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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

30
Ago22

Empresários que trocavam mensagens “pelo Brasil” no Ipês derrubaram Jango. É cedo para gritar contra Moraes

Talis Andrade

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EMPRESÁRIOS GOLPISTAS

INIMIGOS DA CLARIDADE 

 

por Denise Assis /TV 247

Nos Estados Unidos, o ex-presidente Ronald Trump levou para casa cerca de 300 documentos secretos, ultrassecretos e secretíssimos. A ação do FBI, de invadir a sua mansão para resgatá-los está sendo contestada por parte da população e, principalmente, o seu partido, o Republicano. Diante da revelação do conteúdo dos documentos, no entanto, a gritaria diminuiu e o fato já está sendo visto como gravíssimo.

No Brasil, as buscas e apreensões de celulares e computadores determinadas pela Polícia Federal, após ação do senador Randolfe Rodrigues (Rede), de oito empresários bolsonaristas tem sido contestada não só pela PGR - que reclama de o ministro não ter aguardado a sua manifestação para empreender as buscas -, como por colunistas e editoriais da grande mídia, que vê na atitude precipitação e abuso de autoridade. 

Lá (nos EUA) como aqui, o conteúdo do que foi apreendido não tem nada de inocente. Os documentos levados por Trump são claramente uma documentação de Estado e não poderia estar em mãos de um ex-presidente. Com o agravante de que em sua residência transitam funcionários e pessoas estranhas. Não ficou claro, inclusive, qual era o seu propósito ao se apropriar de papéis tão importantes...

Aqui, o que se viu foram fragmentos de um volume de mensagens ainda inimaginado e sem que se tenha noção do grau de comprometimento. É cedo, portanto, para falarmos em abuso. As investigações apenas começaram e elas têm de partir de algum lugar.

Em tempos mais lentos em termos de circulação de informações, os anos compreendidos de 1962 a 1964, foram montados exatamente por empresários, um pequeno segmento da Igreja e um grupo de elite dos militares, dois institutos com o fito da conspiração que derrubou o presidente eleito, João Goulart (PTB). Tratava-se, neste caso, do complexo Ipês/IBAD. Não havia Internet, Watsapp ou e-mail. As mensagens circulavam por papers levados por office boys. Seriam, hoje, os equivalentes às mensagens de zap

Com o teor da correspondência trocada entre o grupo, não se poderia imaginar o tamanho da articulação e da conspiração. Ela foi profundamente pesquisada, ordenada e publicada pelo historiador René Dreifuss (1981), que dividiu a história recente entre antes e depois do seu livro: “1964 – A conquista do Estado”. Nele, a partir de entrevistas e da documentação doada ao Arquivo Nacional, composta por esse leva-e-traz de bilhetes e esboço de ideias, René nos mostrou o final que hoje todos sabemos: Jango acabou derrubado por esta turma entocada nos institutos com fachada de Instituições culturais e de pesquisa, mantidos pelos empresários “amantes do Brasil”. 

Transpondo para os dias de hoje, quando Bolsonaro quer saber onde anda “aquela turminha da carta pela democracia”, é bom que ele separe o setor produtivo, dos grandes empresários e industriais. Sim, os relutantes em aceitar um governo progressista; sim, os que naquela época tiveram familiares compondo o bojo da conspiração contra Jango -, dos milionários que “costuram para fora”, vivem de investir em mão de obra barata, sonegar impostos e vender produtos sabe-se lá comprados onde. 

Essa “turminha” dele é, hoje, os que seriam os que mantinham o complexo Ipês/IBAD no passado. Suas mensagens e ações – vamos aguardar para avaliarmos o conteúdo mais amplo do que foi recolhido, mas pelo teor das conversas tudo indica que têm o mesmo objetivo golpista -, não está tratando da próxima partida no Gávea Golfe.

Basta lembrar que os filmes curta-metragem produzidos por eles para convencer um país inteiro a aceitar o golpe, projetados em pracinhas do interior, igrejas e na hora do almoço de empresas e fábricas, resultaram em marchas país a fora gritando pela queda do governo. Venceram. Com tanques e canhões. 

Achar no início das apurações que há exagero no que está sendo feito por Moraes é fazer como o senador Pedro Aleixo, relator da CPI Ipês/IBAD. Em 1963, ele fechou apenas o IBAD, onde foram descobertas armas, mas manteve aberto o Ipês, foco da disseminação de ideias, bilhetes, mensagens...Image

Moraes autoriza operação contra empresários suspeitos de defender golpe em  mensagens de celular | Jornal Nacional | G1Image

 

Estamos vendo, por enquanto, o presidente do TSE puxar uma pena. (Não vamos esquecer que o empresário Marcos Tolentino da Silva, sócio oculto da empresa Fib Bank, disse na CPI que contribuía com o site do hoje foragido, Alan dos Santos). Nós tanto podemos ver sair dali um molho de penas que mal dará para fazer uma peteca, quanto poderá vir junto uma plumosa galinha. É cedo para se pôr em oposição ao seu trabalho. Que venha outra leva de mensagens. Enquanto isto, Augusto Aras que tome muito Rivotril.

