247- Questionado a respeito das trocas, saídas e demissões de bolsonaristas da Jovem Pan, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono do grupo, disse em reuniões internas que "a desobediência civil não sairá do meu bolso". A reportagem é do jornalista Guilherme Seto, no jornalFolha de S.Paulo.
Ele se referia a penalidades que o grupo poderá sofrer caso comentaristas do canal contrários ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), descumpram decisões judiciais e continuem fazendo acusações ao petista.
O Tribunal Superior Eleitoral determinou que a empresa se abstenha de promover inserções e manifestações que digam que Lula mente a respeito de ter sido inocentado pela Justiça, com multa fixa de R$ 25 mil a cada infração. Além disso, concedeu três direitos de resposta ao petista.
O plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) puniu a emissora Jovem Pan em três decisões proferidas em julgamento no plenário virtual em razão de declarações de comentaristas da emissora consideradas distorcidas ou ofensivas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No UOL News, o colunista Kennedy Alencar comentou o assunto.
O ator e humorista Daniel Furlan (Choque de Cultura, Falha de Cobertura), criou o personagem Adolfo Borges em 2014. O político fala e pensa igual ao Sergio Moro pré-candidato a presidência pelo Podemos. Helder Maldonado e Marco Bezzi comentam.
Em seu novo filme, Maria Augusta Ramos conta como a imprensa foi decisiva no funcionamento e na derrocada da operação.
por José Eduardo Bernardes /Brasil de Fato
Está em cartaz o documentárioAmigo Secreto, da diretoraMaria Augusta Ramos. O filme narra os últimos capítulos da operação de combate a corrupção,Lava Jato, conduzida pelo ex-juizSergio Moro(União Brasil) e os procuradores daRepública do Paraná, desde a condução coercitiva do ex-presidenteLula(PT), aapresentação de um PowerPointcolocando o petista como o líder de uma suposta organização criminosa, até o momento em que oSupremo Tribunal Federaldetermina que o ex-juiz é suspeito para julgarLula, revogando uma série de condenações proferidas porMoro.
O pano de fundo do filme é ovazamento de mensagens do Telegram, trocadas entre procuradores eSergio Moro, no evento chamadoVaza Jato. O nome do filme, inclusive, faz uma alusão ao grupo de troca de mensagens, chamado "amigo secreto", onde eram combinadas intimações a possíveis testemunhas, ações para incriminar suspeitos, entre outras irregularidades. Os personagens principais são quatro jornalistas das redações doIntercept Brasile doEl País Brasil, que se debruçam sobre o vazamento e apontam as inconsistências das decisõesda 13ª Vara Federal de Curitiba, que condenou o ex-presidenteLulae outras tantas figuras do mundo empresarial e político do Brasil.
“A intenção é, através desse distanciamento que o cinema promove, ajudar a pensar, refletir sobre o que nós queremos como sociedade, o que nós queremos como país e como nós chegamos até aqui, com ataques diários às instituições democráticas, aoCongresso, aoSupremo Tribunal Federal, que são pilares da nossa democracia moderna. Sem essas instituições, não existedemocracia”, explica a diretora.
“Esses ataques se devem muito à ideologia daLava Jato. Acriminalização da classe política e dos políticos, a deturpação do devido processo legal, as violações e as arbitrariedades que foram acontecendo durante aLava Jato. Em nome dessa guerra contra a corrupção, se perpetuou crimes e levou o país economicamente... não só politicamente, mas economicamente, a um enorme desastre”, completa.
Maria Augusta Ramos, que é a convidada desta semana noBDF Entrevista, tem se dedicado durante grande parte de sua carreira como cineasta aos meandros dosistema judiciário brasileiro. Seu último filme,O Processo, que mostra bastidores do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, já mostrava parte da estreita relação entre omundo políticoe ojudiciário.
“Os dramas pessoais coletivos que se revelam ali, as mazelas e as questões do país com grandedesigualdade, opreconceito, oracismoe oconservadorismo, de uma sociedade altamente repressiva... me possibilitam fazer o cinema que eu gosto de fazer, que é um cinema de observação, construído através da observação, da interação entre seres humanos, seres sociais. Eu não uso entrevistas nos meus filmes, então osistema de Justiçame possibilita falar epensar o Brasilatravés desses rituais”.
