O apresentador bolsonarista Carlos Roberto Massa, vulgo Ratinho, segue colecionando processos na Justiça por seus comentários criminosos e misóginos de estímulo ao ódio e à violência. Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional das Mulheres, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o fascista por ter sugerido “metralhar” a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN).
Ele ameaçou a parlamentar durante o Programa do Ratinho, na rádio Massa FM, em dezembro de 2021. Na ocasião, o conhecido âncora do SBT detonou o projeto de lei da deputada (PL-4.004/2021), que defende que as declarações de casamento não façam referência ao gênero para evitar constrangimentos a pessoas da comunidade LGBTQIA+.
O preconceituoso rosnou na concessão pública de rádio: “Natália, você não tem o que fazer, não? Você não tem o que fazer, minha filha? Vá lavar roupa do teu marido, a cueca dele, porque isso é uma imbecilidade querer mudar esse tipo de coisa. Tinha que eliminar esses loucos. Não dá para pegar uma metralhadora, não?”.
Indenização de R$ 2 milhões
A ação do MPF “pede a condenação de Ratinho e da emissora por dano moral coletivo causado às mulheres que já atuam ou pretendem atuar na política. Além da ameaça de morte, os procuradores apontam que o apresentador se dirigiu à deputada em ‘tom jocoso’, usando ‘estereótipos discriminatórios’ que atingem todas as mulheres”, informa a Rede Brasil Atual.
O Ministério Público Federal condenou o apresentador a pagar R$ 2 milhões de indenização. Além disso, determinou que a Rádio Massa FM seja obrigada a veicular campanhas e ações de conscientização sobre os direitos das mulheres e combate à violência de gênero pelo período mínimo de um ano. Pelo Twitter, Natália Bonavides festejou a decisão:
“Machistas não passarão! MPF entra com ação contra Ratinho e Rádio Massa pedindo condenação por dano moral coletivo causado às mulheres que atuam politicamente. O ato violento que sofri não pode ficar impune e diz respeito a todas nós. Seguimos em luta pelos direitos das mulheres”.
Em 2018, quando as pesquisas indicavam que o candidato Jair Bolsonaro poderia vencer a eleição e se tornar presidente do Brasil, uma pequenina notícia na Folha indicava que aquele que alcançaria o posto mais alto do funcionalismo público no país poderia ser chamado de Nazista.
Quem dizia isso era o advogado estadunidense Mike Godwin, criador da lei conhecida como "Lei de Godwin".
A chamada lei tem como objetivo convocar a nossa atenção contra a banalização da palavra - e alertar para quando os paralelos são pertinentes.
Então vejamos: o advogado judeu que criou um limite para que não abusássemos das comparações com o nazismo disse que era ok chamar Bolsonaro de nazista.
Desde 2018, o que o então eleito presidente da república fez foi reforçar sua ligação com o nazismo.
Aos fatos.
Em 1998, o deputado Jair Bolsonaro defende Hitler como figura história na tentativa de autorizar que alunos do Colégio Militar em Porto Alegre exaltassem o líder em redação do vestibular.
Em 2001, um grupo de neonazistas organizou uma manifestação de apoio ao deputado Jair Bolsonaro não vão do MASP. O evento foi organizado depois que Bolsonaro deu declarações homofóbicas ao programa de TV CQC.
Em 2002, no mesmo programa, Bolsonaro desfila teses negacionistas sobre o Holocausto e diz que os judeus morreram de doenças nos campos de concentração. Não tinham sido, portanto, assassinados.
Em 2015, Carlos Bolsonaro convidou o professor Marco Antônio Santos para discursar na Câmara dos Vereadores em defesa do Escola sem Partido, um movimento que estabelece regras sobre o que pode, ou não, ser dito em sala de aula por professores.
Marco Antônio Santos apareceu na Câmara vestido como Hitler - usando um bigode característico do nazista, um corte de cabelo semelhante e um terno com broches militares.
