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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

20
Mai22

23 DECLARAÇÕES CHOCANTES FEITAS POR SERIAL KILLERS

Talis Andrade

banca da bala arma.jpeg

 

beckertimes on Twitter: "Porque tem charges que precisam ser divulgadas.  https://t.co/bzdnFzlak2 https://t.co/thJsW9naaw" / TwitterRememorando.. charge de 2014 – Duas Bandas e Um CujuntinhoRUIVO LOPES: Bancada da bala: um bunker para homenagear a Rota na Câmara  Municipal de SP

 

Você votaria em um serial killer para a bancada da bala? Ou já votou em vereador, prefeito, deputado homicidas? 

No Brasil do genocídio dos povos indígenas, dos jovens negros, matar não é crime nem pecado. Agora mesmo o presidente Bolsonaro propõe o excludente de ilicitude, para resolver os problemas de pobreza no Brasil, ou permitir a invasão de terras indígenas. 

Serial killers participam das chacinas, dos massacres que acontecem nas favelas, nas periferias, no campo, que a morte em massa no Brasil tem cor. É coisa da supremacia branca, dos que se acreditam limpos de sangue.

por Mega Curioso

Não existe uma fórmula que determine um serial killer, mas suas ações, atitudes, seu histórico na infância e suas declarações podem ajudar a montar o quebra-cabeça que é entender a mente desse criminoso. Confira 23 declarações impressionantes e entre na mente de famosos assassinos em série:

1. “Nós, serial killers, somos seus filhos, somos seus maridos, estamos em toda parte. E haverá mais de suas crianças mortas amanhã” – Ted Bundy

2. “Você sente o último suspiro deixando seus corpos. Você as olha nos olhos. Uma pessoa nessa situação é Deus” – Ted Bundy

3. “Às vezes sinto-me como um vampiro” – Ted Bundy 

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Ted Bundy foi um dos mais temíveis assassinos em série da história dos Estados Unidos, fazendo entre 30 e 36 vítimas na década de 70.  

4. “Durante minha vida, assassinei 21 seres humanos. Eu cometi milhares de arrombamentos, furtos, roubos, incêndios criminosos e, por último mas não menos importante, pratiquei sodomia com mil homens. Eu não tenho o mínimo arrependimento por tudo isso” – Carl Panzram

5. “Desejo que todos tenham um pescoço e eu tenha minhas mãos nele” – Carl Panzram

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Aos 11 anos, Carl Panzram foi levado a um reformatório, onde apanhou e foi sodomizado várias vezes, inclusive por líderes religiosos.

6. “Eu adoro o cheiro doce, rude e espesso de homicídio em lugar fechado. É a única maneira que eu tenho para me lembrar de que ainda estou vivo” – Dr. Michael Swango

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Estima-se que Swango esteve envolvido em cerca de 60 envenenamentos fatais de pacientes e colegas, embora ele só tenha admitido causar quatro mortes.

7. “Eu tirei seu sutiã e sua calcinha e fiz sexo com ela. Essa é uma dessas coisas que penso terem feito parte da minha vida... Ter relações sexuais com os mortos” – Henry Lee Lucas

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Henry Lee Lucas confessou que ele e seu parceiro, Ottis Toole, estavam envolvidos em cerca de 600 assassinatos.

8. “Eu não consegui encontrar nenhum sentido para minha vida enquanto estive lá fora, tenho certeza absoluta de que não o encontrei aqui (na Winsconsin Columbia Correctional Institution). Este é o grand finale de uma vida miseravelmente vivida, e o resultado final é apenas esmagadoramente deprimente... É apenas uma história de vida triste, patética, desprezível, infeliz, isso é tudo o que ela é. Como isso pode ajudar alguém, eu não sei” – Jeffrey Dahmer

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Jeffrey Dahmer assassinou 17 homens e garotos entre 1978 e 1991, além de cometer estupro, necrofilia e canibalismo.

9. “Os demônios estavam bramindo por sangue” – David Berkowitz

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Também conhecido como o Filho de Sam e o Assassino da Calibre .44, ao ser preso, David Berkowitz confessou o assassinato de seis pessoas. 