Na entrevista,Ramosfala ainda sobre as críticas que o filme recebeu por, supostamente, dar mais espaço aos argumentos contrários à operação e menos aos lavajatistas e sobre como aLava Jatodeixou um rastro dedestruição no Brasil.
“Se a gente parar para pensar na questão econômica, o prejuízo foi infinitamente maior do que os benefícios que [a operação] trouxe. O que os procuradores e o próprio ex-juiz dizem por aí é completamente equivocado. Milhões de pessoas perderam os empregos, as empreiteiras foram prejudicadas. Todas as outras empresas que eram terceirizadas pelas empreiteiras e também pelaPetrobras”, diz.
“Não acontece em nenhum lugar do mundo, de vocêcombater a corrupção destruindo as empresas”, explicaRamos.
José Eduardo Bernardes entrevista Maria Augusta Ramos
Você está lançando Amigo Secreto, um documentário calcado no vazamento de mensagens dos celulares dos procuradores da Operação Lava Jato, no caso que ficou conhecido comoVaza Jato, divulgado por veículos de imprensa. O nome do filme, inclusive, é uma alusão ao grupo de procuradores no Telegram, que trocavam mensagens entre si, sem respeito ao processo legal. Você documenta uma das maiores reviravoltas da história recente do país. O filme foi acontecendo diante dos seus olhos? como foi esse processo?
Foi um processo muito intenso de filmagem nos últimos meses, porque nós começamos as pesquisas e as filmagens em 2019 e tivemos que parar por causa da covid-19. Foi um ano e meio que foi muito difícil filmar. Nós só filmamos os acontecimentos e alguns eventos muito importantes durante esse período, por causa da pandemia. Em julho de 2021 nós retomamos as filmagens e logo depois começamos a editar.
Sempre é muito intenso. Da mesma maneira queO Processofoi um filme muito intenso de ser feito, porque a gente, realmente, não sabia o que iria acontecer, nesse filme, a cada dia nós temos que dar conta de uma tragédia. O caos é omodus operandidesse governo. E, infelizmente, a gente tem que lidar com isso diariamente.
O filme se propõe, justamente, a refletir sobre esses últimos quatro, cinco anos, desde a condenação do presidenteLula, adenúncia do PowerPoint, até o início de 2022, com a intenção de, através desse distanciamento que o cinema promove, ajudar a pensar, refletir sobre o que nós queremos como sociedade, como país e como chegamos até aqui, com ataques diários às instituições democráticas, aoCongresso, aoSupremo Tribunal Federal, que são pilares da nossa democracia moderna. Sem essas instituições, não existe democracia.
Esses ataques se devem muito à ideologia, digamos assim, daLava Jato. Acriminalização da classe política, dos políticos, a deturpação do devido processo legal, como você mesmo falou, as violações, as arbitrariedades que foram acontecendo durante aLava Jato.
E de uma certa maneira, a ideia de que os fins justificam os meios e que você pode passar por cima de uma série de práticas institucionais e constitucionais, para chegar a um determinado fim que, naquele momento, se justificava contra acorrupção. E em nome dessa guerra contra a corrupção, se perpetuaram crimes e levou o país economicamente, não só politicamente, mas economicamente a um enorme desastre.
A Lava Jato se tornou uma máquina política também, não é? Os desdobramentos posteriores ao fim da operação também mostram isso...
Sim, justamente. A intenção dos integrantes daLava Jato, e talvez do próprio ex-juizSergio Moro, era de purificar a política, purificar o sistema político. Primeiro, isso não é função do sistema de justiça, a independência dos poderes é absolutamente fundamental para uma democracia saudável. Outra coisa é que você tem, obviamente, essa criminalização da política e ela dá no que deu: aeleição do Bolsonaro.
