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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

17
Mar23

Macron aumenta idade aposentadoria na França. De 62 para 64

Talis Andrade
www.brasil247.com - Protesto em Paris devido ao aumento da idade de aposentadoria
Protesto em Paris devido ao aumento da idade de aposentadoria (Foto: Reuters)

 

Mais de 300 manifestantes presos na França durante protestos contra reforma da previdência

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Idade mínima de 65 anos no Brasil. Mas é necessário ter o tempo mínimo de 15 anos de contribuição ao INSS. Para o civil, aposentadoria beneficia quem tem o pé na cova

A aposentadoria é um benefício pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para todo trabalhador que contribua com a previdência.

A aposentadoria por idade é um dos 4 tipos hoje concedidas pelo INSS:

 

Quem pode se aposentar por idade?

 

No caso da aposentadoria por idade, no Brasil, é necessário que o segurado tenha realizado 15 anos de contribuição.

Além disso, é preciso a idade mínima de 65 anos, no caso dos homens, e a idade mínima de 62 anos para mulheres.

 

Mais um dia de protestos na França 

 

Milhares de manifestantes voltaram às ruas de Paris para protestar contra a reforma da previdência que o governo de Emmanuel Macron quer implementar sem passar pelo voto dos deputados da Assembleia Nacional francesa.

O governo Macron, por meio da primeira-ministra Elisabeth Borne, acionou um dispositivo especial para aumentar a idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos.

Críticos da reforma afirmam que o projeto é "brutal", "desumano" e "degradante".

 No Brasil, nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o aumento do tempo de aposentadoria passou na santa paz, pela covardia dos sindicatos, e passividade dos trabalhadores, massacrados pela extrema direita, no Brasil que jamais realizou uma greve geral.
 
 
O possível voto de desconfiança
 
 

As forças de segurança francesas prenderam 310 manifestantes na quinta-feira (16) durante protestos que explodiram depois que o governo do presidente Emmanuel Macron decidiu adotar a impopular reforma da Previdência atropelando o voto dos deputados, anunciaram as autoridades.

Em Paris, a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar os manifestantes reunidos na 'Place de la Concorde', próxima da Assembleia Nacional (câmara baixa), após a decisão do governo. Na manhã desta sexta-feira (17), quase 200 manifestantes bloquearam o anel viário de Paris por meia hora. 

Cinquenta e quatro policiais ficaram feridos em meio à violência. 

O governo está sob pressão e aguarda o resultado do voto de desconfiança anunciado contra o Executivo da primeira-ministra Élisabeth Borne. A votação deve acontecer no início da próxima semana e se a moção de censura for adotada, isto também derrubaria a reforma. 

O líder da França Insubmissa, Jean-Luc Melenchon, disse que o texto da reforma da previdência não tem legitimidade parlamentar. O projeto de lei foi aprovado "apenas pelo Senado, e não pela maioria do povo francês, nem pela Assembleia Nacional, nem pelos sindicatos, nem pelas associações de trabalhadores: é um texto que não tem legitimidade", disse ele.

Fabien Roussel, líder do Partido Comunista Francês, também rechaçou a reforma: "Este governo não é digno da nossa Quinta República, da democracia francesa".

Os sindicatos prometeram manter sua oposição às mudanças na previdência, com a Confédération Générale du Travail (CGT) dizendo que outro dia de greves e manifestações está sendo planejado para quinta-feira, 23 de março. 

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23
Jan23

'Ando doido pra morrer': 20 anos depois, a dor de quem continua a conviver com a fome

Talis Andrade

 

Por Fantástico

Uma reportagem especial do Fantástico mostrou o sofrimento de quem passa fome no Brasil nos últimos 20 anos. Em 2001, os repórteres Marcelo Canellas e Lúcio Alves conversaram com Maria Rita, a lavadeira que morreu de fome 15 dias depois da entrevista ao Jornal Nacional. Duas décadas depois, eles voltaram a Araçuaí (MG) e conversaram com João da Conceição, primo de Maria, e a esposa dele, Maria Aparecida. De lá pra cá, pouco ou nada mudou [Aconteceu o golpe contra Dilma Roussef. E com os presidente Michel Temer e Jair Bolsonaro a fome morte severino voltou. A fome braba]

Tudo o que eles têm para passar o mês cabe numa caixa de papelão: feijão, farinha, arroz e óleo. A conta atrasada chega em forma de ameaça. Aos 74 anos, João não suporta tamanha incerteza.

“Fica difícil, né? Eu ando doido pra morrer. Eu morrendo, descanso. Descanso dessa vida. Leva pra onde Deus quiser”, diz.

 

João e Maria Aparecida — Foto: Fantástico

João e Maria Aparecida — Foto: Fantástico

Abatido pela velhice e pela doença, João não consegue mais trabalhar na roça e nem tirar o sustento da terra, como faz Maria, agricultora de um assentamento no interior de Alagoas.