29
Ago22

Neutralização do terror

Talis Andrade

PF faz operação contra empresários bolsonaristas por mensagens golpistas no  WhatsAppQuem são os empresários bolsonaristas que defenderam golpe

 

Diante da previsível derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel

 

Manuel Domingos Neto /A Terra É Redonda

- - -

As apreensões com a baderna anunciada para o dia 7 de setembro foram atenuadas. O repúdio à quebra da institucionalidade tem sido vigoroso. Além da manifestação da Faculdade de Direito da USP, houve o espetáculo da posse de Alexandre Morais na presidência do STE. Muitos assistiram o vexame do presidente da República no auditório. Foi um lance de recuperação da moralidade institucional.

A repercussão das reportagens de Guilherme Amado sobre empresários golpistas também desestimulou a baderna. Os milionários com devem estar com as barbas de molho. Com o bom desempenho eleitoral de Lula, sentem que em breve pode lhes faltar proteção. É fundamental que respondam por seus atos. A impunidade anima malfeitores.

Um dos fatores de desestímulo às manobras golpistas baseadas na contestação às urnas eletrônicas foi o posicionamento das autoridades de Washington. Quais as razões para os Estados Unidos, com seu histórico de patrocínio de golpes em muitos países, não endossar os sonhos do baderneiro alojado do Planalto?

Washington talvez queira reduzir a imprevisibilidade do quadro político latino-americano. Os Estados Unidos estão em guerra para evitar ou retardar a perda da hegemonia na ordem mundial. Não lhes interessa uma América Latina convulsionada, agravando as incertezas.

Além disso, os Estados Unidos vivem dramáticas tensões internas decorrentes da atuação da extrema direita. O FBI alertou na última sexta-feira, dia 12, sobre o perigo de atentados por parte de apoiadores de Donald Trump.

Depois de a polícia realizar busca na casa do ex-presidente, agentes federais e outros funcionários da segurança pública foram ameaçados. Na rede social de Donald Trump, ativistas são convocados para matar. Um homem foi preso na Pensilvânia depois de postar que abateria muitos agentes do FBI antes de morrer.

Nos Estados Unidos, não há coesão entre os republicanos. Muitos temem o ambiente de terror, mas os que apoiam Donald Trump são ativos e perigosos. Pedem a extinção do FBI e o desmonte do Departamento de Justiça. Já mostraram audácia no Capitólio. Lobos solitários podem deixar o país em pane. Práticas violentas são costumeiras na política estadunidense, mas as instituições deste país se empenharam mais em exportar o terrorismo do que em estimular seu uso interno.

Tendências políticas dos Estados Unidos sempre rebatem no Brasil, penetrando na sociedade e nas instituições. As técnicas da Lava-jato foram importadas, assim como o neoconservadorismo das fileiras. No Exército, o introdutor do neoconservadorismo radical foi o general Avelar Coutinho, copiador de autores estadunidenses. Seu discurso foi endossado por oficiais destacados, como o ex-comandante Villas-Boas.

Diferentemente das instituições estadunidenses, que praticam o terrorismo além-fronteiras, as brasileiras têm longo histórico de uso interno do terror. Esta semana, inclusive, as labaredas do inferno receberam um dos mais sanguinários terroristas da história brasileira, Sebastião Curió, que fez carreira no Exército.

O hábito de práticas violentas contra opositores explica o apoio castrense à candidatura de um conhecido terrorista à presidência da República. Esse homem, desde novinho, defende o choque e o pavor. Diante de sua previsível derrota eleitoral, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel.

Se registramos nos últimos dias um desanuviamento de tesões, não cabem descuidos. A defesa da democracia deve ser permanente. Não há outra forma de neutralizar a índole terrorista da extrema direita.

Empresários apoiadores de Jair Bolsonaro passaram a defender abertamente um golpe de Estado caso Lula seja eleito em outubro, derrotando o atual presidente. A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas há meses pela coluna de Guilherme Amado.

 Participam o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o deputado Rogério Correia (PT-MG), a vereadora Carol Dartora (PT, Curitiba), a ativista Luna Zarattini, a coordenadora do Sinasefe, Elenira Vilela, e o vereador cassado Renato Freitas (PT, Curitiba)

Os golpistas ainda estão soltos. Conforme Beatriz Castro os oito inimigos da claridade, "os oito investigados podem escolher se querem ir ao desfile militar em Brasília ou ao evento em Copacabana, onde, segundo o presidente, haverá um ato cívico e uma motociata.

São investigados os empresários Luciano Hang (Havan); Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu); Ivan Wrobel (W3 Engenharia); José Isaac Peres (Multiplan); José Koury (Barra World); Luiz André Tissot (Sierra); Marco Aurélio Raymundo (Mormaii); e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa)".