Existem políticos e políticos, da mesma maneira que existem médicos bons e ruins, juízes bons e ruins. Juízes e procuradores que não seguem o devido processo legal, como existem aqueles que são absolutamente corretos e éticos na sua função. É importante dizer que essas arbitrariedades, essas violações que vinham acontecendo durante aLava Jatoforam denunciadas muito antes das mensagens vazadas e, infelizmente, a grande mídia não deu espaço devido, não deu voz a essa narrativa.
Você tem, claramente, um exemplo delawfare, o sistema de justiça sendo usado contra inimigos políticos, para a remoção de um partido, no caso um partido à esquerda, um partido como foi oPartido dos Trabalhadores, a classe política progressista, toda uma maneira de governar.
Quando você olhou para a montagem e entendeu: “É isso, aqui está meu filme!” Eu tive a impressão que, apesar de contar uma história de dois, três anos atrás, há uma série de declarações que conversam exatamente com o momento que a gente está vivendo, seja a liderança do Lula nas pesquisas, sejam os casos de corrupção do governo Bolsonaro se avolumando. Deve ter sido difícil fazer esse recorte temporal.
É sempre difícil, é um processo. Eu digo que um processo de produção de um filme, de um documentário, é algo que se dá realmente em um processo. O filme é um produto de um processo cinematográfico, de filmagem, edição e de tudo que acontece durante esses dois períodos que eu, como diretora, não posso prever.
A proposta era, através dos protagonistas, que são quatro jornalistas, oLeandro Demori, na época diretor executivo do Intercept Brasil, aCarla Jimenez, então diretora executiva do El País Brasil, e duas repórteres, aMarina Rossie aRegiane Oliveira, acompanhar a rotina desses personagens - que eu chamo de personagens reais - durante ainvestigação jornalística sobre a Lava Jato, com base tanto nas mensagens vazadas, como em conversas e entrevistas que elas fazem com advogados, com um delator, com juristas e outros jornalistas.
O filme, na verdade, se passa em três tempos: no presente, representado por essa investigação; e, ao mesmo tempo, enquanto eles investigam e pesquisam aLava Jato, existe uma volta ao passado para rever as audiências. A do presidenteLula, nocaso do triplex, oPowerPointe alguns eventos que eram importantes para a gente poder entender o que está vivendo agora.
Você tem, então, uma releitura daOperação Lava Jatoe, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre as consequências que ela traz para o país, tanto economica como politicamente. E que vai dar noBolsonaro, em tudo o que a gente está vivendo agora. Era importante que o filme fizesse esse arco: começo; meio; e consequência.
Não que esse seja o fim, ou digamos, o nosso fim trágico. Absolutamente não. Eu acho que a gente está com uma possibilidade muito grande de termos o presidenteLula reeleitoe a gente torce para isso, para termos a nossa democracia de volta.
A declaração mais forte do filme, talvez seja a do ex-funcionário da Odebrecht, Alexandrino Alencar, que fala como foi pressionado a relacionar o ex-presidente Lula aos pagamentos de caixa dois da empresa. Por essas irregularidades, a Lava Jato é uma das maiores causadoras da atual crise brasileira?
Eu acho que sim. Está aí, o público que devia assistir o filme e tirar suas próprias conclusões. Eu acho que isso está nos números, o prejuízo econômico. Se a gente parar para pensar na questão econômica, o prejuízo foi infinitamente maior do que os benefícios que trouxe. O que os procuradores e o próprio ex-juiz dizem por aí é completamente equivocado.
O número dedesemprego aumentou. Milhões de pessoas perderam os empregos, as empreiteiras foram prejudicadas. Todas as outras empresas que eram terceirizadas pelas empreiteiras e também pelaPetrobras. Isso não sou eu que digo isso. Foi uma pesquisa doDieese(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), um instituto de pesquisa seríssimo.
Não acontece em nenhum lugar do mundo, de você combater a corrupção destruindo as empresas. Como país, comosistema de Justiça, eu acho que é importante, sim, combater a corrupção, mas respeitando os empregos porque, basicamente, quem sofre são os trabalhadores. Quem sofre é a sociedade brasileira, que vai ter que lidar com esses grandes prejuízos que foram feitos.