Em 2016, um internauta resgatou uma foto de Bolsonaro ao lado de Santos. Na época, ambos eram do Partido Social Cristão (PSC).
Em 2019, já presidente, Bolsonaro discursou sobre sua ida ao Museu do Holocausto diante de uma audiência evangélica: "Fui, mais uma vez, ao Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer".
Podemos perdoar, Jair?
Ainda em 2019, o assessor de Bolsonaro, Felipe Martins, aparece em vídeo durante sessão no Senado fazendo com a mão o sinal associado ao antissemitismo.
Flagrado no ato, foi convidado a se retirar da sala pelo deputado Randolfe Rodrigues. Martins ainda trabalha com Bolsonaro.
Em 2020, Roberto Alvim, Secretário Especial da Cultura de Bolsonaro, encenou imitação de um discurso de Joseph Goebbels, ministro de propaganda nazista.
Alvim, teatrólogo renomado, escolheu um cenário quase idêntico ao usado por Goebbels, cortou o cabelo como o do nazista, usou as mesmas paleta de cores no cenário.
Trechos de Alvim: "A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional". "E será igualmente imperativa". "Ou então não será nada"
Trechos de Goebbels: "A arte alemã da próxima década será heroica" "Será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada"
Ao fundo, enquanto Alvim falava, tocava ópera de Richard Wagner, compositor alemão celebrado por Hitler.
Depois da apologia ao Nazismo feita por Alvim, houve revolta generalizada com repercussões internacionais. Bolsonaro demorou mas finalmente percebeu que seria obrigado a demitir Alvim.
Ainda em 2020, Bolsonaro aparece em live ao lado do então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, demitido depois de ser acusado de inúmeros crimes de abuso sexual e moral, tomando um copo de leite.
O uso do leite como símbolo neonazista nos Estados Unidos vem de 2017. Começou como uma brincadeira até se tornar linguagem de supremacistas brancos nas redes sociais.
Adriana Dias, doutora em antropologia social pela Unicamp e pesquisadora do nazismo, disse à revista Forum que há uma referência clara entre o episódio que envolve a live de Bolsonaro e o neonazismo.
"O leite é o tempo todo referência Neonazi. Tomar branco, se tornar branco. Ele vai dizer que não é, que é pelo desafio, mas é um jogo de cena, como os neonazistas historicamente fazem".
Em 2021, Bolsonaro confraterniza com Beatrix von Storch, vice-presidente do partido neonazista alemão (AfD). Trata-se de figura radioativa evitada por todos os líderes democráticos do mundo.
Bolsonaro termina seus discursos e alguns documentos com o lema do fascismo: Deus, Pátria, Família.
Bolsonaro tem como slogan de campanha uma frase textualmente nazista: Brasil acima de tudo - "Alemanha acima de tudo, era a de Hitler.
São fatos. Não são crenças ou teorias da conspiração.
Mas fica pior.
Em 2017, Bolsonaro fez um discurso ao mesmo tempo cheio de raiva e de deboche contra pessoas pretas e quilombolas.
A plateia riu e aplaudiu. Onde o discurso foi feito? Na Hebraica do Rio.
Do lado de fora do clube, um grupo barulhento de judeus se manifestava contra a presença de Bolsonaro ali.
Vamos parar aqui e definir neonazismo: promoção de ódio contra diferentes grupos da sociedade por motivos étnicos raciais, nacionalistas, religiosos, de gênero ou políticos, sem excluir argumentos eugênias.
O antissemitismo são ataques feitos diretamente contra judeus.
Nos dois casos, o que conta como ataque: agressão verbal, propaganda de natureza antissemita, nazista ou fascista, manifestações como uso de símbolos e tatuagens, violência física e vandalismo.
Bolsonaro faz uso de linguagem nazista cifrada, como no caso do copo de leite, e de linguagem extremista direta (vamos metralhar a petralhada ou vamos levar os inimigos da nação para a ponta da praia - uma referência ao local onde, durante a ditadura, muitos foram assassinados).
