A carga de maconha apreendida pela PF e a sobrinha querida do pastor Josué Bengston, da Igreja Quadrangular
O que Damares Alves vai dizer sobre seu Tio Josué andando com 290 kg de skunk no avião?
por Marcia Tiburi - - -
Não posso deixar de comentar a notícia sobre o tio traficante de maconha da Damares Alves, pastor Josué Bengston, da Igreja Quadrangular do Pará.
De fato, uma carga de 290 kg de uma coisa chamada skunk realmente impressiona a desavisados como eu que ainda estava em outra pauta, tentando entender a pedofilia das igrejas e o plano de poder dos religiosos que acançam cada vez mais ocupando o congresso nacional com suas pautas fundamentalistas.
Muitos, como eu, devem ter descoberto agora que skunk é maconha potencializada - realmente isso me escapou, e me dá vergonha ter perdido essa informação, afinal sou autora de um livro sobre as drogas e a banalidade do vício chamado SOCIEDADE FISSURADA publicado pela Civilização Brasileira em 2012). Quem esta desatualizado no assunto das drogas, deve estar se perguntando sobre tudo isso: o circuito de produção e comercialização, o valor de compra e venda, a plantação e os destinatários, a exploração do trabalho, a mais valia e o lucro na empreitada. Talvez esteja também se perguntando não só sobre a produção, mas sobre o uso de drogas por parte dos crentes.
Será que se vende maconha dentro das igrejas também? Estou perguntando, inocentemente, pois nunca se sabe. Se um pastor moralista de igreja trafica 290 kg de skank, quem pode imaginar do que mais é capaz?
De um ponto de vista liberal relativamente aos costumes, não há problema algum em usar maconha, ou qualquer outra droga em nível recreativo e não autodestrutivo (toda autodestruição afeta os outros e isso afeta a esfera ética onde lidamos com a alteridade), contudo, mercados clandestinos geram abusos, violências e outros problemas sociais. A dependência que muitas pessoas desenvolvem em relação a drogas (não importa se álcool, cocaína, cigarro ou redes sociais), sempre precisa ser tratada com atenção e cuidado.
E, de fato, tabus sobre as substâncias e seus usos não ajudam a avançar na pesquisa.
Contudo, o moralismo religioso também é mercadoria nas igrejas de mercado, nas quais pedofilia, tráfico humano, corrupção e estelionato são práticas comuns.
O moralismo gera a moralina que também vicia! O uso de drogas é algo comum na cultura empresarial, e também o é nesse tipo de empresa que são as igrejas de mercado, que, aliás, funcionam como empresas, mas não pagam impostos.
É um mercado do lucro certo explorando a fé e o desespero dos outros. Mas é também um mercado de drogas clandestino! E que rende muito dinheiro!
Eu que sou a favor da liberação da maconha, para plantio, pesquisa científica e uso recreativo, mas que nunca usei maconha (as únicas drogas que uso são café, álcool - eu, por exemplo, gosto de vinho - e Instagram, em doses recreativas, portanto moderadas), sou constantemente xingada de maconheira.
Agora vem à tona a hipocrisia dos pastores das igrejas de mercado.
Se o tio da Damares fosse apenas um maconheiro não seria um problema, talvez fosse até mesmo uma solução, mas tio Josué é um traficante fingindo ser um homem sério, um homem de Deus. Pobre do Deus sendo vendido como mercadoria e transformado em cúmplice de traficantes sem ter como se defender.
Mais uma vez pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro são flagradas com drogas. Dessa vez, um avião, que pertence à Igreja Quadrangular do Pará, foi apreendido pela Polícia Federal, no sábado (27), com 290 quilos de maconha. O grupo religioso é liderado pelo ex-deputado federal e pastor Josué Bengtson, tio da senadora Damares Alves (Republicanos-DF)
É do balacobaco! A dona da rádio JM Online — aquela citada pelo tal ex-servidor do TSE — é bolsonarista. Lídia Prates Ciabotti aparece abaixo, ao lado de Michelle. Nas suas Redes sociais, prega voto no presidente.
Reinaldo Azevedo comenta a entrevista do presidente Jair Bolsonaro, concedida a uma rádio na última quarta-feira (4). "Transgrediu-se uma linha, não há dúvida nenhuma, foi a ameaça mais explícita de golpe", avaliou
Michelle e a senadora Dona Bela que só pensa naquiiiiiiiiilo foram pressionar as meninas venezuelanas, não adiantou. O fato é que as meninas que não estavam no trottoir como pensava o bozo, eram bonitinhas e pintou o clima.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e a senadora eleita Damares Alves se encontraram nesta segunda-feira (17) com duas venezuelanas ligadas à família citada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em vídeo que circulou nas redes sociais no fim de semana.
O encontro ocorreu no Lago Sul, área nobre de Brasília, e foi viabilizado por integrantes da Presidência da República e da Embaixada da Venezuela no Brasil.