 

30
Nov22

Referência no combate à violência sexual diz que Damares não protegeu crianças do Marajó

Talis Andrade

Projeto tem parecer favorável para extinguir programa Abrace o Marajó -  NOTÍCIA MARAJÓ

 

 

Irmã Henriqueta rebate falas da ex-ministra e diz que “governo trouxe o caos à proteção de crianças e adolescentes”



* Damares fez declarações envolvendo supostos abusos sexuais no Marajó
* MP pediu esclarecimentos ao governo sobre afirmações da ex-ministra

 

por Andrea DIP



Irmã Marie Henriqueta Ferreira Cavalcante é uma referência no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes no Marajó. Nos conhecemos quando fiz uma reportagem no arquipélago em 2019 para a Agência Pública. Na época, Damares Alves, então ministra da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos havia dito que o alto índice de exploração sexual de crianças na região era porque as meninas “não usavam calcinhas” e sugeria como política pública a construção de uma fábrica de lingerie. Caminhamos juntas por alguns municípios e Marie me mostrou a real situação local: a falta de políticas públicas voltadas à proteção das crianças e ao combate à violência, escolas em situação precária, e um total abandono por parte do poder público ao arquipélago que na época tinha 14 dos seus 16 municípios na lista dos menores IDHs do país, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil.

No último domingo, Damares voltou a dar declarações gravíssimas sobre o Marajó, desta vez em um culto evangélico em Goiânia. Falou que enquanto era ministra, ficou sabendo de estupros de recém-nascidos, sobre crianças marajoaras que teriam dentes arrancados e seriam vendidas para exploração sexual, mencionou detalhes de práticas sexuais violentas e torturas – para uma platéia que continha diversas crianças – e disse ter provas e vídeos. Atribuiu esses crimes a uma suposta “guerra espiritual” e aproveitou para fazer campanha para Bolsonaro, dizendo que ele havia comprado essa batalha e que seu governo foi o que mais fez para combater tais atrocidades. Também citou o programa “Abrace o Marajó” como um eficiente projeto de enfrentamento a crimes sexuais na região.

Por conta dessas declarações, o Ministério Público Federal enviou ofício à Secretaria Executiva do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para que esclareça sobre as informações de supostos abusos sexuais cometidos no Marajó, já que nunca houve denúncia formal feita por Damares.

Deboche de Damares esconde ataques a povos vulneráveis |  bloglimpinhoecheiroso

 

Em nova entrevista, exclusiva para a Agência Pública em parceria com o Universa, a Presidente do Instituto de Direitos Humanos Dom José Luís Azcona, Marie Henriqueta Ferreira Cavalcante comenta as novas declarações de Damares e afirma não ter conhecimento dessas políticas de enfrentamento propagandeadas pela senadora e ex-ministra de Bolsonaro. “Sinceramente desconheço. Chamo esse programa Abrace o Marajó de um verdadeiro Cavalo de Tróia. Um projeto que veio de forma autoritária, racista, elitista, criado de cima pra baixo”. Henriqueta afirma que as falas da ex-ministra geraram grande indignação na população marajoara e em quem luta contra a exploração sexual na região.

 

Irmã, a fala de Damares sobre as crianças do Marajó tem repercutido muito e o foco tem sido no absurdo do que ela diz e em possíveis responsabilizações jurídicas que são, claro, aspectos muito importantes. Mas queria saber como você, que é alguém que está na linha de frente ao combate à violência sexual contra crianças no Marajó há muitos anos, vê essa fala da ex-ministra?

A fala dela causou grande indignação em todos nós que lutamos contra a violência sexual, sobretudo na população marajoara, que está se manifestando de maneira muito forte e revoltada. É uma fala totalmente desconectada com a da defesa dos direitos humanos. Ela mais uma vez se equivoca de maneira irresponsável. Isso causa pra nós… não é nem surpresa, porque ela sempre se reporta dessa forma sobre nossas crianças e adolescentes do Marajó, com esse estereótipo. Você lembra muito bem da última vez que ela disse que as meninas do Marajó são estupradas porque não usam calcinha. Aí ela apresenta como solução instalar uma fábrica de calcinhas! O que ela nunca cumpriu, diga-se, porque viu a rejeição, porque a imprensa séria teve coragem de denunciar – e você fez uma matéria importantíssima daquela vez sobre isso e viu que deu repercussão. O que ela fez foi distribuir parcas cestas básicas. Então essa fala de agora não é de se espantar quando vem de uma representante do atual governo, que trata pautas tão complexas com uma profunda demagogia, sem levar em consideração dados e sem disponibilizar serviços públicos essenciais. Se ela teoricamente sabia desses crimes, por que não fez a denúncia às esferas competentes? A solução pra esse grave problema da violência sexual exige um esforço conjunto de políticas públicas e o respeito intransigente aos direitos das nossas meninas e meninos que são afetados por essa violência. Que os ponha a salvo de qualquer comportamento cruel e degradante.