24
Ago22

Aras homenageou lobista de cassinos bolsonarista alvo de Moraes em discurso de posse na PGR

Talis Andrade

 

www.brasil247.com - Meyer Nigri e Augusto Aras

Meyer Nigri e Augusto Aras (Foto: Reprodução | ABR)

 

 

As relações perigosas de Meyer Nigri com Augusto Aras, com o governo golpista de Bolsonaro e com a jogatina nacional (clandestina) e internacional

 

 

247 - Em seu discurso de posse na Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2019, Augusto Aras homenageou o empreiteiro bolsonarista Meyer Nigri, fundador da Tecnisa e alvo de Alexandre de Moraes e da Polícia Federal em operação de busca e apreensão nesta terça-feira (23). Nigri integrava grupo com empresários que apoiavam um golpe de Estado no Brasil caso o ex-presidente Lula (PT) vença as eleições.

“Não posso deixar de cumprimentar um amigo de todas as horas neste momento em que vivenciamos. E faço uma homenagem especial ao amigo Meyer Nigri, em nome de quem cumprimento toda a comunidade judaica, que comemorou 5.780 anos nos últimos dias”, declarou Aras, em discurso recuperado pela coluna do Guilherme Amado no portal Metrópoles.

Também nesta terça foi revelado que o procurador-geral da República trocava mensagens com os empresários bolsonaristas integrantes do grupo golpista no Whatsapp.

 

Meyer Nigri foi fiador da escolha de Augusto Aras para a PGR

A informação é do livro "O fim da Lava Jato", dos jornalistas Bela Megale e Aguirre Talento

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247 – O empresário Meyer Nigri, bolsonarista dono da construtora Tecnisa e alvo da operação da Polícia Federal contra empresários golpistas, teve papel decisivo na escolha de Augusto Aras como procurador-geral da República. A informação é do livro "O fim da Lava Jato", dos jornalistas Bela Megale e Aguirre Talento, de acordo com reportagem da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

"Segundo relatam, quando Aras trabalhava por sua nomeação pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), uma reportagem revelou uma festa oferecida por Aras em sua residência, à qual foram convidadas lideranças petistas como o ex-ministro José Dirceu, condenado pelo mensalão e pela Lava Jato, e o ex-presidente do PT Rui Falcão. Na ocasião, o atual PGR passou a ser criticado pela militância bolsonarista, e seus auxiliares acreditavam que a indicação havia naufragado. Nesse momento, detalha o livro, o apoio de Nigri foi fundamental e ele tornou-se um fiador da candidatura de Aras", aponta a coluna.

Durante a gestão Bolsonaro, Nigri fez lobby pela implantação de cassinos no Brasil. Antes disso, foi quem aproximou Jair Bolsonaro da comunidade judaica.

Jornalistas baiano e mineira lançam livro sobre bastidores do fim da Lava- Jato - Jornal Correio
 

ATAQUE À DEMOCRACIA

Quem é Meyer Nigri, o empresário golpista amigo de Augusto Aras

Grupo de empresários é investigado sob a suspeita de cometer o crime de atentar contra o Estado Democrático de Direito

 

Com a revelação das conversas de teor golpista entre empresários pelo site Metrópoles, foi trazido ao conhecimento público alguns personagens do empresariado brasileiroque, até então, atuavam na surdina e, como se sabe agora, com intenções de intervir no Estado Democrático de Direito. 

A primeira consequência das conversas golpistas entre os empresários foi a operação de busca e apreensão deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (23). Autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a ação trouxe à tona a íntima relação do Procurador-Geral da República Augusto Aras com o grupo investigado.

Ao tomar conhecimento da operação, Aras se mostrou irritado e declarou que não havia sido notificado, o que foi desmentido pelo ministro Moraes. Porém, mais tarde foi revelado o porquê da irritação do PGR: nos celulares apreendidos pela operação se descobriu a troca de mensagens de Aras com os empresários. 

Entre os personagens envolvidos na trama golpista, um em específico possui relação, digamos, mais estreita com Augusto Aras, trata-se de Meyer Nigri, o dono e fundador da construtora Tecnisa.

Segundo informações do livro "O fim da Lava Jato", de autoria dos jornalistas Bela Megale e Aguirre Talento, o empresário Meyer Nigri foi um dos fiadores da escolha de Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República. 

Na época em que articulava o seu nome para a PGR, Aras promoveu uma festa que, entre os convidados tinham lideranças petistas como Zé Dirceu e o deputado federal Ruy Falcão (PT-SP). Por conta disso, o nome de Aras passou a ser alvo de críticas dos bosonarista. 

Diante da crise com a claque bolsonarista, o grupo de Aras acreditava que a sua nomeação estava arruinada. Porém, segundo relata o livro, neste momento o apoio de Meyer Nigri foi fundamental para que, posteriormente, Aras fosse alçado ao cargo de Procurador-Geral da República. 

