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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

06
Abr23

Quem financia o trabalho escravo que ainda acontece no Brasil?

Talis Andrade
 
 
 
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O trabalho análogo à escravidão é considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como um crime contra toda a humanidade. É prioritário o seu enfrentamento e de responsabilidade dos países signatários dessas organizações globais. Cabe aos países garantir que essa prática milenar não mais aconteça.

Porém, faz-se necessário apresentar que a escravidão é uma prática política, como descreve a autora Lélia Gonzalez. O modelo de escravismo sobrevive na ordem do sistema capitalista, que visa expropriar a natureza na busca de matéria prima e explorar ao máximo toda capacidade produtiva de trabalhadoras e trabalhadores para diminuir os custos de produção referentes à força de trabalho.

A partir do levantamento de dados nacionais, a OIT estima que 50 milhões de pessoas estejam submetidas ao trabalho análogo à escravidão. O modelo do escravismo não se limita aos países africanos e asiáticos, sendo todos os anos apresentado situações em espaços industriais, na agricultura e no comércio também em países europeus e nos Estados Unidos.

No Brasil, em 2021, dados do então Ministério do Trabalho e Previdência indicam que foram libertadas 1.937 pessoas em condições de trabalho análogo à escravidão.

Não por acaso, diversas reportagens no país apresentam que diversos setores econômicos apostam ainda na escravidão como mão de obra para o trabalho. Seja nos galpões das grandes cidades, seja no campo. Ou mesmo nas residências da classe média, como o caso da mulher de 84 anos resgatada, em 2022, em condições análogas às de escrava, após 72 anos trabalhando como empregada doméstica para três gerações de uma mesma família no Rio de Janeiro.

Neste ano, na região de vinícolas de Bento Gonçalves ocorreu o maior resgate de trabalhadores violentados por essa prática, sendo mais de 180 homens em condições precárias de alojamento, sem acesso aos familiares, à higiene e à alimentação básica. No contrassenso, eram escravizados na produção agroalimentar na região da Serra Gaúcha, uma das mais importantes produtoras de vinhos e espumantes do país.

Em nota de posicionamento, o Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves apresenta que a decisão das empresas ao apostar no trabalho escravo como integrante da produção é devido ao reflexo assistencialista das políticas sociais estatais, o que levaria aos brasileiros a não procurar se qualificar enquanto trabalhadores. Também argumenta a nota, é a partir de um projeto de direitos sociais instituídos e da ausência de modelos de mão de obra que o país não consegue desenvolver outras possibilidades de trabalho.

A nota de posicionamento serve como reflexo deste projeto político que apresenta o modelo de escravismo como condição de lucro e apropriação máxima do capital sobre o trabalho.

O Brasil, desde a invasão portuguesa a partir do século 16 teve como formação da mão de obra o trabalho escravo de povos indígenas e de negras e negros sequestrados de diversos países africanos. Somos o último país das Américas a abolir da nossa legislação o direito a escravização de pessoas. Mas a escravidão, além de prática constante, ainda permeia o imaginário da elite nacional.

O século 20 foi marcado pela luta dos trabalhadores por direitos trabalhistas, em embate com setores empresariais que criticavam a criação do salário mínimo e buscavam deslegitimar a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Já no século 21, mais especificamente na última década, a classificação do trabalho doméstico como um trabalho assalariado com direitos, fez com que a burguesia brasileira utilizasse da sua mídia, a mídia empresarial, para propor uma forte oposição frente ao direito de milhares de mulheres negras e pobres que se encontram ainda sob essa ocupação profissional.

O projeto de desmonte do governo Bolsonaro, como reflexo ao apoio das elites nacionais, desmantelou a fiscalização e extinguiu no seu primeiro ano de governo o Ministério do Trabalho. Em concomitância, os setores empresariais se beneficiaram das queimadas, da extração ilegal de madeira e minerais. Neste cenário também ocorreram perseguição às organizações defensoras do meio ambiente e de direitos humanos, que arduamente denunciaram tais medidas.

É necessário ampliar os concursos públicos para que o Estado tenha a capacidade política de se organizar e diminuir a influência dos interesses privados que tanto diminuem o seu poder fiscalizatório. Não haverá combate à escravidão sem a efetivação de políticas sociais. Estas só são possíveis a partir de um poder público comprometido com o seu papel de proteção social.