Desse modo ele vai autorizando e legitimando que seus apoiadores ajam de forma violenta contra grupos minoritários.
Aqui a gente lembra que o nazismo perseguia e assassinava judeus, mas também gays, comunistas, negros e ciganos.
E lembra também que Hitler, que chegou legalmente ao poder, tinha apoio popular, foi amparado por inúmeras pessoas que não detestavam nenhum desses grupos mas se sentiam confortáveis para apoiar o Fuher por "motivos econômicos".
A história deu um nome para as pessoas que apoiaram Hitler por motivos econômicos, aliás: são chamadas de nazistas.
"Ah, mas o Bolsonaro usa a bandeira de Israel aqui e ali. Gosta de Israel. Já foi algumas vezes", você pode dizer.
Tudo verdade.
Só que a aproximação de Bolsonaro com Israel é uma aproximação econômica e ligada a um israelense que ele entende apenas como masculino, branco, heterossexual armado e neoliberal.
Para entender o risco que Bolsonaro representa ao futuro do Brasil seria preciso voltar um pouco no tempo.
Auschwitz não aconteceu da noite para o dia.
Hitler e o partido nazista chegaram ao poder de forma absolutamente legal nos anos 30.
Depois disso, foi muito tempo de preparação, de discursos de ódio, de separação, de legimitização das mais corriqueiras violências.
Quando os campos de concentração começaram a ser erguidos, eles pareceram apenas um desenrolar natural e a população não se articulou para impedi-los.
O nazismo e o fascismo não são eventos históricos localizados no tempo passado. São também modos de gestão de vida. Eles se atualizam e retornam.
O fascismo, para existir, precisa de um líder que cultue a morte e a violência, que pregue o extermínio de quem enxerga como inimigos, que aponta os inimigos dentro de sua própria população.
Esse líder precisa ser ao mesmo tempo uma espécie de fanfarrão porque essa imagem é conveniente para que absurdos sejam ditos e, no dia seguinte, desmentidos: era brincadeira, pessoal.
O líder fascista é desprovido de empatia: ele não se comove com a dor ou a morte dos seus.
O líder fascista não é capaz de chorar diante de horrores como 700 mil mortes, não vai a hospitais visitar quem sofre, não conforta aqueles que representa - ou deveria.
O líder fascista é perfeitamente capaz de dizer "E daí? Não sou coveiro" quando questionado sobre as perdas na pandemia.
O líder fascista é igualmente preparado para mandar que as pessoas circulem e espalhem o vírus entre si.
O líder fascista é movido por ideias paranóicas e persecutórias: as instituições atuam contra ele, querem eliminá-lo, não deixam ele trabalhar.
Todas essas definições são técnicas.
Todas elas servem a Jair Bolsonaro.
O Bolsonarismo é, portanto, uma espécie de fascismo.
Está tudo aí revelado.
No Brasil, o fascismo bolsonarista encontra campo fértil: temos uma longa e perversa história com ele.
Não vou nem citar - embora talvez devesse - os discursos políticos da época em que a abolição era debatida, sugerindo que negros deviam ser exterminados, que não deviam fazer parte da sociedade brasileira, que era inaceitável incluí-los. Vamos deixar isso pra lá agora.
Recomendo que escutem o podcast Projeto Querino para descobrir por que o fascismo e o nazismo encontram campo fértil nessa nação chamada Brasil.
O partido fascista (integralista) brasileiro foi um dos mais fortes do mundo nos anos 30.
Quando o partido nazista alemão se expande, ele cria filiais em 82 países. Onde você acham que esteve a maior militância fora da Alemanha?
Exatamente: no Brasil. Havia núcleos oficiais do partido nazista em 18 estados brasileiros.
Bolsonaro explodiu a tampa do bueiro.
