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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

15
Jan23

O “Hino” ao Inominável, feito pra lembrar, pra sempre, o pior dos piores mandatários da nossa história; vídeo

Talis Andrade

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Redação Vio Mundo

- - -

No ar, o ”Hino” ao Inominável. Com letra de Carlos Rennó e música de Chico Brown e Pedro Luís.

Autoironicamente intitulada “hino”, é uma canção-manifesto contra a contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à presidência da República.

Num vídeo criado pelo Coletivo Bijari (versão integral, acima, tem 13min40), 30 artistas interpretam-na.

Entre eles, Wagner Moura, Bruno Gagliasso, Lenine, Zélia Duncan, Chico César, Paulinho Moska, Leci Brandão,  Marina Lima, Mônica Salmaso e Zélia Duncan.

Os versos falam de temas recorrentes no discurso do ex-capitão, como a ditadura militar, racismo, machismo,  destruição ambiental.

Citam literalmente ou se baseiam em declarações dadas pelo ‘inominável’ e encontradas na internet e em jornais.

“Feito pra lembrar, pra sempre, esses anos sob a gestão do mais tosco dos toscos, o mais perverso dos perversos, o mais baixo dos baixos, o pior dos piores mandatários da nossa história. E pra contribuir, no presente, pra não reeleição do inominável”, frisa o texto que acompanha o vídeo lançado nesse em 17-09-2022.

“Na íntegra, são 202 versos, mais o refrão, contra o ódio e a ignorância no poder no Brasil”, prossegue o texto.

Que arremata: “Porém, apesar dele – e do que, e de quem e quantos ele representa – a mensagem final é de luz, a luz que resiste, pois, como canta o refrão ‘Mas quem dirá que não é mais imaginável / Erguer de novo das ruínas o país?’”.

Letra completa do “Hino” do Inominável, de  Carlos Rennó

“Sou a favor da ditadura”, disse ele,
“Do pau de arara e da tortura”, concluiu.
“Mas o regime, mais do que ter torturado,
Tinha que ter matado trinta mil”.
E em contradita ao que afirmou, na caradura
Disse: “Não houve ditadura no país”.

E no real o incrível, o inacreditável
Entrou que nem um pesadelo, infeliz,
Ao som raivoso de uma voz inconfiável
Que diz e mente e se desmente e se desdiz.

Disse que num quilombo “os afrodescendentes
Pesavam sete arrobas” – e daí pra mais:
Que “não serviam nem pra procriar”,
Como se fôssemos, nós negros, animais.
E ainda insiste que não é racista
E que racismo não existe no país.

Como é possível, como é aceitável
Que tal se diga e fique impune quem o diz?
Tamanha injúria não inocentável,
Quem a julgou, que júri, que juiz?

Disse que agora “o índio está evoluindo,
Cada vez mais é um ser humano igual a nós.
Mas isolado é como um bicho no zoológico”,
E decretou e declarou de viva voz:
“Nem um centímetro a mais de terra indígena!,
Que nela jaz muita riqueza pro país”.

Se pronuncia assim o impronunciável
Tal qual o nome que tal “hino” nunca diz,
Do inumano ser, o ser inominável,
Do qual emanam mil pronunciamentos vis.

Disse que se tivesse um filho homossexual,
Preferiria que o progênito “morresse”.
Pruma mulher disse que não a estupraria,
Porque “você é feia, não merece”.
E ainda disse que a mulher, “porque engravida”,
“Deve ganhar menos que o homem” no país.

Por tal conduta e atitude deplorável,
Sempre o comparam com alguns quadrúpedes.
Uma maldade, uma injustiça inaceitável!
Tais animais são mais afáveis e gentis.

Mas quem dirá que não é mais imaginável
Erguer de novo das ruínas o país?

Chamou o tema ambiental de “importante
Só pra vegano que só come vegetal”;
Chamou de “mentirosos” dados científicos
Do aumento do desmatamento florestal.
Disse que “a Amazônia segue intocada,
Praticamente preservada no país”.

E assim negou e renegou o inegável,
As evidências que a Ciência vê e diz,
Da derrubada e da queimada comprovável
Pelas imagens de satélites.

E proclamou : “Policial tem que matar,
Tem que matar, senão não é policial.
Matar com dez ou trinta tiros o bandido,
Pois criminoso é um ser humano anormal.
Matar uns quinze ou vinte e ser condecorado,
Não processado” e condenado no país.

Por essa fala inflexível, inflamável,
Que só a morte, a violência e o mal bendiz,
Por tal discurso de ódio, odiável,
O que resolve são canhões, revólveres.

“A minha especialidade é matar,
Sou capitão do exército”, assim grunhiu.
E induziu o brasileiro a se armar,
Que “todo mundo, pô, tem que comprar fuzil”,
Pois “povo armado não será escravizado”,
Numa cruzada pela morte no país

E num desprezo pela vida inolvidável,
Que nem quando lotavam UTIs
E o número de mortos era inumerável,
Disse “E daí? Não sou coveiro”. “E daí?”

“Os livros são hoje ‘um montão de amontoado’
De muita coisa escrita”, veio a declarar.
Tentou dizer “conclamo” e disse “eu canclomo”;
Não sabe conjugar o verbo “concl…amar”.
Clamou que “no Brasil tem professor demais”,
Tal qual um imbecil pra imbecis.

Vigora agora o que não é ignorável:
Os ignorantes ora imperam no país
(O que era antes, ó pensantes, impensável)…
Quem é essa gente que não sabe o que diz?

Mas quem dirá que não é mais imaginável
Erguer de novo das ruínas o país?

Chamou de “herói” um coronel torturador
E um capitão miliciano e assassino.
Chamou de “escória” bolivianos, haitianos…
De “paraíba” e “pau de arara” o nordestino.
E diz que “ser patrão aqui é uma desgraça”,
E diz que “fome ninguém passa no país”.

Tal qual num filme de terror, inenarrável,
Em que a verdade não importa nem se diz,
Desenrolou-se, incontível, incontável,
Um rol idiota de chacotas e pitis.

Disse que mera “fantasia” era o vírus
E “histeria” a reação à pandemia;
Que brasileiro “pula e nada no esgoto,
Não pega nada”, então também não pegaria
O que chamou de “gripezinha” e receitou (sim!),
Sim, cloroquina, e não vacina, pro país.

E assim sem ter que pôr à prova o improvável,
Um ditador tampouco põe pingo nos is,
E nem responde, falador irresponsável,
Por todo ato ou toda fala pros Brasis.

E repetiu o mote “Deus, pátria e família”
Do integralismo e da Itália do fascismo,
Colando ao lema uma suspeita “liberdade”…
Tal qual tinha parodiado do nazismo
O slogan “Alemanha acima de tudo”,
Pondo ao invés “Brasil” no nome do país.

E qual num sonho horroroso, detestável,
A gente viu sem crer o que não quer nem quis:
Comemorarem o que não é memorável,
Como sinistras, tristes efemérides…

Já declarou: “Quem queira vir para o Brasil
Pra fazer sexo com mulher, fique à vontade.
Nós não podemos promover turismo gay,
Temos famílias”, disse com moralidade.
E já gritou um dia: “Toda minoria
Tem de curvar-se à maioria!” no país.

E assim o incrível, o inacreditável,
Se torna natural, quanto mais se rediz,
E a intolerância, essa sim intolerável,
Nessa figura dá chiliques mis.

Mas quem dirá que não é mais imaginável
Erguer de novo das ruínas o país?

Por vezes saem, caem, soam como fezes
Da sua boca cada som, cada sentença…
É um nonsense, é um caô, umas fake-news,
É um libelo leviano ou uma ofensa.
Porque mal pensa no que diz, porque mal pensa,
“Não falo mais com a imprensa”, um dia diz.

Mas de fanáticos a horda lamentável,
Que louva a volta à ditadura no país,
A turba cega-surda surta, insuportável,
E grita “mito!”, “eu autorizo!”, e pede “bis!”

E disse “merda, bosta, porra, putaria,
Filho da puta, puta que pariu, caguei!”
E a cada internação tratando do intestino
E a cada termo grosso e um “Talquei?”,
O cheiro podre da sua retórica
Escatológica se espalha no país.

“Sou imorrível, incomível e imbrochável”,
Já se gabou em sua tão caracterís-
Tica linguagem baixo nível, reprovável,
Esse boçal ignaro, rei de mimimis.

Mas nada disse de Moise Kabagambe,
O jovem congolês que foi aqui linchado.
Do caso Evaldo Rosa, preto, musicista,
Com a família no automóvel baleado,
Disse que a tropa “não matou ninguém”, somente
“Foi um incidente” oitenta tiros de fuzis…

“O exército é do povo e não foi responsável”,
Falou o homem da gravata de fuzis,
Que é bem provável ser-lhe a vida descartável,
Sendo de negro ou de imigrante no país.

Bradou que “o presidente já não cumprirá
Mais decisão” do magistrado do Supremo,
Ao qual se dirigiu xingando: “Seu canalha!”
Mas acuado recuou do tom extremo,
E em nota disse: “Nunca tive intenção
(Não!) De agredir quaisquer Poderes” do país.

Falhou o golpe mas safou-se o impeachável,
Machão cagão de atos pusilânimes,
O que talvez se ache algum herói da Marvel
Mas que tá mais pra algum bandido de gibis.

Mas quem dirá que não é mais imaginável
Erguer de novo das ruínas o país?

E sugeriu pra poluição ambiental:
“É só fazer cocô, dia sim, dia não”.
E pra quem sugeriu feijão e não fuzil:
“Querem comida? Então, dá tiro de feijão”.
É sem preparo, sem noção, sem compostura.
Sua postura com o posto não condiz.

No entanto “chega! […] vai agora [inominável]”,
Cravou o maior poeta vivo, no país,
E ecoou o coro “fora, [inominável]!”
E o panelaço das janelas nas metrópoles!

E numa live de golpista prometeu:
“Sem voto impresso não haverá eleição!”
E praguejou pra jornalistas: “Cala a boca!
Vocês são uma raça em extinção!”
E no seu tosco português ele não pára:
Dispara sempre um disparate o que maldiz.

Hoje um mal-dito dito dele é deletável
Pelo Insta, Face, YouTube e Twitter no país.
Mas para nós, mais do que um post, é enquadrável
O impostor que com o posto não condiz.

Disse que não aceitará o resultado
Se derrotado na eleição da nossa história,
E: “Eu tenho três alternativas pro futuro:
Ou estar preso, ou ser morto ou a vitória”,
Porque “somente Deus me tira da cadeira
De presidente” (Oh Deus proteja esse país!”).

Tivéssemos um parlamento confiável,
Sem x comparsas seus cupinchas, cúmplices,
E seu impeachment seria inescapável,
Com n inquéritos, pedidos, CPIs.

………………………………………………………………

Não há cortina de fumaça indevassÁvel
Que encubra o crime desses tempos inci-vis
E tampe o sol que vem com o dia inadiÁvel
E brilha agora qual farol na noite gris.
É a esperança que renasce onde HÁ véu,
De um horizonte menos cinza e mais feliz.
É a passagem muito além do instagramÁvel
Do pesadelo à utopia por um triz,
No instante crucial de liberdade instÁvel
Pros democráticos de fato, equânimes,
Com a missão difícil mas realizável
De erguer das cinzas como fênix o país.

E quem dirá que não é mais imaginável
Erguer de novo das ruínas o país?

Mas quem dirá que não é mais imaginável
Erguer de novo das ruínas o país?

