desaparecidos em algum momento a partir de 1973. Mais de 500 eram crianças.

O Chile teve mais de 3 mil mortes e desaparecimentos. Na Argentina, foram mais de 30 mil, mesmo que esse número seja sempre questionado.

No Brasil, o saldo macabro é oferecido quase como um consolo por fascistas e historiadores condescendentes: 434 pessoas mortas e desaparecidas. .

Mas Argentina, Chile e Uruguai conseguiram, uns mais, outros menos, avançar na punição dos criminosos das suas ditaduras. O Brasil nada fez, por conta da anistia de 1979.

O ambiente que se vislumbra, com uma vitória de Lula, nada assegura de mudança na área da reparação judicial.

O Supremo já fechou todas as portas que poderiam levar à punição criminal de torturadores e assassinos ainda vivos.

Mas o futuro governo poderá oferecer, por gesto político, suporte para que se retome o que foi levado adiante pela Comissão da Verdade e outras iniciativas, para que os horrores da ditadura não sejam esquecidos.

Boric está assumindo com os chilenos, em circunstâncias desfavoráveis ao seu governo, um compromisso com a História.

Um novo governo democrático no Brasil, em substituição ao poder fascista de Bolsonaro, também terá que assumir compromissos.

Pela reabilitação do debate em torno do que foi a ditadura. Pelo fortalecimento de lutas esparsas que ainda resgatam essa memória.

Pelo apoio às energias e aos afetos de todos os familiares e amigos que persistem e pelo respeito a torturados, mortos e desaparecidos.

Um novo governo democrata terá de dar conta de demandas desprezadas e perdidas desde 2016.

O Brasil terá que voltar a dizer, sem medo, todos os anos e de forma permanente, como fazem os chilenos e outros vizinhos, que aqui houve uma ditadura sanguinária.

E reconhecer que a impunidade ajuda a explicar o horror que ainda enfrentamos até hoje.

O esquecimento sustentou a vida tranquila de ditadores e de 377 agentes públicos (militares, policiais e outros) envolvidos em crimes de lesa humanidade entre 1964 e 1985, como torturas, assassinatos e ocultação de cadáveres.

O esquecimento nos levou às crueldades e aos crimes do bolsonarismo e à estrutura militar que tutela e sustenta um genocida.

O Brasil terá de voltar a falar de ditadura, de ditadores e de torturadores, ou assumir que é um país resignado, alienado e acovardado.

O ditador Pinochet na visão de Chico Caruso | Acervo

21
Ago22

Sonhar com um milionário fascista na cadeia

Talis Andrade

 

 
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O alvoroço da semana é provocado pela possibilidade de ver um dos milionários tios golpistas do zap na cadeia.

É uma ilusão que vai e volta e enfeita os sonhos das esquerdas. Tem que chegar a hora de ver mais do que Sarah Winter e Zé Trovão nas grades.

Precisamos de um ricaço delinquente encarcerado, para que se cumpra uma etapa sempre adiada de reparação.

As esquerdas sonham com o momento em que um desses sujeitos graúdos que saíram do bueiro destampado por Bolsonaro entrarão num camburão.

É uma miragem recorrente. Mas dizem agora os juristas formados pelo lavajatismo que golpistas podem se articular em seus grupos de zap e conversar sobre a tomada do poder.

Eles teriam o direito de falar em voz alta entre eles. É o que dizem os justiceiros da direita, que desejam ferro e fogo para as esquerdas e moderação para a abordagem dos delitos de suas turmas.

De acordo com tese já disseminada, é preciso respeitar a privacidade dos golpistas descobertos pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

É como se um delegado de Sorocaba, Barbacena ou Alegrete descobrisse que uma quadrilha se prepara para tomar e saquear um banco da cidade, mas respeitasse a privacidade dos bandidos.

Porque, de acordo com esse raciocínio, a conversa fechada no grupo tem efeitos naquela bolha. O delegado só iria intervir se o plano fosse tornado público pelo Twitter.