No filme, você faz uso da imprensa como personagem principal, com os repórteres que estão investigando os vazamentos. A imprensa, inclusive, que teve um papel decisivo também na operação, como a gente comentou por cima, vazando documentos e depoimentos de maneira seletiva, de acordo com os interesses dos procuradores e do próprio ex-juiz. A imprensa vive uma crise de credibilidade?
Opapel da imprensaé fundamental em uma democracia e eu acho que o filme revela isso. Ao mesmo tempo em que o conluio entre osprocuradores e a mídiafoi extremamente prejudicial para o país e levou a tudo isso que a gente está vendo agora, a escolha por contar, da mesma maneira que no caso doimpeachment, de dar prioridade a uma determinada narrativa, a um lado da história e simplesmente, como diz oLeandro[Demori], não questionar as denúncias feitas peloMinistério Públicoe uma série de questões que estavam sendo apresentadas, fez dopapel da imprensa e do jornalismorealmente terrível.
E mostra como é importante que o jornalismo se mantenha isento. Não existe, obviamente, o jornalismo imparcial. Eu também não acredito nisso, nem cinema imparcial. Mas existe sim um jornalismo que se pauta pela busca da verdade, do fato, da ética e acho que a imprensa falhou nesse sentido.
Ao mesmo tempo, o filme também mostra que, mesmo tendo falhado, aimprensapode se redimir, e se redimiu também, através de alguns jornalistas, claro, e alguns veículos, no sentido de, através daVaza Jato, finalmente dar voz a esse outro lado, dar voz a essas críticas, aos questionamentos que estavam sendo já denunciados por juristas, como já disse. O filme mostra que afunção do jornalismoé fundamental para uma democracia saudável. É através da imprensa que essas ilegalidades vêm à tona.
Você falou agora sobre o cinema ter um lado, assim como o jornalismo, ou qualquer coisa que se proponha debater a vida pública. Eu vi algumas críticas sobre o teu filme, questionando a escolha por ouvir menos os argumentos lavajatistas e focar nos personagens que criticam a operação. É sempre importante ressaltar que o documentário não é jornalismo, são coisas distintas, que até podem se entrelaçar em algum momento. Você acha que deveria ter dado mais voz aos procuradores, por exemplo?
Primeiro, eu não acredito que existajornalismo e cinema imparcial, nem documentário. Mas, eu acho muito interessante essa crítica… Porque, durante anos,o jornalismo, a imprensateve uma cobertura absolutamente parcial do processo jurídico daLava jato. Criou aimagem do super-herói, que é algo absolutamente parcial. Houve certamente uma manipulação da opinião pública.
E que acabava se voltando contra qualquer pessoa que, dentro do próprio sistema de justiça, oSTJ, oSTFque criticassem aLava Jato. Foi um ciclo vicioso, muito perigoso. Então, é interessante que essas pessoas me digam, justamente neste momento em que a gente finalmente mostra o outro lado, a outra narrativa, que eu sou parcial.
Quer dizer, durante anos se ouviu a narrativa daLava Jato, acho que agora é o momento dessa desconstrução baseada em fatos. Não baseada no que eu ou os advogados acham, mas em fatos, no devido processo legal e na decisão do próprio sistema, no próprioSupremo Tribunal Federal, quejulgou o ex-juiz Sergio Moro, como suspeito no caso do triplex.
Eu tive a mesma crítica em relação aoProcesso, por não ouvir o outro lado. Mas a gente ouvia o outro lado diariamente, o tempo todo, e foi isso que aconteceu naLava jato. Foi se alimentando o ódio contra a classe política, a esquerda, o presidente Lula, diariamente, através dessa, digamos assim, máquina, de produzir notícia, que aqui passou a ser a Lava Jato.
E o próprio ex-juizMoro, em um artigo que ele escreveu sobre asMãos Limpas(operação italiana de combate a corrupção), sobre a importância da mídia, da imprensa, no combate contra a corrupção, no sentido desse conluio, dessa manipulação da opinião pública, necessária para combater a corrupção, para colocar corruptos na cadeia.