A equipe da primeira-dama foi quem ofereceu o encontro, segundo relatos de pessoas envolvidas. O plano inicial era que a conversa tivesse ocorrido na noite de domingo (16), em São Sebastião (DF).
Num primeiro momento, houve resistência da família venezuelana, que estava assustada com a repercussão do caso.
O encontro, no entanto, aconteceu nesta segunda após a família decidir que gostaria de ser ouvida pela Michelle e dar a oportunidade da primeira-dama pedir desculpas pela exposição indevida das menores de idade.
O principal problema, segundo os relatos, foi com a insinuação que o presidente fez de que as meninas fossem prostitutas —o que é negado pelos venezuelanos e pela Cáritas Arquidiocesana de Brasília, que acompanha os refugiados em São Sebastião.
Com a exposição da família, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e a Defensoria Pública da União passaram a acompanhar as venezuelanas.
Michelle Bolsonaro e a ex-ministra Damares Alves foram convocadas no domingo pela campanha de Bolsonaro para conversar com a família venezuelana e arrefecer a crise causada pela fala do presidente.
Em entrevista ao podcast Paparazzo Rubro-Negro na sexta (14), Bolsonaro disse, enquanto dirigia por São Sebastião, a cerca de 30 km do centro de Brasília, ele encontrou adolescentes venezuelanas quando "pintou um clima".
"Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três, quatro, bonitas; de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado numa comunidade", disse o presidente durante a entrevista.
"Pintou um clima, voltei, 'posso entrar na tua casa?' Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, [num] sábado de manhã, se arrumando —todas venezuelanas. Meninas bonitinhas, 14, 15 anos, se arrumando num sábado para quê? Ganhar a vida. Quer isso para a tua filha? E como chegou a este ponto? Escolhas erradas."
No domingo, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) enviou equipes à comunidade Morro da Cruz, em São Sebastião, para encontrar os venezuelanos e propor um encontro com Michelle e Damares.
O objetivo inicial era gravar um vídeo com a família e contar, em detalhes, o que ocorreu no dia em que o presidente a visitou.
A família venezuelana não quis gravar o vídeo, para evitar a exposição do caso.
Em 10 de abril de 2021, um sábado, Bolsonaro fez um passeio por São Sebastião e entrou numa casa em que viviam mulheres venezuelanas que fugiram da crise político-econômica no país vizinho. Na ocasião, ele fez uma live na qual criticou as medidas sanitárias então adotadas por governadores contra a Covid.
As garotas venezuelanas recebiam, naquele dia, uma ação social com foco em questões estéticas e de bem-estar, como maquiagem e massagem.
Durante a entrevista ao podcast, Bolsonaro insinuou que as adolescentes estavam bem vestidas e "arrumadas" na tarde de sábado para "ganhar a vida", em referência a exploração sexual.
Na entrevista que originou as críticas a Bolsonaro, o objetivo do presidente era reforçar o mote de um suposto risco de o Brasil "virar uma Venezuela" caso Lula vença o segundo turno do pleito presidencial.
A fala do mandatário também foi criticada por sugerir que ele não tomou providências diante de uma situação de exploração sexual de menores. Ainda que a campanha admita a repercussão negativa do caso, o episódio não é visto como definidor na disputa pelo Planalto, segundo o entorno do mandatário.
Folha de S.Paulo
@folha
As meninas venezuelanas associadas por Bolsonaro à prostituição passaram a última semana sem sair de casa, evitando até ir à escola, para serem preservadas do assédio ao qual foram submetidas após as declarações dadas pelo presidente a um podcast. Leia: https://bit.ly/3siR2kS
Bolsonaro mente. Nada do que ele fala dever ser levado a sério. Não é digno da Presidência.
Sérgio Moro, 10/01/2022.
por Alexandre Aragão de Albuquerque
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Para surpresa de muitos, no final do debate dos presidenciáveis, na BAND, o candidato da extrema-direita posou para as câmeras com o seu ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Em 29 de dezembro do ano passado, Moro, tambémex-diretorda consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, declarava em entrevista ter sido exonerado por Bolsonaro pelo fato de não haver interferido nas investigações realizadas pela Polícia Federal e pela Receita Federal, para proteger seus filhos Zero Um, Zero Dois, Zero Três e a primeira dama Michele. Muito provavelmente, deve ter“pintado um clima”entre eles, como gosta de afirmar Bolsonaro, para poderem posar juntos e unidos no final do debate de ontem (16).
O esforço do candidato da extrema-direita nos cinco minutos finais, em que esteve isolado a pronunciar seu discurso, foi o de mobilizar o seu gado por meio das figuras que compõem o seu acervo ideológico. Como lembra o pensador italiano Antonio Gramsci (1891-1937), uma ideologia é muito mais do que um sistema de ideias e crenças. Ela se inscreve em deulógicas de ação. Portanto, sua dimensão é prática, visa a resultados práticos mesmo que seja ao mesmo tempo cognitiva e axiológica. Busca conectar-se às simbolizações ocorridas no mundo cotidiano das classes sociais, a fim de produzir formas de consciência, para a manutenção do status quo.