“Hino” ao Inominável

Produção e direção musical: Xuxa Levy

Produção e direção artística: Carlos Rennó

Colaboração musical e artística: Pedro Luís e Chico Brown

Intérpretes

André Abujamra

Arrigo Barnabé

Bruno Gagliasso

Caio Prado

Cida Moreira

Chico Brown

Chico César

Chico Chico

Dexter

Dora Morelenbaum

Héloa

Hodari

Jorge Du Peixe

José Miguel Wisnik

Leci Brandão

Lenine

Luana Carvalho

Marina Íris

Marina Lima

Monica Salmaso

Paulinho Moska

Pedro Luís

Péricles Cavalcanti

Preta Ferreira

Professor Pasquale

Ricardo Aleixo

Thaline Karajá

Vitor da Trindade

Wagner Moura

Zélia Duncan

Músicos:

Ana Karina Sebastião: baixo
Cauê Silva : percussão
Fábio Pinczowski: teclados
Juba Carvalho: percussão
Léo Mendes: guitarra
Thiago Silva: bateria
Webster Santos: violões
Xuxa Levy: máquina de escrever e programações

Participação especial: violoncelista Jacques Morelenbaum

Vídeo:

Coletivo Bijari
Edição: Guilherme Peres
Direção de fotografia: Toni Nogueira

08
Nov22

O sinistro do golpismo

Talis Andrade

Image

 

Por Juan Manuel Palomino Domínguez 

Sair às ruas, interditar rodovias e estradas, vestindo a camisa da seleção brasileira, portando a bandeira do país, se apropriando do hino nacional, para pedir para o exército que aponte seus fuzis para irmãos compatriotas que tem uma ideologia diferente, com o fim de amedrontá-los, até de atentar contra sua integridade física, é algo bem sinistro. 

Como cidadão, como humano, quem pede golpe de estado é um ser sinistro, macabro, funesto. Não tem outra forma de nomear essas pessoas que hoje estão na rua  prejudicando a economia do país de forma deliberada por não admitir um resultado eleitoral. A ignorância e a alienação, alimentadas de forma permanente pelas redes de comunicação do gabinete do ódio, tem solo fértil no mau caratismo de quem acredita estar certo em impedir o percurso da história democrática da nação por mera intolerância e mesquinidade, além da incompetência cognitiva para entender os limites que a cidadania tem dentro do campo de ação democrático.    

Não existe hoje na situação institucional e social brasileira nenhum fenômeno que possa servir de argumento para pedir a intervenção das forças armadas, a não ser que seja a intolerância política, religiosa, classista, racista e patriarcal. É uma combinação lúgubre dos piores sentimentos cidadãos.   O ódio pelo ódio mesmo. 

As agressões já não tem somente como alvo militantes petistas, comunistas, professores, cientistas, ativistas sociais.  Hoje se agride jornalistas da Globo, da Record, do SBT, da Jovem Pan. A situação está chegando a limites onde o bolsonarismo está a um degrau de se tornar uma forma de terrorismo de extrema-direita (se não é que já se tornou isso há tempo). A  imprensa toda tornou-se um empecilho entre a realidade paralela, a idolatria obcecada, o delírio místico e violento. 

A agressão tornou-se uma prática legitimada pela própria insanidade e perversão da massa golpista. Passou-se da agressão verbal, praticada pelo presidente Bolsonaro contra jornalistas sobre tudo, que questionassem qualquer ação do governo, a agressão física praticada pelos grupos golpistas contra todo aquele que não se submeta aos pedidos e reclamações lunáticas que os mantêm na rua.

Foram agredidos trabalhadores, estudantes menores de idade, famílias dentro de carros, pessoas que precisavam chegar a algum lugar com urgência por questões de saúde, caminhoneiros, motoristas de ônibus e transeuntes.

Percebe-se uma ostensiva despreocupação por parte dos bolsonaristas em partir para  agressão física ante qualquer obstrução aos seus pedidos.  O preocupante é ver como essa gente consegue ter proximidades assustadoras com as forças policiais e do exército. O golpismo é um caldo assassino conformado por diversos setores sociais decididos a exterminar toda oposição, toda diversidade e pluralismo.  A imprensa toda hoje mostra sua preocupação. É preocupante. Não vale de nada agora sinalizar a responsabilidade óbvia da mídia tradicional brasileira que alimentou a barbárie desde os atos apropriados pela direita no ano 2013. Que foi cúmplice do golpe constitucional de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff.

As feras estão descontroladas. Acreditam que se foi possível dar o golpe uma vez, podem dar um golpe as vezes que quiserem. Só que dessa vez o pedido é mais radical. O pedido hoje é pela militarização da sociedade, o que barraria de vez com todos os privilégios dos setores civis que foram comparsas durante o destituição ilegal da Dilma. A militarização da sociedade é algo que iria prejudicar setores de poder que estão ferreamente interligados: setores da alta burguesia junto a setores da alta cúpula do judiciário.  Esses setores são hoje o muro de contenção entre o golpe de estado e a democracia no Brasil. Como diria Cazuza no plural, “estamos sobrevivendo pela caridade de que nos detesta”. A democracia nesse país, poderia se dizer, sobrevive hoje em parte, graças à resistência de setores de poder que detestam, em essência, a democracia.

O que fica no ar é esse ambiente de medo, de pasmo, ante essa loucura violenta que parece ter tido seu pico de evolução durante o feriado do dia 2 de novembro. A transição já  foi iniciada por Geraldo Alckmin. E Bolsonaro não tem poder nem competência para dar um golpe. Essa direita, tão perigosa, que se agigantou tanto, sabemos, está conformada por um bando de ratos cobiçosos e medrosos. As armas são o instrumento do medo para destruir a liberdade e o amor.

Por sorte, não existem no Brasil hoje armas suficientes para demolir o ato de amor à democracia encarnado por uma grande proporção do povo brasileiro durante as eleições do dia 30 de outubro de 2022.

28
Out22

HOMENAGENS A DITADORES, ATAQUES À DEMOCRACIA E SINAIS DO FASCISMO

Talis Andrade

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1. LIBERDADE E CENSURA

2. ATAQUES AO STF

3. ATAQUES ÀS URNAS

4. ATAQUES À IMPRENSA

5. HOMENAGEM A DITADORES E TORTURADORES

6. SINAIS DO FASCISMO

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1. LIBERDADE E CENSURA


    1. Moro pede investigação de Lula por "calúnia" a Bolsonaro (Folha, fevereiro de 2020)
    2. Artistas de festival punk do Pará são investigados por suposta apologia à violência contra Bolsonaro (G1, fevereiro de 2020)
    3. Em defesa da honra de Bolsonaro, ministério de Moro pede abertura de inquérito contra punks (CONJUR, fevereiro de 2020)
    4. Moro vai atrás de punk e porteiro, mas não de miliciano. (UOL, fevereiro de 2020)
    5. Governo usa Lei de Segurança Nacional para investigar jornalista Ricardo Noblat por publicação de charge de Renato Aroeira com suástica usada para criticar Bolsonaro (Folha, junho de 2020)
    6. Ministro da Justiça requisita inquérito da PF para investigar artigo de colunista da Folha (Folha, julho de 2020)
    7. Ministro da Justiça diz que vai requisitar inquérito policial para apurar textos de jornalistas (Folha, janeiro de 2021)
    8. PF intima advogado Marcelo Feller em inquérito de Lei de Segurança Nacional por críticas a Bolsonaro (Isto É, janeiro de 2021)
    9. André Mendonça, então ministro da Justiça e Segurança Pública, acionou PF contra sociólogo que comparou Bolsonaro a “pequi roído” (UOL, março de 2021)
    10. Felipe Neto é intimado a depor com base em Lei de Segurança Nacional, herança da ditadura (El País, março de 2021)
    11. PF abre inquérito para investigar Ciro Gomes sob suspeita de crime contra a honra de Bolsonaro (Folha, março de 2021)
    12. Jovem é preso em flagrante após publicação sobre visita de Bolsonaro a Uberlândia (G1, março de 2021)
    13. Manifestante detido por estender faixa que chama Bolsonaro de genocida no DF permanecerá preso (G1, março de 2021)
    14. Manifestantes são detidos por faixa com frase “Bolsonaro genocida” e suástica (Poder 360, março de 2021)
    15. Professora é alvo de investigação da PF por causa de outdoor com críticas ao governo Bolsonaro (G1, março de 2021)
    16. Por mensagem contra Bolsonaro, 25 pessoas são intimadas pela PF de Uberlândia (Poder 360, março de 2021)
    17. PF vê ameaça de Boulos a Bolsonaro em tweet e abre investigação com base na Lei de Segurança Nacional (Yahoo, abril de 2021)
    18. PF intima líder indígena Sonia Guajajara por críticas ao governo Bolsonaro (CNN, abril de 2021)
    19. Conheça 20 atingidos por investigações de crimes da Lei de Segurança Nacional e críticas a Bolsonaro (Folha, maio de 2021)
    20. Ministro de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, move ações contra opositores do governo na CPI da Pandemia (CNN, janeiro de 2022)
    21. Carlos Bolsonaro processa Porchat por danos morais após postagem no Twitter que chama os filhos do Presidente de “corruptos” (UOL, abril de 2022)

 

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2. ATAQUES AO STF


 

    1. Atos pró-Bolsonaro defendem reformas e atacam Congresso e STF (Exame, maio de 2019)
    2. No Twitter, Bolsonaro identifica Supremo Tribunal Federal como um de seus inimigos (Conjur, outubro de 2019)
    3. Julho-Agosto de 2021: Linha do tempo da escalada da tensão entre STF e Bolsonaro em um mês (CNN, agosto de 2021)
    4. Bolsonaro fala de Moraes após inquérito das fake news: “a hora dele vai chegar” (CNN, agosto de 2021)
    5. Secretário da Pesca de Bolsonaro defende alvos do STF, ofende ministros e convoca para atos do 7 de setembro (Folha, agosto de 2021)
    6. Bolsonaro repete ameaça golpista e diz que 7 de Setembro será ultimato a ministros do STF (Folha, setembro de 2021)
    7. Ano foi marcado por ataques de Bolsonaro ao STF, que respondeu à altura (VEJA, dezembro de 2021)
    8. “Canalha”, otário”: relembre os ataques de Bolsonaro contra Moraes e entenda o vaivém do presidente (Estadão, dezembro de 2021) 
    9. “Bolsonaro ataca o STF desde que sentou na cadeira do Palácio do Planalto em 2019” (CBN, janeiro de 2022)
    10. Presidente Bolsonaro defende golpe de 64 e Daniel Silveira e ataca ministros do STF (CNN, março de 2022)
    11. Graça a Daniel Silveira foi “exemplo ao STF” afirma Bolsonaro (Poder 360, maio de 2022)
    12. Jair Bolsonaro processa Alexandre de Moraes no STF por suposto “abuso de autoridade” (Jota, maio de 2022)
    13. Bolsonaro chama Barroso de “sem caráter” e ataca Moraes (Poder 360, junho de 2022)
    14. Oficializado candidato, Bolsonaro ataca STF e chama para 7 de Setembro (Veja, julho de 2022)
    15. Cinco vezes em que Bolsonaro Atacou Moraes, novo Presidente do TSE (Congresso em Foco, agosto de 2022)
    16. Bolsonaro ataca STF e desqualifica carta em defesa da democracia (Correio Braziliense, agosto de 2022)

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3. ATAQUES ÀS URNAS


 

    1. 'Não temos provas', diz Bolsonaro em live para mostrar provas de fraudes (Estado de Minas, julho de 2021) 
    2. Bolsonaro não tem provas sobre fraude de urnas, mas insiste em ilação já desmentida por TSE (El País, agosto de 2021)
    3. Em live, Bolsonaro repete desinformação sobre urnas eletrônicas e Barroso (UOL, agosto de 2021)
    4. Bolsonaro ataca urnas eletrônicas com inquérito desmentido pelo TSE (Congresso em Foco, julho de 2022)
    5. Bolsonaro espalha fake news contra sistema eleitoral para embaixadores (Brasil de Fato, julho de 2022)
    6. Um dia após Bolsonaro atacar urnas, embaixada dos EUA diz que eleições no Brasil são 'modelo' para o mundo (G1, julho de 2022)
    7. Bolsonaro ataca urnas eletrônicas - coletânea de reportagens (Istoé Dinheiro, agosto de 2022) 
    8. A eleição em que Bolsonaro defendeu urna eletrônica como antídoto contra fraude no voto impresso - 1993 (BBC, agosto de 2022)
    9. Em podcast, Bolsonaro ataca urnas, minimiza ditadura e defende remédios ineficazes (Carta Capital, agosto de 2022) 

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4. ATAQUES À IMPRENSA

 