O certo é que a ilusão de ver um fascista grandão na cadeia é um direito de todos e uma possibilidade real.

O jurista Wálter Maierovitch já pulverizou em artigo na Folha a teoria do golpe mantido em conversa privada como galhofa ou liberdade de expressão.

O grupo de tios endinheirados do zap caracteriza, segundo Maierovitch, crime de associação delinquencial, que recebe o nome jurídico de formação de organização criminosa.

E a prisão cautelar é uma hipótese a ser considerada, ensina o jurista. Maierovitch não diz, mas é preciso levar em conta que essa é uma possibilidade improvável às vésperas da eleição.

Mesmo assim, o impasse político não afasta completamente a hipótese, considerando-se que o golpe estaria sendo planejado para evitar a posse de Lula.

Como o plano é dar o bote depois da eleição, é nesse momento, pós-pleito, que iria se configurar a ameaça real.

O que a realidade nos impõe, destruindo sonhos coloridos nesse sentido, é que poderemos ter, com Lula eleito, a acomodação das pacificações.

E o grupo dos tios milionários do zap seria visto com o tempo como uma subturma de gente que não frequenta altas rodas e se contenta com o que, na definição de Maierovitch, são apenas associações delinquenciais.

A força do empresariado fascista em geral é outra, em toda parte. Eles aplicam golpes contra o Fisco e contra concorrentes, mas não têm mais poder para golpes políticos.

Até a ameaça de golpe dos milionários pode ser, como também é o blefe de golpe de Bolsonaro, mais um estelionato do capitalismo brasileiro.
 
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15
Ago22

Gleisi: "Lula governou por 8 anos. Quando é que fechou uma igreja, perseguiu evangélicos, um pastor?"

Talis Andrade

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Presidente do PT também afirmou que o partido "vai estudar as possibilidades" de entrar com uma representação contra o mentiroso Marco Feliciano, que confessou tem propagado a informação falsa de Lula fechar igreja 

 

247 - A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, saiu em defesa do ex-presidente Lula e afirmou que o partido avalia entrar com representação contra o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) após ele ter admitido que, enquanto atua como pastor, espalha fake news aos fieis dizendo que o PT pretende fechar igrejas se voltar ao poder.

"Lula governou esse país por oito anos. Quando é que fechou uma igreja, perseguiu evangélicos, um pastor?", questionou Gleisi à coluna da Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo. "Foi dele a sanção da lei da liberdade religiosa, já em dezembro de 2003, e foi do Lula também em setembro de 2009 a sanção da lei que marcou o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Sempre respeitou todas as religiões. Então vamos enfrentar esse debate com muita tranquilidade e clareza, mostrando para o povo que eles (os bolsonaristas) querem ganhar com mentira, com medo sobre a população", complementou.

Sobre a possibilidade de entrar com uma ação contra Feliciano, a deputada federal afirmou: "Vamos estudar todas as possibilidades. O que não pode é deixar que a campanha vá para fake news, para mentira, eles não têm o que debater com povo brasileiro. Essa não é uma disputa religiosa, tem que deixar isso claro. É disputa política. Você disputa projeto para o país. Mas obviamente que nesse bojo a gente tem que esclarecer as mentiras e as fake news."

Mais cedo, Gleisi já havia publicamente cobrado uma atitude do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a confissão do crime cometido por Feliciano. O PT iniciou uma contraofensiva nas redes para desmentir as alegações falsas relacionadas ao ex-presidente e as religiões. À coluna da Mônica Bergamo, a presidente do partido também revela que, se necessário, Lula se manifestará pessoalmente sobre as fake news: "Se precisar, vamos fazer fala específica, não há problema nesse sentido. Estão entrando nessa seara porque não têm proposta para o Brasil."
 
 

O PT intensificou os comunicados para desmentir rumores de que Lula vai fechar igrejas evangélicas no país. O partido lembra que o ex-presidente sancionou a lei da liberdade religiosa, em 2003, e a lei que criou o Dia da Marcha para Jesus, em 2009, proposta pelo então senador Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus. A plataforma "Verdade na Rede", criada pelo PT, divulgou uma peça que mostra o ex-presidente com as mãos unidas sob o título "Lula é cristão e governa para todos".

