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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

19
Out22

Bolsonaro e os ladrões de Brasil

Talis Andrade

Presidente do Brasil é um 'ex-ladrão de galinhas' – Blog do Paulinho

 

por Cristina Serra

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Ao dar exemplos de profissões para os jovens, no debate da Band, Bolsonaro mencionou marceneiro e auxiliar de enfermagem, ofícios dignos e honrosos, sem dúvida. Mas o que Bolsonaro expressou foi a visão excludente (a mesma de Guedes e de Milton Ribeiro), de que a universidade não cabe nos sonhos da juventude das periferias.Image

 

A aversão aos pobres também ficou explícita quando o tema foi a visita de Lula a uma comunidade, no Rio de Janeiro. Bolsonaro disse que só tinha “traficante” em volta do ex-presidente. Para o candidato que tem conexões com milicianos (um deles, seu vizinho até ser preso), quem mora em favela é bandido.

Seu desprezo aos vulneráveis emerge de forma ainda mais torpe no caso da visita a um grupo de venezuelanas, no entorno de Brasília. São mulheres e meninas refugiadas da fome e do desespero no país vizinho. Participavam de uma ação social, com corte de cabelo e maquiagem, uma forma singela de afeto e resgate de autoestima.

A mente degenerada de Bolsonaro associou as “menininhas, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas” à prostituição. Onde já se viu menina pobre arrumar o cabelo e pintar o rosto se não for para se prostituir com machos velhos e babões como ele? A descrição que ele faz da cena tem as características de comportamento do assediador sexual que se aproveita da fragilidade da vítima. Parou a moto, tirou o capacete, “pintou um clima”, entrou na casa.

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Se ele achou que estava diante de uma situação de exploração sexual de menores, por que não tomou alguma providência para impedir o crime? Bolsonaro não tem resposta porque sua mentalidade depravada não se escandaliza com a prostituição infantil.

Bolsonaro não tem freio nem bússola moral ou ética. Cercado de tipos pervertidos como Damares e Pedro Guimarães (abusador, felizmente, afastado), seu governo é uma rede de predadores da infância e de mulheres. São ladrões de futuro. Ladrões de Brasil.

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28
Ago22

Jânio de Freitas: "ação contra empresários bolsonaristas ocorre sem os abusos de Moro e Deltan"

Talis Andrade

Moraes autoriza operação contra empresários suspeitos de defender golpe em  mensagens de celular | Jornal Nacional | G1

 

O colunista Jânio de Freitas escreve no jornal Folha de S.Paulo que, “entre ricos empresários brasileiros, é comum uma capacidade muito especial, algo como um poder magnético, que se ativa com presteza automática sempre que seu portador que se vê em encrenca ou desejoso de novas benesses”.

“Nos inumeráveis segmentos de atividades, só militares têm capacidade semelhante, até como característica nacional, e talvez pelo entendimento mútuo das duas classes. A busca policial nas casas de oito integrantes do grupo Empresários & Política desencadeou uma chuva de urgências de desagrado, de início meio encabuladas, em sites, blogs, jornais, TVs e rádios”, relata.

“Escritas e ditas por colunistas, colaboradores, advogados menos ou mais advocatícios e bolsonaristas não lembráveis. Todos com ressalvas ou críticas à ‘ordem’ do ministro Alexandre de Moraes para a ação policial contra os empresários flagrados em considerações pró-golpe”.

“‘Moraes assumiu um risco alto’, ‘operação controversa da PF’, ‘simples conversa sobre golpe não é crime’, ‘só falas sobre golpes não indicam crimes’ —as formas variaram, não a preocupação com a pureza judicial ferida pelo excesso (como dizem os militares) de um ministro do Supremo”.

Jânio destaca que “há mais de dez anos as buscas e apreensões policiais se tornaram comuns. Não por distração, os queixosos de hoje nunca se incomodaram com possíveis nem com óbvias ilegalidades em muitas dessas ações. Até passaram a atrações divertidas em TVs e jornais”.

“Não se viu uma só vez em que Alexandre Moraes e a PF acusassem de crime os alvos das apreensões. Moraes não deu ordem, apenas a autorização pedida pela PF. Como é praxe legal quando o suspeito é da classe média para cima. Para baixo, invasões e assassinatos de criminosos, suspeitos e inocentes repetem-se à vontade. Não é simples nem foram só falas sobre golpes, o que faziam os empresários”, avalia.
 

“Lamentar que o golpe não tenha ocorrido ainda, considerar que o golpe é mil vezes preferível a um governo Lula e discutir a compra de votos de trabalhadores para Bolsonaro, constituem indícios claros de apoio ao golpe, no mínimo, e de provável parte em conspiração”, aponta.