    1. Quem são os youtubers recomendados por Jair Bolsonaro. Os “excelentes canais de informação” para Bolsonaro são conhecidos disseminadores de mentiras e teorias da conspiração (The Intercept, novembro de 2019)
    2. Sem banheiro ou água, jornalistas relatam restrições em posse de Bolsonaro (Exame, janeiro de 2019)
    3. Bolsonaro usa declaração falsa para atacar imprensa (Estadão, março de 2019)
    4. Jornal Francês desmente Jair Bolsonaro e artigo de leitor que ataca jornalista do Estadão. Autor do texto usado em fake news contra repórter “não tem nada a ver com nosso portal”, diz editor do Mediapart (The Intercept, março de 2019)
    5. 'Única coisa positiva na matéria do Intercept é o HIV', diz ex-assessor do MEC. Fundador do site, Glenn Greenwald é gay assumido (O Globo, junho de 2019)
    6. Bolsonaro ataca marido de Greenwald e chama Jean Willys de “menina” (Paraná Portal, junho de 2019)
    7. 'Talvez pegue uma cana aqui no Brasil', diz Bolsonaro sobre Glenn Greenwald (G1, julho de 2019)
    8. Bolsonaro usa informações falsas para atacar a jornalista Míriam Leitão. Em café da manhã com a mídia estrangeira, presidente acusa a colunista do GLOBO de mentir sobre ter sido torturada e afirma, equivocadamente, que ela integrou a luta armada (O Globo, julho de 2019)
    9. Em 10 dias, declarações de Bolsonaro têm preconceito, dados falsos e sarcasmo. Presidente atacou jornalistas, nordestinos e vítimas da ditadura militar (Folha, julho de 2019)
    10. Jair Bolsonaro faz ataque homofóbico contra jornalista vencedor do Pulitzer (Sputnik, setembro de 2019)
    11. Bolsonaro ataca a imprensa, em média, duas vezes por semana (Poder 360, novembro de 2019)
    12. Bolsonaro atacou a imprensa 117 vezes desde que virou presidente (Congresso em Foco, janeiro de 2020)
    13. Bolsonaro ofende jornalista da Folha: “Queria dar o furo” (IstoÉ, fevereiro de 2020)
    14. Jornalista Marco Villa relata que a Secom telefona para os veículos de comunicação para coagir quem critica o governo Bolsonaro (Teleguiado, fevereiro de 2020)
    15. Jornalista Vera Magalhães, do ‘Estado’, é alvo de ataques nas redes sociais após divulgar que o presidente Jair Bolsonaro havia usado seu celular pessoal para convocando a população para manifestações contra o Congresso Nacional (IstoÉ, fevereiro de 2020)
    16. Bolsonaro defende boicote a mídia 'que mente', diz que vai à Fiesp e pedirá que empresários não anunciem na Folha. (Folha, fevereiro de 2020)
    17. Na Fiesp, Bolsonaro sugere a empresários que anunciem suas marcas na imprensa alinhada ao governo (Gaúcha ZH, março de 2020)
    18. Para evitar responder sobre PIBinho, Bolsonaro coloca humorista para humilhar jornalistas (Jornal GGN, março de 2020)
    19. Quebra de sigilo liga gabinete de Eduardo Bolsonaro à conta que fazia ataques virtuais a jornalistas e o STF (UOL, março de 2020)
    20. Bolsonaro volta a atacar imprensa e a negar que tenha convocado protestos (BBC, março de 2020)
    21. "CALA A BOCA, NÃO PERGUNTEI NADA", disse Bolsonaro a um repórter que o questionou sobre as mudanças que fez na Polícia Federal visando proteger seus filhos no RJ (Folha, maio de 2020)
    22. Após crítica de Bolsonaro à imprensa, apoiadores hostilizam jornalistas. Os xingamentos contra profissionais da imprensa pela claque bolsonarista se tornaram rotina no Palácio da Alvorada, em Brasília (CNN, maio de 2020)
    23. Apoiador do presidente agride um jornalista em frente à PF, local onde Sérgio Moro iria prestar depoimento (Ivan Valente, no Twitter, maio de 2020)
    24. Repórter fazia matéria sobre militares com COVID-19. Ele foi atacado e teve a mão fraturada por um bolsonarista. Além da agressão, ele teve o equipamento destruído (Vídeo disponível no Twitter, maio de 2020)
    25. Apoiadores de Bolsonaro reviram lixo do Alvorada para atacar jornalistas. Homens fizeram vídeos dizendo que imprensa era suja; segurança do palácio disse ter feito eles apagarem imagens (Folha, maio de 2020)
    26. Em manifestação de apoio ao presidente, uma manifestante bateu com o mastro de uma bandeira do Brasil na cabeça de uma repórter (Metrópoles, maio de 2020)
    27. Apoiadores de Bolsonaro atacam repórteres: "Lixo! Filhos da puta! Mentirosos! Vocês são mentirosos! Comunistas! Achacadores da República" (Folha, maio de 2020). 
    28. No dia seguinte, Bolsonaro disse que era tudo vitimismo dos repórteres (link para vídeo)
    29. 9 ataques de Bolsonaro a jornalistas - e quais temas que levaram presidente a perder a linha (BBC, maio de 2020)
    30. PF intima colunista da Folha a depor sobre texto que tratou de Bolsonaro e Covid (Folha, agosto de 2020)
    31. Bolsonaro ameaça jornalista: 'Minha vontade é encher tua boca na porrada'. Presidente não gostou de ser questionado sobre cheques que teriam sido depositados por Queiroz e a mulher na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro (Fantástico, agosto de 2020)
    32. Bolsonaro critica fala de Maju Coutinho e apoiadores reagem: “Mentirosa”. Com a hashtag "Majumentirosa", o nome da apresentadora da TV Globo virou um dos assuntos mais comentados no Twitter (Metrópoles, agosto de 2020). 
    33. Detalhe: A jornalista não mentiu.
    34. Justiça proíbe TV Globo de exibir documentos do caso Flávio Bolsonaro (Veja, setembro de 2020)
    35. Secom de Bolsonaro faz ataques a Marcelo Adnet após paródia a vídeo ultranacionalista. O secretário de Cultura, Mário Frias, também publicou ofensas ao humorista; para o ex-ator de Malhação, Adnet é um “palhaço decadente" (Revista Fórum, setembro de 2020) 
    36. Bolsonaro atacou a imprensa 299 vezes nos últimos nove meses, dia Fenaj (O Globo, outubro de 2020)
    37. Relembre série de ataques de Bolsonaro à Folha desde a campanha eleitoral de 2018. Além de ofender repórteres do jornal, presidente já disse que "o certo é tirar de circulação" (Folha, novembro de 2019)
    38. Bolsonaro ataca a imprensa e sugere tirar jornais de circulação (Estado de Minas, fevereiro de 2021)
    39. Bolsonaro volta a atacar jornalistas: “Ridículo, nasça de novo” (Correio Braziliense, junho de 2021)
    40. Bolsonaro insulta repórter e a manda “calar a boca” (DW, junho de 2021)
    41. Furioso, Bolsonaro tira máscara, manda repórter e equipe calarem a boca, reclama da CNN e ataca a Globo (Folha, junho de 2021)
    42. Como análises matemáticas afastam hipótese de fraude nas urnas, ao contrário do que diz Bolsonaro (BBC, julho de 2021) 
    43. Bolsonaro atacou imprensa 87 vezes no primeiro semestre de 2021, aumento de 74%, diz entidade (Folha, julho de 2021)
    44. Jornalistas são agredidos por seguranças de Bolsonaro em Roma (UOL, outubro de 2021)
    45. Imprensa internacional repercute agressão a jornalistas brasileiros em ato com Bolsonaro em Roma (BBC, novembro de 2021)
    46. Jornalistas são agredidos por segurança de Bolsonaro na Bahia. Segurança do presidente deu um "mata-leão" em repórter da TV Bahia, afiliada da TV Globo, em Itamaraju (Metrópoles, dezembro de 2021)
    47. Bolsonaro minimiza agressões de seguranças a jornalistas (Metrópoles, dezembro de 2021)
    48. Bolsonaro se consolida como maior agressor de jornalistas, aponta relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Uol, janeiro de 2022)
    49. Bolsonaro é responsável por uma a cada três violações contra imprensa em 2021 (Abraji, janeiro de 2022)
    50. Ataques do governo minam imprensa no Brasil, dia RFS (DW, maio de 2022)
    51. Bolsonaro é condenado a pagar R$ 100 mil de indenização por ataques à imprensa (Carta Capital, junho de 2022)
    52. Bolsonaro ataca imprensa, volta a duvidar de urna e defende desobedecer STF (Uol, junho de 2022)
    53. Brasil é 3º país que mais perdeu em liberdade de expressão na década (UOL Notícias, junho de 2022)
    54. Bolsonaro é condenado a indenizar a jornalista Patrícia Campos Mello da Folha por danos morais. (Uol, junho de 2022)
    55. Clã Bolsonaro ataca imprensa uma vez a cada 14 horas (Yahoo, julho de 2022)
    56. Bolsonaro barra veículos de imprensa de reunião com embaixadores (Folha, julho de 2022)
    57. Bolsonaro diz que empresários que defendem golpe é notícia falsa e ataca jornalista Guilherme Amado (Folha, agosto de 2022)
    58. A Jovem Pan e o golpe. Como a emissora tornou-se o braço mais estridente do bolsonarismo (Revista Piauí, agosto de 2022) 
    59. Sob Bolsonaro, verbas de publicidade oficial para a Rádio Jovem Pan triplicaram (Revista Piauí, agosto de 2022)

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5. HOMENAGEM A DITADORES E TORTURADORES


 

    1. 7 fatos sobre o ditador — e pedófilo reiterado — elogiado por Bolsonaro: Pedófilo, estimulador de narcotráfico, promotor do contrabando de uísque, torturador, realizador de eleições fake... este é um brevíssimo curriculum vitae do ditador paraguaio Alfredo Stroessner (O Globo, fevereiro de 2019). 
    2. Todos os heróis de Jair Bolsonaro. No altar de Jair Bolsonaro, há uma lista com ladrões, assassinos, torturadores e um pedófilo que ganharam elogios públicos do presidente da República (The Intercept Brasil, março de 2019)
    3. Bolsonaro chama coronel Brilhante Ustra de “herói nacional” (G1, agosto de 2019)
    4. "Pela memória de Carlos Alberto Brilhante Ustra, terror de Dilma Rousseff". Antes mesmo de chegar à presidência, Bolsonaro já elogiava ditadores e torturadores. Em seu voto durante o impeachment de Dilma Rousseff, ele homenageou o coronel Ustra, que a torturou. Ustra foi condenado pelos crimes cometidos na ditadura militar. (Estadão, setembro de 2019)
    5. Bolsonaro exalta ditadura de Pinochet no Chile e ataca pai de Bachelet. Pai da ex-presidente chilena e atual comissária da ONU foi torturado e morto pela ditadura que vigorou até 1990 (VEJA, setembro de 2019)
    6. Bolsonaro diz que tem ‘certa afinidade’ com príncipe da Arábia Saudita. Mohammed bin Salman é acusado internacionalmente de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi (VEJA, outubro de 2019) 
    7. Os crimes cometidos por Major Curió, torturador recebido por Bolsonaro no Planalto. Ex-prefeito no Pará, militar é acusado de assassinato, tortura e ocultação de cadáveres na Guerrilha do Araguaia (Brasil de Fato, maio de 2020)
    8. Bolsonaro debocha de tortura sofrida por Dilma, que responde: “Sociopata” (Valor, dezembro de 2020)
    9. Bolsonaro homenageia NOVAMENTE Alfredo Stroessner em 2022, exaltando o ditador pedófilo e estuprador por ser um “homem de visão”. (Metrópoles, fevereiro de 2022)
    10. Bolsonaro elogia coronel condenado por tortura: 'Lutou por democracia' (Estado de Minas, março de 2022)

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6. SINAIS DO FASCISMO




 