Na etapa final do debate, em vez de apresentar sua plataforma de governo, ele dedicou-se a revisitar a questão religiosa, a defesa da família, a crítica à diversidade de gênero. Como sempre, utilizou-se da mentira, ao afirmar que Lula é contra a liberdade religiosa; apresentou-se mais uma vez como defensor da família tradicional cristã, quando ele próprio, Bolsonaro, já está no quarto casamento, com filhos de três mulheres diferentes; além de tentar apresentar-se como exemplo de cristão, vacilando entre catolicismo e protestantismo. Recorde-se ainda que para ele, em sua aberração autoritária, o Estado brasileiro não deve ser laico, mas confessional.
A filósofa Márcia Tiburi, em sua página no Twitter, 17/10, destaca a falsidade crônica do candidato defensor da família tradicional, revelando que o casal Michele e Jair escondem a filha mais velha que ela teve com um homem casado antes do relacionamento atual, para manter a imagem de família conservadora evangélica. E, segundo o livro de Juliana Dal Piva, “O Negócio do Jair” (Editora Zahar, 2022), resultado de mais de três anos de investigação, visando desvendar o passado secreto da família ícone da extrema-direita brasileira, Bolsonaro começou o romance com ela enquanto era casado, configurando traição à esposa anterior, fazendo de Michele sua amante.
Logo, a realização do debate de ontem na BAND veio ratificar as contradições estruturais que sustentam a candidatura da extrema-direita brasileira: um projeto de poder alicerçado na mentira, no ódio ao diferente, na incapacidade de acolhimento da diversidade cultural, na exacerbação do individualismo em detrimento da solidariedade e da fraternidade civil, no incentivo à cultura da violência (venda de armas) e à lei do mais forte, numa total subserviência à potência estadunidense, sufocando qualquer sonho de soberania nacional no plano da geopolítica multipolar, além de cultivar inimizades e tensões com países irmãos do continente latino-americano.
Esse foi o clima pintado, por meio da tática ideológica bolsofascista. Cabe aos eleitores e eleitoras, no próximo dia 30, rechaçar terminantemente esse autoritarismo, devolver Bolsonaro de volta pra casa, para o Brasil poder retomar o caminho da democracia participativa, inclusiva e distributiva.
Atuação de Michelle Bolsonaro como atriz de quinta categoria virou meme nas redes sociais
247 –A péssima atuação de Michelle Bolsonaro como atriz no púlpito de uma igreja, em que ela chora e fala de luta do bem contra o mal, virou meme nas redes sociais. Ela também recebeu um conselho do jornalista Ricardo Noblat para suas próximas aparições no palco: a de que receba melhor treinamento.
"Michelle precisa ser mais bem treinada", aconselhou Noblat.
As revelações de Bolsonaro são revoltantes. Meninas "arrumadinhas", jeitinho carinhoso de dizer que são meninas pobres, estrangeiras, refugiadas, portanto felizardas, sortudas, por receber a atenção machista, pedófila de sua excelência o presidente do Brasil
Agora sei porque Bolsonaro enche a boca pra dizer ex presidiário, desse assunto ele entende bem, avó de 'Michele Bolsonaro' foi presa por tráfico de drogas.
Este colunista supõe que há valores e preços no voto em Jair Bolsonaro, consideradas as pessoas que votam com sinceridade. Os sinceros merecem reflexão e a primavera está chegando…
Um dos valores é que o sistema brasileiro de justiça não concluiu por ações de corrupção de Jair Bolsonaro e seus familiares, pois os órgãos oficiais nada publicaram como coisa definitiva. É voz corrente que o procurador geral Augusto Aras será julgado mais tarde se não arrumar logo logo outro alto posto na justiça do governo Bolsonaro. Ao contrário, o ex-presidente Lula foi julgado com incrível rapidez e caiu na prisão, ficando ausente das eleições de 2018. Porém, a própria justiça o fez recuperar seus direitos e mostrar os erros da Lavajato. Portanto, os processos que caminham pelo sistema contra Jair e filhos podem chegar a decisões em breve e corrupções podem ser conhecidas. Mas as pessoas e as famílias não vivem de disque-disque, nem de justiça pela metade. A ver.
Outro valor é que o presidente aparece em público como imbrochável, viril, impetuoso, uma espécie de super-homem dos trópicos. Lembra os casos dos conquistadores de antigamente e os agentes secretos americanos, que sempre vencem e matam um monte de gente pelo caminho. Quando se pensa que ele vai falar da família e que a divindade dele está acima de tudo, entra ele com a coisa da brocha. Mistura complicada, mas comum no presidente. Quem está acima de tudo, Deus ou Ele, o imbrochável?