 

Eu me lembro que quando estivemos juntas no Marajó em 2019, você disse que esse programa que Damares propagandeia como sendo o principal enfrentamento à violência sexual, inclusive em outros países, o “Abrace o Marajó”, não tinha ações muito efetivas e que a população local nem sabia do que se tratava. Passados esses anos, você e as pessoas com as quais trabalha viram alguma mudança nesse sentido?

É tudo muito misterioso. Nessa fala dela no culto ela menciona o Abrace o Marajó ao qual ela se refere como o maior programa de desenvolvimento da Amazônia. Ele foi duramente criticado por nós, e pela sociedade marajoara que criamos uma carta falando que não aceitamos um projeto que nasceu de cima pra baixo. Eu estive com o Tribunal de Contas pra ver a questão da educação e nós ouvimos professores revoltados porque foi um programa que nasceu de cima pra baixo, ele não veio com os rostos marajoaras – porque eu sempre digo que existem muitos Marajós – nossas crianças precisam de políticas diferenciadas. A população criticou de forma severa, um programa que veio de forma autoritária, racista, elitista, pra uma região que tem história. E que é historicamente atravessada por desigualdades sociais e econômicas. Não teve participação popular.

 

Mas o que são essas ações?

Eu acho que a ação a qual ela se refere é a distribuição de cestas básicas que eu chamo de cestas básicas nanicas. Nanico é um termo usado no Nordeste pra se referir a uma coisa pequena. O que ela criou na verdade foi um pânico moral. É isso que vem na transversalidade do comportamento dela. 

 

Então todo esse enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes que ela diz que fez e que Bolsonaro fez na região não existe?

Eu desconheço. Sinceramente eu desconheço. 

 

O Marajó é grande e diverso como você estava dizendo, mas como está essa situação, passados 4 anos de governo Bolsonaro e ministério Damares Alves?

O governo Bolsonaro trouxe um caos no que diz respeito à proteção de crianças e adolescentes por causa de um desmonte das políticas públicas. E com a pandemia, houve um aumento exagerado de uma forma visível das desigualdades socioeconômicas. O aumento da fome é alarmante. A gente precisa se conscientizar que não se pode falar em enfrentamento à violência sexual se não tivermos capacidade de combater a pobreza, a miséria. Eu chamo de miséria produzida e reproduzida. A situação se agravou e muito. Eu chamo esse projeto “Abrace o Marajó” de um verdadeiro cavalo de troia. Não adianta trazer pra região o que a região não precisa. Se a gente não pensar em programas de geração de emprego e renda pra essa população, vamos ficar o tempo todo falando a mesma coisa. Não adianta.

 

E educação, né irmã? Porque a situação das escolas no Marajó já era terrível antes da pandemia…

Saiu um relatório agora do Tribunal de Contas que aponta a deficiência que existe na educação na região. Como dizia o Paulo Freire, a educação não é tudo, mas é a base. As crianças sempre alegaram que a escola na região não é boa, falta merenda, falta combustível, o transporte é uma precariedade porque os barqueiros não tem combustível pra levar as crianças pra escola. Sem contar também a precariedade dos serviços de saúde. É uma situação muito grave. E tudo isso fica ainda mais difícil com um governo que não está preocupado com a população. 

 

E eu me lembro também das nossas conversas com conselheiros tutelares, com promotores e de que era muito difícil conseguir trabalhar, era um trabalho de formiguinha mesmo, de pessoas que queriam muito fazer as coisas acontecerem mas que tinham que lidar com essa precarização…

Sim. Mas agora imagine que tem alguns municípios em que os conselhos tutelares são totalmente evangélicos e estão de braços dados com essa senhora. É preocupante porque um conselheiro que está na base, na porta de entrada para receber essas crianças e adolescentes, que tem que lidar com todas essas mazelas, não ter sensibilidade e coragem de ficar do lado do pobre. O conselheiro precisa cuidar. Mas tem conselheiros que estão abraçados com essa senhora e preocupados só em fazer campanha política. 

 

E o que você acha que é pior em ter os conselhos tutelares tomados por evangélicos conservadores?

Eles são alienados. Não têm compromisso com a realidade. E quem se submete a fazer campanha política para alguém que faz uma fala como Damares fez, totalmente desconectada com a realidade, é porque também não tem compromisso social. E não tem compromisso com a transformação da realidade. Esse é um momento muito tenso no Brasil, é um momento de muito ódio. 

 

Durante o culto Damares atribui a violência sexual contra crianças e adolescentes a uma “guerra espiritual”. Você, como alguém de fé, o que pensa sobre isso?