    1. Pesquisadora encontra carta de Bolsonaro publicada em sites neonazistas em 2004 (Intercept Brasil, julho de 2021)
    2. Neonazistas ajudam a convocar "ato cívico" pró-Bolsonaro em São Paulo (Uol, abril de 2011)
    3. Neonazista de Belo Horizonte é condenado pela Justiça: “A magistrada determinou a devolução de bens pessoais dos três, como celulares, roupas camufladas e sapatos. Itens como livros sobre Hitler, uma carta enviada por Jair Bolsonaro, fichas de inscrição do movimento Pátria Livre e pen drives serão encaminhados ao MPF.” (O Tempo, maio de 2016)
    4. 'Ele soa como nós': David Duke, ex-líder da Ku Klux Klan, sobre Bolsonaro (BBC, outubro de 2018)
    5. Bolsonaro determinou que Defesa faça as “comemorações devidas” do golpe de 64, diz porta-voz (G1 Política, março de 2019)
    6. Exército brasileiro homenageia major alemão que defendeu exército nazista (Exame, julho de 2019)
    7. Israelenses condenam fala de Bolsonaro sobre Holocausto: Memorial Yad Vashem e presidente de Israel dizem que ninguém tem o direito de determinar se os crimes do regime nazista contra os judeus podem ser perdoados, como sugeriu Bolsonaro em evento com evangélicos (DW Brasil, abril de 2019)
    8. Bolsonaro debocha de tortura sofrida por Dilma, que responde: “Sociopata” (Valor, dezembro de 2020)
    9. Neta de ministro de Hitler, deputada de extrema-direita alemã sugere 'internacional conservadora' com Bolsonaro (BBC Brasil, agosto de 2021)
    10. “Deus, Pátria, Família”: Bolsonaro usa o lema da Ação Integralista Brasileira em carta à nação. Presidente assinou o documento com a expressão do movimento fundado na década de 1930 (Brasil de Fato, setembro de 2021)
    11. Secretário nacional da Cultura, Roberto Alvim faz discurso sobre artes semelhante ao de ministro da Propaganda de Hitler (G1, janeiro de 2020)
    12. Bolsonaro elogiou Alvim em live horas antes de anúncio com fala nazista (UOL, janeiro de 2020)
    13. Uma brincadeira macabra: Instituto pró-Bolsonaro que gravou o “templário” brasileiro e foi recebido por Bolsonaro e Weintraub tem um nazista em suas fileiras (Revista Fórum, março de 2020)
    14. Cinco vezes que Bolsonaro, ou pessoas ligadas a ele, recorreram a símbolos nazistas (Brasil de Fato, março de 2021)
    15. Bolsonaro publica vídeo com frase atribuída a Mussolini, ditador fascista (Correio Braziliense, junho de 2020)
    16. Onze vezes em que o bolsonarismo flertou com o nazismo (Congresso em Foco, junho de 2022)
    17. Episódios neonazistas crescem sob o governo Bolsonaro, aponta relatório. (Carta Capital, Agosto de 2022)
    18. Bolsonaro repete lema de inspiração fascista em Marcha de Prefeitos (Correio Braziliense, junho de 2022)

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15
Out22

"Quebrando Mitos": filme que faz uma autópsia da grande tragédia brasileira

Talis Andrade

 

QUEBRANDO MITOS - a frágil e catastrófica masculinidade de Bolsonaro -  YouTube

Documentário que todos deveriam ver se possível antes da eleição de 2 de outubro

 

por Ricardo Kotscho /UOL

- - -

Que porrada! Poucas vezes na vida me senti tão arrasado ao terminar de ver um filme e, ao mesmo tempo, encantado com a excelência que atingiu o cinema brasileiro, após anos de destruição sistemática da nossa cultura.

No dilacerante filme-documentário "Quebrando Mitos" sobre a "masculinidade catastrófica" do governo de Jair Bolsonaro, de Fernando Grostein Andrade e Fernando Siqueira, lançado esta semana no país, o Brasil é um corpo estendido no chão, recolhido pelos dois jovens cineastas para fazer a mais completa autopsia da grande tragédia brasileira.

Partindo dos seus dramas pessoais, Andrade e Siqueira, homossexuais assumidos num país homofóbico, machista, misógino e violento, que glorifica a ignorância e a estupidez humana, tiveram que sair do Brasil para um autoexílio em Los Angeles, quando Bolsonaro assumiu o poder, para poder montar em paz e segurança o filme das suas vidas, ameaçadas pela intolerância galopante.

Como foi possível chegarmos a esse ponto de degradação humana, tão bem retratado no filme, com o país de cócoras, devastado por um exército de ocupação?

Bolsonaro seria incapaz de fazer isso sozinho. Foi preciso um trabalho coletivo, envolvendo muita gente de poder político, religioso e militar, amplos setores da elite nacional, e eu diria que até com a ajuda de forças de fora, para abalar os alicerces institucionais desta grande nação.

Essa gente agora não vai querer largar o osso. É tudo muito assustador. Vai levar décadas para apagarmos essa chaga da nossa história.

"Está tudo ali, a ponto de doer", escreve o amigo Fabio Altman, em sua brilhante resenha na revista Veja, sobre o "tempo da insensatez", onde recolhi esta síntese do que acabei de ver:

"A apologia do machismo. o ataque às políticas de proteção ao meio ambiente; a promoção das milícias; o descaso irresponsável com a pandemia; a transformação da fé dos evangélicos em massa de manobra e o culto às mentiras como atalho de ascensão nos corredores de Brasília, até a eleição de um deputado apagado como presidente da República".

O primeiro capítulo dessa tragédia, contado com grande destaque no filme, aconteceu na verdade antes da posse do inominável: o assassinato da vereadora Marielle Franco, até hoje não esclarecido, que revela as origens milicianas do grupo levado ao poder em Brasília nas ondas da Operação Lava Jato, numa joint venture com a polícia e a justiça americanas.

Está lá o cenário macabro das covas rasas abertas nos cemitérios da Amazônia, durante a pandemia, tendo ao fundo a floresta que arde em chamas com a cumplicidade do governo que liberou as boiadas, o garimpo ilegal e a pesca predatória, sem esquecer de falar no assassinato de Dom e Bruno, os esquartejados símbolos da resistência.

Estão lá as marchas dos fanáticos gritando "Mito!", as poças de sangue dos pobres lavadas nas favelas, os desafios à Justiça, a grosseria das declarações cafajestes do presidente, como se estivéssemos assistindo a um thriller de terror, mas é tudo real.

"Tem história que um dia dormirá nos livros e enciclopédias, mas tem também a sensibilidade de tocar no que sempre soou tabu, mas que não pode mais: a repressão, por vezes silenciosa, imposta ao grupo LGBT", assinala Fabio Altman. Na narração em primeira pessoa, Gostein conta ter sido estuprado duas vezes e forçado a perder a virgindade com uma coelhinha da Playboy aos 17 anos (seu pai, Mario de Andrade, foi editor da versão brasileira da revista).

Em meio a esse circo de horrores, tem espaço também para as belas cenas da história de amor de Grostein e Siqueira, em contraste com os gritos de "imbrochável" pronunciados por Bolsonaro e repetidos por seus devotos em Brasília, na pajelança cívico militar do último dia 7, em que até tratores e grupos religiosos desfilaram pela Esplanada dos Ministérios num espetáculo grotesco, que prosseguiu no Rio de Janeiro com exibições da Marinha e da Aeronáutica, motociatas e corridas de jet-sky, com a apoteoso sobre um trio elétrico de Silas Malafaia.

Nenhuma ficção de Glauber Rocha seria capaz de superar a realidade desta grande tragédia brasileira autopsiada pelos dois Fernandos nesse documentário que todos deveriam ver _ se possível, antes da eleição de 2 de outubro.

Mas, preparem-se: é uma porrada na boca do estômago.

Vida que segue.

 

15
Out22

Quebrando mitos

Talis Andrade

Quebrando Mitos" leva masculinidade do Brasil de Bolsonaro ao divã

 

- - -

Quebrando mitos é um documentário autoral e biográfico de Fernando Grostein Andrade, cineasta ativista que em 2011 ganhou notoriedade com o lançamento de Quebrando o tabu – filme que debate a guerra às drogas, e que se transformou em plataforma multicanal de curadoria e produção de conteúdo multimídia para discussão de temas sociais, ambientais e direitos humanos no Brasil. 

A partir da sua vivência pessoal, Fernando faz nesse novo longa um mergulho no passado recente do país para entender como a masculinidade frágil e catastrófica de Jair Bolsonaro culminou num contexto de acirramento e recrudescimento da violência, do ódio e do retrocesso da agenda de políticas públicas e sociais, principalmente, no que diz respeito a pessoas LGBTQs e mulheres.

O cineasta se encoraja a sair de trás da câmera e, propositalmente, se coloca no foco do filme, revelando detalhes de sua relação familiar, episódios marcantes da sua infância, adolescência e início da vida adulta. Com o relato particular de sua experiência, Fernando, tenta exemplificar as consequências nefastas da construção da masculinidade dentro da cultura patriarcal.

Mesmo com seu lugar legítimo de fala, por ser gay, o cineasta é um homem branco e bastante privilegiado, por ter nascido e sido criado em uma família rica de São Paulo. Fernando é filho do falecido jornalista Mário de Andrade – consagrado como editor-chefe da revista Playboy no Brasil na década de 1980 – e da urbanista Marta Dora Grostein Huck, que é mãe do empresário e apresentador de tv Luciano Huck.

Tais conexões familiares certamente garantem acessos facilitados de Fernando a espaços de poder que a maioria das pessoas LGBT no Brasil nem sequer chegam perto de conquistar. E é justamente esse o ponto do eu lírico do cineasta no seu documentário que pode incomodar o espectador. A estratégia dele para gerar identificação com o público é expor suas fragilidades e, principalmente, as violências de que foi vítima apenas por não se encaixar no padrão de masculinidade heteronormativa.

Grostein frisa seu lugar de privilégio e diz usá-lo para jogar luz sobre a lgbtfobia que ajudou a eleger Bolsonaro presidente. Quebrando mitos cumpre o esperado que é desconstruir a figura do ex-deputado de baixo clero que foi capaz de nomear um movimento político de extrema-direita. O bolsonarismo não foi criado por Bolsonaro. O documentarista reitera o que já é bastante óbvio: Bolsonaro somente deu voz a uma parcela da sociedade que coaduna com ideais ultraconservadores, violentos, machistas e misóginos.

Ocorre que o compilado de imagens de arquivo e entrevistas concedidas para o cineasta, não acrescenta nada de novo no debate da masculinidade tóxica de Bolsonaro e conversa com um público convertido e bastante consciente de tudo que está posto pelo bolsonarismo. É mais do mesmo, bastante atualizado, sem dúvida. O documentarista – que dividiu a direção do filme com seu marido, o ator e cantor Fernando Siqueira – chegou a incluir vídeos dos atos políticos do último 7 de setembro.

Ao posicionar sua estreia faltando apenas duas semanas para o primeiro turno das eleições presidenciais no país, na qual Bolsonaro disputa a reeleição, Quebrando mitos tende a causar pouco ou quase nenhum impacto midiático. Se o intuito era provocar reflexão e alertar o Brasil e o mundo para os perigos das violências fascistas do bolsonarismo, o timming para isso está, pelo menos, com uns quatro anos de atraso.

Em um país polarizado e com quase 80% de seus eleitores certos de quem vão escolher nas urnas, o filme surtirá pouco efeito mesmo depois de passado o pleito. A impressão que fica é que o ativismo de Fernando – que saiu do país para morar na Califórnia em 2018 – cobrou por sua ausência no debate. A solução encontrada por ele para colocar para fora seus sentimentos foi criar um filme autobiográfico, que soa como uma carta de desabafo, um relato de culpa.

Convenhamos, de homens brancos e ricos que trazem para si o centro das discussões de todos os problemas do mundo, a produção cinematográfica já está farta. Fernando, sua intenção foi ótima. Infelizmente, o custo mais pesado das violências dessa masculinidade catastrófica bolsonarista não recaem na sua pele. Não é sobre você, apesar de ser sobre você. Ainda assim, sua obra não deixa de ser relevante e de conter um relato sensível, doloroso e bem apurado do Brasil de hoje. #paz

O filme pode ser assistido no link: www.quebrandomitos.com.br

Uma frase: “Os LGBTQs foram usados por Bolsonaro como alavanca eleitoral”

Uma cena: As imagens do funeral da deputada Marielle Franco alternadas com as dos protestos pela morte de Martin Luther King.