Claro que essa história é subjetiva, pessoal, pois ninguém sabe se D. Michelle aceita e garante toda a impetuosidade e a imbrochabilidade do seu marido. Será que muita gente pensa que para ser uma boa família tem de ter um imbrochável? Dá uma forte impressão de que só é família prá valer aquela que tem seus imbrocháveis. Parece que o imbrochável é o que tem um montão de terra, um montão de lojas e muito poder para não ser culpado de nada. Naquele palanque do sete de setembro, o pobre presidente de Portugal (alguém viu ele?) ficou murcho e quase invisível ao lado de dois imbrocháveis, Jair e o véio da Havan. Dona Michele, coitada, parecia uma personagem daquela brincadeira chamada João Bobo, jogada de um lado para o outro.
Será que esse assunto não é somente coisa de homem? As mulheres ficam de lado, não? Alguns jornalistas mostraram que D. Michelle andou encrencando com esse assunto na boca do marido, mas ela não vai reclamar em público, porque não é louca e precisa garimpar votos. Os pastores, donos de boa parte da comunicação brasileira, estão sempre de olho nela. Será que tudo isso é mentira? Então, qual é a verdade?
Por ser fiel aos pastores e por timidez a esposa do presidente não dirá nada, ainda que tudo seja “prá inglês ver” ou prá dar impressão forte sobre eleitores. Mas esse negócio de brochar ou não brochar não é assunto do evangelho e parece que pouca gente pensa em por que o presidente mistura assuntos evangélicos com a estória da brocha. Será que algum profeta ou sábio daBíbliatratou desse assunto? Não parece possível ou justo. Mas vale perguntar aos pastores e às pastoras.
Mas tem uma coisa que é definitiva: Jair Bolsonaro esnobou a vacinação do povo nos meses iniciais da pandemia porque achou que todo mundo deveria ser meio super-homem, tipo imbrochável e teria de aguentar a gripe. Mas não era gripe. Este colunista perdeu sete amigos e tem vários familiares com sequelas pesadas.
Será que realmente morreram quase 700 mil brasileiros e brasileiras ou tem aí alguma maldade dos jornais e do pessoal da saúde? Conheço um eleitor do Jair Messias que diz que tudo é mentira, mas não acredito que esses 30% dos eleitores do Jair sejam iguais a esse eleitor que conheço. Para ele, não há verdade em nada, mesmo nas fotografias e nos áudios. Então, aquela falação, aquele espetáculo do sete de setembro com Jair e o véio da Havan também é mentira?
Talvez ainda haja outra coisa que leva a votar no Jair Messias: ele mete a cara e resolve as coisas. Por exemplo, o caso dos preços dos combustíveis. Pena que os preços só caíram agora em setembro, porque a população já vinha pagando preços altos de combustível, comida, produtos de limpeza e construção, serviços em geral há muito tempo, mais de dois anos. Será que dá prá compensar a fome e todas as dificuldades para viver bem até a eleição em 2 de outubro?
Não seria bom fazer as contas? Se você paga tudo a preço alto por dois anos e depois recebe descontos durante um mês e meio, o que é que vale?
O colunista não sabe de nenhum outro valor para votar no Bolsonaro. Mas sabe que o voto no presidente tem preço; melhor, tem preços. Se o eleitor ou a eleitora dele, a família não achar que é tudo mentira, vale a pena ver o preço do voto.
O primeiro preço é o da educação e da cultura das crianças, adolescentes e jovens, o que significa 53.759.457 com menos de dezoito anos. Cinquenta e dois por cento dessa juventude é descendente de África e sofre muito para se manter nas escolas e no sistema educacional. De fato, esse sistema muitas vezes expulsa crianças e adolescentes da escola. Nos últimos anos, muito mais e a pandemia não tem a culpa disso.
As famílias bolsonaristas talvez não devam dar atenção ao negócio do imbrochável, coisa do Bolsonaro desde que entrou no governo em 2019. Mas todas as famílias do Brasil têm crianças e jovens nas escolas, com certeza. Será que dá prá acreditar que os cientistas do Instituto de Estudos Socioeconômicos, baseados nos portais do próprio governo, por exemplo o Siga Brasil, estão certos ao mostrar que Bolsonaro deixou de entregar entre 2019 e 2021 o valor de 8 bilhões às crianças, adolescentes, professores, professoras e demais pessoal de apoio à educação? Era dinheiro obrigatório, garantido por Lei. E para 2022 já se sabe que os estudantes não receberão 6,2 bilhões. Palavra dos pesquisadores do mesmo instituto.
Noutras palavras, o dinheiro é da lei, mas deixa de ser mandado para as crianças do chamado sistema educacional. Para onde vai? Deve-se perguntar ao Paulo Guedes, ao Artur Lira (da Câmara dos Deputados) e ao próprio presidente. Os valores para educação com Bolsonaro são muito menores do que de anos anteriores. Recursos maiores garantiriam merenda, material didático, ações culturais na comunidade e transporte, por exemplo, nas 178 mil escolas públicas de educação básica do Brasil, espalhadas pelos quatro cantos do país. Mentira ou Verdade? Se verdade, quem é libertado por essa verdade, pois “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (livro doNovo Testamento de João8:32).