O tempo do desmantelamento precisa chegar ao fim. Caberá por agora, um projeto popular de Brasil, que reconheça a partir da sua formação social o reconhecimento das demandas e necessidades de sua população O Brasil precisa compreender que a ordem econômica deve estar umbilicalmente ligada a um novo projeto de sociedade.

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02
Mar23

Vereador nazista de Caxias do Sul será preso?

Talis Andrade

 

Charge: Duke
 
 
Por Altamiro Borges

Cresce a pressão – no Rio Grande do Sul e no Brasil – para que o asqueroso vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, seja cassado por seus ataques racistas contra os nordestinos e sua defesa do trabalho escravo nas vinícolas gaúchas. A Polícia Civil abriu nesta quarta-feira (1) um inquérito para apurar sua conduta criminosa. Parlamentares de vários partidos e entidades democráticas também exigem punição imediata, inclusive com a sua prisão. E até o Patriota, partido que acoberta expoentes da extrema direita, anunciou a sua expulsão sumária. 


Desumano, vergonhoso e inadmissível

 
Em discurso no plenário da Câmara Municipal na terça-feira, o nazistinha metido a valentão criticou a ação de resgate de 207 trabalhadores da Bahia encontrados em condições análogas à escravidão em vinícolas de Bento Gonçalves. O escravocrata afirmou que os “baianos vivem na praia, tocando tambor” e não gostam de trabalhar, e elogiou os imigrantes argentinos, que são superexplorados e “ainda agradecem o patrão”. 

Ele ainda ironizou as péssimas condições de trabalho e de alojamento e as torturas sofridas pelos resgatados: “Agora o patrão vai ter que pagar empregada para fazer a limpeza todo dia para os bonitos também? Temos que botar eles em hotel cinco estrelas para não ter problema com o Ministério do Trabalho?”, obrou da tribuna. E concluiu aconselhando seus pares da cloaca burguesa gaúcha: “Não contratem mais aquela gente lá de cima”. 

A reação ao nazista foi imediata. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, tuitou: “É desumano, vergonhoso e inadmissível ver que há brasileiros capazes de defender a crueldade humana. Determinei, portanto, a adoção de medidas cabíveis para que o vereador seja responsabilizado pela sua fala”. A Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) já anunciou que ingressará com uma representação junto aos Ministérios Públicos Federal e Estadual contra Sandro Fantinel, além de entrar com uma ação indenizatória de reparação por dano moral. 


Bolsonarista raiz e troglodita


Essa não é a primeira ação repulsiva desse troglodita de Caxias do Sul. Como registra o site Diário do Centro do Mundo, Sandro Fantinel “tem um longo histórico de declarações preconceituosas e criminosas. Empresário do agronegócio e apoiador de Jair Bolsonaro, ele exerce seu primeiro mandato parlamentar e marca presença com falas racistas e homofóbicas. Mostra-se armamentista e agressivo contra opositores e programas sociais. Seus discursos com orientação de extrema-direita mobilizam com frequência a Comissão de Ética da Câmara”. 

O nazistinha se define como o único “vereador bolsonarista raiz” de Caxias do Sul. Em 2018, ele renunciou à candidatura de deputado federal para se dedicar exclusivamente à campanha de Jair Bolsonaro. Já em 2022, ele concorreu ao cargo de deputado estadual, mas não foi eleito. “Nos últimos dois anos, o patrimônio do vereador cresceu 25 vezes, segundo suas declarações ao Tribunal Superior Eleitoral”, relata o site DCM, que acrescenta: 

“Pelo menos duas vezes, em 2021, ele usou suas falas em plenário para depreciar a sexualidade do governador gaúcho, Eduardo Leite. Na primeira vez ele ironizou o fato de Leite não ter sido convidado para qualquer evento da agenda de Bolsonaro em sua visita à Serra Gaúcha naquele ano. ‘Só falta convidar o gay’, disse. Pouco tempo depois, atacou o governador novamente – ‘o senhor disse que tinha que tirar a bunda da cadeira que as coisas se resolviam. O senhor tirou a bunda da cadeira. Deve ter botado em outro lugar, mas não em função de serviço’, afirmou”. 

Sandro Fantinel é um fascistoide convicto, que destila ódio e preconceito. Ele não pode ser naturalizado, como foi no passado outro crápula, que depois virou presidente da República. Suas declarações são racistas, xenófobas e criminosas e ele deve ser tratado como um criminoso. Além da cassação do seu mandato, ele devia ir para a cadeia!

Nazistinha de Caxias do Sul tem de ser preso

 
 
 
23
Jul22

VÍDEO – Bolsonaro ironiza jovens desempregados: “A culpa é do governo, cadê meu emprego?”