Uma curiosidade: Após finalizar a versão inicial do filme, o cineasta teve um burnout.

 

 

Libelo contra a “masculinidade catastrófica” | carmattos

Quebrando mitos

Direção: Fernando Grostein Andrade

Roteiro: Fernando Grostein Andrade; Carol Pires e Joaquim Salles; Gabriel di Millo e Ligia Mesquita (roteiro adicional)

Elenco: Fernando Grostein Andrade, Jair Bolsonaro, Carol Pires, Jean Wyllys, Marielle Franco, etc.

Gênero: Documentário

Ano: 2022

Duração: 92 minutos

15
Out22

“Quebrando mitos” revela a masculinidade catastrófica e frágil de Bolsonaro

Talis Andrade

Quebrando Mitos" leva masculinidade do Brasil de Bolsonaro ao divã

“Quebrando mitos” revela a masculinidade catastrófica e frágil de Jair Bolsonaro sob o ponto de vista de um casal LGBT – o cineasta Fernando Grostein Andrade (“Quebrando o Tabu”, Coração Vagabundo”, “Abe”) e o ator e cantor Fernando Siqueira.

Depois de ameaças anônimas por conta de críticas de Andrade à homofobia de Bolsonaro, o casal parte para a Califórnia e decide fazer um documentário que mistura biografias com a resistência ao fascismo no Brasil.

 

Crítica: Quebrando Mitos, a autobiografia de Fernando Grostein Andrade diz muito sobre a vida do Brasil com Bolsonaro

Os efeitos e consequências da masculinidade tóxica e catastrófica guiam os trajetos do cineasta e do atual presidente no documentário

Por Matheus Nascimento

 

As primeiras cenas do documentário Quebrando Mitos podem até preparar o telespectador para o que vem ao longo do filme. As imagens de arquivo já circuladas na mídia de Jair Bolsonaro junto às ilustrações satíricas representando o famigerado “gado”, indicam qual será o argumento. Mas, se engana quem acha que é “só” isso, já que permeada por esse contexto, e de forma nada paralela, a autobiografia de Fernando Grostein Andrade, um dos diretores, é construída e narrada por ele mesmo. A vida de um homem gay antes e durante a ascensão da extrema-direita, dialoga sobre a situação atual no país, ao mesmo tempo que flui a narrativa do autobiografado. Andrade usa sua história de trampolim, e escancara a capenga “vida” do país, a partir da sua.

Após a candidatura de Bolsonaro em 2018, Fernando enxergou seus alertas, entrevistas, declarações nas mídias sobre o perigo da figura messiânica de Jair chegar à presidência irem descarga abaixo. Hoje, por seu alcance, é assertivo dizer que o presidente é o maior representante da homofobia no país. Seus ataques e falas como deputado ou “peixe pequeno” na política já alarmavam os defensores dos direitos humanos, como Fernando Grostein, mas para a grande maioria, a postura do atual presidente era considerada cômica, uma piada. Vale creditar a responsabilidade de tal fama à mídia tradicional que dedicou holofotes sem precedentes ao então parlamentar. Com a piada eleita, o buraco estava mais cavado. O medo legítimo vindo de um vasto histórico de ameaças e ataques impulsionou Fernando Grostein a se mudar para a Califórnia, onde teve a ideia de voltar atrás no tempo e nos acontecimentos a fim de destrinchar quem foi e é Bolsonaro num contexto macro. 

A abordagem era arriscada. As imagens de arquivo e as mais recentes como as do 7 de setembro, as entrevistas com jornalistas, políticos, pessoas que trabalharam com o presidente, e até de quem lhe conheceu na infância construíram um filme difícil de “engolir”. O ódio que rege a trajetória política de Bolsonaro se focado exclusivamente como a pauta principal, forjaria um filme sem respiros. E sem respiros, o diretor se sentiu afetado. É verdade que o cineasta já trabalhou com temáticas densas, como no documentário Quebrando o Tabu (2011), vindo dele o portal em defesa dos direitos humanos tão conhecido no país e no mundo. O longa de 2011 foi feito em parceria com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a fim de explorar a chamada “guerra às drogas” e defende que essa “guerra” deveria ser tratada como questão de saúde e não com punição criminal.

Com Quebrando Mitos, a temática doía num lado mais pessoal. O peso do material trouxe sequelas ao diretor. Porém, o fatídico burnout de Grostein afastá-lo da montagem foi crucial para a participação do marido Fernando Siqueira, que assumiu o roteiro e trouxe o foco (apontando a câmera mesmo) para o cineasta. Além de cantor e ator, Siqueira estudou roteiro na USC (University of Southern California), direção em cursos no Instituto de Sundance, atuação no William Esper Studio e mídias sociais no MIT (Massachussetts Institute of Technology). Neste comando, veio a respiração do documentário, garantindo momentos mais leves, humanizados dentro de uma narrativa que reflete o peso de ser brasileiro (gay, preto, indígena, pobre) num país com Bolsonaro na presidência. 

 

15
Out22

Desmonte do Brasil

Talis Andrade

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1. CORTE DE INVESTIMENTOS EM CIÊNCIA E EDUCAÇÃO

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    1. Abraham Weintraub anuncia que MEC cortará verba de universidade por 'balbúrdia' e já mira UnB, UFF e UFBA (UOL, abril de 2019)
    2. MEC diz que bloqueio de 30% na verba vale para todas as universidades e institutos federais (G1, abril de 2019)
    3. Capes anuncia corte de mais 5.613 bolsas de mestrado e doutorado (Estado de Minas, setembro de 2019)
    4. Sem provas, Weintraub diz que federais têm plantações extensivas de maconha (UOL, novembro de 2019)
    5. Bloqueio do MEC à contratação de professores afeta o funcionamento das universidades (Brasil de Fato, janeiro de 2020)
    6. Corte de novos professores, de auxílios e aulas ameaçadas: os impactos nas universidades e institutos federais após MEC vedar gastos com pessoal (G1, fevereiro de 2020)
    7. Centrão passa a controlar R$ 110,5 bilhões em recursos do governo. (Poder360, junho de 2020)
    8. Ex-ministro Weintraub é condenado pela Justiça em MG por dizer que universidades fabricam drogas e cultivam maconha (G1, março de 2021)
    9. Orçamento secreto bilionário de Bolsonaro banca trator superfaturado em troca de apoio no Congresso (Estadão, maio de 2021)
    10. Governo Bolsonaro corta 87% da verba para Ciência e Tecnologia. Verba cai de R$ 690 milhões para apenas R$ 89 milhões (Correio Braziliense, outubro de 2021)
    11. Corte de verba na ciência asfixia até o Sirius, programa mais inovador em que o Brasil já investiu (El País, novembro de 2021)
    12. Governo Bolsonaro pagou R$ 5,5 bi do orçamento secreto em 2021 (Metrópoles, dezembro de 2021)
    13. Orçamento secreto foi de R$ 16 bilhões em 2021. Apenas na última semana do ano, os empenhos de emendas de relator atingiram R$ 3,7 bilhões (Metrópoles, janeiro de 2022)
    14. Centro nacional que monitora desastres naturais teve menor orçamento da história em 2021, diz diretor (BBC News, fevereiro de 2022)
    15. Orçamentos para investir em educação e ciência volta aos níveis dos anos 2000 (Uol Notícias, fevereiro de 2022)
    16. Governo abandona obras paradas e monta um esquema de “escolas fake” (Estadão, abril de 2022)
    17. Gasto com educação recua pelo 5º ano consecutivo e é o menor em dez anos, mostra levantamento (G1, abril de 2022)
    18. Gestão Bolsonaro na educação é a pior da história (Uol Educação, maio de 2022)
    19. Políticas da educação de Bolsonaro são retrocessos, diz movimento com 18 organizações (Folha de S. Paulo, maio de 2022)
    20. Bolsonaro bloqueia R$ 8,2 bilhões do Orçamento e afeta Educação, Saúde e Ciência (Band, maio de 2022)
    21. Governo Bolsonaro corta R$ 3,2 bilhões do MEC (Poder 360, maio de 2022)
    22. Governo federal bloqueia R$ 2,5 bilhões do financiamento da ciência (Folha, junho de 2022)
    23. Fundo do Ministério da Ciência perderá 44% dos recursos, diz entidade (Uol, junho de 2022)
    24. No Brasil, corte de investimento nas universidades foi de 96% em 5 anos (Globo News, julho de 2022)
    25. Em novo corte, MEC retira R$ 220 milhões das universidades federais: “insustentável”, diz reitor (O Globo, junho de 2022)
    26. Corte de R$ 1 bi em verbas do MEC afeta reformas de escolas e o ENEM (Metrópoles, junho de 2022)
    27. TCU vê desvio de R$ 12,2 bi da seguridade social para Educação no governo Bolsonaro (Folha de S. Paulo, junho de 2022)
    28. Governo liberou R$ 3,3 bilhões do orçamento secreto após prisão de Milton Ribeiro (Exame, junho de 2022)
    29. Cortes deixam 17 universidades federais sob risco de parar em 2022 (O Globo, agosto de 2022)
    30. Governo empenhou 90% do orçamento secreto (R$ 7,4 bilhões) entre os dias 13 de junho e 1º de julho, às vésperas do prazo limite da legislação eleitoral (UOL, agosto de 2022)

LDO: Bolsonaro mantém reserva de R$ 19 bilhões para orçamento secreto em 2023 (iG, agosto de 2022)

2. DESMONTE DE ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

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2019

    1. IBAMA – Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles exonera 21 dos 27 superintendentes regionais do Ibama (O Globo, março de 2019)
    2. INPE – Bolsonaro demite responsável no INPE pelo monitoramento do desmatamento. A demissão ocorreu após a divulgação pelo órgão de dados sobre o aumento do desmatamento da Amazônia. (Correio Braziliense, agosto de 2019)
    3. IBAMA – Novo chefe do Ibama no Ceará é dono de fazenda de madeira (pegou mal, e foi demitido um dia depois) (VEJA, setembro de 2019)
    4. FUNAI – Após desmontar esquema de garimpo ilegal em Terras Indígenas, Bruno Pereira é demitido do cargo de coordenador da Funai (e viria a ser assassinado em 2022 por atuar em defesa dos povos indígenas) (Brasil de Fato, outubro de 2019)

 

2020

    1. IBAMA – Salles demite diretor do IBAMA após operação contra garimpeiros ilegais (Congresso em Foco, abril de 2020)
    2. INPE – Governo demite coordenadora do Inpe responsável por monitorar desmatamento. Dados do instituto têm apontado aumento de devastação ambiental na Amazônia (Folha, julho de 2020)
    3. Bolsonaro tem 99 militares na gestão de órgãos socioambientais (Estadão, outubro de 2020)
    4. IBAMA e ICMBio – Militares ligados a Salles dominam reuniões de fusão de Ibama e ICMBio. Com atas genéricas, encontros tiveram até 100% de presença militar (O Globo, dezembro de 2020)

2021

    1. IBAMA e ICMBio – Ministério Público investiga 'reuniões secretas' para fundir órgãos que monitoram desmatamento. Ministério do Meio Ambiente pretende fundir dois órgãos de proteção ambiental com características bastante distintas — o Ibama e o ICMBio (Correio Braziliense, maio de 2021)
    2. FUNAI – Após pedido da Funai, PF convoca Sônia Guajajara por criticar o governo federal (Brasil de Fato, abril de 2021)
    3. IBAMA – Servidores do Ibama denunciam paralisação na fiscalização após Salles mudar regras para multas (Extra, abril de 2021)
    4. IBAMA – PF diz que Salles nomeou agente da Abin para interferir na fiscalização do Ibama (Extra, maio de 2021)
    5. IBAMA – Governo nomeia como diretor do Ibama militar sem formação ambiental (Metrópoles, julho de 2021)
    6. INPE – Governo Bolsonaro enfraquece o INPE e retira do órgão divulgação sobre dados de queimadas (El País, julho de 2021)
    7. INPE – Governo Bolsonaro segurou divulgação de dados de desmatamento antes da COP26, Conferência da ONU sobre mudanças climáticas. Relatório do Inpe mostra avanço de 22%, índice mais elevado desde 2006 (Folha de S. Paulo, novembro de 2021)
    8. INPE – Na era Bolsonaro, Inpe chega ao maior estágio de penúria de sua história (Veja, dezembro de 2021)