Seriam as famílias libertadas da obrigação de votar naquele que quer mais quatro anos e que prefere dar bilhões para deputados e diminuir os recursos dos estudantes brasileiros? Mas a educação precisa de recursos para fazer da escola um lugar bonito, bem arrumado, alegre, cultural e tendo como muito importante a valorização de professores e professoras. Do mesmo modo, com merenda de qualidade e especialmente com ensino de qualidade, o que deve ser visto e avaliado pelas famílias e pela sociedade brasileira. Também pelas famílias que pretendem votar em Bolsonaro. Sem famílias e comunidades, a escola fica capenga.
Tomara que não seja mentira outro preço alto a carregar nas costas pelo voto em Bolsonaro. Trata-se da saúde dos brasileiros e brasileiras.
Será que é mentira tudo o que dizem os jornais, revistas e artigos científicos sobre falta de remédios, falta de pessoal nos postos, muita distância entre as unidades de saúde pelo país afora e campanha contra a vacinação?
Será que não vacinar é evangélico? Este colunista estudou cultura e educação durante dois anos e meio em Israel e aproveitou a estadia para participar também das comunidades cristãs. Aprendeu hebraico e se vira em aramaico, línguas bíblicas. Nada há naBíbliainteira que impeça a vacinação. Imaginem se houvesse, pois a saúde era tratada de modo muito diferente do que conhecemos. Mas a “vacina” de Jesus era o exemplo de fé e de linguagem verdadeira Há nos textos bíblicos o contrário quando está presente a criança: é um baita pecado tirar o direito das crianças à saúde. Ora, na história do Brasil, do Ocidente e do Oriente, a maior garantia de saúde das crianças – e mesmo dos adultos – é a vacina. Remédio é bom para remediar quando já se ficou doente. Vacina previne. Uma carteira de vacinação completa é uma lindeza, orgulho da família.
Isso não é verdade? Se não é, a verdade não existe e qualquer um inventa qualquer coisa chamada de verdade. Até o presidente.
Por que diminuiu a vacinação no governo Bolsonaro, até a Vacina Sabin, contra paralisia? Coisa de louco? Não sei não, mas parece que é por causa também do imbrochável, por incrível que pareça. Mas já é outro sentido do imbrochável. Qualquer pessoa, criança ou adulta, não precisa de vacina porque o corpo aguenta. Aguenta? Se ele, o super-homem, diz que aguenta (mas muita gente garante que ele tomou vacina escondido e depois disse que era segredo por 100 anos) então qualquer um aguenta. Aguenta Covid? Aguenta paralisia infantil? Aguenta tétano?
Até este dia de setembro, somente 35% das crianças na faixa entre 1 e 5 anos tomaram a vacina contra paralisia. A esperança é que fossem 95%. Muitas vezes o Brasil alcançou essa meta. Temos no Brasil quase 15 milhões de crianças nessa faixa de idade. Este colunista, já velho, quando pequeno teve amigos e amigas que tiveram paralisia. Conheceu o sofrimento deles e delas. Depois o Brasil virou campeão de vacinação. Agora está derrapando na vacinação e tem bastante gente que faz campanha contra. Só pode ser pecado, que na língua hebraica significa erro, desvio, estar fora de um objetivo e por isso capaz de negar a própria verdade. Esse pecado precisa ser corrigido e a verdade restabelecida. Não será com este presidente, que tem horror a vacina. Quem aguenta?
Cientistas mostram que se tivéssemos vacina logo que os casos de Covid 19 cresceram no Brasil teríamos salvo entre 95 e 100 mil pessoas. Elas morreram. Ficou a dor e às vezes a frustração por não poder fazer nada.
De qualquer modo, continuamos a exigir a condição de cidadão e cidadã, pessoas que definem o rumo do Brasil.
Os médicos de confiança dizem que, dependendo da idade, a pessoa não aguenta nem as viroses mais comuns. Sofre muito. A vacina garante. Temos de voltar a ser o país exemplo de vacinação. Seremos!
Seria possível escrever muito sobre o preço do voto em Jair Bolsonaro. Mas para pensar no Brasil e no voto em 2 de outubro é suficiente porque foram mostrados aqui os fatos com dois assuntos fundamentais da vida humana: a educação e a saúde. Sem a educação/cultura, não se compreende bem o significado de tudo o que significa a saúde na vida do povo; sem saúde não há força ou vontade de se educar. Sem as duas a vida deixa de ser.
No governo Bolsonaro, é verdade que educação e saúde foram profundamente maltratadas em quantidade e qualidade, todos os anos. Há sinais e fatos por todo lado que provam. Isso é ou não é assunto das famílias brasileiras? Se não é, talvez se possa dizer que não há família no Brasil e o presidente está inventando famílias para ganhar votos.
As famílias, que o colunista acredita devam existir, têm decisões a tomar para o futuro breve. Pela educação e pela saúde do Brasil.
“A memória é o pilar da redenção e o esquecimento é o começo da morte”. Lembrar é preciso.