Não existe guerra espiritual. Guerra espiritual quem cria são eles que pregam coisas absurdas, que estão voltadas a conceitos moralistas, que apresentam modelos de família e comportamento que não são condizentes com nossa realidade. A guerra espiritual é a guerra da ignorância, da falta de amor fraterno, da capacidade de sentir empatia social e coletiva. Isso é guerra. Eu, com toda a formação que tenho, não compreendo a religião nem Deus assim. Deus está no meio de nós, está com aquela população de Melgaço com fome, clamando por um prato de comida. Isso sim. 

 

27
Out22

Fome: 26% das crianças de 2 a 9 anos no Brasil não fazem três refeições por dia

Talis Andrade

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Desde 2015, despencou de 76% para 26% o número de crianças que têm café da manhã, almoço e jantar todos os dias, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde. As informações foram obtidas pela TV Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação, e divulgadas na segunda-feira 15.

O levantamento envolve menores de 2 a 9 anos. Segundo a emissora, o número começou a diminuir em 2016, quando o percentual caiu de 76% para 42%. Na sequência, o Brasil registrou 46% em 2017, 62% em 2018, 28% em 2019 e 21% em 2020, até chegar a 26% neste ano.

O Ministério da Saúde obtém esses índices a partir de questionários preenchidos por aqueles que procuram serviços de saúde. A pasta também identificou que 85% das crianças consome alimentos ultraprocessados, percentual superior aos 77% que comem frutas e aos 66% que têm verduras no cardápio.

Os dados corroboram com o diagnóstico de que o problema da fome está pior no governo de Jair Bolsonaro. No fim de 2020, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) havia apontado a quantidade de 20 milhões de brasileiros com falta de acesso à alimentação por 24 horas ou mais.

A organização havia mostrado também que 116,8 milhões de pessoas conviveram com algum grau de insegurança alimentar no ano passado, o que representava 55% dos lares do País.

No último mês, o preço da cesta básica havia marcado a alta de 30%, ultrapassando os 600 reais em diferentes capitais, de acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estudos Econômicos Sociais, o Dieese. A instituição avaliou que o salário mínimo deveria estar no valor de 5,8 mil reais, se acompanhasse de fato o aumento da inflação.

Fonte: Portal da Carta Capital/TV Globo

18
Out22

Nikolas Ferreira e Satanás

Talis Andrade

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A multiplicação dos pães 

A tentação de Jesus

Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás. 11 Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.

 

O tentador de Nikolas Ferreira

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artevillar
@artevillar1
Sobrou até pra Jesus...
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Está escrito:

"Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram".

33 milhões de brasileiros passam fome. E esse deputado Satanás diz que isso é imitar o jejum de Jesus no deserto. Reportagem da agência alemã DW: Fome no Brasil pode chegar a "situação explosiva"ImageCharge: Na fila do osso. Por Lula Cabral

Ossos de boi, arroz e feijão quebrado formam cardápio de um Brasil que  empobrece - Brumado Urgente

 Enquanto o povo come osso, JBS alcança lucro histórico com a exportação de  carne |Vídeo mostra moradores procurando comida em caminhão de lixo em Fortaleza

AS BONDADES DE JESUS NA PRIMEIRA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES – MATEUS 14,13-21

por Ricardo Mariz de Oliveira

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Quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui.” Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a benção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças.


Visto por sua repercussão social, este foi um dos milagres mais espetaculares de Jesus, porque de uma só vez alimentou uma multidão de mais de cinco mil pessoas, e fez isso a partir de apenas cinco pães e dois peixes, mas todos ficaram satisfeitos! Também foi um feito assombroso para as ciências, pois, se em todos os milagres Jesus ultrapassou as leis da natureza, neste multiplicou a existência de matérias!

Quando se decidiu a alimentar aquele povo todo, certamente Jesus não dependia daqueles pouquíssimos peixes e pães, já que poderia tê-lo feito a partir do nada, mas o uso dos poucos pães e peixes tem significados muito mais relevantes do que o acontecimento em si.

Já de início, na narrativa de São Mateus podemos notar o estado de espírito de Jesus, e a imensidão da sua bondade. 

Realmente, Jesus tinha ficado abatido com a notícia que recebeu sobre a morte de João Batista, motivo pelo qual pensou em ir para longe de todos, procurando um lugar afastado e deserto no qual pudesse orar por seu primo executado iniquamente. Mas não conseguiu se isolar, pois, chegando lá, encontrou uma multidão já a sua espera, perante a qual ele abriu mão da sua tristeza e do seu intento de isolamento e se pôs a atendê-la. Neste sentido, Mateus consegue nos transmitir com finura o modo como presenciou a reação de Jesus, o qual, ao invés de deixar de atender os anseios de tantos homens e mulheres, porque preferia estar só, “encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes”.

Porém, sua bondade para com os homens e mulheres que ali estavam não se limitou a isso, pois, ao se aproximar a noite, dedicou-lhes outra ação benemérita, de lhes propiciar alimentação em plena terra de ninguém! 