2022

    1. FUNAI – Presidente da Funai articulou com senador bolsonarista para abrir terra de indígenas isolados (Survival, janeiro de 2022)
    2. IBAMA – Ibama age em apenas 1% dos alertas de desmatamento, diz estudo (IstoÉ, fevereiro de 2022)
    3. BNDES empresta R$ 29 mi para desmatadores da Amazônia financiarem tratores (Uol Notícias, fevereiro de 2022)
    4. IBAMA – Nova “boiada ambiental”: canetada do Ibama põe em risco o paraíso de Abrolhos (Crusoé, março de 2022)
    5. IBAMA – Presidente do Ibama pressionou subalterno para liberar mineradora de ouro embargada (The Intercept Brasil, março de 2022)
    6. ICMBio – Ex-presidente do ICMBio dirige grupo de garimpeiros junto a investigado por garimpo ilegal (Agência Pública, março de 2022)
    7. IBAMA – Mais de 37 mil multas ambientais vão expirar em 2024 (Congresso em Foco, abril de 2022)
    8. FUNAI – Despacho da Funai indica assédio e possível tentativa de retaliação a servidores (Folha de S. Paulo, abril de 2022)
    9. ICMBio – Associação afirma que servidores do ICMBio e Ibama não fiscalizam Terra Yanomami há 5 meses (G1, maio de 2022)
    10. FUNAI – Governo Bolsonaro barra concursos e Funai chega ao menor número de funcionários desde 2008 (Folha de S. Paulo, junho de 2022)
    11. FUNAI – Desmonte da Funai em números: Das 39 Coordenações Regionais apenas 2 têm à frente servidores concursados. 19 são chefiadas por oficiais das Forças Armadas, 3 por PMs e 2 por policiais federais (G1, junho de 2022)
    12. FUNAI – Presidente da Funai acumula pedidos de investigação contra indígenas. Marcelo Xavier da Silva solicitou à Abin e à PF investigação sobre defensores da pauta ambiental (Folha de S. Paulo, junho de 2022)
    13. FUNAI – Justiça condenou União a reforçar bases no Vale do Javari, mas foi ignorada (Uol Notícias, junho de 2022)
    14. FUNAI – Agenda do presidente da Funai registra só 2 encontros com indígenas em 2022 (BBC News, junho de 2022)
    15. FUNAI – ‘A Abin foi na Funai atrás de mim’, conta indigenista que deixou o país para não morrer. Após denunciar crimes cometidos contra povos indígenas no Maranhão, Ricardo Henrique Rao pediu asilo diplomático na Noruega, em 2019 (Sul 21, junho de 2022)
    16. FUNAI – Funai ignora alerta sobre indígenas isolados (Folha de S. Paulo, julho de 2022)
    17. Após 1 ano à frente do Ministério do Meio Ambiente, Joaquim Leite acumula números piores que os de Ricardo Salles (Folha de S. Paulo, julho de 2022)

Outros tópicos do site também abordam o desmonte ambiental:

Desmatamento e tráfico de madeira ilegal

3. APAGÃO CULTURAL

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    1. Diretor da Funarte chama Fernanda Montenegro de 'sórdida' e 'mentirosa'. Roberto Alvim reagiu ao ver a atriz posando como bruxa prestes a ser queimada em meio a livros para a capa de uma revista (Estadão, setembro de 2019)
    2. Roberto Alvim, que atacou Fernanda Montenegro, é nomeado novo secretário de Cultura (Estado de Minas, novembro de 2019)
    3. Beatles surgiram para implantar o comunismo, diz novo presidente da Funarte. Dante Mantovani também diz que o rock incentiva as drogas, o sexo, a 'indústria do aborto' e o satanismo (Folha, dezembro de 2019)
    4. Novo presidente da Funarte, que relacionou rock a satanismo, acredita que a Terra é plana (Globo News, dezembro de 2019)
    5. Roberto Alvim, Secretário da Cultura de Bolsonaro, imita fala de nazista Goebbels e é demitido (El País, janeiro de 2020)
    6. Regina Duarte aceita convite e assume Secretaria da Cultura (Terra, janeiro de 2020)
    7. Regina Duarte canta música da ditadura e relativiza tortura e mortes (Poder 360, maio de 2020)
    8. Regina Duarte deixa a secretaria da Cultura (BBC, maio de 2020)
    9. Ator Mário Frias é nomeado e sucederá Regina Duarte como secretário de Cultura (G1, junho de 2020)
    10. Mário Frias é denunciado à PGR e ao TCU por incentivar uso da Rouanet para eventos pró-arma (Folha, abril de 2021)
    11. Mário Frias anda armado e protagoniza “escândalos e ofensas” na Secretaria de Cultura (Yahoo Notícias, maio de 2021)
    12. Gestão da cultura do governo Bolsonaro é considerada a pior das últimas décadas, dizem artistas (Brasil de Fato, setembro de 2021)
    13. Mário Frias veta exigência de passaporte sanitário em projetos da Lei Rouanet. Secretário de Cultura faz coro com o negacionismo de Bolsonaro e classifica exigência de comprovante de vacinação como “discriminação” (Rede Brasil Atual, novembro de 2021)
    14. Governo Bolsonaro é marcado por “apagão” na cultura (Terra, abril de 2022)
    15. Governo ataca a Rouanet, mas quer usar lei para financiar livro sobre armas (Rede Brasil Atual, abril de 2022)
    16. Bolsonaro veta integralmente Lei Aldir Blanc 2, de apoio à cultura (Senado Notícias, maio de 2022)

Mário Frias, ex-secretário de cultura, vai responder por injúria e difamação contra Marcelo Adnet (Estadão, agosto de 2022)


4. FUNAI E FUNDAÇÃO PALMARES
 

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    1. "Negro de esquerda é escravo", diz novo presidente da Fundação Palmares. Sérgio Camargo foi nomeado por Roberto Alvim (Congresso em Foco, novembro de 2019)
    2. Roberto Alvim, Secretário da Cultura de Bolsonaro, imita fala de nazista Goebbels e é demitido (El País, janeiro de 2020)
    3. Sérgio Camargo demite por telefone diretoria negra da Fundação Palmares. Ele argumentou que precisaria “montar uma nova equipe de extrema direita” e que iria “seguir a linha do secretário Alvim” (Correio Braziliense, fevereiro de 2020)
    4. Fundação Palmares anuncia selo não racista. Presidente da fundação diz que o selo é reservado a quem, em suas palavras, é "injustamente tachado de discriminação racial" no país (Folha, maio de 2020)
    5. MPF notifica presidente da Fundação Palmares sobre selo 'não é racista' e conteúdo de site (G1, junho de 2020)
    6. Presidente da Fundação Palmares chama movimento negro de “escória maldita” (Estado de Minas, junho de 2020)
    7. Fundação Palmares censura biografias de lideranças negras históricas em seu site (Folha de S. Paulo, junho de 2020)
    8. Mãe de santo presta queixa na polícia após ser xingada por presidente da Fundação Palmares. Chamada de 'macumbeira' e 'miserável' por Sérgio Camargo, Mãe Baiana registrou ocorrência por discriminação racial e religiosa (O Globo, junho de 2020)
    9. Fundação Palmares exclui 27 negros de lista de personalidades homenageadas (Folha de S. Paulo, dezembro de 2020)
    10. Ex-assessor de secretário demitido por apologia ao nazismo atuará na Fundação Palmares (Folha, março de 2021)
    11. Após pedido da Funai, PF convoca Sônia Guajajara por criticar o governo federal (Brasil de Fato, abril de 2021)
    12. Presidente da Fundação Palmares tem afastamento pedido por assédio moral (Folha de S. Paulo, agosto de 2021)
    13. Como Bolsonaro dinamita as instituições: o caso da Fundação Palmares (El País, setembro de 2021)
    14. Presidente da Fundação Palmares ironiza Dia da Consciência Negra (Veja, novembro de 2021)
    15. Camargo comemora 2 anos sem receber movimentos negros: "Não dialogo com escravos" (Correio Braziliense, novembro de 2021)
    16. Sérgio Camargo quer mudar o nome da Fundação Palmares para Princesa Isabel (Folha de S. Paulo, janeiro de 2022)
    17. Presidente da Fundação Palmares ataca congolês assassinado: “vagabundo”. Bolsonarista, Sérgio Camargo disse que morte brutal de Moïse Kabagambe em quiosque no Rio teve relação com "selvageria no qual vivia e transitava" (VEJA, fevereiro de 2022)
    18. De censura a assédio moral, relembre a gestão de Sérgio Camargo na Palmares (Folha de S. Paulo, março de 2022)
    19. Presidente da Funai acumula pedidos de investigação contra indígenas. Marcelo Xavier da Silva solicitou à Abin e à PF investigação sobre defensores da pauta ambiental (Folha de S. Paulo, junho de 2022)
    20. Agenda do presidente da Funai registra só 2 encontros com indígenas em 2022 (BBC News, junho de 2022)



      5. PGR

O Popular - Confira a charge do cartunista Jorge Braga desta quinta-feira  (30) ⁣ #OPopular #Charge #JorgeBraga | Facebook Jornalistas Livres på Twitter: "Por Duke #aras #PGR  #ForaBolsonaroGenocidaeCorrupto https://t.co/u8lV4INIs8" / Twitter

 

    1. PGR defende arquivamento de inquérito contra “gabinete do ódio” (GGN, maio de 2020)
    2. PGR quer arquivamento de ação em que Bolsonaro compara Dilma a cafetina (Veja, agosto de 2020)
    3. PGR arquiva pedido de deputada para investigar Bolsonaro e filhos no inquérito das fake news (O Globo, setembro de 2020)
    4. PGR recua em denúncia contra Arthur Lira, aliado de Bolsonaro, e agora pede arquivamento (O Globo, setembro de 2020)
    5. PGR pede de novo arquivamento de apuração de Bolsonaro por não usar máscara (UOL, outubro de 2021)
    6. Aras pede arquivamento de inquérito sobre suspeita de prevaricação de Bolsonaro em compra de vacina indiana (O Globo, fevereiro de 2022)
    7. Aras volta a pedir ao STF arquivamento de inquérito contra Bolsonaro (Conjur, abril de 2022)
    8. Bolsonaro não cometeu crime ao dizer que negro é pesado em arrobas, diz PGR (Folha, maio de 2022)
    9. Com ação rejeitada pelo STF, Bolsonaro pede à PGR para investigar Alexandre de Moraes (O Globo, maio de 2022)
    10. PGR pede que STF rejeite pedido para investigar Bolsonaro por falar sobre eleições. Bolsonaro atacou o as urnas e sugeriu a suspensão das eleições e do processo eleitoral deste ano (CNN, junho de 2022)
    11. PGR pede arquivamento de investigação sobre Ricardo Barros no STF (Metrópoles, junho de 2022)
    12. PGR arquiva apuração preliminar sobre atraso do governo na vacinação de crianças contra Covid (G1, julho de 2022)
    13. Bolsonaro mantém encontros secretos com Lindôra, a quem prometeu PGR (Metrópoles, julho de 2022)
    14. PGR pede que STF arquive ações contra Bolsonaro e aliados do governo em apuração da CPI da Pandemia (CNN Brasil, julho de 2022)
    15. PGR esvazia ofensiva da CPI da Covid e mantém só 2 ações contra Bolsonaro (Uol, julho de 2022)
    16. PGR já arquivou 104 pedidos de investigação contra Bolsonaro vindos do STF (UOL, julho de 2022)
    17. PGR quer levar ao plenário do STF pedido para arquivar inquérito contra Bolsonaro (Cultura, agosto de 2022)

PGR faz novo pedido de arquivamento ao STF de investigações contra Bolsonaro na CPI da Covid (Uol, agosto de 2022)