Assim como suas matrizes - o nazismo e o fascismo - o bolsonarismo tem uma linguagem própria.
Bolsonaro é um troll.
É o cara que faz o bulling.
Ao se colocar nesse lugar, ele se apresenta como um deboche. Mas ele está longe de ser um deboche.
Ele é o articulador de uma espécie de mal totalitário que funciona através da trituração da consciência social.
Sem ela, nascem soldados da barbárie que atuam no dia-a-dia praticando a violência contra corpos e sujeitos políticos considerados inimigos.
A disseminação dessas violências é ao mesmo tempo pandêmica e irracional porque ela se espalha pelo afeto, pelo rancor, pela amargura, pelo ódio.
Não existe compromisso com a verdade, apenas com o que chamam de liberdade de expressão, ambiente dentro do qual eles colocam absolutamente todas as distorções históricas:
"Não houve Holocausto nenhum". "As pessoas morreram de doenças nos campos".
"Não existe racismo no Brasil". "Não impus sigilo nenhum de 100 anos em nada". "Não tenho nada a ver com o Bolsolão".
O bolsonarismo transforma tudo em opinião, em conversa de boteco.
E conversa de botequim não pode ser contestada ou confrontada sob pena de "estarmos matando a liberdade de expressão e virando a Venezuela".
Bolsonaro age desse jeito como forma de gestão.
Transformar tudo em opinião é uma forma de gestão.
Não é acaso, não é diversão. É gestão.
No cargo de presidente, ele, ao se utilizar desse recurso, institucionaliza o assédio.
Nada a respeito de Bolsonaro está dentro do campo democrático. Nunca esteve. Nunca houve polarização nenhuma.
Bolsonaro não é aceitável sob nenhum aspecto.
Desde que ele entrou em cena, saímos do campo da normalidade. Não é apenas "mais uma eleição".
As instituições já colapsaram: Bolsonaro não é aceitável enquanto candidato e não devia estar concorrendo.
Por que insistimos em naturalizar as ações desse homem?
É nisso que você vai depositar seu voto?
Quem apoia o nazi-fascismo é o quê?
Para saber mais:
A linguagem da destruição, livro de Miguel Lago, Heloisa Starling e Newton Bignotto:
O ódio é a palavra que define melhor tanto Bolsonaro quanto seu governo, que é a sua cara
Por Alex Solnik
É estarrecedor constatar que as atitudes, comportamento, ideias e declarações de Bolsonaro, seu ódio, sua fixação na morte, seu desprezo pela vida, seus elogios à tortura, sua obsessão pela volta do passado se encaixam perfeitamente nas características de um necrófilo, definidas pelo filósofo e psicólogo social Erich Fromm, no artigo “Adolf Hitler: um caso clínico de necrofilia”, que faz parte de seu livro “Anatomia da Destrutividade Humana”.
De acordo com Fromm, “a necrofilia social é uma orientação geral para o ódio à vida e o amor pelos mortos, inanimados. É a mais dolorosa e perigosa de todas as orientações de vida".
O ódio é a palavra que define melhor tanto Bolsonaro quanto seu governo, que é a sua cara.
“A necrofilia não se reduz a uma única característica, mesmo a mais essencial, caracteriza-se por todo um complexo de signos, que inclui o desejo pelos mortos e a sua honra, a necessidade de matar, a submissão à força, o desejo de transformar o orgânico em inorgânico pela força, sadismo, crueldade, destrutividade”.
“A vida é caracterizada pelo crescimento funcional e estruturado, mas os necrófilos amam tudo o que não cresce, tudo o que é mecânico”.
“Hitler era um tipo claro de necrófilo social. Fascinado pela destruição, escolheu entre todas as opções para resolver certas questões aquela que estava associada à destruição em grande escala (a ‘solução final da questão judaica’)”.