10. “Eu me lembro de que havia quase uma verdadeira excitação sexual... Você ouve aquele pequeno estouro e tira suas cabeças e as segura pelo cabelo, arrancando suas cabeças, seus corpos sentados lá. Eu tinha um orgasmo” – Edmund Kemper, falando sobre brincar com as bonecas de sua irmã quando era um garotinho.

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Edmund Kemper foi acusado de 10 assassinatos, incluindo o de sua própria mãe, Clarnell Strandberg-Kemper.

11. “Eu adoro matar pessoas. Eu adoro vê-las morrer. Eu atiro em suas cabeças, e elas se balançam e se contorcem por todo o lugar e depois simplesmente param. Ou as corto com uma faca e vejo seus rostos ficarem muito brancos. Eu amo todo aquele sangue. Eu falei para uma mulher me dar todo seu dinheiro. Ela disse ‘não’, então eu a cortei e arranquei seus olhos” – Richard Ramírez

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Richard Ramírez era fã da banda AC/DC e, de acordo com fontes policiais, vestiu uma camiseta do grupo durante alguns dos crimes que cometeu.  

12. “Se você ama alguém, deixe-o ir. Se ele não retornar, cace-o e o mate” – Leonard Lake

13. “Deus destinou as mulheres para cozinhar, limpar a casa e para o sexo. Quando elas não estão em uso, devem ser presas” – Leonard Lake

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Leonard Lake e Charles Ng sequestraram mulheres e as usaram de escravas sexuais. Depois, as matavam e suas famílias.

14. “Ralé da América! Sejam estuprados!” – Aileen Wuornos para o júri que a condenou por assassinato.

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Aileen Wuornos foi uma prostituta considerada a primeira mulher assassina em série dos Estados Unidos.

15. “Eu perdi minha inocência aos 8 anos, então decidi fazer o mesmo ao maior número de garotas que conseguisse" – Pedro López

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Pedro Alonso López é um assassino em série colombiano acusado de ter matado e estuprado mais de 300 pessoas.

16. “Bem, divertir-se é uma razão tão boa como qualquer outra” – Dennis Nilsen, sobre o porquê de matar.

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Dennis Nilsen é britânico e matou pelo menos 15 homens entre 1978 e 1983.

17. “No caso de Ohliger, eu também suguei o sangue do seu ferimento na têmpora, e, de Scheer, da facada no pescoço. Da garota Schulte apenas lambi o sangue de suas mãos. O mesmo ocorreu com o cisne no Hofgarten (parque da cidade de Munique, Alemanha). Eu costumava vagar à noite pelo Hofgarten com bastante frequência, e, na primavera de 1930, notei um cisne dormindo na beira do lago. Eu cortei sua garganta. O sangue jorrou para o alto e o bebi sugando-o pelo corte” – Peter Kürten

18. “Toda a família sofria durante a sua bebedeira, pois, quando bebia, meu pai era terrível. Eu, sendo o mais velho, tinha que sofrer mais. Como você pode imaginar, sofríamos com a pobreza extrema, tudo porque os salários eram gastos em bebida. Todos nós morávamos em um único cômodo, e você perceberá qual o efeito isso teve sexualmente sobre mim” - Peter Kürten

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Peter Kürten foi um assassino em série alemão conhecido pela alcunha de "Vampiro de Düsseldorf".

19. “Quatro ou cinco camaradas e eu entramos em uma casa chinesa e prendemos todos no guarda-roupas. Nós roubamos as joias e estupramos as mulheres. Nós até ferimos uma grávida com a baioneta e arrancamos o feto por seu estômago” – Yoshio Kodaira

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Yoshio Kodaira nasceu em 1905 e foi um estuprador e serial killer japonês.

20. “O que eu fiz não foi por prazer sexual. Mais do que isso, trouxe-me certa paz de espírito” – Andrei Chikatilo

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Andrei Romanovich Chikatilo foi um assassino em série ucraniano, também conhecido como Açougueiro de Rostov, O Estripador Vermelho e O Estripador de Rostov. Matou 53 pessoas entre 1978 e 1990.