6. NEGACIONISMO 

Charge do Zé Dassilva: negacionismo | NSC Total

    1. “Nazismo de esquerda”: o absurdo virou discurso oficial. Chanceler Ernesto Araújo repete tese, propagada nas mídias sociais, considerada desonesta e sem sentido por acadêmicos e diplomatas. Historiadores europeus se impressionam: "Uma asneira e um disparate" (DW, março de 2019)
    2. Chanceler nega aquecimento global: ''Fui a Roma em maio e havia frio''. A fala retumbante do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, durante uma reunião deixou espantados colegas diplomatas ao dizer durante reunião que "não acredita" no fenômeno (Correio Braziliense, agosto de 2019)
    3. Peixe é um bicho inteligente, foge quando vê óleo, diz secretário da Pesca (Exame, novembro de 2019)
    4. Beatles surgiram para implantar o comunismo, diz novo presidente da Funarte. Dante Mantovani também diz que o rock incentiva as drogas, o sexo, a 'indústria do aborto' e o satanismo (Folha, dezembro de 2019)
    5. Novo presidente da Funarte, que relacionou rock a satanismo, acredita que a Terra é plana (Globo News, dezembro de 2019)
    6. Covid-19: Ernesto Araújo denúncia “comunavírus” e ataca OMS (O Globo, abril de 2020)
    7. Fundação de pesquisa do Itamaraty vira think tank olavista durante a pandemia (O Globo, maio de 2020)
    8. Olavista é nomeado secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (IstoÉ, junho de 2020)
    9. Fundação do Itamaraty publica vídeo alegando 'nocividade' do uso de máscaras. Conteúdo compartilhado pelo órgão do Ministério das Relações Exteriores é falso (O Globo, setembro de 2020)
    10. YouTube remove vídeo do Itamaraty contra uso de máscaras (Congresso em Foco, outubro de 2020)
    11. Salles posta vídeo com animal da Mata Atlântica para defender que não há queimadas na Amazônia. Vídeo foi produzido por pecuaristas do Pará (O Globo, setembro de 2020)
    12. Inpe mostra maior número de queimadas na Amazônia desde 2010 e contradiz vídeo divulgado por Salles e Mourão (O Globo, setembro de 2020)
    13. Governo divulga informação falsa de que queimada no Brasil é a menor em 18 anos. Secretaria de Comunicação comparou 8 meses de 2020 com dados de 12 meses de anos anteriores (Folha, setembro de 2020)
    14. "Lockdown de insetos": Sem evidências, Onyx diz que lockdown não funciona porque insetos podem transportar o vírus (G1, março de 2021)
    15. Ministério da Saúde defende hidroxicloroquina e diz que vacina não funciona. Manifestação antivacina é assinada por secretário de Ciência e Tecnologia; diretora da Anvisa e especialistas reagem (Folha, janeiro de 2022)
    16. Cai o diplomata que transformou a principal fundação do Itamaraty em um bunker olavista (Carta Capital, julho de 2021)

Youtube remove canal de fundação do Itamaraty que já divulgou fake news (UOL, junho de 2022)



7. PROJETOS DE POLÍTICOS BOLSONARISTAS
 

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15
Out22

Professora faz saudação nazista em sala de aula no Paraná

Talis Andrade

Professora faz saudação nazista dentro de sala de aula no Paraná; veja o  vídeo | Jovem PanImage

 

 

Uma professora de redação foi filmada por alunos, fazendo uma saudação nazista dentro de uma sala de aula em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná (veja no vídeo acima). O caso aconteceu no Colégio Sagrada Família.

Nas imagens é possível ver a professora fazendo um sinal de sentido antes de estender a mão direita para frente. O gesto era usado no período do nazismo na Alemanha, quando Adolf Hitler governou o país nas décadas de 1930 e 1940 e cometeu um genocídio contra mais de 6 milhões de judeus, perseguidos pelo regime. E mais negros, ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência física. Tudo pela pureza da raça, da supremacia branca.

Nas imagens, divulgadas pela Revista Fórum, é possível observar que a docente está vestida com roupas pretas, adereços verde-amarelos e um tecido estampado com a bandeira do Brasil e, durante a execução de uma música, faz continência e ergue as mãos à frente do rosto, em referência a um gesto adotado pelos nazistas para saudar o ditador Adolf Hitler. 

Sequestrar os símbolos nacionais para manifestações torpes, ou mesmo uso doméstico, constituem crime da maior gravidade. Coisas que os bolsonaristas realizam nas motociatas e comícios. 

Durante manifestação contra medidas de isolamento social, feitas por governadores para diminuir o contágio da Covid 19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu um grupo de pessoas que se dizem ligadas à Brigada Paraquedista do Exército e fizeram uma adaptação da saudação ao líder nazista, Adolf Hitler.

 

Paraquedistas fardados fazem saudação nazista ao presidente Bolsonaro |  Política | O Liberal

 

“Somos todos Bolsonaro!”, exclamaram os paraquedistas usando roupas militares e com os braços erguidos no ar.

Ainda na ocasião, os paraquedistas entregaram ao presidente uma camisa que faz alusão ao grupo, com o nome “Bolsonaro” em destaque.

Eles afirmaram ao chefe do Executivo que são apoiadores antes mesmo dele ser eleito em outubro de 2018.

Esses bandidos nazistas foram punidos? O Adrilles, a professora que esconde o nome, seguem o exemplo dos militares bolsonaristas galinhas verdes e outros fanáticos da extrema direita.Apoiadores de Bolsonaro fazem gesto que lembra saudação nazista ao  presidente | Revista FórumAtos bolsonaristas no Paraná têm saudação nazista e bandeira de Israel -  Jornal Plural

Dom Esdras 🇧🇷 on Twitter: "AS FAKE NEWS DE "GRIFE" 1)Todos acompanhamos  nos últimos dias uma enxurrada de falsas acusações, violações de nossos  direitos e uma caça insana aos apoiadores do Pres @

07
Out22

Upresidente, memórias de um doente de fascismo

Talis Andrade
Imagem: Varvara Stepanova

 

Carta ficcional sobre áudios de um suposto presidente que finge enlouquecer durante as eleições de um país real chamado Brasil

 

por Pedro Paulo Rocha /A Terra É Redonda

- - -

Que dia é hoje? Ainda é hoje? Faz quanto tempo que estou preso? Dia…

O cheiro do Chorume Nacional entra em minhas narinas e ouvidos zunindo. Estou nos Buracos dos muros.

O fedor arde na pele, exalando dos ternos dos neofascistas da pátria; brilha a cruz, brilha o capital. A pele queima do que me olha: vejo de longe muito perto a paisagem de um Esgoto de pólvora em piscinas de mansões; meu corpo fica paralisado até que tudo acontece de repente! Escuto som de tiros vindos da rua. Gritos inumanos e pessoas correndo. Pretos apanhando e brancos consumindo. E se rebelam. Quilombos, favelas. Subterrâneos. Corpos de sons. Sei bem que não é um sonho. Milicianos nadam nas favelas e moram em Torres.

A Tortura nunca acabou. Pastores chovem dinheiro. Rezas. Mijo. Roda de investidores. Quartéis de viagras e pau de borracha queimada. Sala vermelha de Tortura. Rua, morro. Morro e escapo. Vivo e não morro, desço num salto até uma constelação acesa. Eles matam, continuam matando. Igrejas e empresas. Os terreiros nas florestas, onde se escondem.

A vida no beco. Ora ternura, ora terror. Amor, memórias vivas, memórias enterradas e desenterradas. Exploração, sexos comercializados. Amor proibido. Indígenas, pretos, mulheres e crianças trafegadas. Desterrados. Fluxo sanguíneo e ficção. Na boca da guerra. Cruz e arma. Nunca acaba de passar. Bancos em navios com tubarões atrás do rastro de sangue no mar. Choro e chorume. Banho de Esgotos. Água Santa. Animal. Pão de Terra. Sangue azul. Corpo petróleos. Vírus.

É uma tempestade de ferro e pedras de uma ilha roubada. Amontoados. Presídios. Shopping. A piscina transborda. Muitos não sabem nadar. Indígenas refletem na vidraça rachada do planalto central. Nome de rio. Cara de peixe. Fronteira de fogo. A foto de uma flecha lançada fora do tempo acertou o hoje. Inventam nossos olhos.

Vou relatar aqui fatos quase reais de um presidente que enlouqueceu. Enlouqueceu? Na real ele finge que está louco. E esse presidente todos sabemos quem é e o que fez. Não vi com meus próprios olhos, mas posso afirmar que ouvi com meus próprios ouvidos… Desgraçado quanta desgraça de graça? A mente perdeu o controle ou o controle dominou a mente?

As frases ultrapassaram o acontecido, depois preciso voltar ao começo que imaginei…

Tudo aconteceu hoje pela madrugada. Soube logo pela manhã que Upresidente enlouqueceu…

Já aviso que ele não tem mais apenas um nome. Se tornou tanto ele mesmo que seu eu perdeu a cisão consigo. Muitas cabeças estão nascendo de sua voz –metamorfose. O monstro que ele foi vive uma mutação. Isso aconteceu exatamente nesse momento em que estou escrevendo esta frase sem futuro, mensagem de uma carta roubada, sem remetente. Espero que a carta chegue…

Se eu parecer também louco é devido a emoção que isto que te escrevo me causa. É a realidade que é insuportável. Soube que tudo começou nesta manhã assim que recebi algumas mensagens de áudio do UPresidente de um número desconhecido. Levei um susto e estou angustiado até agora com o que escutei de viva voz do Capetão da Nação.

Gostaria, não consigo, gostaria de fugir do que ouvi, não consigo! Se escrevo agora o ocorrido é porque é urgente dizer de alguma maneira o que é a doença do Messias.

O fato dela se confundir com o que é dito normal é o mais assustador e estranho – como é possível misturar duas coisas pensadas como opostas – o normal e a loucura?

Foi nesta manhã lá pelas 6 hs quando eu estava na rua caminhando em direção ao centro dividido da necrocidade – e de repente – o som do celular começou a tocar indicando o nome “a pátria armada”: olhei sem olhos e dei uma risada abafada e desliguei na hora depois de cuspir na tela. Depois que cuspi. Senti uma dor no estômago, acho. Cuspi mais uma vez na tela.

O sol queimou as minhas íris quando vi uma pessoa na rua com uma ferida viva. Ela percebeu que a vi chorar uma lágrima seca e ficou com raiva de mim. Tive que desaparecer rapidamente para não morrer por ver na flor da pele a dor de alguém queimando o ar.

Nesse lapso, no mesmo momento, chegou no meu WhatsApp uma série de mensagens com códigos sem significados por mais de um minuto sem cessar.

Logo depois veio um áudio de uns 10 minutos, 10 minutos e 37 segundos para ser mais preciso ( não importa ) com essa mensagem: “Upresidente enlouqueceu completamente. Por favor não envie para ninguém os áudios, ainda é possível salvar o país! Seus assessores estão procurando alguém que possa curá-lo urgentemente. É muito perigoso o que pode acontecer. Se descobrirem será tarde demais. Não sabemos mais como controlá-lo de hoje em diante. Os empresários ainda estão nos apoiando. Temos muito dinheiro, muito, muito mesmo. Além de armas, muitas… caixas de armamento pesado”.

Depois de ler isso passei a escutar os áudios. A sua voz estava trêmula e grave de um jeito animalesco. Por minutos senti falta de ar lembrando aquela imagem dele imitando alguém quase morrendo dos pulmões. Quando olhei para o chão da cidade cheio de lixo e por segundos me esqueci, por segundos quase me esqueci, o que tinha achado de ocorrer. Acabado, quis dizer, que tinha acabado de ocorrer. Pode ser que as vezes eu troque as palavras sem querer… por querer, quis dizer… isso vai se repetir… as palavras não têm controle… Aconteceu antes, aconteceu depois, fui golpeado por uma memória sem imagem muito pesada que evaporou na curva fantasma. Tentei na descida sufocar o esquecimento momentâneo, não deu – a coisa voltou – vomitei o agora com uma gosma viva no chão da fome, uma gosma de cor branca com algumas notas de dinheiro queimado, real, dólar, e uma cruz enrolada em uma corrente enferrujada. Rachadura de pedra, pensei, rios – como assim? ? Achei que vi também algumas balas gastas de 38.