Também fascinado pela destruição, Bolsonaro já falou em guerra civil para matar 30 mil brasileiros, em metralhar a petralhada, mandar os adversários para a ponta da praia, considera clubes de tiro mais importantes que bibliotecas, faz propaganda explícita de armas. Ele só não conseguiu (ainda) colocar seus planos em prática, ao contrário de Hitler.
“Uma dimensão especial da necrofilia de Hitler é sua atitude em relação ao passado. Para ele, não era um tesouro de experiência, nem lições para o futuro, nem uma soma de possibilidades realizadas e não realizadas, algumas das quais merecem ser continuadas e incorporadas, outras devem ser rejeitadas, mas um modelo claramente definido ao qual o futuro deve ser adaptado. Não foi por acaso que a Alemanha se autodenominou Terceiro Reich, a perfeita reprodução e conclusão do que foi feito nos dois primeiros impérios alemães”.
Não por acaso, o que Bolsonaro mais almeja é a volta da ditadura militar de 1964 e tem saudades do Império, colocando os filhos a governar junto com ele, no papel de príncipes.
“Em geral, os necrófilos estão orientados não apenas para o passado, mas para o passado ‘ossificado’ como valor principal da vida, como algo que deve ser reproduzido para sempre nas novas gerações, como modelo e cânone para todos os seres vivos. E sentem um prazer quase sexual da desgraça alheia, da dor e da morte”.
Essa última frase parece ter sido inspirada em Bolsonaro. Mas Erich Fromm a escreveu em 1973.
O #Tbt de hoje é pra dizer que o Moinho de Vento de Macau agora é Patrimônio Histórico e Cultural do RN! Já aproveito pra dizer que quero uma foto no moinho com nossa governadora @FatimaBezerra que sancionou o projeto e, claro, com nosso companheiro @LulaOficial tb.
É de se esperar que o presidente que trabalha a favor do vírus comemore a chegada de mais uma variante. Ele celebra a morte, imita pessoas sem ar... Realmente não é coveiro, é genocida mesmo.
Promover protesto contra a vacina só pode partir mesmo de quem celebra a morte. De quem apoia um governo que defende tortura. Toda solidariedade aos familiares e amigos das vítimas da covid. Além da dor da perda, são expostos a esse espetáculo grotesco.
O movimento antivacina continua a fazer campanha de desinformação. Enquanto as primeiras crianças se vacinavam contra a covid-19 no Rio Grande do Norte, um grupo criou o “Cemitério Pós-Vacina” na praia de Ponta Negra.
A inflação passou de 10% em 2021! A classe trabalhadora sentiu no bolso o aumento dos preços. Enqto isso, a política econômica de Bolsonaro, uma política de fome, segue ampliando a miséria e o desemprego. Sigamos na luta para acabar com esse governo agora em 2022!
Em plena pandemia e enfrentando um dos cenários mais dramáticos do ponto de vista social, com aumento da fome e da miséria, o governo federal faz a opção pelo desemprego e joga famílias inteiras na rua. A inflação não gera apenas efeitos imediatos, como o que vemos diariamente, ela gera efeitos secundários extremamente danosos: a impossibilidade de comprar carne no mercado, por exemplo, fez crescer o mercado paralelo e, com isso, a proliferação de doenças como cisticercose e toxoplasmose, entre outras. É uma cadeia de abandono, miséria e desespero que vai muito além e dói muito mais do que um conceito vago buscado na internet.
Ratinho recusou o nosso direito de resposta! Depois de falar em sua emissora de rádio que pessoas como eu deveriam ser eliminadas, sugerindo que se pegue em metralhadoras, o apresentador Ratinho recusou a divulgação do nosso direito de resposta. Já recorremos ao judiciário. Nosso direito de resposta evidencia as mentiras contadas no programa e mostra a necessidade urgente de enfrentar a intolerância e o preconceito. A recusa em divulgá-la é uma confirmação daquilo que foi dito. E não esqueçamos: foram crimes!