Talis Andrade

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Presidente afirmou que governo não cria vagas e pode apenas não 'atrapalhar'

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou jovens desempregados nesta quinta-feira (21), em sua tradicional conversa com simpatizantes no cercadinho do Palácio da Alvorada.

O presidente disse que não cria empregos e fez imitações: “A culpa é do governo, cadê meu emprego?’ Você tem que correr atrás”.

16
Jun20

Ong suíça denuncia situação precária dos colhedores de laranjas no Brasil

Talis Andrade

aroeira ministério do trabalho .jpg

 

Brasil fornece metade do suco de laranja consumido no mundo

Desde o surgimento da epidemia de Covid-19, cresceu a demanda por suco de laranja. No entanto, as condições de trabalho dos colhedores de laranja não melhoraram no Brasil, o maior produtor mundial de suco de laranja. A constatação é da Ong Public Eye, que faz um apelo para o gigante comercial Louis Dreyfus, peso pesado do setor, melhorar a situação de seus trabalhadores sazonais no país.

 
- - -

Eles vêm principalmente do Nordeste, região mais pobre do Brasil, para trabalhar na colheita de laranjas na regiões produtoras de São Paulo, onde são chamados de "migrantes". 

Oficialmente, eles são 50 mil trabalhadores, mas o número pode ser maior, já que muitos não são declarados. O trabalho é penoso, de até 110 caixas de 27 quilos, ou seja, 3 toneladas transportadas por dia. Uma das explicações é que  a remuneração depende do rendimento da colheita e, às vezes, apenas disso.

O salário mínimo legal, já bastante baixo, de R$ 1.045,00, nem sempre é respeitado, constatou a Ong suíça. A Public Eye critica a gigante comercial Louis Dreyfus, que comanda suas operações a partir de Genebra.

A empresa se tornou a número três do comércio mundial de suco de laranja concentrado  e congelado, atrás apenas das empresas brasileiras Cutrale e Citrosuco. A Louis Deyfrus investe não apenas em embarcações refrigeradas, armazenamento e processamento, mas também em 25.000 hectares de plantação no Brasil, o país que fornece metade do suco de laranja consumido no mundo.

Insalubre e continuidade da atividade durante a pandemia

ronaldo ministerio trabalho.jpg

 

Em suas 38 plantações, a Louis Dreyfus diz respeitar o salário mínimo e equipar adequadamente os catadores, mas isso está bem longe de ser a realidade de seus fornecedores. Trabalhadores sazonais não têm acesso aos planos de saúde do grupo suíço e pagam por moradias insalubres, às vezes sem água encanada, no momento em que a epidemia de Covid-19 castiga duramente o Brasil.

O setor de laranja continua sendo uma atividade essencial neste período de pandemia. Os três principais exportadores, incluindo a Louis Dreyfus, querem manter em 100% a atividade.

A demanda por suco de laranja aumentou consideravelmente na Europa e nos Estados Unidos desde março, fazendo com que os preços desse produto, cotado em Nova York, subissem 36% , enquanto a tendência era de queda no consumo. Mas a situação dos trabalhadores sazonais continua ainda muito precária.

Controle de empresas terceirizadas

A legislação trabalhista no Brasil não exige mais que o tempo de viagem até as plantações, muitas vezes de várias horas, seja integrado aos salários.  A fiscalização dos órgãos públicos é rara. A Ong Public Eye, no entanto, pede à Louis Dreyfus que exerça seu dever de diligência sobre as empresas terceirizadas para garantir aos catadores de laranja não apenas o salário mínimo, mas um salário que garanta um padrão de vida decente no Brasil. 

23
Mai20

Sérgio Moro cobertor e cabo eleitoral dos Bolsonaro

Talis Andrade

moro lava mais branco bolsonaro.jpeg

 

O trio de procuradores caçadores de esquerdistas - Dallagnol, Pozzobon e Ribeiro Costa - sabia do vazamento da Operação Furna da Onça, e pelo conhecimento da vivência e caráter de Bolsonaro pai e Sérgio Moro podia prever o rompimento da República de Curitiba com o Condomínio Vivendas. 

Sobre a investigação das rachadinhas gerenciadas por Fabrício Queiroz, escreveu Roberson Pozzobon: - A questão é quanto ele (Moro) estará disposto a ficar no cargo com isso ou se mais disso vir.