Ademais, sua bondade ainda não se esgotara, nem ficou limitada a simplesmente atender as necessidades daquelas pessoas, pois, ao lhes dar comida, o fez conjuntamente com ensinamentos catequéticos.

De fato, ele poderia ter feito descer pão do céu, caindo diretamente nas mãos de cada um, mas se valeu dos pães e dos peixes que alguém tinha, e do trabalho dos discípulos para os distribuir a todos.

Agindo assim, Jesus mostrou a importância da solidariedade, manifestada primeiramente por alguém (outro evangelista diz que era um menino) que abriu mão do alimento que tinha, e em segundo lugar pelo trabalho dos discípulos ao se encarregarem de ir de grupo em grupo para entregar os pães e os peixes que Jesus fizera aparecer dos poucos iniciais.

Podemos dizer que, tal como os discípulos e o dono dos cinco pães e dos dois peixes, Jesus também foi solidário com o povo, mas solidariedade é ato entre pessoas iguais, ao passo que Jesus, ainda que homem, era o próprio Deus encarnado no ventre de Maria. Assim, a sua ação multiplicadora daqueles poucos alimentos emanou da profunda misericórdia divina, a mesma que ele sempre disse existir e que dedicou a todos.

E no fim, o recolhimento das sobras da comida nos ensina que não devemos desperdiçar o que Deus nos concede, mesmo quando já estejamos satisfeitos em nossas necessidades e aparentemente não mais precisemos dele. Ao contrário, devemos sempre nos sentir atentos ao que conseguirmos, gratos e cuidadosos, porque o que hoje nos sobra pode fazer falta amanhã, ou pode faltar a alguma outra pessoa.

Subjacente a tudo, há a permanente dependência que submete a humanidade a Deus, como aquelas mais de cinco mil pessoas dependeram de Jesus ao longo daquele dia. Temos a tendência de pensar que alguns bens já são nossos, que os adquirimos com nosso trabalho e ninguém tem o direito de os retirar da nossa posse. Mas, ainda que seja assim, não lembramos que foi Deus quem colocou todas as coisas no mundo e não pensamos que a própria vida, com a qual e durante a qual trabalhamos e conquistamos essas coisas, nos foi dada por Deus, assim como cada dia em que ela se prolonga e nós o vivemos com saúde, não depende de nós, mas de uma graça divina sempre renovada.

Assim, todo o acontecimento da multiplicação dos pães e dos peixes, desde antes de ocorrer, já quando Jesus resolveu abandonar seu propósito de ficar sozinho, até o final com a colheita das sobras, não pode passar despercebido em seu significado mais profundo da dependência humana e da misericórdia divina. Não fosse esta, sequer teríamos vida e todas as graças que dela brotam!

 

A multiplicação dos pães: milagre ou simples partilha?

10
Out22

Damares Alves ministra escondeu a prostituição infantil

Talis Andrade

Cartaz contra a Pedofilia | Portfolio

Brasília uma cidade enferma. Elegeu uma mentirosa, sexualmente doente. Temas preferidos de seus discursos: estupro, incesto, práticas sexuais com crianças e adolescentes. Ministra dos Direitos Humanos, da Família, da Mulher, da Criança, do Adolescente, Damares Alves nada fez.

Veja neste post reportagem: Vítimas de exploração sexual, crianças com a infância negada falam com Cabrini. As fantasias eróticas de Damares escondem a brutal realidade: o Brasil possui 500 mil crianças prostitutas infantis.

Seus brinquedos são substituídos por drogas e armas. A fantasia dá lugar a um mundo de crimes e violência, onde a infância é negada. Vítimas de exploração sexual, crianças revelam uma realidade obscura no Brasil. De grandes metrópoles, ao litoral do Nordeste e estradas do país. Inclusive a presença de estrangeiros, atraídos pelo turismo sexual, a promessa de sexo fácil e impunidade. 

A danação é que Damares esquece que as crianças e adolescentes são vítimas, são escravas sexuais. 

Os cafetões, os proprietários de prostíbulos oferecem drogas para entorpecer o corpo das crianças, a dor das penetrações na estreita vagina e dos sangramentos no ânus.

Para Damares: “Tem abuso que é prazeroso para a criança porque o pedófilo sabe como tocar. O abusador sabe onde tocar, e às vezes desperta prazer. O nosso corpo foi feito para o prazer". 