Presente em cada canto imenso desse país, da luta travada no campo, debaixo de cada lona preta, até o mais alto morro e as grandes fábricas das cidades, o
@ptbrasil representa o sonho de uma vida melhor e mais justa. Simbora se filiar e ajudar a construir o país que a gente quer?
"Sevícias" é um palavrão mais aceitável para tortura física praticada pela ditadura militar de 1964. Pela Lava Jato, que levou ao suicídio um agente dissidente da Polícia Federal.
Os três mosqueteiros Deltan Dallagnol, Sergio Moro, Newton Ishii & Carlos Fernando dos Santos Lima propagador da Liga da Justiça desde o tráfico de dinheiro do Banestado
Esse gosto pela tortura de promotores e procuradores fica explícito, exposto como um cancro de pele, na fácil e aceitável formação de ligas da justiça. Sadismo que deveria ser estudado, tanto que os promotores recusam e negam o pedido de desculpas à Beatriz Abagge e demais vítimas do terrorismo judicial.
Raízes históricas religiosas explicam essa tara, danoso rompante da supremacia branca sempre nas sombras, contra as religiões afro-brasileiras e indígenas. E lideranças comunitárias sempre perseguidas pelos escravocratas tipo Ratinho, pai do governador da escola civíco-militar.
Ana Júlia o Brasil esperança
Como explicar a troca do professor de formação universitária, pelo sargentão da ordem unida, na formação estudantil do movimento "ocupa escola" que Ana Júlia sonhou um novo pensar contra nocivas tradições xenofóbicas, racistas, escravocratas, misóginas, antifeministas ?
Ratinho nazifascista
Fica explicado o discurso do Ratinho contra a deputada federal Natália Bonavides: "Natália, você não tem o que fazer, não? Você não tem o que fazer, minha filha? Vá lavar roupa a calça do teu marido, a cueca dele, porque isso é uma imbecilidade querer mudar esse tipo de coisa. Tinha que eliminar esses loucos? Não dá para pegar uma metralhadora, não?", disse o ex-deputado federal da ditadura militar durante o programa "Turma do Ratinho", na rádio.
Natália Bonavides o Brasil livre
Idem a singela, "inocente" fraqueza "feminina" do prefeito de Curitiba, eleito por confessar: "Eu nunca cuidei dos pobres. Eu não sou São Francisco de Assis. Até porque a primeira vez que eu tentei carregar um pobre no meu carro eu vomitei por causa do cheiro", disse Rafael Greca (PMN).
Greca nojo de pobre
Caso Evandro: 'Marco histórico', diz Beatriz Abagge sobre carta do Governo do Paraná com pedido de perdão por 'torturas'
Documento foi assinado pelo secretário Ney Leprevost; Beatriz chegou a ser condenada por morte da criança. 'Condenados no caso foram vítimas de torturas gravíssimas', cita trecho da carta.
"Eu considero esse pedido um marco histórico. Fez o Ministério Público estar esperneando e reclamando através de nota pública [confira a íntegra mais abaixo] que não foi esse o entendimento do grupo de trabalho, mas foi, sim. O MP precisa parar de agir como acusador, ele tem que agir como defensor do povo, de nós, afinal de contas a prova da tortura está aí para todos verem", disse ela, em entrevista ao g1.
O documento é assinado pelo secretário estadual de Justiça, Trabalho e Família, Ney Leprevost, com data de 4 de janeiro.Veja a íntegra da carta.
"Expresso meu veemente repúdio ao uso da máquina estatal para prática de qualquer tipo violência, e neste caso em especial contra o ser humano para obtenção de confissões e diante disto, é que peço, em nome do Estado do Paraná, perdão pelas sevícias indesculpáveis cometidas no passado contra a senhora", cita trecho da carta.
Ele também diz que não pode inocentar ou anular o julgamento que condenou Beatriz Abagge, mas que uma cópia da carta de perdão e do relatório final do grupo de estudos será enviado ao Poder Judiciário.