"Se mais disso vir..." Veio sim, a partir do dia que Moro juiz começou a receber os pombos-correio de Bolsonaro candidato, antes das eleições do segundo turno e, principalmente a partir do primeiro encontro no dia 1 de novembro, no Rio, na casa do presidente eleito.  

"Se mais disso vir..." Veio de tuia desde que Moro tomou posse no Ministério da Justiça projetado pelo presidente, que acumula as funções do Ministério da Segurança Pública criado por Michel Temer. O ministério também incorporou responsabilidades do Ministério do Trabalho, que foi extinto no governo Bolsonaro, como as competências para a concessão de cartas sindicais e fiscalização de condições de trabalho. 

Bolsonaro tinha interesse em nomear Moro ministro. Que Bolsonaro não é de agradecer. Não deu outra, Dallagnol bateu em retirada. 

Moro ficou no cargo todo o ano de 2019, sempre elogiando o chefe. Em 16 de fevereiro último, Rosângela Moro afirma que enxerga "uma coisa só" em relação ao marido e ao presidente Jair Bolsonaro. No dia 24 de abril último, Moro saiu do governo atirando, dois dias depois da reunião ministerial que o ministro Celso de Mello fez divulgar nos mcm. 

Transcrevo Jeferson Miola: "É preciso investigar por que a PF e o MPF, que receberam o relatório do COAF ainda em janeiro de 2018, evitaram deflagar a operação tanto antes do 1º turno da eleição, como entre o 1º e o 2º turno; e por que, depois de retardarem a ação para não 'atrapalhar o resultado da eleição', excluíram Queiroz e Flávio Bolsonaro dos mandatos de prisão expedidos em 8 de novembro de 2018?

Deve ser esclarecido, além disso, por que Deltan Dallagnol defendeu que 'É o papel do MP no RJ investigar' Queiroz e Flávio Bolsonaro, se todos demais citados no mesmo relatório do COAF foram investigados e presos pelo MPF e pela PF no marco da sucursal da Lava Jato no Rio de Janeiro?

Deltan sabia que Flávio havia cometido crime, conforme deixou escapar no diálogo via Telegram que manteve com comparsas da Lava Jato em 8 de dezembro de 2018 publicado pelo site Intercept: 'É óbvio o q aconteceu… E agora, José?”, exclamou ele, que depois mandou a investigação para o MP do Rio".Documento

 

 

 

05
Dez18

Com equipe gigantesca, sem unidade e qualidade, Bolsonaro descumpre a palavra, enfrenta dificuldades

Talis Andrade

 

bolsonaro nazi.jpg

 

por Helio Fernandes

---

Existem muitos lados para examinar o presidente eleito, faltando 26 dias para se transformar em ocupante do Planalto. Primeiro, a equipe com a qual vai governar, ou pelo menos tentar. Prometeu e garantiu 15 ministérios. Já está com 22 e ainda faltam 3. Usou o truque de aglutinar ou fundir ministérios, o que é mais negativo do que positivo. Teoricamente criou "super-ministros". Na pratica, comprometeu a eficiência, já que a competência não é o forte dos escolhidos ("Acabou" o ministério do Trabalho, fundado em 1932, com Lindolfo Collor ministro. Agora dissolveu).

aroeira ministério do trabalho .jpg

 

E existem pelo menos 10 dignatários, em cargos de alta relevância, que não serão nominalmente ministros, embora com muito mais poder e importância. E o que precisa ser ressaltado. Alguns deles no Planalto, lado a lado com o presidente.

Secretaria Geral da presidência.
Secretaria Geral.
BNDES.
Petrobras.
Caixa Econômica.
Banco do Brasil.

Fora as inúmeras indicações no próprio Planalto.

PS - Isso num comentário rapidíssimo, sobre a esdrúxula formação pessoal do governo. Essa fragilidade o presidente constatará a partir do primeiro dia no Planalto. O que o obriga a fazer concessões desde agora.

PS2 - Provando sem nenhuma duvida a realidade: "A teoria, na pratica é diferente".

 

 

05
Dez18

Com equipe gigantesca, sem unidade e qualidade, Bolsonaro descumpre a palavra, enfrenta dificuldades

Talis Andrade

 

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por Helio Fernandes

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Existem muitos lados para examinar o presidente eleito, faltando 26 dias para se transformar em ocupante do Planalto. Primeiro, a equipe com a qual vai governar, ou pelo menos tentar. Prometeu e garantiu 15 ministérios. Já está com 22 e ainda faltam 3. Usou o truque de aglutinar ou fundir ministérios, o que é mais negativo do que positivo. Teoricamente criou "super-ministros". Na pratica, comprometeu a eficiência, já que a competência não é o forte dos escolhidos ("Acabou" o ministério do Trabalho, fundado em 1932, com Lindolfo Collor ministro. Agora dissolveu).