A jornalista Andréa Sadi lembra que, durante o seu discurso de posse, Aras fez menção especial ao empresário. "Ficaria difícil para mim nominar cada amigo. Então peço vênia para, em nome de Meyer Nigri, cumprimentar a todos presentes, especialmente aos amigos da Bahia aos quais não teria como nominar uma a um e a todos os colegas e amigos aqui presente", disse o PGR. 

De acordo com as conversas reveladas pelo Metrópoles, em uma das mensagens enviadas ao grupo de empresários golpistas, Nigri escreveu "que o STF será o responsável por uma guerra civil no Brasil". Os empresários são investigados com base na Lei da Defesa do Estado Democrático de Direito que, segundo o Código Penal, prevê punição para quem "tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais". 

Perfil 


O empresário Meyer Nigri é fundador da construtora Tecnisa, considerada uma das maiores empresas do mercado imobiliário do Brasil. 

A empresa foi fundada em São Paulo, em 1977.

A Tecnisa foi fundada em 1977 e, segundo sites especializados, se destacou ao adotar modelo diferente das concorrentes: ao invés de colocar apenas dinheiro próprio, a empresa emprestava dinheiro.

Meyer é formado em engenharia civil pela Universidade de São Paulo (USP). Nos anos 1970 foi trabalhar na Technion. Na mesma época deixou o trabalho e fundou a própria empresa.

A empresa é considerada "um expoente" em seu meio e considerada "um dos melhores lugares para se trabalhar".

Após a deflagração da operação, a assessoria de imprensa da Tecnisa declarou que Nigri, dono e fundador da empresa, não fala em nome da Tecnisa e que ele "não é porta-voz da empresa [...] a Tecnisa é uma empresa apartidária, que defende os valores democráticos e cujo posicionamentos institucionais se restringem à sua atuação empresarial".

 

Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa: o empresário que dá as cartas

Empresário doa premiação conquistada no Super High Roller para caridade |  WSOP BRAZIL - World Series of Poker Circuit Brazil

Meyer Nigri, em evento de pôquer no Rio (acima): entusiasta de jogos (Foto: Marcos Corrêa/PR)

 

Em setembro do ano passado, o empresário Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa, participou de um evento internacional de pôquer no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Numa modalidade recreativa, sem a participação de jogadores profissionais, ele conquistou o sexto lugar e uma premiação de 53 225 reais, que foram doados para a caridade, segundo informação divulgada pela organização da competição. Não foi a sua única atuação digna de nota. Um dos mais influentes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no meio empresarial, Nigri também aproveitou o evento para participar de conversas com parlamentares e representantes de empresas de jogos de azar e de cassinos que aguardam autorização legal para atuar no Brasil. Numa mesa de jantar à beira da piscina do hotel, o empresário chegou a telefonar na frente de seus convivas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, com o objetivo, conforme as testemunhas da cena, de mostrar que as portas do governo estão escancaradas para ele — e estão mesmo.

O lobby (legal, diga-se) pela liberação dos jogos de azar e dos cassinos no Brasil é antigo. Uma frente parlamentar empunha essa bandeira, e a família Bolsonaro demonstra simpatia pela ideia, que enfrenta a resistência, entre outros, da bancada evangélica, uma das principais bases de apoio do presidente. Há projetos prontos para votação no Congresso destinados a autorizar tais atividades. Seus defensores alegam que a liberação pode gerar uma receita de 20 bilhões de reais por ano, mais 7 bilhões de reais em concessões, outorgas e licenças, além de 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos. Um lobista que pediu para não ser identificado disse a VEJA que os investidores contam com a ajuda de Nigri para convencer Bolsonaro a comprar de vez a briga pela legalização do negócio. Entre outros motivos, porque o setor da construção civil, do qual o empresário é expoente, poderá ser beneficiado pela legalização dos jogos de azar e dos cassinos.

“O Nigri é bom jogando pôquer, que requer inteligência e estratégia. Defender a liberação dos jogos e ser lembrado como alguém que usou o seu prestígio no governo e no Congresso para mudar a legislação dará a ele vantagem quando essas empresas vierem para o país”, afirmou o lobista. “E não tem nada de errado, porque ele não está contratando com o governo, não ganhará dinheiro público, seus negócios serão todos com empresas privadas.” A VEJA, Nigri declarou que já defendeu a medida publicamente e em conversas com autoridades, mas ressaltou que o fez não a serviço de terceiros, mas por coerência com sua opinião pessoal. Ele é um entusiasta dos jogos, que considera instrutivos para a vida, inclusive profissional. “Não trabalho para ninguém nem faço lobby. Não quero fazer nenhum empreendimento imobiliário, pelo menos até o momento, que envolva cassino ou jogo.”