Damares tem uma mente doentia

cynara menezes
@cynaramenezes
ela inventa um monte de sujeira que só pode sair de uma mente doentia. metade dos vídeos desse post onde denunciei as perversões de damares em 2019 eles já tiraram do ar
Damares conseguiu superar os grandes clássicos da literatura erótica em termos de perversões. Em menos de dois meses, o catálogo da ministra já reúne as mais doentias teorias sobre sexo já vistas. De onde é que eles tiram estas coisas? Freud explica. Leia mais aqui
Ricardo Caco Garcia Oliveira
"Tem que ser investigada": Damares é cobrada por omissão em suposto caso de "crianças que têm dentes arrancados para sexo oral"
Solange LulaLulaa Sem medo de ser feliz! Lu
@SolangeFerrer
alo @STF_oficial @gilmarmendes @alexandre isso é muito serio voces precisam tomar conhecimento do esta mulher fala, se for verdade precisa ser apurado e se for mentira ela precisa ser punida por isso, é muito serio, isso causa terror
 

Acontece na terra do presidente da Câmara dos Deputador, Arthur Lira, que indicou mais de 300 milhões do orçamento secreto:
 

 

16
Set22

"Tem criança com fome": internautas se revoltam com veto de Bolsonaro ao reajuste da merenda escolar

Talis Andrade

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Repasses da merenda escolar não são reajustados há cinco anos. Crianças são obrigadas a dividir até um ovo com outros colegas

 

247 - Internautas de todo o país levaram o termo "tem criança com fome" aos assuntos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira (16) em função da revelação de que os valores dos repasses da merenda escolar não são reajustados há cinco anos e que o último aumento, aprovado em agosto pelo Congresso Nacional, foi vetado por Jair Bolsonaro (PL) sob a alegação de que isso poderia estourar o teto de gastos. 

O travamento do reajuste, associado à alta da inflação dos alimentos, que chegou a 26,75% entre maio de 2021 e maio deste ano, tem levado muitas escolas a carimbarem a mão de crianças para que estas não repitam o prato de comida

Os alunos são obrigados até mesmo a dividir ovo com colegas. Houve redução em itens básicos como arroz e carne. A situação deverá se repetir ao longo do próximo ano, uma vez que o Projeto de Lei Orçamentária enviado ao Congresso também não prevê reajuste para o exercício de 2023.

A merenda escolar é assegurada pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que atende cerca de 41 milhões de estudantes em todo o país. Sem reajuste, os valores diários per capita repassados pelo programa para Estados e municípios são de R$ 1,07 para as creches, R$ 0,53 para a pré-escola e de R$ 0,36 para o ensino fundamental e médio. 

Um estudo da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), divulgado na quinta-feira (15), aponta que 37,8% dos lares com crianças de até 10 anos sofrem com a fome ou redução da quantidade e da qualidade dos alimentos. 
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Senador Paulo Paim
@paulopaim
Esta foto é chocante. Crianças nas escolas públicas dividem até ovo. Cenas assim se alastram pelo Brasil. Repasses para a merenda não crescem há 5 anos. Atual governo federal veta reajuste para 2023. É a política do prato vazio, da fome. É muita crueldade. Basta!
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11
Set22

Bolsonaro veta reajuste e merenda escolar só tem bolacha e suco

Talis Andrade

 

Valores repassados pelo governo federal estão congelados desde 2017. Verba para alimentação nas escolas é inferior ao gasto com orçamento secreto dos deputados bolsonaristas

Congelados desde 2017, os valores destinados à merenda escolar confirmam o descaso do governo Bolsonaro com os brasileiros que mais precisam. Escolas de cidades sem receita própria e dependentes de transferência de recursos federais passam dificuldades para organizar o cardápio. As crianças que não já têm o que comer em casa passam fome.

O portal UOL mostrou o drama de escolas de pequenas cidades que, sem recursos suficientes, substituem refeições por lanche ou mesmo suspendem as aulas mais cedo para liberar os alunos antes da hora de comer. Em uma unidade que a reportagem visitou, em Nova Fátima (BA), o lanche era bolacha e suco de maracujá.

 

Leia também: Bolsonaro veta R$ 1,5 bilhão a mais para merenda escolar em 2023

 

“O valor da merenda está congelado desde 2017. Para 2023, o Congresso tinha aprovado uma LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que previa um reajuste de 34% para recompor as perdas no PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou a proposta no dia 10 de agosto. Além disso, o presidente ignorou o pedido dos municípios e apresentou o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) para o Congresso Nacional, no último dia 31, com o valor de R$ 3,96 bilhões para o programa, praticamente o mesmo de 2022”, disse o portal, que observa, ainda que o valor é inferior aos R$ 5,6 bilhões do orçamento secreto destinados antes das eleições.

 

Fome nas escolas

 

Na escola Francisca Mendes Guimarães, no sertão baiano, são servidas duas merendas, às 10h e às 15h. Há casos de alunos do turno da tarde que chegam sem ter almoçado em casa. “Eles ficavam esperando o lanche das 15h em completo desespero. Quando investigamos e soubemos, acionamos a assistência social da cidade”, contou à reportagem a diretora Samara Santos.

