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02
Jun18

"As verdades desagradáveis" para Figueiredo Basto o rei das delações premiadas

Talis Andrade

Por que a Justiça esconde o nome do outro advogado que cobrava taxa de proteção de 50 mil dólares mensais? 

FigueiredoBasto rei das delações.jpg

 

"Os delegados federais da Lava Jato são tucanos tão descarados que operam nas redes xingando Lula, o governo Dilma, e dando loas a Aécio Neves. E os delatores são quase todos tucanos. Vide o caso do executivo da Toyo Setal, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto. O cidadão passou décadas mamando nos governos do PSDB, sabe-se lá com que tretas, aproveitando-se inclusive de ligações familiares, visto que seu primo, Marcos Mendonça, é um tucano de alta plumagem que sempre ocupou altos cargos em governos tucanos. Aí o cara é pego num esquema da Petrobrás, e resolve delatar quem? O PT, é claro", escreve Miguel do Rosário.

 

E acrescenta: "Outro beneficiado com delação premiada, Alberto Youssef, um tucano das antigas. Fez-se na vida lavando dinheiro e operando sempre para o PSDB. Foi preso e condenado inclusive por isso. Aceitou a delação premiada, jogou a culpa nos outros, foi solto e correu de volta para o mundo do crime. Como é tucano, e tucano pode tudo, o juiz lhe deu outra chance de entrar no jogo da delação. Seu advogado, Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, tinha uma sinecura no governo do Paraná, do PSDB. A Globo e Basto fizeram até tabelinha, para combinar uma narrativa bem legal, contra o PT, naturalmente. E quem Youssef resolve delatar? O PT, óbvio".

 

Publica o Consultor Jurídico: Dois delatores acusaram o advogado criminalista Antonio Figueiredo Basto - responsável por mais de 20 acordos de colaboração premiada na operação "lava jato" - de ter recebido mensalmente US$ 50 mil, entre 2006 e 2013, como “taxa de proteção” em um esquema comandado pelo doleiro Dario Messer.

 

Em delação ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, os doleiros Vinícius Claret, conhecido como “Juca Bala”, e Cláudio de Souza, o “Tony”, relataram que entregavam o dinheiro ao advogado curitibano e um colega dele que não teve o nome informado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Eles apontaram ainda que Enrico Vieira Machado, considerado peça-chave no esquema de Messer, começou a exigir o pagamento mensal de US$ 50 mil, entre 2005 e 2006. De acordo com Claret, Enrico prometia que o advogado conseguiria segurança em relação ao Ministério Público e à Polícia Federal.

 

Na delação, Souza disse que a “cobrança da taxa” motivou uma briga entre Enrico e Dario, que se recusava a pagar pela proteção. Segundo fontes do jornal, a proteção seria relativa a uma futura delação no caso Banestado.

 

Do jeito que o juiz Sergio Moro diz que não dá para acreditar em delator, no caso Tacla Durán, que denunciou cobrança de proteção na Lava Jato, Figueiredo Basto repete que "contra boato não há o que responder". Ora, ora, os dois fizeram das delações um meio de vida. Um, para condenar sem provas. O outro, para faturar adoidado, pontifica: "Colaborar com a Justiça não é uma deduragem de delegacia, um sujeito apontando o dedo para uma pessoa. Pelo contrário: é um processo formal, um acordo". 

 

Acrescenta Figueiredo Basto: "Ninguém oferece a colaboração como primeira estratégia. Bom, eu nunca fiz isso. Em todas as delações que fiz, eu e meus clientes analisamos profundamente as provas. E tive a serenidade para dizer que o contexto era ruim e a chance de condenação era enorme. O que adianta você continuar batendo no peito dizendo que não faz colaboração? Respeito quem não faz, embora entenda que não há objeção de consciência, é objeção de conveniência. Quem perde depois que o cliente é condenado a anos de prisão? Não é o advogado, é o acusado, que deixou de usar um mecanismo de defesa. O grande problema é que essas colaborações trouxeram verdades desagradáveis".

 

Pois é, pelo que fala Figueiredo Basto, temos que acreditar nas palavras dos doleiros Vinícius Claret e Cláudio de Souza. 

 

 

 

 

 

 

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