"Eu não vou me calar, eu vou continuar lutando tanto em meu nome, como em nome de todos os outros acusados", pontuou Beatriz.
Nota pública do Ministério Público nega o terrorismo da justiça medieval e a costumeira tortura
"A respeito das recentes manifestações públicas relacionadas ao relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho 'Caso Evandro - Apontamentos para o Futuro', o Ministério Público do Paraná esclarece que não foram identificados, no referido documento, elementos probatórios que evidenciassem a prática de qualquer ilicitude por parte dos integrantes da Instituição que atuaram na persecução penal que conduziu à condenação de alguns dos réus indicados na denúncia criminal.
A atuação dos agentes ministeriais ocorreu com estrita observância aos princípios do devido processo legal, da moralidade e da ampla defesa, sem que houvesse conhecimento ou compactuação com condutas que pudessem caracterizar violação aos direitos fundamentais dos acusados.
Ademais, salienta-se que o referido Grupo de Trabalho, a teor de seu relatório final, não concluiu que o Estado do Paraná devesse formalizar qualquer pedido de perdão aos acusados, como noticiado por alguns órgão de imprensa.
Como se sabe, houve judicialização de pedido de revisão criminal, procedimento já em trâmite no Tribunal de Justiça do Paraná, sendo este o ambiente adequado e competente para análise de todos os aspectos processuais e probatórios envolvidos, o que faz por recomendar a não especulação precipitada de versões ante o encaminhamento do caso a pronunciamento jurisdicional".
Em relação a nota, Beatriz Abagge afirmou que é inadmissível esse posicionamento do MP.
"Como o órgão mesmo disse, os fatos e a revisão criminal serão discutidos na Justiça, ele não tem que repudir em cima ou falar alguma coisa, porque diz respeito ao Estado. O MP na época em que fomos presas eles tinham um convênio com a PM, eles tinham um interesse em comum e, foi a partir desse convênio, que foi encaminhado o Grupo Águia. Então o MP está defendendo o que? O corporativismo? Acreditaram justamente em uma história macabra, maluca, para acusar sete pessoas inocentes", disse ela.
Pedido de revisão criminal contra a 'santa inquisição'
Em dezembro, a defesa de Beatriz Abagge e outros condenados protocolou um pedido de revisão criminal das condenações deles três pela morte da criança.
O documento apresenta um parecer que, segundo a defesa, atesta a veracidade das gravações que apontam que houve tortura dos então suspeitos durante a investigação, na década de 1990, para que eles confessassem o crime.
Segundo a defesa, durante os julgamentos em que os três foram condenados, as gravações com as confissões foram apresentadas editadas.
A defesa pede que as condenações e os processos sejam anulados, além de uma indenização aos condenados.
O pedido foi feito após o jornalista Ivan Mizanzuk publicar no podcast Projeto Humanos os áudios completos das confissões. Segundo a defesa, as gravações completas mostram pedidos de socorro dos então investigados e provas de coação e ameaças por parte de torturadores.
O documento também apresenta um parecer psicopatológico que aponta que houve tortura. Agora, o recurso precisa ser analisado pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que decide se acata ou nega o pedido.
Defesa pede revisão das sentenças de condenados pela morte de Evandro Ramos Caetano — Foto: Reprodução/RPC
O Ministério Público do Paraná informou que analisará os elementos que serão levados ao processo pela revisionante e se manifestará nos autos.
"Convém observar que a desconstituição de uma condenação criminal somente ocorre no caso de surgir nova prova cabal de exclusão de responsabilidade da pessoa condenada", informou a promotoria.
Julgamentos safados
Desde os anos 1990, caso teve cinco julgamentos diferentes. Um dos tribunais do júri, realizado em 1998, foi o mais longo da história do judiciário brasileiro, com 34 dias.
Na época, as Beatriz e Celina Abagge, mãe dela, foram inocentadas porque não houve a comprovação de que o corpo encontrado era do menino Evandro.