Os valores baixos do repasse por aluno (R$ 0,32 para educação de jovens e adultos; R$ 0,36 para ensino fundamental; R$ 0,53 para pré-escola e R$ 1,07 para creches e ensino integral) são insuficientes e são alvo de reclamação generalizada.

O prefeito de Nova Fátima diz que precisa tirar dinheiro de outras prioridades, como calçar rua e fazer rede de esgoto, para garantir a merenda das crianças. “Esse valor não paga nem a água mineral. É impraticável e não tem qualquer justificativa para isso. As coisas estão muito mais caras, então a gente deixa de fazer algumas coisas, como os eventos, um calçamento em uma rua, uma rede de esgoto, para dar comida às crianças.”

Segundo a reportagem assinada pelo colunista Carlos Madeiro, “o problema afeta também a cadeia produtiva da região, já que ao menos 30% da merenda deve ser comprada da agricultura familiar’.

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11
Set22

Alunos denunciam que são 'carimbados' para não repetir merenda escolar em Brasília

Talis Andrade

Alunos dizem que são 'carimbados' para não repetir merenda em escola  pública de Planaltina, no DF | Distrito Federal | G1

 

"Eles chegaram a carimbar para ficarmos marcados e eles saberem quem foi que lanchou e a gente não poder repetir", afirmou ao canal uma das estudantes, que não teve identidade revelada.

Segundo a aluna, ao recusar ter a mão carimbada, ela teve o prato da merenda tomado por um dos funcionários da escola.

"Falta o lanche. Não é suficiente para todos os alunos. Chega gente até a ficar sem comer", disse.

Outro estudante reafirmou a informação de que a merenda chega a faltar para alguns dos alunos que ficam no fim da fila, o que teria motivado o uso dos carimbos. "Enquanto a gente não deixar eles carimbarem, eles não deixam a gente pegar a comida", disse.

Em nota enviada ao UOL, a Secretaria de Educação do Distrito Federal afirmou que a diretoria da instituição disse que a medida foi uma "situação isolada" para organizar a fila da merenda na sexta-feira (2).

O órgão afirmou, ainda, que não há registro de falta de alimentos na escola.

"A criança na escola precisa receber uma alimentação saudável e nós temos prezado sim por ofertar uma alimentação de excelência para nossos estudantes. Deslocamos uma equipe até a escola para verificar o que aconteceu, não aceitamos de forma alguma qualquer constrangimento a qualquer aluno da rede pública de ensino", afirmou a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, em vídeo.

Alunos de uma escola pública em Planaltina (DF) denunciaram que tiveram as mãos carimbadas para não repetir merenda na instituição de ensino.

O caso foi registrado ao longo das últimas duas semanas no CED 3 (Centro Educacional 3) e denunciado pelos estudantes em entrevista ao programa Bom Dia DF, da TV Globo.

"Eles chegaram a carimbar para ficarmos marcados e eles saberem quem foi que lanchou e a gente não poder repetir", afirmou ao canal uma das estudantes, que não teve identidade revelada.

Segundo a aluna, ao recusar ter a mão carimbada, ela teve o prato da merenda tomado por um dos funcionários da escola.

"Falta o lanche. Não é suficiente para todos os alunos. Chega gente até a ficar sem comer", disse.

Outro estudante reafirmou a informação de que a merenda chega a faltar para alguns dos alunos que ficam no fim da fila, o que teria motivado o uso dos carimbos. "Enquanto a gente não deixar eles carimbarem, eles não deixam a gente pegar a comida", disse.

Em nota enviada ao UOL, a Secretaria de Educação do Distrito Federal afirmou que a diretoria da instituição disse que a medida foi uma "situação isolada" para organizar a fila da merenda. [Que mentira! Que lorota eleitoral de um governador que busca a reeleição]

O órgão afirmou, ainda, que não há registro de falta de alimentos na escola.

"A criança na escola precisa receber uma alimentação saudável e nós temos prezado sim por ofertar uma alimentação de excelência para nossos estudantes. Deslocamos uma equipe até a escola para verificar o que aconteceu, não aceitamos de forma alguma qualquer constrangimento a qualquer aluno da rede pública de ensino", afirmou a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, em vídeo.

Este correspondente acredita que a fome dos estudantes fala a verdade, e as mãos sujas dos carimbos da burocracia maldita comprovam. Pode investigar que tem desvios na verba da merendaImage

Ana Júlia do Movimento Ocupa Escola do Paraná disse que viu a fome nos olhos doutros estudantes. "A gente nunca esquece. Sei que a merenda é a única alimentação da criançada.

Queremos fazer um mandato firmeza, de jovem pra jovem. Chegou a hora de renovarmos a política juntos. Uma política de combate ao trabalho infantil e à exploração do trabalho juvenil: avançar na vigilância e fiscalização contra o trabalho infantil, assegurando o que está previsto no ECA.