Engenheiro civil, Nigri conheceu Bolsonaro em 2016. Como bom cicerone, apresentou o então deputado a empresários e à comunidade judaica, e se dispôs a ajudá-lo durante a pré-campanha à Presidência. Ambos queriam banir o “socialismo” do país e se mostravam encantados pela promessa econômica personificada por Paulo Guedes. O investimento na baixa rendeu dividendos. Nigri foi um dos padrinhos das indicações de Nelson Teich para o Ministério da Saúde e de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República. Foi nessa condição que ele recebeu ligações nos últimos dias para saber se Teich será demitido. Sua resposta padrão é “não sei”. “Ele entrou no ministério e tem dificuldade para saber o que está acontecendo, saber dos números, parece que ainda não tem um plano de saída (da pandemia)”, afirma. A prioridade do padrinho do ministro, no entanto, continua na área da economia.

No fim de abril, Bolsonaro recebeu Nigri e outros empresários para uma reunião de apoio a Paulo Guedes, que, especulava-se à época, podia pedir demissão. O dono da Tecnisa aproveitou o ato de desagravo para apresentar uma demanda: “Sugeri ao Guedes que a Caixa deveria trabalhar com uma taxa de juros menor para a pessoa física”. Não foi a primeira incursão dele em área do banco. Em dezembro de 2018, antes mesmo de o governo Bolsonaro começar, Nigri propôs a Guedes que a Caixa lançasse uma linha de financiamento imobiliário que usasse o índice oficial de inflação (IPCA) para corrigir empréstimos para a compra da casa própria. Nos meses seguintes, já com o ex-deputado no Planalto, voltou a tratar do assunto com Guedes e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Deu certo. Em agosto de 2019, a linha de crédito foi finalmente anunciada em cerimônia no Planalto. “Fala, Meyer, tudo bom? Confiou em mim lá atrás. Muito obrigado pela confiança”, declarou Bolsonaro na solenidade.

Como num jogo de cartas de bons parceiros, a relação permanece sólida. Toda vez que o governo precisa, o empresário faz o que pode para ajudar. Em setembro de 2019, Victor Metta — ex-tesoureiro do PSL e assessor especial do ministro da Educação, Abraham Weintraub — pediu a Nigri que arregimentasse representantes do setor da construção civil para uma reunião. Em pauta, a criação de um fundo imobiliário que garantiria recursos extras às universidades. Nigri cumpriu a missão e mandou o convite num grupo de Whatsapp que reúne 45 empresas, responsáveis por 95% do setor. “O governo nos pediu sugestões. Tudo o que sugerimos foi que qualquer coisa ofertada ao mercado fosse por concorrência, dando chance para todo mundo participar.” Depois de a coluna Radar revelar que o MEC recorreu ao empresário, e não a uma chamada pública para tratar do tema, as conversas foram deixadas de lado.

Apesar do trânsito fácil no Planalto, o dono da Tecnisa pode enfrentar algum constrangimento no Congresso. Há um requerimento na CPI das Fake News do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que pede a convocação dele sob a suspeita de ser um dos financiadores da milícia digital que atua a favor do presidente nas redes sociais. Como a base governista fracassou na tentativa de encerrar a comissão, há chance de a convocação ser aprovada. “Eu nunca participei ou financiei qualquer movimento de fake news. Como o meu nome circulou como amigo do presidente, os caras têm essa suspeita de que eu poderia estar envolvido. Não estou.” Embora traga influência, poder e talvez bons negócios, a proximidade com um presidente também tem seu ônus. (Revista Veja – Daniel Pereira e Nonato Viegas)

 

Bolsonaro e a questão dos cassinos

Jogos online estão liberados e do bicho

Tema de Redação: [ET3] MODELO ENEM - LEGALIZAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR |  Plataforma Redigir

 

247 - A questão da liberação dos jogos de cassino vem animando as páginas e sites de alguns jornais, principalmente da mídia da especialidade. Recentemente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de uma reunião com o senador Ciro Nogueira (PP/PI), autor do PL 186/2014 que tem como tema a liberação dos jogos de cassino no Brasil. Foi o primeiro sinal de que o governo Bolsonaro está considerando seriamente uma alteração legislativa profunda nessa matéria.

 

Inversão de posições? Nem tanto

 

Muitos poderão se surpreender com essa abertura de um presidente conservador à influência do vício na sociedade brasileira. Só o fato de Guedes se reunir com Nogueira já representa uma negação do princípio básico de que o jogo de azar é um pecado. Principalmente quem está lembrado daquele vídeo, durante a campanha eleitoral, em que Bolsonaro declarava ser uma mentira, por parte de seus adversários, a alegação de que estaria se preparando para liberar os jogos de azar no Brasil.Entretanto, a realidade é um pouco mais flexível. As declarações de Bolsonaro em esse vídeo, apostando na democracia direta e no contato direto com o eleitor, foram um pouco diferentes daquelas que ele deu para uma plateia de empresários do Rio em maio de 2018. A campanha ainda estava aquecendo e Bolsonaro falou que sim, é contra os jogos de azar, mas “vamos ver qual a melhor saída”, como relatou o Valor Econômico na data. Seria importante evitar que tivesse uma sala de caça-níqueis em cada canto, mas o candidato mostrou abertura para permitir que os jogos de azar funcionassem como mais um motor de desenvolvimento econômico.