Isso seria muito real para ser tão irreal. Fui me arrastando até o primeiro bar na encruzilhada de Brasília e pedi um copo de água viva com raízes. Bebi, fui bebido. Pensei que eu fosse água. Meu organismo absorveu até o vapor. Encostei para retornar a mim mesmo em algum lugar na parede esburacada e assim que recuperei um pouco meus sentidos continuei a caminhada na rua vazada, até que uma nova curva me reviveu.

Fui voltando ao normal e lembrei sem vulto algum que o U presidente entrou em um delírio tão absurdo que nada seria mais normal do que sua loucura; tive que escutar com atenção novamente para acreditar em viva voz naquela mensagem irretratável!

Ele crê que está se transformando em um super-eu. Relatou que hoje não dormiu e que a partir das 3 hs da manhã ganhou novos poderes – “Os raios de deus são balas a partir de agora! Darei meus nervos por vocês. Sou mais forte que o super-homem americano, mais forte que o super-homem de Deus. Existem muitas maneiras de converter a derrota eleitoral em uma oportunidade de tomar o poder, e demostrar de uma vez por todas que o voto é inútil. Eleições só de século em século. Muda os ministérios, mas o presidente é divino. Nunca deixamos de mostrar o que somos e o que buscamos. Não enganamos ninguém. Sempre falamos em voz alta nossos planos. Amém? Amém… pega a arma 09… liga para o quartel… ok? Em nome da lei! Voltando para o tema das eleições… imagine uma coisa simples… sempre um lance a frente… supor que se aconteça isso, nós podemos fazer aquilo… a pergunta é: quem tem mais lances para dar? Vai fazer o que?? vai fazer o que agora?? Se eu for preso como herói! Eu quero a coroa da injustiça! Levar o jogo ao limite até o inimigo perder a possibilidade de reagir… a tomada dos territórios através das subjetividades mortais de uma guerra civil permanente, o modelo é a milícia mesmo! Qual é o problema?… O Rio-Haiti é aqui – Floresta Amazônia Brasil favela do rio… kkkkkkkkkkkk …sou o novo rei do império, mas não sou ladrão… kkkkkkkk”.

Ele está ameaçando enviar um comando de Guerra civil para toda a sua rede com mais de 20 milhões de pessoas, ou mais ainda, nem sei mais quantas…

Muito rapidamente, senti que o asfalto estava quente, muito quente, as pessoas dormiam no chão com fome. Eu derretendo a cada segundo. O sol caía, o céu caía, as nuvens eram florestas em chamas, ouvia o grito dos animais queimando. Povos queimando dentro da noite dos massacres. Eu corria… caía e corria… vocês estavam comigo dentro de uma tela, dentro de uma tela sem fundo que emergia.

Não poderei ainda transcrever diretamente tudo que ouvi abismado da paranóia do herói do fascismo nacional, o Fas Star. Tentarei pelo menos transpor pedaços em uma espécie de zona de encontro entre ficção e realidade.

Acredito que esses áudios são reveladores do que vem acontecendo em nosso país, porque Upresidente realmente já estava fingindo enlouquecido antes desses áudios; por isso a veracidade de seus delírios recentes nos coloca a pergunta: se esses delírios não são simplesmente mais nada do que a nossa redundante normalidade?

Uma estranha loucura ocultada em normalidade quando explicitada através de um absurdo violento se legitima como um novo normal possível de ser aceito e simbolizado. O que ouvi nesses áudios do presidente são delírios de pura realidade, é a verdade mais absurda!

Juro que pode ser algo muito terrível de imaginar e contar. O estranho é ele não parecer tão louco depois de tantas formas de tornar normal sua loucura de poder fascista.

Porém, posso supor que ele atravessou uma fronteira teatral no que está falando agora. O medo fez ele liberar como nunca seu inconsciente fascistóide. Estão correndo atrás da chamada cura porque o seu estado de delírio atual tornaria mais explícito ainda seu desejo de morte pelo poder. Perdeu toda a autocensura porque o super eu e o inconsciente se tornaram a própria fissura que dá vida ao desejo de vingança.

Seu delírio tem agora muito de teatral, se antes ele citava seus heróis, agora ele os encarna. Nos áudios o Upresidente diz não ser mais ele mesmo! Não sei se ele já conseguiu parar de falar como se fosse seu pai Ustra, o torturador.

A partir de agora todos podem ser ele, seu nome é de um Deus chamado Comandante Ustra (que está apaixonado pelo super eu do Messias). Ele falou que está indo para uma sala secreta do centro da cidade para encontrar o Upresidente; quer amá-lo! Não quer interromper seu trabalho de torturador – ele tem muito medo, percebe-se, ele tem medo de estragar tudo com sua presença amada.

Vocês sabem que terei que contar o que ouvi por cortes misturados com realidades que se confundem com uma ficção que está quase virando outro real.

Posso dizer pouca coisa por hora – por isso mesmo não devo também deixar de dizer coisas que não se pode calar porque falar tudo é praticamente impossível.

Usarei uma estratégia de comunicação com fragmentos para montar quase uma história sem fim, esse delírio fascista não se sabe onde vai dar….

Voltando lembro novamente que é sinistro que o que acaba de se revelar de forma mais nua, a loucura mais normal do fascismo, na mente do presidente, faz da normalidade a loucura de Deus pela violência.

Logo no primeiro segundo desses áudios com essas palavras ele abre o discurso mais real que já fez: “Não sou mais mito, não sou mais humano, agora sou Deus, sou o grande U, quero encontrar o Messias para penetrá-lo com meu cano 38 na torre do STF. Já disse, o raio é bala! O Capitão é Rei, Sou Upresidente Ustra. Sou o filho do pai que virou pai. Podem me prender. Me levem, sou um herói!

Está tudo aqui nesses áudios que vou revelar em cartas. A paranoia fascista que desde do primeiro sinal já estava nascida. Agora temos isso em detalhes precisos, quase literários, de alguém que fez da fé razão da verdade para conseguir salvar uma nação do seu diabo inventado.

Muito do que ouvi, apesar de seu novo grau de normalidade alcançado de um fascismo sem limites, já foi tudo dito antes. Quando diziam ele é um louco – quando ele era tão normal que hoje sua chamada loucura não é nada mais do que a mais rigorosa normalidade nova se impondo como lei de uma realidade simbólica. O imaginário se dissolveu no real.

O simbólico não existe (não seria o real?) a não ser nesse instante de seu uso abusivo que pode mudar conforme for o interesse do operador. É notável que o que ele fala em delírio agora se parece com o que ele dizia normalmente; todos os dias sem parar ele explicitou o normal – e nós todos espantados – “ nossa como ele é um…” querendo dizer ele é normal e o normal é isso mesmo, e agora o que vamos fazer?

É depois de ouvir esses áudios, acredito que perdemos a fronteira da loucura e da realidade, quando a violência media. Do dia a dia ferindo em tortura. Esse estado de coisas que sempre foi um retrato fiel absurdado da paranoia da violência vivida como lei natural. Império da violência. Sempre foi essa a doença da violência colonial transformada em progresso, que se impôs contra a maioria do povo sangrado, explorado.

A realidade violenta forjada como ei do mundo.

Não posso deixar de acabar sem essas frases do que ouvi: “ Eu não vou perder ! Eu não vou perder!” gritou quase no final dos áudios…

O real parece insuportável para o salvador, o Messias, alucinado com sua super verdade, está ferido, sangrando! Incrivelmente está alegre com o martírio! “Vou fazer do país pedaços arrancados de mim mesmo U! Meu nome é U! Eu arranquei a faca de dentro da minha barriga. Eu sobrevivi, foi um milagre, eu sobrevivi! Nunca vou… morrer ! Deus morreu em cima de mim com uma arma na mão, acima de todos mais de 740 mil mortos, eu renasci. Eu renasço. Vou matar esses fantasmas em sonho que me invadem o dia. Comunistas! Meu patrimônio, minha família, meus negócios. Eu juro, eu juro que vi dentro das malas de dinheiro, eu vi, eu vi que existem serpentes, muitas serpentes de Deus… o ministro da economia no paraíso me enviou fotos delas; ele vai me levar para o jardim dos investidores. Se eu precisar abandonar a política, eu seria um grande empresário no ramo de armas. Óbvio, vocês sabem disso, minha paixão por armamentos. Sou pela famílicia. Sou pelo negócio. Amém! Rachadinha de ossos. Quem não fez? Não sou diferente de ninguém. Pastores te amo, empresários te amo! Por isso, e por muito mais, que não vou poder me explicar, eu vou dizer, pode acontecer o que for, nem eu, nem minha família vai abandonar a missão em nome do Brasil. Preciso de vocês! Porque é pelo povo. Pelo povo eu luto até a morte. Pelo povo eu mato o povo! A morte me conduz. A morte é nossa glória. E se Jesus voltou armado é para nos mostrar a importância da luta pela nossa liberdade. Eu vou contar tudo para vocês… vão me chamar de louco… mas podem xingar…”

Corta… Vou ter que parar aqui, já escrevi demais por hoje… talvez amanhã cheguem novos áudios… encerro entre cortes e lapsos… faltou muita coisa para lembrar… aos poucos mais fissuras vão surgir…

Essa é a primeira de muitas cartas que envio e enviarei; ontem não sei que dia foi, amanhã desistiu e para hoje só basta um dia… a segunda, a terceira, a quarta carta com mais detalhes eu já comecei… em breve já chega, amanhã até meia noite ou dia… que nunca para de não escrever…

Assinado X

07
Out22

O avanço do “eterno fascismo”

Talis Andrade

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Marília Fiorillo parte de um livro de Umberto Eco e da eleição de Giorgia Meloni na Itália para analisar o avanço do fascismo, em suas diversas formas, e seu apelo sobre as massas

 

“Vale ler e reler um discurso de Umberto Eco, feito em 1995 na Universidade de Columbia e depois transformado em livro, O Fascismo Eterno. Chave para entender a vitória do fascismo na Itália, com a eleição de Giorgia Meloni e a ascensão da extrema- direita na Suécia, Hungria e Polônia. A insidiosa peculiaridade do ‘fascismo eterno’, segundo Eco, é que o termo fascismo é proteico, isto é, adapta-se a regimes diversos, mantendo um núcleo comum. ‘Tirem do fascismo o imperialismo e teremos Franco ou Salazar; tirem o colonialismo e teremos o fascismo balcânico. Acrescentem ao fascismo italiano um anticapitalismo radical (que nunca fascinou Mussolini) e teremos Ezra Pound,’ escreveu. Meloni não é Viktor Orbán, o que ficou claro em seu apressado apoio à Otan e desejo de continuar a receber fundos da União Europeia  – assim como a Itália, único país que teve um partido comunista realmente de massa, está longe de ser a Hungria. Mas, se há um espectro que ronda o mundo, hoje, é o da ‘nebulosa’ fascista. Basta que alguns sinais dessa nebulosa se manifestem para que se identifique o UR-fascismo (do prefixo UR, originário ou paleo). Entre eles, o nacionalismo atávico, o culto ao heroísmo (ou figura-mito), a concepção da vida como luta pela luta, não importa o propósito, o desprezo a valores iluministas, a visão do discordante como intruso e inimigo a despedaçar e o eterno apelo à família, pátria e Deus como remédios contra a ‘degradação moral’.  Enquanto as forças progressistas insistirem em chavões caquéticos, como fantasiar que a Rússia UR fascista ainda é comunista (o que nunca chegou a ser), ou que o povo é uma entidade imaculada, cujo apoio está garantido de partida, o eterno fascismo avançará. Quem vota é a massa da população (composta ‘massivamente’ pelo povão, um truísmo enigmaticamente negligenciado). A deterioração das condições de vida, dos direitos humanos e das liberdades civis tornaram esse apelo tentador. Pobreza, desemprego, frustração e humilhação da maioria das pessoas, atordoadas com crises crônicas e nenhuma solução à vista, seduzem para o UR fascismo. E seduzem não só a classe média, mas os estratos C, D e E, que se veem subalternos e abandonados pelas democracias tradicionais. É com o povo ou a massa da população, e não com a bolha ilustrada, que se precisaria conversar, isto é, ouvir antes de falar. E talvez então persuadir. E talvez convencer. O autoengano nunca foi bom conselheiro”.

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