Nassif diz que só há duas hipóteses para o mandante da morte de Marielle: ou alguém ligado aos Bolsonaro ou a Braga Netto
Informa o Portal Brasil 247: O jornalista Luís Nassif, editor do jornal GGN, afirma que só a influência política explica o fato de a polícia não ter chegado aos mandantes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. E diz ainda que só dois grupos podem ser os responsáveis pelo brutal crime: ou o clã Bolsonaro ou as forças da intervenção militar no Rio de Janeiro, chefiadas pelo general Braga Netto.
Escreveu Nassif no Twitter:
"Há duas hipóteses terríveis. Espero que nenhuma se confirme. A 1a, de envolvimento da intervenção com a morte de Marielle (menos provável). A segunda, a de um general que, dispondo de informações, chantageou o presidente da República, livrando-o da suspeita de um crime abjeto"
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"Em 2018, ainda no governo Temer, Braga Netto diz que a solução está próxima. Depois se cala e se torna o super-poderoso Ministro de Bolsonaro. Não há nada de estranho nisso? "
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"Braga netto disse que poderia apontar culpados mas não queria “protagonismo”. Como assim? Ele era o interventor do Rio"
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"O assassino era contrabandista de armas e vizinho do presidente da República. E os filhos do presidente eram ligados ao chefe do escritório do crime. Como pode a ex-7a potência do mundo normalizar esse nível de suspeição em relação ao seu presidente? Bater no Monark é fácil"
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"Pergunto: qualquer país que se pretenda civilizado pode conviver com esse nível de desinformação?"
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"1. Fato: a não descoberta do mandante do assassinato de Marielle só tem uma explicação: sua enorme influência política.
2. A partir daí, duas hipóteses: ou alguém ligado aos Bolsonaro ou às forças de intervenção, chefiadas por Braga Neto. Não há outra hipótese de poder político"
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Nassif denuncia "as recorrentes chacinas no Rio de Janeiro":
"Nós temos hoje um Ministério Público - hoje não, sobretudo - temos um Ministério Público totalmente inerte no que diz respeito ao seu papel de controle externo da atividade policial"
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"Se, de fato, houver uma operação policial e você precisar de um plantão, acionar o Ministério Público, você não consegue porque eles só trabalham em um determinado período e mesmo assim, durante esse período a gente não consegue acessar"
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Veja o debate entre Luis Nassif, Marcelo Auler e Djefferson Amadeus sobre a violência policial no Rio de Janeiro na TV GGN.
Os assassinos de Marielle estão presos. Ronnie Lessa vizinho de casario de Jair Bolsonaro, no Vivendas da Barra, puxou o gatilho.
O Vivendas, dizem que também moradia do dono do quiosque Tropicália, onde trabalhava e foi assassinado Moïse Kabagambe.
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"Parece que perderam a total vergonha em relação a essas barbáries por conta também, sobretudo, dessa ausência de fiscalização. O que acontece com as pessoas que, eventualmente, cometem esses atos?", questiona Amadeus.
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Nassif lembra que, além de Jacarezinho, "teve esse ataque hoje (Vila Cruzeiro) e as explicações de sempre da PM, passando pano na atuação dos assassinos"
Atenção na Vila Cruzeiro reside a família de MoÍse Kabagambe, morto pela milícia da Barra da Tijuca
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O general Braga interventor jamais invadiu território das milícias jamais. Acontece o mesmo com as polícias militar e civil do governador Cláudio Castro, que já ordenou várias chacinas.