 

A questão dos jogos online

 

A mídia não deu detalhes sobre a reunião, mas é provável que Ciro Nogueira tenha lembrado Paulo Guedes da influência que os sites de cassino online vêm tendo no mercado nacional. De pouco adianta insistir em uma proibição se todo o mundo pode acessar um site de cassino estrangeiro direto em seu celular.

 

Bolsonaro e a porta que já foi aberta

 

Meyer Nigri, empresário que defendeu golpe, atuou por lobby dos

Os empresários além de golpistas, favoráveis à liberação dos cassinos, carteado, máquinas caça-níqueis, jogo do bicho e bingos

 

Quem não acredita que Bolsonaro possa estar preparando tamanho “escândalo”, vendendo um princípio em favor de um projeto de desenvolvimento econômico, pode se lembrar que as apostas esportivas já foram liberadas em nosso país. De forma silenciosa e discreta, é certo, e ainda esperando regulação da Fazenda, mas a aprovação do regime de apostas de quota fixa foi uma das primeiras “medidas” solicitadas ao Congresso pelo presidente-eleito. Tão rápido que ainda coube ao presidente Temer, no último mês de dezembro, a tarefa de sancionar a nova lei. Ficou provado que Bolsonaro tem sua flexibilidade nessa questão do papel do jogo na sociedade.

A atividade dos cassinos foi proibida no Brasil em 1946, por ação do presidente Eurico Dutra. Diz a lenda que a influência de sua esposa, altamente religiosa, teria sido determinante na decisão. O Brasil seguiu como um dos países com legislação mais restritiva nessa matéria, até hoje. 

Será altamente irônico que o presidente mais conservador das últimas décadas venha a ser aquele que vá abrir portas à jogatina. (Publicada 2/Julho/2019, Sérgio Ministro da Justiça e Segurança Pública, e Jair Bolsonaro presidente) 

Jogos de azar. #eleicoes2016 #charge #illustration | Flickr

 

23
Ago22

Quem são os empresários que defenderam golpe de Estado em mensagens de WhatsApp e viraram alvos de mandados do STF

Talis Andrade

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Um grupo de empresários virou alvo de mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (23), por causa de mensagens compartilhados por WhatsApp.

Nos textos enviados pelo aplicativo, os empresários, apoiadores do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), tramam um golpe de Estado no Brasil caso o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vença as eleições de outubro para a Presidência da República. As mensagens foram reveladas pelo site "Metrópoles".

Dentre as mensagens, os empresários declararam que “preferem golpe à volta do PT” , que “golpe foi soltar o presidiário” e que “o golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais”.

O senador Randolfo, na tarde da quarta-feira (18), pediu ao STF que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal avaliem a prisão dos empresários envolvidos no grupo “Empresários e Política”, em que as mensagens foram veiculadas.

As declarações são absurdas e incitam ainda mais o clima golpista, incentivado pelo atual presidente da República. Mas, seria uma grande surpresa vindo desses homens, apoiadores ferrenhos de Bolsonaro? Entenda quais são alguns dos nomes por trás das declarações criminosas.

Presidente do Senado

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante entrevista, disse que não teve conhecimento sobre a operação da Polícia Federal que mirou os empresários bolsonaristas. Mas, questionado sobre a divulgação de mensagens golpistas, o senador disse que pregar "retrocesso democrático" é um "desserviço" ao Brasil.

"Eu acho que qualquer pessoa, independente de ser empresário famoso ou não, conhecido ou não, acho que toda pessoa que prega retrocesso democrático, atos institucionais, volta da ditadura está redondamente equivocado, é um desserviço ao país, é uma traição à pátria e isso obviamente tem que ser rechaçado e repudiado com toda a veemência pelas instituições", afirmou Pacheco.

 

 

São os alvos da operação os criminosos (golpe é crime imprescritível e inafiançálvel):

 

  • Luciano Hang (Havan)

 

Empresário catarinense Luciano Hang — Foto: Redes Sociais/Divulgação

Empresário catarinense Luciano Hang — Foto: Redes Sociais/Divulgação

 

Dono da rede de lojas de departamento Havan, o catarinense Luciano Havan, de 59 anos e nascido em Brusque, no Vale do Itajaí, é considerado uma das pessoas mais ricas do país. Ele foi listado em 2022 como o 10º brasileiro mais rico no ranking de bilionários da "Forbes". A fortuna dele divulgada pela publicação foi de US$ 4,8 bilhões, o que o coloca na 586ª posição na lista de mais ricos do mundo.