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E existem pelo menos 10 dignatários, em cargos de alta relevância, que não serão nominalmente ministros, embora com muito mais poder e importância. E o que precisa ser ressaltado. Alguns deles no Planalto, lado a lado com o presidente.

Secretaria Geral da presidência.
Secretaria Geral.
BNDES.
Petrobras.
Caixa Econômica.
Banco do Brasil.

Fora as inúmeras indicações no próprio Planalto.

PS - Isso num comentário rapidíssimo, sobre a esdrúxula formação pessoal do governo. Essa fragilidade o presidente constatará a partir do primeiro dia no Planalto. O que o obriga a fazer concessões desde agora.

PS2 - Provando sem nenhuma duvida a realidade: "A teoria, na pratica é diferente".

 

 

03
Dez18

Os diferentes serviços do negão de Getúlio e Bolsonaro

Talis Andrade

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Em 26 de novembro de 1930, o presidente Getúlio Vargas criou o Ministério do Trabalho. Essa foi uma das primeiras medidas implantadas pelo presidente, que assumiu o governo no dia 3 do mesmo mês. Vargas ficou conhecido com o “pai dos pobres” pelas suas medidas em prol dos trabalhadores.

Escreve Rafael Barifouse, da BBC News Brasil: "Caso seja confirmada a extinção do Ministério do Trabalho no governo de Jair Bolsonaro, conforme anunciou o presidente eleito nesta semana, será a primeira vez em 88 anos que o país não terá uma pasta na área, desde que Getúlio Vargas (1882-1954) a criou após chegar ao poder.

Hoje, esse ministério é responsável por elaborar diretrizes para geração de emprego e renda, além de emitir documentos e fiscalizar as relações trabalhistas no Brasil, investigando denúncias de trabalho escravo e infantil e o cumprimento da legislação por parte das empresas. Mas sua criação teve outro propósito". Leia mais 

Nunca cousa Bolsonaro se parece com Getúlio: a posse de um negro de estimação. Bolsonaro, para provar que não é racista. Getúlio, Gregório Fortunato, o "anjo negro", chefe de sua guarda pessoal.

Historia Renato Vicentini: Gregório "nasceu, assim como Getúlio Vargas, em São Borja, Rio Grande do Sul. Filho de escravos alforriados, trabalhava como peão nas fazendas de gado da região, se aproximando do clã dos Vargas após participar da Revolução Constitucionalista de 1932, foi soldado do 14° Corpo Auxiliar de São Borja (que viria a se tornar a Brigada Militar do Rio Grande do Sul), naquela época comandada por Benjamin Vargas, irmão de Getúlio. Gregório chegou até a divisa de Tenente. No ano de 1938, após Getúlio Vargas sofrer uma tentativa de golpe pelos integralistas, foi formada, pelo mesmo Benjamin, a referida guarda pessoal, por vinte homens “selecionados a dedo”, colocando o “anjo negro” no comando devido à sua alta fidelidade ao clã Vargas."

Reportagem de Julia DIniz Carneiro da BBC publica as primeiras declarações do subtenente do Exército Hélio Fernando Barbosa Lopes, o deputado federal mais votado no Estado Rio de Janeiro. 

Nascido em Mesquita, município da Baixada Fluminense, no Grande Rio, Hélio tem 49 anos e vinha tentando entrar na política há pelo menos quatro. Em 2014, saiu para deputado federal pelo PTN, mas não reuniu as condições necessárias ao registro e teve a candidatura indeferida.

Em 2016, candidatou-se a vereador pelo município de Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense, pelo PSC. Na época, apresentou-se como Hélio Negão, como é conhecido, e obteve 480 votos.

Agora, como Hélio Bolsonaro e candidato pelo PSL, viu o número de eleitores saltar para 345.234, surpreendente para um novato na política e um nome pouco conhecido no Rio, ficando à frente do veterano Marcelo Freixo, do PSOL, que obteve 342.491 votos.

Sua campanha foi centrada nas redes sociais e na participação de eventos ao lado da família Bolsonaro - frequentemente postando vídeos e fotos ao lado dos membros de clã, como o retrato sorridente em que come um espetinho de rua enquanto o capitão come um salsichão.

 

 

 

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