Lutar por um Programa Base Alimentar: Assegurar segurança alimentar na infância e adolescência, a partir de um conjunto interseccional de políticas públicas".

ERIKA HILTON 5070
@ErikakHilton
Alunos de escolas do DF foram CARIMBADOS pra não comer duas vezes. O país que voltou pro mapa da fome, agora também humilha as crianças que querem mata-la. Mês passado, denunciei ao TCU que o governo não libera os recursos do FNDE pra alimentação escolar.
Manchete da Uol dizendo “alunos denunciam que são carimbados pra não repetir merenda escolar” acompanhada de foto da mão de uma criança com carimbo azul.
Marcados como gado
 

 

Segundo alunos ouvidos pela reportagem, a prática ocorre há cerca de duas semanas. Uma estudante da instituição reafirmou que, às vezes, a escola impede que eles repitam o prato pela falta de lanche.

 

Eles chegaram a carimbar para a gente ficar marcado e eles saberem quem foi que lanchou. Não é suficiente para todos os alunos. Chega até gente a ficar sem comer", afirma a estudante.

 

Um outro aluno contou que os estudantes podem ser impedidos de receber o alimento, caso não permitam que a mão seja carimbada. "Tem vezes que a fila está 'grandona' e a comida acaba. Só se carimbar que pode pegar", afirma.

Outros estudantes ouvidos pela reportagem disseram não ver problema na adoção do carimbo. Segundo eles, a medida garantia que todo mundo recebesse a merenda dentro do tempo de intervalo. Eles contaram que muitos colegas furam fila para repetir a refeição, e acabam entrando na frente de quem ainda não lanchou.

O diretor do Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF) Samuel Fernandes afirma que, muitas vezes, a única refeição dos alunos é a feita na escola.

 

Muitas famílias estão desempregadas e muitos estudantes não têm o que comer em casa. O governo deveria garantir a alimentação de qualidade, em quantidade suficiente para esses alunos. De barriga vazia, não tem como ter aprendizagem", destaca Fernandes.

 
Lázaro Rosa 
@lazarorosa25
Esse é o professor da rede pública de DF, Saimon Freitas Cajado Lima, responsável por marcar crianças pobres com um carimbo na mão para não repetirem a merenda escolar. NÃO FALHA!Image
 
 

13
Ago22

Bolsonaro veta reajuste da merenda escolar

Talis Andrade

Bolsonaro veta reajuste da merenda escolar - CTB

Por Altamiro Borges

O farsante Jair Bolsonaro, que agora posa de bonzinho com seus auxílios eleitoreiros, vetou nesta quarta-feira (10) o reajuste aprovado pelo Congresso Nacional do valor repassado aos Estados e municípios para a merenda escolar. O veto refere-se à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as bases para o Orçamento da União do ano seguinte – no caso, para 2023. Só mesmos os otários ainda acreditam nas demagogias do “capetão”! 

Como lembra o jornal Estadão, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), “o governo repassa hoje apenas R$ 0,53 para alimentação de cada aluno matriculado na pré-escola e R$ 0,36 por aluno do ensino fundamental e médio. Nas creches, o repasse por criança é de R$ 1,07. O repasse é feito diretamente aos Estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento”. 

A LDO previa a correção, pela inflação, desses valores para a oferta de merenda escolar. O texto também blindava os orçamentos das universidades e institutos federais, evitando novos cortes de gastos na educação superior em 2023. O artigo determina que os recursos destinados a cada instituição no próximo ano não poderiam ser menores que os orçados em 2022 e ainda deveriam ser corrigidos pela inflação. O presidente antipovo vetou o projeto! 

Mas as maldades orçamentárias do “capetão” não se restringiram à área da educação. O genocida também vetou o dispositivo aprovado pelo Congresso Nacional que estipulava que as despesas em ações e serviços públicos de saúde no próximo ano fossem corrigidas pela inflação e pela variação da população em 2022, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Após confessar que mutilou o tal “teto de gastos” para viabilizar a reeleição do seu chefinho, o abutre Paulo Guedes voltou a falar em austeridade fiscal. Em uma nota, o Ministério da Economia argumentou que a proposição legislativa de reajustes da merenda escolar e na área da saúde “provocaria aumento do montante de despesas primárias com execução obrigatória e elevaria ainda mais a rigidez do orçamento, o que dificultaria não apenas o cumprimento da meta fiscal como também do teto de gastos e da regra de ouro”. Haja cinismo!

Brum on Twitter: "Charge da Tribuna do Norte #brum #charge #critica #fome  #onu #alimentacao #miseria #desnutricao #mapadafome #comida #brasil  https://t.co/dLmSQVQYzD" / Twitter

MST Oficial
@MST_Oficial
Margarida Maria Alves, uma imparável defensora dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores agrários, durante os 12 anos em que esteve à frente da presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB).Image

 

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