 

Michelle é hoje a figura mais perigosa

 
 
25
Jul22

O bolo da matança

Talis Andrade

O bolo da matançaFoto: Reprodução/Redes Sociais

 

por Moisés Mendes /Extra Classe

O gesto mais forte, mais incisivo, mais afirmativo de uma posição, depois do assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, não veio de instituições, da OAB, da Igreja, de políticos ou de celebridades que dizem frases de combate à brutalização do país.

O gesto de maior impacto, que mereceu as capas dos jornais, veio de onde sempre vem a reação a esse tipo de episódio. Partiu da própria extrema direita.

Foi o gesto de Eduardo Bolsonaro ao apresentar um bolo com uma arma dentro, no dia do seu aniversário. Uma ideia pronta para quem fez 38 anos: é só mostrar um revólver calibre 38 como decoração.

Um gesto simbólico que os democratas não conseguem ter, mas a extrema direita sempre apresenta nos momentos em que parece acuada.

Depois da festa de aniversário interrompida por um extremista com uma arma, outra festa de aniversário com um bolo e uma arma.

A alegoria do garoto quase quarentão é a resposta do fascismo ao crime em Foz. Com mais deboche, agressividade, mais armas e mais incitação à matança.

Não há nada equivalente do lado dos democratas ou dos chamados genericamente de progressistas e/ou de esquerda.

Eduardo Bolsonaro produziu o gesto de impacto que sempre falta aos que tentam conter a fúria da extrema direita. E sem muito esforço.

O fascismo transmite mensagens que alcançam o seu público sem volteios. É tudo direto, sem a necessidade de frases explicativas.

A extrema direita passa hoje, com meia dúzia de palavras e alguns objetos, principalmente armas, recados destruidores dos esforços humanistas.

E as esquerdas brasileiras há muito tempo não têm como passar nenhuma síntese do que desejam e do que combatem, mesmo que tenham sido vitoriosas em eleições em países da vizinhança.

Perderam força os slogans libertários que vieram dos anos 60 e as mensagens do século passado com pombas da paz.

Uma pomba da paz hoje não significa nada mais para os que vieram do século 20 e tampouco para os jovens do século 21.

Nenhuma palavra de ordem das esquerdas funciona mais ou funciona pouco. É proibido proibir. Abaixo a ditadura. Tortura nunca mais. Sejam realistas, exijam o impossível. A política está nas ruas, não nas urnas. Democracia já.

Democracia, diferenças, liberdades, direitos humanos. Quase nada funciona. Nem as ruas funcionam mais no Brasil. Nem o apelo ambientalista sensibiliza, mesmo que a Amazônia seja nossa.

Enquanto isso, a extrema direita vai se divertindo com a descoberta de que as pessoas assimilam com mais facilidade mensagens que transmitam ódio, violência, desavença, ruptura e morte.

Um dia depois do assassinato em Foz do Iguaçu, quem conseguiu produzir a mensagem mais poderosa foi o filho mais bélico de Bolsonaro, porque tem poder de síntese para falar com os 30% que apoiam seu pai e o fascismo.

Ninguém sabe o que disseram a Igreja, a OAB, as autoridades, os líderes da oposição, nem mesmo o que Lula disse. As mensagens de condenação do assassinato são levadas por qualquer vento.

O que fica é o bolo do sujeito que já havia produzido a mais lembrada imagem do golpe, a de que um cabo e um soldado, mesmo sem jipe, podem fechar o Supremo.

É a realidade. A democracia não tem força para criar algo com o impacto de um bolo com uma arma e com uma vela sendo assoprada por uma criança.

É aterrador, mas é o que temos para o momento. E com o apoio de um terço da população brasileira. A mensagem da matança está vencendo.

Editorial - Bangue-Bangue bolsonarista: indicações e primeiras baixas -  Jovens Cronistas

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