Hang é um dos mais ferrenhos defensores de Bolsonaro e chegou a ser alvo de investigações da CPI da Covid, no Senado, por suposto envolvimento em esquemas de disseminação de informações falsas, principalmente sobre tratamentos ineficazes contra a Covid.

Filho de operários, Hang começou ainda jovem a trabalhar na mesma fábrica onde trabalhavam o avô e os pais. Foi promovido a vendedor e, com 23 anos, comprou uma pequena fábrica de toalhas que estava fechando. Depois, foi para a Coreia do Sul importar os tecidos. A primeira loja da Havan, inaugurada em 1986 em Brusque, quando Hang tinha 24 anos, vendia apenas tecidos, mas ao longo do tempo passou a diversificar os produtos

Abertamente bolsonarista, Luciano Hang é dono da rede de lojas Havan, presente em 20 estados brasileiros. Desde 2018, ano da eleição de Bolsonaro, o empresário declarou seu apoio e encontrou meios de ajudar a eleger o atual presidente, como a coação de funcionários de uma de suas lojas a votar no então candidato PSL, afirmando que “se a esquerda ganhar, fechará as lojas e demitirá empregados”. Além disso, Hang é um grande disseminador de fake news, a respeito tanto das candidaturas opositoras de Bolsonaro, quanto, mais recentemente, sobre a pandemia de Covid-19. 

Seu patrimônio foi avaliado em 4,8 bilhões de dólares.

Foram encontrados, no Jusbrasil, 306 processos de Luciano Hang nos Diários Oficiais. 

 

  • Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu)

 

Afrânio Barreira Filho, do Grupo Coco Bambu — Foto: Agência Diário

Afrânio Barreira Filho, do Grupo Coco Bambu — Foto: Agência Diário

 

Engenheiro de formação, o cearense Afrânio Barreira Filho é dono de uma das maiores redes de restaurantes do país, o Grupo Coco Bambu. Especializado em frutos do mar, o empreendimento começou após Barreira Filho reformar uma mansão antiga que era de seu avô e transformá-la em uma área comercial com salas e lojas alugadas, que incluía uma pequena pastelaria criada por ele e a esposa.

O negócio evoluiu para uma marca inaugurada em 2001 e que que hoje se espalha por 17 estados do país, com dezenas de restaurantes e lucro milionário. Antes de entrar para o ramo gastronômico, o engenheiro havia trabalhado por anos em sua área de formação, atuando como funcionário e depois sendo dono de uma construtora.

 Em 2017,  o empresário foi acusado de plagiar o cardápio, o menu e as receitas do restaurante Camarões, um restaurante de Natal conhecido desde os anos 80. Antigos funcionários do restaurante plagiado chegaram até a serem contratados para integrarem o time do Coco Bambu. O empresário foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil aos donos do Camarões. 

Durante a campanha de Bolsonaro, Afrânio doou cerca de 40 mil reais para ajudá-lo, além de reiterar falas mentirosas do presidente sobre o uso de cloroquina. Além disso, o restaurante em que foi negociado o pedido de propina para compra de vacinas pertence ao grupo Coco Bambu, pertencente ao empresário. 

Em 2019, o faturamento da rede de restaurantes foi estimado em 780 milhões de reais. 

Foram encontrados, no Jusbrasil, 24 processos de Afrânio Barreira Filho nos Diários Oficiais.

 

  • Marco Aurelio Raymundo (Mormaii)

 

Marco Aurélio Raymundo — Foto: Divulgação

Marco Aurélio Raymundo — Foto: Divulgação

 

Nascido em Guaíba (RS), Marco Aurélio Raymundo é médico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Morongo, como o empresário é conhecido, fundou a Mormaii, empresa de vestuário e artigos de surfe, nos anos 1970, em Garopaba (SC), para onde se mudou com a então esposa.

A marca hoje é uma das maiores do mundo do segmento, mas está mais voltada a licenciamentos e franquias (são 30), e segue tocada por Raymundo e seus filhos. Em entrevista à revista Forbes, ele conta que chegou a passar a fábrica para um amigo há cerca de dez anos, mas retornou pouco depois.

Em 2011, recebeu da Assembleia Legislativa do estado o título de "Cidadão Catarinense" – revogado, no entanto, quatro anos depois. Na lei que concedeu o título, Raymundo é descrito como “médico, empresário, músico, piloto de helicóptero, surfista e velejador”.

Foram encontrados, no Jusbrasil, 38 processos de Marco Aurélio Raymundo nos Diários Oficiais.