21. “Eu obrigo uma mulher a ir aonde eu quero e quando chego lá digo: ‘Sabe de uma coisa? Eu fui ferido, então vou fazer isso agora.’ Então eu as mato” – Moses Sithole

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Moses Sithole fez 38 vítimas em apenas 10 meses (cerca de 4 por mês), se tornando um dos mais sanguinários da África do Sul.

22. “Eu escolhi prostitutas porque pensei que poderia matar quantas delas eu quisesse sem ser pego. Eu também as escolhi como vítimas porque elas eram fáceis de serem apanhadas sem serem notadas” – Gary Ridgway

23. “Eu gostava de dirigir pelos bolsões ao redor do país e pensar nas mulheres que eu depositei lá. Eu matei tantas mulheres que não consigo precisar quantas” – Gary Ridgway

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Gary Leon Ridgway, também conhecido como o “Assassino do Rio Verde”, era um pai de família, casado três vezes, com filhos e emprego fixo e foi condenado por 48 assassinatos confessados por ele.

 

13
Nov21

Deputada denuncia ameaças de morte após pedir apuração do massacre de Varginha

Talis Andrade

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Andréia de Jesus quer esclarecimento sobre as circunstâncias das mortes dos 26 supostos assaltantes - Foto de William Dias - ALMG

por Jornalistas Livres

Após receber mensagens com ameaças de morte em suas redes sociais, a deputada estadual Andréia de Jesus, do Psol, decidiu registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Minas e pedir proteção à Polícia Legislativa. A parlamentar é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e vem defendendo a abertura de uma investigação sobre a ação policial que resultou na morte de 26 homens em Varginha, no Sul de Minas, na madrugada do último domingo. “Vamo lhe matar. Seu fim vai ser igual ao da Mariele. Pra tu ficar de exemplo”,dizia uma das mensagens. Mariele, no caso, diz respeito a Marielle Franco, vereadora, também do Psol, assassinada no Rio de Janeiro em 2018.

“A Comissão de Direitos Humanos acolheu minha denúncia e eu tornei público o ocorrido. Em seguida, todas as minhas redes sociais foram invadidas por extremistas distorcendo a minha fala, com comentários de ódio e desrespeito. E, por fim, surgiram ameaças contra a minha vida”, afirmou Andréia de Jesus. Segundo ela, os ataques vieram de 35 perfis em suas redes sociais e de ligações feitas ao seu gabinete na Assembleia, que somam 3 horas de duração. “Primeiro com xingamentos, frases racistas, tentando amedrontar ou diminuir meu papel como parlamentar. Estamos vivendo um momento de antidemocracia, então essa ameaça é também um questionamento ao papel dessa comissão. É uma tentativa de impedir nosso trabalho”, afirmou a deputada. 

“Sou presidenta da comissão e nesses 300 anos é a primeira vez que temos mulheres negras assumindo essa importante cadeira. A comissão tem uma história na Assembleia, é a comissão que mais tem diálogo e está mais próxima do cidadão. Chegaram muitos xingamentos, mas também ameaças à vida, ameaças à minha família e ataques à memória de Marielle Franco, vereadora de meu partido que até hoje não teve seu assassinato brutal esclarecido”, disse Andréia. 

Desconfiança e questionamentos

O estranho caso de mortes de 26 supostos assaltantes de bancos ocorrida em dois sítios em Varginha vem provocando desconfiança e questionamentos, principalmente pelo fato de nenhum policial ter saído sequer ferido durante um intenso “tiroteio”. Por enquanto, o Departamento de Medicina Legal tem divulgado apenas dados relativos à identificação dos mortos, a maioria originários de Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro. A expectativa é de que a perícia indique a distância em que foram efetuados os disparos de tiros, assim como a posição em que os corpos estavam quando foram atingidos. Isso poderá esclarecer se houve execução sumária.

Chama atenção ainda, o fato de que ninguém foi preso na ação. De acordo com autoridades de segurança, os 26 homens baleados chegaram a ser socorridos com vida, “mas morreram após receberem atendimento médico”. O Ministério Público formou uma comissão para investigar como se deu a ação policial, já que falta transparência sobre o caso.