Lula e Alckmin em roda de oração em evento com evangélicos no Rio de Janeiro - Ricardo Stuckert
Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito é um movimento apartidário que atua em 20 Estados do Brasil
por Amanda Sobreira /Brasil de Fato
O uso político da religião evangélica promovido por Jair Bolsonaro e pela primeira-dama Michelle Bolsonaro provocou uma reação da ala progressista de grupos protestantes. A menos de um mês, a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, um movimento apartidário que atua em 20 Estados do Brasil, declarou apoio ao candidato Lula nas eleições de outubro diante “das ameaças diuturnas das forças reacionárias sustentadas pelo governo federal e pelo próprio Bolsonaro”, como consta no documento divulgado.
O Pastor Ariovaldo Ramos, fundador e coordenador nacional da Frente, participou de uma roda de conversa no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto, em Fortaleza. Junto com o Padre Lino Allegri, da coordenação da Pastoral do Povo da Rua e Egbomi Evelane d'yemanja, Presidente da Associação Algaba, Mãe de Santo de Candomblé, falaram sobre a contribuição das religiões para a Democracia.
Roda de conversa no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto sobre a contribuição das religiões à democracia / Divulgação MST
Em entrevista aoBDF Ceará, o Pastor Ariovaldo explica que a Frente surgiu em 2016 para denunciar o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na avaliação do pastor, a escolha de igrejas pentecostais e neopentecostais pela política partidária, a partir do envolvimento da Igreja Universal do Reino de Deus, vai na contramão das práticas evangélicas.
“Existe uma lógica de poder que não é um projeto nem de esquerda e nem de direita. É um desejo de estar no poder e fazer com que o país siga por decreto os padrões morais e éticos da nossa fé, como forma de revidar as perseguições que o cristianismo já sofreu. É uma lógica que contraria as tradições cristãs do martírio e a história da fé protestante, a que mais atuou na construção do Estado laico”, explica o Pastor.
O Novas Narrativas Evangélicas, outro movimento anti-fundamentalista, lançou sua agenda por posicionamentos democráticos, plurais e inclusivos. Em cinco eixos, a plataforma composta por lideranças, coletivos, iniciativas e pessoas evangélicas, defende pautas antirracistas, ações de preservação do meio ambiente e clima, urgência no combate à fome e a miséria, os direitos da população LGBTQIA+ e a defesa da democracia, das instituições e dos direitos humanos, também alinhados à tradição protestante.
“Nosso desafio é disputar esse espaço dentro da igreja, deixando claro para os evangélicos, que ainda estão iludidos com seus líderes, que o bolsonarismo não tem absolutamente nada a ver com os valores do evangelho. Nós temos pessoas das mais diversas correntes históricas e o que nos une é crer que Jesus sempre está ao lado do oprimido. Precisamos espalhar essas boas novas e deixar claro que o evangélico é plural, que não é massa de manobra e que não é natural ser evangélico e ao mesmo tempo bolsonarista, muito pelo contrário”, explica Filipe Scarcella, cearense integrante do Nossas Narrativas e pastor da Aliança de Batistas do Brasil, outra organização evangélica comprometida com justiça social, inclusão e combate a preconceitos.
Em Fortaleza, aFrente de Evangélicos pelo Estado de Direito, tem promovido encontros e debates nas instituições religiosas como forma de resgatar os valores cristãos. “Queremos reencontrar esses fiéis, que por algum motivo, escolheram outro caminho e lembrá-los dos verdadeiros valores cristãos baseados no amor, na tolerância e no respeito ao próximo”, destaca a coordenadora local da Frente, Edna Freitas. Movimentos evangélicos de todo o país estão se unindo na campanha “Somos UM pela democracia, Somos todos pelo Brasil”. OEvangélicxs pela Diversidadese apresenta nas redes sociais como espaço de acolhimento e combate ao fundamentalismo religioso e suas implicações para a comunidade LGBTQIA+. O Coletivo afirma preencher uma lacuna na perspectiva da afirmação da diversidade sexual e de gênero e contrapondo a visão hegemônica cis-heteronormativa nas igrejas.
Leis criadas por Lula favorecem religiosos
O ex-presidente Lula criou a lei da liberdade religiosa, em 2003, que garante a abertura, organização e estruturação interna de organizações religiosas, sem a interferência do Estado. A lei, aliás, é o argumento ideal para combater afake news, já desmentida, que diz que Lula fecharia as igrejas, caso seja eleito próximo presidente. Uma manobra para aumentar o apoio dos eleitores evangélicos mais fervorosos. Também foi Lula que, em 2009, sancionou a lei que cria o Dia Nacional da Marcha para Jesus, a ser comemorado 60 dias depois da páscoa. Anualmente, o evento reúne milhares de fiéis de várias denominações protestantes. O Dia Nacional do Evangélico também foi criado no governo de Lula, em 2010.