 

  • José Isaac Peres (Rede Multiplan)

 

José Isaac Peres, empresário e sócio-fundador da Multiplan, durante homenagem pela Associação Comercial do Rio de Janeiro como Empresário do Ano, em abril de 2022 — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

José Isaac Peres, empresário e sócio-fundador da Multiplan, durante homenagem pela Associação Comercial do Rio de Janeiro como Empresário do Ano, em abril de 2022 — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 

Sócio-fundador da rede Multiplan de shopping centers, o empresário José Isaac Peres é de Ipanema, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, e criou sua primeira empresa, a incorporadora Veplan, aos 22 anos. Na época, ele era estudante da antiga Faculdade Nacional de Economia, atual Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Peres começou a investir no ramo quando este segmento ainda era incipiente no país. Inicialmente, ele apostava em empreendimentos distantes dos centros urbanos. Foi o criador, por exemplo, do shopping Ibirapuera, em São Paulo, BH Shopping, em Belo Horizonte, BarraShopping, no Rio de Janeiro, RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto, e ParkShopping, em Brasília.

Também esteve à frente do lançamento do primeiro condomínio residencial de alto padrão da América Latina com campo de golfe iluminado, além de ciclovia, heliponto e clube de lazer, o Barra Golden Green, na Barra da Tijuca.

Foram encontrados, no Jusbrasil, 17 processos de José Isaac Peres nos Diários Oficiais

 

  • Meyer Joseph Nigri (Tecnisa)

 

Meyer Joseph Nigri durante evento beneficente em prol da Unibes com a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin, em São Paulo, em junho de 2013 — Foto: Juan Guerra/Estadão Conteúdo/Arquivo

Meyer Joseph Nigri durante evento beneficente em prol da Unibes com a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin, em São Paulo, em junho de 2013 — Foto: Juan Guerra/Estadão Conteúdo/Arquivo

 

Meyer Joseph Nigri é engenheiro civil e fundador da Tecnisa, empresa do setor imobiliário, fundada em 1977 em São Paulo. Nigri é hoje vice-presidente do Conselho de Administração da companhia, que é presidida atualmente por seu filho, Joseph Meyer Nigri.

A Tecnisa abriu capital na bolsa em fevereiro de 2007 e, em seu site, informa ter lançado mais de 7,3 milhões de metros quadrados de empreendimentos, com 270 lançamento e mais de 46,5 mil unidades, sendo 40 mil apartamentos.

 

  • Ivan Wrobel (W3 Engenharia)

 

Ivan Wrobel, da W3 Engenharia — Foto: Reprodução/LinkedIn

Ivan Wrobel, da W3 Engenharia — Foto: Reprodução/LinkedIn

Ivan Wrobel é dono da W3 Engenharia, fundada em 1977. A construtora tem foco principalmente em empreendimentos na zona sul do Rio de Janeiro. Em sua página na internet, a empresa diz ter atuado em mais de cem empreendimentos, entre shopping centers e edifícios comerciais e residenciais.

 

Em comunicado divulgado após vir a público as mensagens golpistas de Wrobel no grupo de WhatsApp, o advogado dele afirmou que o empresário, descendente de família polonesa judia, foi convidado a se retirar do IME (Instituto Militar de Engenharia) em 1968, após se manifestar contra o AI-5.

 

  • Luiz André Tissot (Grupo Sierra)

Empresários bolsonaristas defendem golpe contra eleição de Lula

Fundador Grupo Sierra, rede de móveis de luxo, Luiz André Tissot vem de uma família com tradição na manufatura de artigos de madeira na Serra Gaúcha. Em Gramado, onde o empreendimento possui um showroom, o negócio cresceu junto com o turismo na cidade.

Aberta em 1990 como importadora de móveis de alto luxo com assinatura de designers italianos, o que começou como Sierra Móveis hoje fabrica itens como cadeiras, sofás e poltronas. Há mais de 70 unidades no país e também pontos de vendas em países como Chile, Argentina e Panamá.

 

Em 2018, a empresa de Tissot foi alvo de processo no qual o Ministério Público do Trabalho (MPT) descreveu ter havido coação eleitoral. O empresário, segundo o MPT, encaminhou carta aos empregados manifestando sua intenção de voto e indicando motivos para votarem em seu candidato, assim como motivos para não votar em candidatos de outras correntes políticas.

 

Segundo o MPT, "o teor da carta [do empresário a funcionários] transmite a mensagem de que não votar no candidato apontado pelo empregador seria prejudicial ao país, à empresa e aos empregos dos colaboradores, não concordando com as posições defendidas por partidos políticos não alinhados com a ideologia propagada pelo candidato defendido".

A assessoria de Tissot foi procurada pelo g1, mas não quis se manifestar sobre os mandados de busca e apreensão cumpridos nesta terça-feira.

 

  • José Koury (Barra World Shopping)

 

A Gazeta - qcudka

 

José Koury é dono do Barra World Shopping, um empreendimento comercial e de lazer localizado no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O empreendimento se intitula “o primeiro shopping temático do mundo, que reproduz a arquitetura e os principais monumentos de vários países”, como a torre Eiffel e o Big Ben, e possui mais de 400 lojas.

 

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