“Por que não foi possível evitar as mortes? Qual é a avaliação feita no momento da operação de que a única forma de apreender as armas era matando as pessoas que estavam ali naquele lugar?”, questionou a deputada Andréia de Jesus. “O objetivo finalístico da polícia, na operação policial, é prender os suspeitos e apreender os possíveis instrumentos que estivessem lá, no caso, as armas. O principal para a gente é: por que não foram preservadas as vidas? A gente está buscando que a polícia responda isso”, disse. A Polícia Militar alega que nenhum policial ficou ferido devido à “técnica, tática e treinamento” da equipe policial. [Não foi encontrado com os supostos assaltantes de bancos nenhum dinheiro, nenhum tostão furado. Armas sempre aparecem. Para a armação o kit flagrante, que nunca falha]

08
Nov21

Depois do massacre de Varginha, violência da polícia de Romeu Zema em Itabira: onde estão as leis? O que será daquelas crianças?

Talis Andrade
 
A justiça vai passar pano na terra ensanguentada nos dois massacres de Varginha.  A polícia de Romeu Zema disse que a queima de arquivo era um ato de bravura e heroísmo. Agora os soldados fardados da PM reaparecem em Itabira para bater em mulheres e crianças. Nem preciso registrar: em mulheres negras e pobres. 
 

Escreve Denise Assis, in Jornalistas pela Democracia:

Se vivo fosse, talvez o itabirano Carlos Drummond de Andrade fizesse uma crônica ácida, contundente e calmamente bem-posicionada sobre a cena. Em seu poema “Confidência do itabirano”, ele escreveu: “Alguns anos vivi em Itabira/Principalmente nasci em Itabira/ Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro".

Hoje, Drummond precisaria mesmo ser “de ferro” para assistir – coisa fora do seu tempo – a um vídeo capturado do celular de um transeunte, a cena ocorrida na sua cidade de nascimento, Itabira (MG). Certamente a cena o faria ainda mais triste, mas não “orgulhoso”. Ninguém pode se orgulhar de presenciar tamanha truculência. E Drummond falaria dela com indignação.

Num local de comércio e de passagem, aparentemente uma estação de metrô, uma menina de corpo mirrado, mas que já pariu duas vezes, abraça no colo um menino de não mais que três anos, enquanto o outro, de cerca de oito anos, vai seguro pela mão. O gesto traduz cuidado. As crianças estão sob sua proteção. Ali, desamparada é ela. Sem nenhum diálogo – pelo menos não se ouve – dois policiais militares pulam sobre aquela mãe, que cai, com o filho pequeno no colo. A mulher/menina segue com ele sob o peito, protetora, leoa, galinha choca, mãe e bicho. Ela se debate, na presença agora de um segurança, dois policiais e o público que a rodeia, numa atitude entre testemunhas, cinegrafistas, advogados, fiscais. 

Um dos policiais, com o joelho em seu pescoço, repete a cena da morte do americano Jorge Floyd, mas como importamos comportamentos nefastos, também a de João Alberto Silveira Freitas, espancado até o fim, no Carrefour de Porto Alegre. O menino maiorzinho se apavora, se desespera e coloca seus braços franzinos em defesa da mãe, socando o guarda que a oprime, dando pernadas, em atitude violenta. É isso o que ensinamos às nossas crianças. Desde cedo a dar socos, pontapés e, na idade adulta, tiros. 

O guarda, que mal sente seus golpes o ignora (ele não é ninguém, apenas um bandidinho em potencial) e continua a sufocá-la, sem esboçar nenhuma atitude com relação ao bebê que ela segura.

É uma mulher entre os presentes – tinha de ser uma – que lhe arranca o filho, certamente com o receio de que sobrasse para ele alguma das pancadas dirigidas à mãe. Toma a si a proteção da criança desconhecida, mas filho. Ela o segura, enquanto uma outra – tinha que ser outra mulher. Onde estão os homens? Ao lado da violência? A tentar dominar o menino, que naquele momento deve ter entendido tudo sobre o país em que crescerá. Aquele garoto soube ali que ele será o próximo. Amanhã será o seu pescoço em risco.