"As buscas e apreensões nas casas dos oito empresários, e esperamos que de mais, cabem no reconhecimento como a necessária coleta inicial para a investigação de fato grave. O atual não inclui abusos e trapaças de Moros e Dallagnols. E revela as bordas enrustidas do bolsonarismo", finaliza.

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07
Abr20

Que não aconteça no Brasil. Governo francês é denunciado por desigualdade de acesso a UTIs para idosos com Covid-19

Talis Andrade

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A associação Coronavictimes pede ao governo para baixar critérios de transparência para a escolha de pacientes com Covid-19 que devem ser hospitalizados. AFP - LOIC VENANCE

 

O Brasil precisa criar urgentemente, como acontece nos países do Primeiro Mundo, uma Associação Brasileira de Coronavítimas, para evitar a prática de crimes como a eutanásia, a escolha discriminatória por idade, classe ou raça, de quem vai morrer nos corredores dos hospitais, principalmente nas filas das UTIs. 

por Adriana Brandão/ RFI

Os pacientes idosos com Covid-19 estariam sendo sacrificados na França devido a falta de leitos nas UTIs do país? Esta é a suspeita da associação francesa "Coronavictimes" (Coronavítimas), que entrou com uma queixa no Conselho de Estado contra o governo por "não respeito de igualdade" no acesso ao tratamento médico e aos cuidados paliativos necessários de final de vida.

A Coronavictimes foi fundada em 19 de março, “após uma sucessão impressionante de informações graves e preocupantes sobre a gestão dos poderes públicos da catástrofe sanitária provocada pela Covid-19”, informa o site da associação. O objetivo da queixa no Conselho de Estado foi explicado neste domingo (5) pelo presidente da Coronavictimes, Michel Parigot, e pelo advogado e conselheiro Guillaume Hannotin. O Conselho de Estado na França é o órgão encarregado de garantir a legalidade da ação pública e da proteção dos direitos e liberdades dos cidadãos.

A situação nas centenas de casas de repouso do país é grave.Somente desde a semana passada as autoridades começaram a contabilizar o número de idosos mortos nestas instituições. Segundo o último balanço, dos 8.078 óbitos registrados na França até o domingo (5), mais de 25% (2.189) ocorreram em casas de repouso. Essas residências não têm condições de fornecer aos pacientes o tratamento adequado para os casos graves, como a reanimação artificial.

“Era inimaginável não agirmos diante de um crime sanitário que acontece na nossa frente e não tentar pressionar o governo a adotar medidas necessárias para limitar a hecatombe”, declarou Michel Parigot ao jornal Le Monde.

 

Primeiro-ministro e dois ministros citados

O primeiro-ministro Édouard Philippe e os ministros franceses da Saúde e da Solidariedade são citados na queixa. O texto fala “em um massacre silencioso”, denuncia uma “discriminação arbitrária” com os idosos das casas de repouso ou que moram sozinhos e pede “a determinação de critérios transparentes” na escolha dos doentes com o coronavírus que devem ser internados ou não.

Os integrantes da Coronavictimes lembram que o acesso ao hospital, ao Samu, a cuidados paliativos e a um fim de vida digno são direitos fundamentais que, eles consideram, estão sendo violados nessa epidemia.

O sistema hospitalar está abarrotado. Estamos privando de cuidados pessoas que em uma situação normal seriam hospitalizadas e poderiam se curar”, ressalta Parigot. Ele diz que uma “triagem opaca” está sendo feita e ela não está levando apenas em conta a esperança de vida dos pacientes. A associação diz que essa triagem tem que ser transparente, justa, aceita pela família e pelo doente, e não deve recair apenas sobre os profissionais de saúde. “Um deficiente físico tem que ser tratado da mesma maneira, e o nível social não pode ser levado em conta”.

O advogado Guillaume Hannotin detalha ainda à rádio France Info que, na lei de Emergência Sanitária, votada pelo governo, “não foram previstos cuidados paliativos de qualidade para idosos que não são internados em hospitais para garantir-lhes um fim de vida digno e sem sofrimento”. “A verdadeira causa da morte de muitas dessas pessoas não seria o vírus, mas a falta de material e a desorganização dos serviços competentes diante dessa doença”.

O primeiro-ministro e os dois ministros franceses já foram informados da queixa pelo Conselho de Estado e devem em breve responder ao pedido da associação, que quer um enquadramento claro da decisão de beneficiar ou não doentes de Covid-19 com uma hospitalização.

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