Bom, de qualquer maneira, mesmo com tudo isso, houve sim, da mesma maneira queO Processo, uma tentativa de entrevistar o ex-juizSergio Moro, então ministro da Justiça, antes e depois da sua renúncia. Houve uma tentativa de entrevistar dois procuradores e, infelizmente, eles não quiseram participar.
Eu acredito que o filme dá voz [a esses personagens], quando [Moro] se explica, por exemplo, noCongresso. Quando ele renuncia, se filia a um partido político. O próprio[Deltan] Dallagnol, quando ele resolve apresentar a denúncia contra o presidenteLula, o tal doPowerPoint. São falas inteiras, eu não corto, não edito, de uma maneira diferente do que faço com outras.
Mas certamente esse filme é uma representação da minha realidade, minha representação subjetiva, produto de uma experiência cinematográfica de filmagem, de tudo o que eu vivi com a minha parceira, editoraKaren Akerman. Nós revimos todo o material, filmamos 200 horas, e nos pautamos por um comprometimento com a ética, com a verdade. Mas não deixa de ser subjetivo.
Maria Augusta, grande parte da sua filmografia é dedicada a entender a justiça brasileira, por quê?
Eu acho que não é só entender ajustiça brasileira, é compreender, refletir sobre asociedade brasileiraatravés dosistema de Justiça. É pensar a sociedade brasileira, nos pensar como cidadãos, como sociedade, como seres humanos, através do que ocorre dentro de audiências, dentro de um processo de justiça.
A importância dos dramas pessoais coletivos que se revelam ali, as mazelas e as questões do país com a grandedesigualdade, opreconceito, oracismoe oconservadorismo, de uma sociedade altamente repressiva. Os valores e os princípios ainda vigentes na sociedade brasileira.
E osistema de Justiçame possibilita fazer o cinema que eu gosto de fazer, que é um cinema de observação, construído através da observação, da interação entre seres humanos, seres sociais. Eu não uso entrevistas nos meus filmes, então o sistema de Justiça me possibilita falar e pensar oBrasil, através desses rituais da Justiça.
247- O cantor Gusttavo Lima faz nesta quarta-feira (8) um show em Magé, no estado do Rio de Janeiro, onde Ministério Públicoinvestiga o cachê de R$ 1 milhãopela apresentação no município.
De acordo com ojornal Folha de S.Paulo, o cachê é dez vezes maior que o valor que a Prefeitura de Magé deve investir em atividades artísticas e culturais durante o ano todo.
Vai receber mais grana do que todos os músicos, cantores, compositores, poetas, romancistas, pintores, escultores, atores, teatrólogos, cineastas de Magé. O cachê de Gustavo vale dez vezes mais do que todos os amantes das sete artes juntos.
Apenas lobistas, banqueiros, comedores de moedas podem bem explicar o alto preço do cantor sertanejo.
Gusttavo afirmou que "não pactua com ilegalidades" e que não é seu papel "fiscalizar as contas públicas". A prefeitura informou que entregou ao MP todas as informações solicitadas sobre a festa. "Temos plena convicção que não há nada de errado no trâmite processual para as contratações", diz a nota.
Existe legalidade na cobrança extorsiva?
Existe legalidade no gasto desenfreado do dinheiro público?
Por que se o cantor é o mesmo, o repertório musical é o mesmo, a voz é a mesma - o preço muda de cidade para cidade em um mesmo Estado?
Quem indica o preço: o contratado ou o contratante? Até onde vai a sabedoria ou a ganância do cantor?
Sobre ilegalidade, Gusttavo nunca pergunta pela origem do dinheiro. Dinheiro de prefeitura nasce que nem mato, planta parasita.
Em Mato Grosso, o Ministério Público passou a investigar se houve irregularidade na contratação de cantores, sobretudo do sertanejo, por cachês que ultrapassam o R$ 1 milhão em 24 prefeituras do estado.
Motim na Polícia do País da Geral
AMOTINADOS. Eta polícia sem comandante. Eta Minas sem governador. Na briga Anitta contra Gusttavo Lima a pm fica com o macho cujo nome escreve errado
Paulo RJ
@hospicio_brasil
Quando essa gente não tem argumento para o batom na cueca, mete um "comunismo" no meio.