O MP recorreu e um novo júri foi realizado em 2011. Beatriz, a filha, foi condenada a 21 anos de prisão. A mãe não foi julgada porque, como ela tinha mais de 70 anos, o crime já tinha prescrito.
Os pais de santo, Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula, também foram condenados, na época, pelo sequestro e homicídio do garoto.
Vicente de Paula morreu por complicações de um câncer em 2011 no presídio onde estava. As penas de Osvaldo Marcineiro e Davi dos Santos se extinguiram pelo cumprimento.
A justiça espetáculo e o jornalismo safado, sensacionalista, patrocinam fantasiosos circos para os reaças de sempre faturarem cargos, grana, prestígio social, poder político (candidaturas a governador, a presidente...)
[Eliminar tem os seguintes semelhantes: amputar, apagar, cortar, extinguir, riscar,
suprimir, matar]
"Não dá para pegar uma metralhadora?”
Em 15 de dezembro, durante o programa “Turma do Ratinho” na rádio Massa FM, Carlos Massa, o Ratinho, xingou a parlamentar, fez ataques machistas einsinuou sua morte [seu assassinato]. No dia seguinte, apagou a publicação, mas a Câmara guardou a íntegra do material.
“Natália, você não tem o que fazer? Você não tem o que fazer, minha filha? Vá lavar roupa, costura a calça do teu marido, a cueca dele, porque isso é uma imbecilidade, querer mudar esse tipo de coisa. A gente tinha que eliminar esses loucos. Não dá para pegar uma metralhadora?”, disse Ratinho, distorcendo informações sobre umprojeto de leiapresentado pela deputada em novembro.
Em resposta à Procuradoria da Câmara, Ratinho não recuou. Segundo sua defesa, o apresentador “fez uma crítica” com “linguajar popular”, “na condição de um cidadão comum”. Ainda de acordo com o documento, Ratinho agiu “sem qualquer pretensão de distratar (sic) as mulheres, realizar ameaças ou prejudicar” a parlamentar. [Cidadão comum não ameaça, não intimida, não atemoriza, não apavora. Cidadão comum não faz discurso de ódio em uma emissora, concessão do governo federal]
Além da Procuradoria daCâmara, a Casa acionou a Polícia Legislativa. Depois das ofensas e incitações de Ratinho contra a deputada, a Polícia começou aapurar os ataques que a petista tem recebido nas redes sociais. [Ratinho tem milhares e milhares de seguidores fanáticos, idem milhares de empregados, incluindo seguranças, guardas, capangas armados, que Ratinho é proprietário de várias empresas. De rádios, televisão, internet, lojas em shoppings, imóveis de luxo, indústrias, latifúndios com pastos cobertos de gado, lavouras de soja, milho, feijão e café. Ninguém sabe bem a origem dessa riqueza, mas o Ratinho é um homem de alma sebosa. Nada mais brutal, mais cruel, mais desumano que a escravidão. Ratinho, em 2016, "foi condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pagar uma multa de R$ 200 mil por manter trabalhadores em condição semelhante à escravidão em uma fazenda localizada em Limeira do Oeste, em Minas Gerais. A indenização por danos morais coletivos se deve, segundo a decisão judicial, à falta de fornecimento de material de proteção adequado ao ofício exercido pelos empregados e de espaço propício às refeições. Os contratados se alimentavam nos banheiros e nas lavouras, de acordo com o tribunal. O comunicador também é acusado de aliciar, sem respeito às normas legais, pessoas da Bahia e do Maranhão. Publicou o Correio Braziliense]. Natália Bonavides é uma jovem deputada. Ratinho já foi também deputado federal. Fez política de baixo nível, do baixo clero, de baixarias e ameaças, que repete hoje nos seus programas da extrema direita, sendo o filho o mais bolsonarista dos governadores. Inclusive programas financiados com dinheiro público, dinheiro do povo]