A disputa por esses eleitores não é à toa. 25% do eleitorado brasileiro é de cidadãos que se identificam como evangélicos. Destes, 16% se importam com a religião do candidato, segundo levantamento do Instituto Ipec. A bancada evangélica da Câmara Federal representa 21% dos parlamentares. Na avaliação do Pastor Ariovaldo, da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, a esquerda cometeu um equívoco ao não analisar o comportamento desse grupo, que notoriamente elegeu Jair Bolsonaro em 2018. “O que nós estamos vivendo é um retrocesso de 100 anos em várias frentes. A nossa perspectiva é apoiar o partido que melhor governou esse país e que melhor governou várias cidades do Brasil, sem zombar de Deus e da nossa fé”, ressaltou o Pastor.
Na pesquisa feita pelo Datafolha, entre os 16 e 18 de agosto, o ex-presidente Lula tem 41% das intenções de voto contra 38% do presidente Bolsonaro, entre os evangélicos que ganham até dois salários mínimos. Esse público representa 53% dos 5744 cidadãos entrevistados para o levantamento. Na comparação feita entre os evangélicos que recebem mais de dois salários mínimos por mês, Bolsonaro fica na frente, com 61% do apoio desses eleitores, enquanto Lula aparece com 22%. No total, o atual presidente tem 49% das intenções de voto dos evangélicos, contra 32% de Lula.
Entre os evangélicos que não votariam em Bolsonaro de forma alguma, 44% são de baixa renda. Na faixa acima, 24% também rejeitam o atual presidente. O registro no TSE é: BR-09404/2022. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, segundo o Datafolha.
Encontro de Lula com os evangélicos
Lula esteve com pastores e pastoras em um encontro com evangélicos em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O ex-presidente recebeu apoio de lideranças e fiéis de diferentes gerações e diversas igrejas. Durante o encontro, os discursos reconheceram as transformações ocorridas nos primeiros governos do PT, e declaram apoio para que Lula seja eleito e o Brasil volte a ter políticas inclusivas que garantam dignidade aos mais pobres.
A principal iniciativa dos líderes é a divulgação de uma Carta Aberta à população brasileira, que conta com a assinatura de importantes nomes do campo democrático evangélico, como Pr. José Marcos (Batista/PE), Bispa Marisa de Freitas (Metodista/emérita), e Pra. Viviane Costa (Assembleia de Deus/RJ).
O grupo informa que busca com a campanha o combate às fake news, à desinformação, ao pânico moral, à instrumentalização da religião na política e às narrativas autoritárias e violentas, promovidos por líderes políticos e evangélicos de extrema
Ariovaldo Ramos é teólogo, escritor, articulista e conferencista com larga experiência na missão da igreja. Faz parte da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito. Um movimento que tem como objetivo promover a justiça social e garantir o Estado Democrático de Direito. Ari, como é conhecido, também é um incentivador da teologia da missão integral, TMI, uma vertente teológica evangélica que defende que a dignidade humana, o cuidado com o meio ambiente e a luta contra toda a forma de opressão e injustiça são aspectos indissociáveis da mensagem do Evangelho. Atualmente Ariovaldo ministra na Comunidade Cristã Reformada.
Os pastores Ariovaldo Ramos e Uilian Corcino batem um papo sobre a seguinte questão: Qual deve ser a prioridade para o voto evangélico?.
A supremacia branca da primeira-dama é criticada em grupos bolsonaristas
247 -A postura da primeira-dama Michelle Bolsonaro sobre religiões de matriz africana gerou críticas até entre bolsonaristas nas últimas semanas. Várias mensagens que evocam respeito a todas as religiões e julgam que ela erra ao ligar rivais do marido ao demônio circularam em grupos favoráveis a Jair Bolsonaro (PL). Asinformaçõessão do jornal Folha de S.Paulo.
Análise do Observador Folha/Quaest, que monitora mais de 1.200 grupos de WhatsApp durante o período eleitoral, mostra que a tendência é de apoio a Michelle entre bolsonaristas, mas sem consenso.
A Quaest verificou, de 18 de julho a 22 de agosto, 360 mil menções relacionadas à primeira-dama e à socióloga Rosângela Silva, a Janja, mulher de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 721 grupos políticos, tanto da direita como da esquerda. Depois, fez uma "análise de sentimento", que consiste em identificar se o conteúdo é relacionado a críticas e/ou ataques (negativo) ou a elogios e/ou apoio (positivo).
Escreve Vicente Vlilardaga: "Nunca houve um casal presidencial no Brasil que quisesse impor sua fé de maneira tão agressiva e afrontosa como Jair e Michelle Bolsonaro. Pisoteando as religiões afrobrasileiras, contrariando uma tradição nacional de ecumenismo e de não interferência do governo em assuntos de crença e inundando de misticismo e irracionalidade o debate político, o presidente e a primeira-dama intensificaram nas últimas semanas uma ofensiva messiânica para tentar virar a eleição. Fazem isso ao arrepio da lei, frequentemente com cultos dentro do Palácio do Planalto, ignorando o preceito constitucional de que o Estado é laico e com o objetivo de conquistar eleitores evangélicos. Realizam um movimento apelativo para atrair mais apoio de pentecostais e neopentecostais, com foco prioritário nas mulheres, o eleitorado que mais rejeita Bolsonaro, o que Michelle tenta remediar com aparições fervorosas. Sempre que pode, ela trata de vincular o principal adversário do marido, Lula, a forças demoníacas e de atacar a umbanda e o candomblé de forma gratuita, preconceituosa e com conotações racistas". Leia reportagem aqui.