As pessoas protestam, mas não enfrentam os dois policiais para livrar aquela mulher, com dois filhos, das garras de um poder opressor. Ainda que estivesse sendo pega em flagrante no ato de um furto, onde estão as leis? Não é esse o tratamento adequado. Mas quem sabe qual seria, se a atitude dos policiais é a que conhecem? Alguém ali sabe que o Brasil não tem pena de morte? Algum dos transeuntes avaliam que aquela menina/mãe tem o direito de ser abordada, questionada, presa se necessário, mas com o devido respeito ao seu corpo e aos seus filhos?

Não. O povo comum já não sabe o proceder dentro dos limites legais. Já vai longe o tempo em que a vontade de amar paralisava o trabalho do poeta Carlos Drummond, para dizer: “Itabira é apenas uma fotografia na parede”. 

Hoje Itabira é um vídeo nas redes sociais. Na sua época, o poeta escreveu: “E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana”. Agora, Carlos, podemos dizer que o seu sofrimento se espraiou pelo Brasil. O que será daquelas crianças?
 

 

 

03
Nov21

Massacre em Minas: operação policial tem indício de adulteração de cena do crime em Varginha

Talis Andrade

 

 

Por Marcelo Hailer

A ação das polícias Militar e Rodoviária Federal, que ocorreu na madrugada deste sábado (31) em Varginha, Minas Gerais, e deixou 26 mortos, tem indícios de adulteração da cena do crime, aponta especialista. Na operação, nenhum policial foi morto ou ferido.

Segundo informações da Polícia Militar, a operação tinha por objetivo desmantelar uma quadrilha de assalto a bancos que estava na cidade de Varginha (MG).

A operação foi dividia em dois momentos: na primeira abordagem foram mortas 18 pessoas e apreendidos dez fuzis, munições, granadas e dez veículos roubados.

Por sua vez, a segunda operação ocorreu em uma chácara onde, segundo a PM, “houve intensa troca de tiros”, e sete pessoas foram mortas.

O Ministério Público de Minas de Gerais, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa investigam se houve excesso por parte na polícia.

A Polícia Militar de MG instaurou inquérito para apurar como desenrolou a operação, que até este momento identificou 20 dos 26 mortos.

A porta-voz da PM, capitã Layla Brunnela, defendeu a legalidade da operação, e afirmou que ela não é mensurada “pela quantidade de mortos, mas por quantas vidas nós salvamos. Deixou de acontecer um crime grandioso”.

Um fato que chamou a atenção de especialistas em segurança pública é que os corpos foram removidos da cena, e que houve comparação com a chacina de Jacarezinho (RJ).

“Há a semelhança pelo elevado número de óbitos em uma operação policial. No Jacarezinho, os mortos eram suspeitos de integrar o tráfico de drogas. Já em Varginha, envolve um grupo planejando uma das ações do novo cangaço”, disse Cássio Thyone Ameida de Rosa, perito federal aposentado ao UOL. (Essa comparação com cangaço é desconhecer a história social do Nordeste. O cangaço jamais assaltou bancos. Era um movimento associado ao coronelismo político) 

Queima de arquivo?

Joaquim de Carvalho, jornalista do Brasil 247 e da TV 247, foi às redes sociais para divulgar suas suspeitas de que o massacre em Varginha (MG), operação policial que teve com saldo a morte de 26 suspeitos, tenha sido queima de arquivo. O detalhe é que nenhum policial ficou ferido.

Além disso, Carvalho se solidarizou com Marcelo Hailer, jornalista da Fórum, que vem sendo atacado por grupos bolsonaristas, apenas por denunciar o massacre policial.

Não houve sobreviventes entre os supostamente criminosos – um deles era o caseiro da chácara. Vi algumas fotos das pessoas assassinadas. Tiros na cabeça, aparentemente à curta distância – um deles ficou com maxilar destruído”, destacou o jornalista.

“Outro fato que chama a atenção: Os carros apreendidos em uma das chácaras onde houve o tiroteio eram quentes – não tinham sido roubados. A pergunta é: Por que mataram todos, sem deixar um único sobrevivente?”, questionou Carvalho.

“Uma resposta possível é que tenha sido queima de arquivo. Importante: na investigação sobre o assalto a bancos em Botucatu, no ano passado, a polícia teria encontrado munição de lotes pertencentes à Polícia Civil de SP e coletes à prova de bala de empresa de segurança”, detalhou.

“Também teria sido apreendido com uma advogada, em outra operação em SP, notebook com mensagens que indicariam extorsão por parte de policiais civis. O caso foi relatado ao Ministério Público. Essa advogada, presa, seria ligada à quadrilha de ladrões de banco”, acrescentou Carvalho.

“As ameaças ao jornalista começaram depois de um post agressivo de Eduardo Bolsonaro. Será que essa família é incapaz de uma atitude que não implique no estímulo à barbárie?”, finalizou.

Mortos desconhecidos

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Federal (PF)já identificaram 15 corpos de suspeitos mortos em Varginha, no Sul do estado, no último domingo (31/10), em operação das autoridades contra o novo cangaço. Agora, faltam 11 identificações.De acordo com a nota oficial das autoridades, nove laudos de identificação foram expedidos pela PCMG. Outros sete pela PF. Os corpos se encontram no Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette,na Região Oeste de Belo Horizonte, para retirada pelas famílias. 

Dos 15 corpos, apenas seis já foram entregues aos familiares. A Polícia Civil informa que a retirada precisa ser feita por meio de apresentação de documentos de parentes de primeiro grau e do próprio suspeito para comprovar o vínculo. 

A PCMG também investiga “a vida pregressa dos indivíduos, bem como dos fatos e de suas circunstâncias para possíveis correlações com outros eventos”. 

Segue a lista de identificados abaixo:

  • Artur Fernando Ferreira Rodrigues, 27 anos, Uberaba (MG)
  • Dirceu Martins Netto, 24 anos, Rio Verde (GO)
  • Eduardo Pereira Alves, 42 anos, Brasília (DF) - liberado
  • Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, Porto Velho (RO) - liberado 
  • Gilberto de Jesus Dias, 29 anos, Uberlândia (MG)
  • Gleisson Fernando da Silva Morais, 36 anos, Uberaba (MG)
  • Isaque Xavier Ribeiro, 37 anos, Gama (DF)
  • Itallo Dias Alves, 25 anos, Uberaba (MG)
  • José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, 37 anos, Caxias (MA)
  • Nunis Azevedo Nascimento, 33 anos, Novo Aripuanã (AM) - liberado
  • Raphael Gonzaga Silva, 27 anos, Uberlândia (MG) - liberado
  • Ricardo Gomes de Freitas, 34 anos, Uberlândia (MG) - liberado
  • Romerito Araujo Martins, 35 anos, Goiânia (GO)
  • Thalles Augusto Silva, 32 anos, Uberaba (MG) - liberado
  • Zaqueu Xavier Ribeiro, 40 anos, Goiânia (GO)

 

 

01
Nov21

Massacre de Varginha: PM executa 26 'assaltantes' de banco

Talis Andrade

Armas apreendidasMaterial apreendido em Varginha, no Sul de Minas. Apesar das armas de guerra, os bandidos não conseguiram, milagrosamente, acertar nenhum policial

 

Polícia acredita que suspeitos de instalar 'novo cangaço' no Sul de Minas sejam os mesmos de ações criminosas em outras regiões do país que foram considerados presos pela PM de São Paulo e PF

 

Ao menos  26 suspeitos de integrar uma quadrilha  especializada em assaltos do chamado "novo cangaço" morreram em uma operação da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal neste domingo (31/10) em Varginha, Sul de Minas. A polícia acredita na hipótese de ser a mesma quadrilha que colocou o  terror em Araçatuba, no interior de São Paulo, em agosto deste ano.

Araçatuba

Em Araçatuba, ao menos 26 criminosos cercaram a região central da cidade e explodiram dois bancos. Os bandidos usaram reféns como escudos humanos, enfrentaram a polícia e minaram o centro da cidade com explosivos para espalhar pânico entre a população. A PF anunciou que chegou a prisão do 16º suspeito de participar do ataque no centro de Araçatuba. 
 

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