A historiadora Lilia Moritz Schwarcz analisa: Eu sempre digo que esse é um aspecto importante, que a gente não tenha nenhum apartheid na lei. Por outro lado, o Brasil foi o último país a abolir a escravidão, recebeu uma média de 50% dos africanos que saíram compulsoriamente do seu continente, teve uma lei curtíssima de inclusão social, que não previu qualquer tipo de aporte ou cuidado com essas populações. O que nós vimos no período pós-emancipação foi uma continuidade da escravidão, mas sem o sistema formal. Nada foi feito no sentido de mudar, pensando em programas de suporte, moradia, educação. Não houve nenhum projeto de inclusão dessas populações. Eu estudo um autor, o Lima Barreto, que justamente era uma voz isolada, que acusava a invisibilidade dos negros. Eu dei uma palestra na PUCRS, com quatro textos dele, brincando que o “negro não existe no Brasil”, porque basta não querer olhá-lo. Ele fala que existe esse processo de invisibilidade, não só das populações negras, mas também dos indígenas, das mulheres. O Brasil teve uma Constituição maravilhosa em 1988, uma constituição que previu a inclusão social. Nesses 30 anos, as pesquisas mostram que o Brasil não ficou um país mais justo. Para resumir, não temos uma discriminação no corpo da lei, mas a própria sociedade produz as suas regras e, nessa produção coletiva, a gente vai se revelando, como uma República muito falha, com instituições muito frouxas. Isso tudo são termômetros para medir a nossa democracia que vai muito mal, obrigada. Transcrevi trecho inicial. Leia mais
Janaína Araújo morreu em fila do Cras, no DF — Foto: Arquivo pessoal
Janaína Araújo tentava atendimento há oito dias, para ter direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Vítima chegou a ser levada ao hospital por populares, mas não resistiu
A companheira de Janaína, que preferiu não se identificar, contou à daTV Globoquea mulher era hipertensa, obesa, sofria de síndrome do pânico, depressão e ansiedade. As duas viveram juntas por 10 anos.
De acordo com a companheira, Janaína estava com a saúde debilitada e sem poder trabalhar, e queria o benefício para ajudar nas contas de casa.Janaína tentava há oito dias atendimento no Cras.
Nesta quarta, ela decidiu passar a madrugada na fila para conseguir uma senha. No entanto, começou a se sentir mal.
Testemunhas contaram que Janaína dormia no carro, quando uma amiga pediu ajuda e disse que ela estava passando mal. "Quando a gente chegou lá, ela estava com sintomas de que estava enfartando", contou uma mulher que preferiu não se identificar.
Socorro
Pessoas dormem em frente à unidades do Cras para conseguir senhas de atendimento no dia seguinte — Foto: TV Globo/Reprodução
Outras pessoas que também estavam na fila contaram que Janaína começou a passar mal por volta das 4h. As testemunhas disseram que tentaram chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não receberam socorro. Janaína foi levada ao hospital por populares.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a vítima se sentiu mal por volta das 20h de terça-feira (16), mas não procurou atendimento médico. De acordo com a pasta, "às 4h18, houve um registro de chamado realizado ao Samu, no entanto, aos 41 segundos, a ligação foi interrompida pelo solicitante".
Registra-se que o médico regulador sequer teve oportunidade de ser informado do quadro da paciente", diz a secretaria.
A pasta disse ainda que, às 4h26, Janaína deu entrada no Hospital Regional do Paranoá com "rosto roxo, corpo rígido e pupilas médio fixas". A vítima passou por ressuscitação cardiopulmonar, mas não resistiu e teve óbito declarado às 5h.
Foi solicitada necropsia do corpo para identificar a causa da morte", informou a secretaria de Saúde do DF (que ressurte diante da morte)
Atendimento
População sofredora tenta atendimento no Cras do Itapoã, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução
O Cras é responsável por serviços como cadastramento ou atualização dos dados no CadÚnico, para que pessoas de baixa renda possam ser incluídas em programas como Tarifa Social de Energia Elétrica e BPC, além de dar direito ao Auxílio Emergencial e ao Auxílio Brasil, entre outros benefícios.
No Cras, número de senhas disponibilizado diariamente pela Sedes não é suficiente para atender a todas as solicitações.Por isso, os usuários muitas vezes precisam dormir na fila, para garantir o atendimento.
A suspeita é que criminosos tenham se aproveitado da dificuldade no atendimento (de falta de governo federal e falta de governo estudadual) para cobrar até R$ 100e garantir um lugar na fila. (Nem em tempo de eleições os governantes aparecem. Transcrevi trechos)